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História A Loira que apenas EU posso ver - Noite de Descoberta


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Desculpem a demora, é que a faculdade recomeçou e eu ando numa preguiça violenta ;-;

Espero que gostem do capitulo!

Boa leitura a todos, qualquer erro ou contradição me avisem!

Capítulo 59 - Noite de Descoberta


Enquanto sentia o forte gosto de sangue tomar conta de sua boca, Gajeel, ainda espantado, não conseguia parar de encarar o rosado. Apoiado no chão com uma das mãos, o moreno pode ouvir a porta do quarto ser aberta rapidamente.

Levy – O que está acontecendo? – indagou em um tom mais elevado ao ver como os garotos se encaravam enquanto seu namorado estava praticamente ajoelhado e com uma mão na boca.

Gajeel –... Nada – respondeu seriamente, voltando a se levantar.

Natsu –... Vai embora! – ordenou ainda em um tom frio, surpreendendo as duas garotas.

Lucy – Eh? – via a tudo da porta do quarto, surpresa não só com o que Natsu havia falado, como também com a forma que o mesmo estava agindo – O que deu nele? Ele nunca fica assim...

Levy – Eu sei que vocês já não são tão amigos, mas trocar socos? – falou um pouco irritada.

Natsu – Vão embora... – se virou e voltou em direção à cozinha, deixando os três a sós.

Levy –... Você está bem? – virou o rosto do moreno para ver se havia machucado muito, mas apenas pode ver o arrependimento estampado na face do mesmo – Essa expressão é por que ele não queria vir e está arrependido? Ou ele fez algo ao Natsu? – estranhou –... Vamos, o dono da casa não nos quer aqui – falou seriamente ao deslizar as mãos do rosto até o pulso de Gajeel.

Lucy – L-Levy... – foi interrompida.

Levy – Está tudo bem... Não se preocupe... Depois conversamos direito – puxou o moreno em direção à porta.

Assim que ouviu o elevador descer, Lucy andou apressadamente até a cozinha.

Lucy – Por que você... – já ia perguntando em um tom mais elevado, até que viu o garoto com a mão mergulhada em uma vasilha de gelo –... E-Está doendo? – indagou um pouco mais calma, se aproximando do mesmo.

Natsu –... Um pouco – respondeu no mesmo tom.

Lucy –... O que houve? Por que bateu nele? Você não é disso... – queria entender o que havia acontecido.

Natsu –... N-Não foi nada... Eu só perdi a cabeça... Ele não parava de falar que eu furei os olhos do Sting... – mentiu um pouco ao explicar.

A loira apenas soltou uma pequena risada – E não furou? – indagou brincando, mas acabou se assustando, recuando um passo ao ver o rosado a encarar friamente –... D-Desculpa... Eu sei que a culpa é minha...

Natsu então voltou a encarar a vasilha de gelo –... Não, não é... Eu fiz uma escolha... Mesmo tendo descoberto tarde, ainda sim descobri... E podia ter simplesmente parado qualquer relação com você...

Lucy –... E se arrepende da escolha que fez? – perguntou seriamente, fazendo Natsu abrir um sorriso de canto.

Natsu – Nem um pouco – respondeu sem hesitar, fazendo a loira dar uma leve corada.

Lucy – Rum – viu o rosado tirar a mão da vasilha e se aproximar –... Não pense que vai me ganhar assim tão fácil – comentou com as bochechas tomadas por um leve rubor ao sentir os braços de Natsu abraçarem sua cintura, ficando com a face próxima da sua.

Natsu – Não vou? – soltou uma pequena risada ao ver a loira negar com a cabeça.

O rosado então levou a cabeça até o ombro de Lucy, afundando a face no pescoço da mesma, permanecendo daquela forma durante alguns segundos.

Natsu –... Te amo – murmurou ao sentir a mão da loira pousar sobre sua nuca.

Lucy apenas soltou uma pequena risada –... Eu também te amo esposa querida – brincou.

Algumas horas mais tarde, Natsu já dormia tranquilamente de lado sobre a cama enquanto Lucy o abraçava por trás, formando a famosa conchinha. Com um braço passando por de baixo do braço direito do rosado, a loira abraçava gentilmente o garoto. Mas apesar de tudo, Lucy não conseguia pregar o olho, o sono parecia fugir dela. O jeito que Natsu havia tratado Gajeel e depois a forma como o mesmo a encarou quando ela brincou com ele, fizeram sua mente a atormentar durante todo aquele tempo.

Lucy –... Eu preciso contar pra ele, mas... – se apertou contra o rosado – Mas e se ele não reagir bem? E se ele dizer que não quer? Ele está diferente... Ele sempre foi mole e tudo mais, mas nunca frio daquela maneira... Mas talvez ele tenha agido daquela forma por que estava estressado? Já que o trouxe de volta a força e fui falar com meu pai sem dar ouvidos a ele... Mas... – já não sabia mais o que pensar.

Um tempo depois, já dando quase quatro horas da manhã, Natsu despertou assustado.

Natsu –... U-Um pesadelo? – se perguntou ao soltar um suspiro de alivio, mas logo estranhou algo –... Cadê ela? Geralmente quando acordo ela está dormindo sobre mim... – viu que a loira não estava nem mesmo na cama –... Será que ela caiu pro apartamento do Rogue de novo? – se perguntou seriamente, mas após alguns segundos, acabou se tocando – O que estou pensando, ela não é mais apenas um fantasma... – abriu um sorriso sem graça com uma gota sobre sua cabeça – Mas então... Onde ela está? – indagou em um murmúrio.

O rosado se levantou lentamente e então saiu do quarto. Assim que pisou na sala, percebeu a luz do banheiro acesa.

Natsu –... Então é lá que ela está... Ela podia pelo menos fechar a porta – soltou um leve suspiro – Tomar um copo de água – caminhou em direção à cozinha, mas logo parou ao ouvir a voz de Lucy – Hum? – ficou curioso pra saber o que a garota tanto conversava sozinha, então se aproximou lentamente do banheiro, parando ao lado da porta do mesmo, de forma que a loira não o visse.

Lucy se apoiava sobre a pequena pia enquanto se encarava seriamente no espelho do mesmo –... Natsu, eu sei que é meio repentino, mas...

Natsu – Eu? – não entendeu.

Lucy – Não, assim não – soltou um pequeno suspiro –... Natsu, apesar de ainda sermos muito jovens, já somos casados... Então não vejo problema... O que estou querendo dizer é... – pareceu pensar um pouco, mas logo em seguida abaixou a cabeça – Assim também não, está muito enrolado – tornou a levantar a cabeça, encarando o espelho com convicção –... Natsu! Estou grávida!

Os olhos do rosado se arregalaram no mesmo instante, enquanto sua pele começou a ficar pálida gradativamente e seu coração pareceu parar.

Natsu –... Eh? – não sabia o que pensar ou como agir diante daquilo.

Enquanto se encarava no espelho, as bochechas de Lucy foram ganhando um forte tom ruborizado.

Lucy –... N-Não posso ser direta assim! O Natsu é muito mole, é capaz de ele cair duro pra trás – comentou um pouco constrangida.

Naquele momento o rosado parecia que iria fazer aquilo que a loira havia dito, mas de certa forma a parede o apoiava.

Lucy então bufou, chamando a atenção de Natsu – Como vou dizer a ele? – se perguntou completamente chateada.

Natsu então voltou rapidamente para o quarto ao perceber que a garota não demoraria muito mais ali.

Após alguns minutos, já deitado e fingindo estar dormindo, o rosado pode ouvir Lucy adentrar no quarto e fechar a porta cuidadosamente. A mesma então caminhou até a cama e se deitou ao lado do garoto. Depois de pensar por alguns segundos, a loira cutucou o rosado.

Lucy – Natsu! – chamou pelo mesmo, como se estivesse tentando acorda-lo.

Natsu – Hum? – resmungou fingindo ter acabado de acordar.

Lucy – Será que podemos conversar? – indagou seriamente, fazendo o coração do rosado disparar –... É que não estou conseguindo dormir.

Natsu –... Olha as horas Lucy – reclamou sem se virar para a mesma.

Lucy – Por favor – insistiu, mas logo depois pode ouvir um suspiro vir do garoto.

O rosado então se virou para a loira –... Sobre o que você quer conversar? – indagou ainda fingindo sonolência.

Lucy – Então... – começou a ficar sem graça ao ver como o rosado a encarava intensamente – Ele não estava com sono? – não compreendeu aquele olhar –... Mais cedo você falou sobre faculdade... – fugiu do que realmente queria dizer – Pretende realmente cursar algo? – viu Natsu confirmar com a cabeça – O que?

Natsu – Gastronomia – respondeu calmamente, surpreendendo à loira.

Lucy – Não tinha pensado nisso! Realmente, você é bom na cozinha... Isso pode dar certo – se animou com a ideia.

O rosado então abriu um sorriso de canto – E com a ajuda do meu pai posso abrir um pequeno restaurante para começar... E se der certo, quem sabe uma expansão? E até mesmo filiais? – soltou uma pequena risada, mas pode ver certo brilho nos olhos de Lucy, vendo que a mesma estava aceitando muito bem a ideia.

Lucy – Isso seria incrível! – exclamou empolgada, fazendo o garoto dar uma leve corada.

Natsu – N-Né? – abriu um sorriso sem graça.

Os dois se encararam por alguns instantes, fazendo o silêncio se instalar entre eles.

Natsu – Pelo visto ela realmente está com dificuldades para me contar... Do que ela tem medo? – não compreendia.

Lucy –... A-Acho que já consigo dormir agora – comentou calmamente, mas o rosado apenas estreitou os olhos.

Natsu – Mas agora quem não consegue dormir sou eu! – exclamou seriamente.

Lucy – Ahn? – não entendeu.

Natsu rapidamente segurou o braço da loira e subiu sobre a mesma, a prendendo – Na verdade, eu não quero dormir agora... – abriu um sorriso malicioso, fazendo as bochechas de Lucy arderem em um forte rubor.

Lucy – Vo-Você quer fazer isso agora? – indagou completamente sem graça.

Mas o rosado nada respondeu, apenas levou a mão até a cintura da garota, passando a mão por de baixo daquela camisa larga que com certeza era dele. Lucy entendeu que nada poderia fazer ao ver o rosado erguer a peça de roupa.

No dia seguinte, já no fim da tarde, Natsu andava tranquilamente pela rua enquanto sua cabeça era tomada pelos pensamentos.

Natsu –... Pai... Eu? Isso não vai prestar... Com certeza não vai prestar – pensou com uma gota na cabeça ao tentar se imaginar criando e cuidando de uma criança – Vamos logo fazer as compras... – soltou um longo suspiro – Não sei até que dia ficaremos aqui, ou se ficaremos de definitivo, por isso não da pra fazer uma compra completa... Mas duvido que a Lucy queira voltar pra casa dos meus pais, agora ela está em casa praticamente... – murmurou consigo mesmo já chegando ao seu destino.

Enquanto andava por entre os corredores, analisando os preços dos produtos que iria precisar, Natsu ouviu seu celular tocar. Mas o mesmo logo percebeu quem era ao ver o identificador de chamadas.

Natsu –... Pai? – o atendeu – Por que está me ligando? – estranhou.

Igneel – E eu preciso de um motivo para te ligar? – respondeu com uma pergunta.”

Natsu – Não... Perdão – falou com uma gota na cabeça, empurrando o carrinho de compras com uma das mãos enquanto segurava o celular com a outra.

Igneel – Estou te ligando porque sua mãe quer saber se vocês irão voltar... – explicou – E a Wendy está querendo ir ficar com vocês... Você prometeu a ela.”

Natsu soltou um longo suspiro –... Fala pra Wendy que eu não me esqueci... Eu vou conversar com a Lucy sobre isso e te ligo dando uma resposta, ai qualquer coisa você manda ela no ônibus.

Igneel – E então? Como Jude está? – indagou calmamente.”

Natsu – Vendendo saúde – respondeu no mesmo tom, podendo ouvir o pai dizer um “eu sabia”.

Igneel – Alguma novidade? – perguntou por perguntar, mas ao perceber o silêncio do filho, acabou ficando curioso –... Me conta! O que aconteceu?”

Natsu continuou em silêncio, hesitando em contar sobre a gravidez de Lucy.

Igneel – Se não me contar irei falar para a sua mãe! – resolveu apelar.”

Natsu – Você gosta mesmo de jogar sujo! – parou de andar pelo mercado, soltando um longo suspiro e permanecendo em silêncio por alguns segundos –... Você vai ser avô – informou seriamente.

Foi a vez do homem mais velho ficar em silêncio do outro lado da linha.

Natsu –... Alô? – estranhou.

Igneel –... Eu não ouvi direito – soltou uma risada sem graça – Pode repetir de novo? – pediu em um tom gentil.”

Natsu – Você vai ser av... – nem mesmo pode concluir, apenas ouviu o pai gritar no telefone.

Igneel – GRANDINE!!! – fez o ouvido do rosado zunir.”

Natsu – Ele acabou a chamando de qualquer forma... – pensou com uma gota na cabeça, podendo ouvir a conversa dos pais pelo telefone.

Grandine – ISSO É VERDADE NATSU?bradou completamente surpresa.”

Mas o rosado não respondeu, apenas desligou o celular.

Natsu – Não quero ouvir sermão pelo celular – murmurou consigo mesmo. Mas já prestes a voltar a empurrar o carrinho, pode sentir o aparelho vibrar em seu bolso. Ao olhar pelo identificador de chama, viu que era o numero de Igneel novamente – Já ousei desligar na cara dela... Se eu não atendê-la e ouvi-la, ela virá pra cá, falará tudo que tem pra falar e ainda irá me esfolar vivo... – pensou enquanto encarava o celular, mas logo o atendeu –... Alô?

Grandine – COMO VOCÊ SE ATREVE A DESLIGAR NA MINHA CARA? – gritou completamente irritada.”

Natsu – Perdão, eu só não queria ouvir sermão... Ela está gravida sim, sermões não mudarão isso em nada, então... – foi interrompido.

Por durante alguns minutos, o rosado ficou parado, ouvindo Grandine gritar pelo celular. As pessoas que passavam pelo corredor podiam ouvir perfeitamente o que a mulher falava, o que as faziam soltar pequena risadas.

Mas logo Natsu finalmente desligou o celular, voltando a suspirar.

Natsu – Acho que eu não devia ter falado que eles seriam avós – comentou em um tom mais baixo – Apesar de que eles iriam descobrir mais cedo ou mais tarde...

— Então era verdade? – uma voz indagou surpresa atrás do rosado.

Ao se virar, Natsu viu quem era.

Natsu –... Gray? – se surpreendeu – Ele está aqui há quanto tempo?

Gray – A Levy me disse que a Lucy estava gravida... Então era verdade... – parecia não acreditar ainda.

Natsu – Então ela contou para a Levy... Bem, Gray também é um amigo de infância da Lucy... – pensou com uma gota na cabeça – O-O que faz aqui?

Gray – Estava indo pra sua casa – respondeu calmamente - Mas antes resolvemos comprar algumas coisas para o jantar... Levy disse que sua comida é muito boa!

O rosado ficou encarando o garoto seriamente, até que a ficha caiu.

Natsu –... Eh? Resolvemos? – começou a suar frio.

Gray – Sim, todos nós! – sorriu.

Natsu –... Todos? – sua pele foi perdendo a cor.

Gray – Sim... TODOS! – continuou a sorrir.


Notas Finais


até o próximo!


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