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História A Loira que apenas EU posso ver - Sou Feliz ao Seu Lado


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Sim, eu sei que o mês é de APD e que era pra eu estar postando OMP, mas como postei poucos capitulos de ALQAEPV mês passado, resolvi trazer mais esse... Até dia 7 posto OMP e depois começo com os de APD...

Boa leitura a todos!

Capítulo 44 - Sou Feliz ao Seu Lado


Já dentro do local, sobre o gramado que cobria quase todo o quintal, Natsu caminhava sorrateiramente ao lado do muro, acreditava que se algum segurança ou até mesmo os cães aparecessem, poderia escalar aquela parede que tanto havia lhe dado trabalho.

Natsu – Onde fica o quarto dela? – se perguntou receoso enquanto fitava o segundo andar da mansão, vendo todas as janelas fechadas. Mas logo seus olhos se depararam com apenas um local onde as vidraças estavam abertas – Ela deve estar ali! Mas como chegarei lá? – tornou a se perguntar – Por que nessa mansão não tem uma árvore que dá com um galho para aquele quarto? – murmurou indignado – Geralmente não é assim? Na verdade, é sempre assim, tanto que é até clichê... Então, por que não comigo? – continuou a murmurar indignado, parando bem de baixo daquela janela aberta.

Por sorte, o rosado acabou encontrando algumas pedras, que apesar de tudo não eram muito pequenas.

Natsu então jogou a primeira mirando a vidraça, mas acabou errando, fazendo com que a pedra voasse direto para dentro do quarto. No mesmo instante pode ouvir um pequeno grito de dor – Será que acertei alguém? – se surpreendeu, mas se passaram alguns segundos e ninguém apareceu. Então o rosado voltou a jogar uma pedra, errando novamente a janela, mas escutando o pequeno grito mais uma vez, só que acompanhado por um xingamento – E mesmo assim não vem ver o que é? – pensou com uma veia quase saltando de sua testa – Vou ver se acerto esse individuo de novo! – jogou a pedra com a intenção de acertar a pessoa que estava dentro do quarto, mas por ironia do destino acabou acertando a vidraça, causando um forte estralo ao quebrar a mesma – POR QUÊ?­ – não conseguia acreditar.

Não demorou muito para que a garota de cabelos loiros surgisse sobre a sacada, queria entender o que estava acontecendo. Lucy se surpreendeu ao ver que era Natsu quem estava ali embaixo jogando todas aquelas pedras.

Lucy – O QUE... O que você está fazendo aqui? – já ia gritar, mas conseguiu se conter, indagando em um tom mais baixo.

Natsu – Vim te ver – respondeu de forma que só a loira podia ouvir – Me ajude a subir aí! – pediu.

Lucy confirmou com a cabeça e logo voltou para dentro do quarto.

Natsu – E agora? Qual porta ela vai abrir pra mim? A da frente ou a de trás? – pensou enquanto olhava para os lados, temendo que alguém pudesse aparecer para ver o porquê do barulho.

Mas logo o rosado percebeu algo descer à sua frente.

Natsu – O que? – murmurou para si mesmo ao ver que era um lençol. Olhando para cima, viu que aquele lençol estava amarrado a outros dois, enquanto Lucy apenas segurava aquela corda improvisada.

Lucy – Sobe! – falou em um tom baixo.

Natsu – ESTÁ DE BRINCADEIRA? – bradou indignado, se esquecendo de que deveria ser o mais discreto possível.

No mesmo instante os dois puderam ouvir os altos latidos, indicando que os cachorros em vinham.

Sem dizer mais nada, Natsu se grudou ao lençol. O mesmo tentou escalar sobre aquela corda improvisada, mas, assim como na educação física que tinha um exercício parecido, não conseguiu. O barulho dos latidos aumentava a cada segundo que se passava, aterrorizando ao rosado.

Natsu – ME PUXA! – voltou a falar em um tom elevado.

Lucy – ESTÁ DE BRINCADEIRA? – foi a vez da loira se indignar. A mesma já fazia certa força para segurar os lençóis ao qual o rosado se pendurava, puxar o mesmo era quase impossível.

Logo Natsu viu os dois cães que ajudavam na segurança daquela mansão, podendo sentir seu sangue congelar e seus músculos se contraírem. Mesmo naquele estado o rosado tentou escalar mais uma vez. Os cães pularam em direção a Natsu, mas o garoto encolheu as pernas, evitando as mordidas por pouco, mas graças a esse movimento o mesmo escorreu pelo lençol, perdendo a pouca altitude que havia ganho.

Vendo a situação do rosado, Lucy se virou de costas para a sacada e então passou o lençol sobre seu ombro direito, fazendo força enquanto tentava andar para dentro de seu quarto. Pouco a pouco fez Natsu subir.

Mais aliviado, o rosado acabou relaxando, abaixando as pernas. Nesse mesmo instante pode sentir a dor estridente dos dentes de um dos cachorros perfurar sua carne e rasga-la devido à força da gravidade exercida sobre o cão.

Lucy apenas ouviu o grito de dor de Natsu, sentindo um peso a mais, que já não a permitia continuar andando.

O peso não era do cachorro, mas sim de Natsu que já havia tirado o animal de sua perna e que agora subia desesperadamente pelos lençóis, causando o aumento de peso por puxar o pedaço de pano para baixo enquanto subia.

Logo a loira viu o rosado se pendurar sobre a sacada, caindo para dentro da mesma.

Lucy – Natsu! – correu até o garoto ao ver que o mesmo apenas se contorcia de dor enquanto segurava a perna.

Natsu – Aquele vira-lata maldito! – falou com a raiva em sua voz ao levantar a calça e ver o estrago em sua perna.

Lucy – Kyah – soltou um pequeno grito ao ver os finos rasgos na perna esquerda de Natsu, mas logo agarrou a camisa do mesmo e o puxou para dentro de seu quarto para que ninguém o visse ali.

Natsu –... Nós fizemos muito barulho – comentou um pouco mais calmo e pálido devido à dor – Logo seu pai vai aparecer...

Lucy – Ele está na empresa, trabalhando – explicou procurando algo em seu guarda-roupa para fazer um curativo.

Natsu nada disse, deitado no chão, apenas viu a loira colocar uma garrafinha de álcool, algodão, gazes e uma faixa ao lado de sua perna –... Esse não era pra ser o seu quarto? – não entendeu de onde a garota havia tirado todas aquelas coisas.

Lucy – Antes de mudar para o apartamento, esse era o meu quarto... Era como uma fortaleza, eu quase não saía – explicou – Então tenho quase tudo aqui...

Natsu – Hummm – olhou tudo em volta – Então esse era o seu quarto... Bem infantil né? – soltou uma pequena risada ao ver quantas coisas de criança havia no local.

A loira ficou completamente sem graça, fazendo Natsu se contorcer ao encharcar o ferimento do mesmo com álcool.

Natsu – O que está fazendo? – se espantou com a crueldade da garota.

Lucy – Desinfetando! – respondeu seriamente.

A loira fez o que pode e logo enrolou a faixa na perna do rosado – Você precisa ir a um hospital para dar pontos e tomar uma vacina... Por sorte não está sangrando muito, mesmo nesse estado – explicou.

Natsu – Né... Apesar de tudo... Eu sei de um método que ajuda a sarar mais rápido – comentou em um tom inocente ainda deitado no chão.

Lucy – Que seria? – não entendeu.

Natsu não respondeu, apenas fechou os olhos e fez um biquinho, como se pedisse um beijo.

As bochechas de Lucy foram tomadas pelo rubor, mas ainda ajoelhada ao lado da perna ferida do rosado, a loira engatinhou lentamente até se aproximar da face do garoto, vendo o mesmo ainda de olhos fechados.

Não demorou muito para que Natsu pudesse sentir os lábios de Lucy tocarem os seus. Apesar do longo tempo que não fazia aquilo, o rosado estranhou, algo lhe parecia diferente.

Natsu abriu os olhos enquanto Lucy ainda o beijava – Parece que ela nunca fez isso... Medo? Talvez a timidez? Ela está insegura? – viu a loira se afastar – Não que esteja ruim... Está diferente... – corou ao ver Lucy abrir um sorriso, demonstrando estar feliz com aquilo.

Lucy – E então? O que lhe fez vir até aqui e até mesmo levar uma mordida? – indagou calmamente, se deitando no chão ao lado do rosado.

Natsu – Se lembra sobre o que conversamos no hospital aquela noite? – perguntou enquanto encarava o pequeno lustre pendurado no teto.

Lucy – Conversamos sobre muitas coisas antes de pegarmos no sono – respondeu enquanto encarava o mesmo lustre que o rosado.

Natsu – Eu lhe fiz a proposta de fugirmos – explicou – E naquela noite você concordou.

A loira demorou um pouco para responder, como se estivesse hesitando com aquela ideia – Eu concordei, né?

Natsu – Sim, você concordou – reafirmou.

O silêncio se instalou entre os dois, tornando tudo aquilo em algo incomodo.

Natsu –... Você reconsiderou se casar com o Sting? – indagou seriamente.

Lucy virou o rosto, encarando o rosado –... É claro que não – o respondeu no mesmo tom.

Natsu então virou a face para encarar a loira, olhando diretamente nos olhos da mesma – Então me diz o que está lhe fazendo hesitar agora.

Lucy – Meu pai! Ele não vai simplesmente permitir que eu vá sem mais nem menos – explicou.

Natsu – Não queremos a permissão dele, por isso a palavra “fugir” – a respondeu ainda sério.

Lucy – Sim, mas você acha que ele vai simplesmente cruzar os braços enquanto perde um contrato de milhões? – explicou com uma pergunta.

Natsu – Eu nunca soube a data de seu aniversário, mas naquele dia seu pai disse que seria dentro de um ou dois meses – comentou – Só precisamos ficar sumidos por esse período de tempo.

Lucy – Mas você ouviu o que ele disse lá no hospital... Ele fará da minha... Da nossa vida um inferno – falou ainda insegura – Não seremos felizes... – foi interrompida.

Natsu – Eu já não tenho mais uma casa própria, não tenho mais amigos... O que faz você achar que serei mais feliz se não tiver você também? – fez a loira corar com a pergunta.

Lucy –... Como assim não tem mais amigos? – não entendeu tal parte.

Natsu suspirou –... Fui à escola hoje para que pudesse me despedir deles – explicou – Mas todos me condenaram por “pegar a noiva do meu melhor amigo”...

Lucy não sabia o que dizer –... S-Sinto muito – falou em um tom mais baixo, se sentindo culpada.

Natsu – Tudo bem – tornou a suspirar – Mas se fosse a Lucy pervertida, provavelmente concluiria com “mas eu não tenho culpa se sou irresistível e fiz você me querer a ponto de chifrar seu melhor amigo” – brincou.

Lucy – Eu nunca diria isso! – exclamou sem graça – Além do mais... A culpa é minha sim... Se eu tivesse lhe dito a verdade... – novamente foi interrompida.

Natsu – Então talvez eu não tivesse me apaixonado por você... Também não teria perdido meus amigos, estaria namorando a Lisanna e não precisaria voltar para a casa do meu pai... – deixou a loira ainda mais sem graça – Mas... Eu não me arrependo de nada... – chamou a atenção de Lucy – Eu prefiro pensar em um futuro ao seu lado do que em algo que não irá mais acontecer... Eu te amo, e quero poder lhe dizer isso todos os dias... Quero ver o seu sorriso todas as manhãs, quero dizer a todos que você é minha e que eu sou seu, quero envelhecer ao seu lado... Quero que minha vida seja baseada na sua, que o meu eu seja feito para ti, para lhe fazer feliz.

Ao concluir tais palavras, Natsu viu quão vermelha a loira estava, vendo também os olhos da mesma quase transbordando em lágrimas.

Lucy –... Desde o dia em que minha mãe morreu até o dia de hoje... Os melhores momentos da minha vida foram ao seu lado – fez um sorriso incondicional brotar na face do rosado –... Mesmo não podendo ter contato com mais ninguém, mesmo com todo aquele sofrimento... Você tornou meus dias mais felizes... Você foi o feixe de luz que apareceu no mundo de escuridão ao qual eu vivia... Na hora das refeições as quais nos reuníamos à mesa, até mesmo com a Wendy, nos curtos momentos que parávamos para assistirmos Tv juntos... Nos dias que íamos ao shopping fazer compras... – soltou uma pequena risada ao se lembrar das encrencas em que havia metido o rosado – Nas manhãs em que eu acordava e sentia seu calor e seu abraço que tanto me confortava... Nas trapaças na escola – voltou a rir – Por mais simples que fossem... Foram todos momentos felizes que você me proporcionou – comentou em um tom gentil – Por isso sei que para ser feliz... Preciso apenas estar ao seu lado.

Natsu levou a mão direita até a face da loira enquanto continuava a olhar diretamente para os olhos da mesma –... Então vem comigo – pediu.

Lucy pareceu pensar por uns míseros segundos, mas logo abriu um sorriso de canto, respondendo ao rosado –... Sim, eu vou – pousou sua mão esquerda sobre a de Natsu que estava em seu rosto.


Notas Finais


até o próximo


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