Lucy se espantou com a atitude do rosado enquanto terminava de limpar o chão – Finalmente o que? – não conseguiu entender.
Natsu – Ahn? Ah... – sorriu sem graça – Finalmente poderei me deitar para descansar um pouco – se jogou na cama.
Lucy andou até o quarto – Não vai querer o chá? – estranhou.
Natsu – Quem vai fazer? – perguntou calmamente já deitado na cama.
Lucy – Eu – respondeu no mesmo tom.
Natsu – E você sabe fazer chá? – estreitou os olhos.
Lucy – Não é como se fosse a coisa mais difícil do mundo – explicou normalmente.
Natsu – Mesmo assim, não, obrigado – respondeu com uma gota na cabeça – Não quero ser envenenado.
Lucy apenas suspirou, andando até o guarda-roupa e pegando mais um cobertor.
O rosado viu a loira o cobrir.
Lucy – Descanse um pouco – falou gentilmente – Vou conversar um pouco com a Wendy.
Natsu sorriu de canto – Está parecendo uma mãe.
Lucy – O certo não seria uma esposa? – sorriu.
O rosado deu uma leve corada – Não... Uma mãe mesmo – respondeu um pouco sem graça.
A loira apenas suspirou, saindo do quarto logo depois.
Natsu fechou os olhos lentamente, pegando no sono.
Mais uma vez o rosado sonhou com um lugar calmo.
Natsu – Ahn? – se viu deitado, olhando para o céu completamente branco, sentindo suas costas congelarem – E eu pensando que seria um campo gramado novamente... – murmurou consigo mesmo, vendo que estava em uma planície coberta de neve – Quero acordar... Não quero sentir frio... – tremia por estar apenas com uma camisa normal e uma bermuda – Mas pensando bem... Essa deve ser a realidade, eu devo ter desmaiado e imaginado aquilo de loira amaldiçoada... – falava sozinho em um tom mais baixo.
? ? ? – Natsu? – chamou a atenção do rosado – O que está fazendo deitado em um lugar como esse? – estranhou.
Natsu – Ahn? – percebeu quem era – Lisanna... – viu a mesma em pé ao seu lado.
Lisanna – O que está fazendo aqui fora? Você vai ficar doente – se ajoelhou ao lado de Natsu.
O rosado apenas se levantou, passando a ficar sentado. Nada dizia, apenas encarava a albina completamente agasalhada.
Lisanna – Vamos voltar antes que você pegue um resfriado – falou gentilmente.
Natsu – Lisanna... O que está fazendo aqui? – ficou confuso.
Lisanna – Como assim? – riu – Foi você quem me trouxe, esqueceu?
Natsu – Eu? – estreitou os olhos.
Lisanna – Vai dizer que se esqueceu? – sorriu de canto, se aproximando do rosto do rosado.
Natsu – Eh? – corou ao perceber que albina se aproximava cada vez mais.
O rosado apenas fechou os olhos, sentindo os lábios gélidos da albina tocarem os seus.
Natsu – Se isso for mesmo um sonho, eu não quero acordar nunca mais... – pensou alegremente ao sentir a albina lhe beijar.
Logo o rosado pode sentir seu corpo esquentar e uma brisa agradável bater no mesmo.
Natsu passou o braço pela cintura da garota sem parar o beijo, podendo sentir as costas nua da mesma.
Natsu – Ahn? Ela não estava de blusa? – pode sentir também os seios da mesma pressionarem contra seu peito – Eles parecem maiores...
Logo se separaram.
A alegria que a pouco estava estampada no rosto do rosado, rapidamente desapareceu, dando lugar a uma face espantada.
Natsu – L-Lucy? – não podia acreditar – Como? Não era a Lisanna?
Lucy soltou uma risadinha sapeca – Natsu, seu pervertido – sorriu maliciosamente – Me beijando assim do nada.
Natsu – N-Não, eu... – não sabia o que dizer.
Viu que estavam em uma praia com o sol forte, esquentando seu corpo – O que aconteceu? – encarou a loira, corando fortemente logo depois – Por que você está só de roupa intima? – perguntou completamente envergonhado – Isso nem biquíni é! – viu a loira apenas com uma calcinha e um sutiã branco.
Lucy – E o que isso importa? – perguntou calmamente, andando para trás do rosado – Não tem diferença nenhuma...
Natsu – Claro que tem! – sentiu a loira o abraçar por trás – S-Se afasta – sentiu os seios da mesma pressionarem contra suas costas.
Lucy – Não estou afim – riu brincalhona, mordiscando a orelha do rosado.
Natsu – P-Para – tentou se afastar – Por que até nos meus sonhos você tem que me atormentar?– pensou indignado – LUCY!
O rosado acordou rapidamente, respirando profundamente.
Lucy –... O que foi? – perguntou sonolenta, já que havia sido acordada no momento em que o rosado gritou chamando seu nome.
Natsu percebeu que estava apenas com sua cueca – Cadê a calça e a camisa que eu estava usando? – deu uma leve corada e logo depois pode perceber que a loira o abraçava por trás, passando as pernas por cima das suas – O-O-O que está fazendo? – corou violentamente ao perceber que a loira estava só de roupas intimas.
Lucy – Fala baixo Natsu – respondeu ainda sonolenta.
Natsu – P-Por que você está pelada? Por que EU estou pelado? – não conseguia entender, mas também não conseguia sair dos braços da loira, não queria sair.
Lucy – Você estava tremendo de frio, e mesmo eu colocando outro cobertor, não resolveu nada – fez o rosado perceber que estava de baixo de duas cobertas – Então a única maneira que veio a minha cabeça, foi lhe esquentar com o meu corpo – explicou calmamente.
Natsu se acalmou um pouco, entendendo –... Mas que corpo? – sentiu a loira fincar as unhas em seu peito – Brincadeira, brincadeira!
Lucy – Mesmo que eu seja como um “fantasma”, eu ainda posso sentir os seus toques e o calor de seu corpo, então, você deve sentir o mesmo em relação a mim – explicou.
Natsu – Sim... – respondeu calmamente – Mas e a Wendy? Como ela está?
Lucy – Ela bebeu o chá e deitou no sofá... Eu verifiquei e ela estava dormindo sem nenhum problema – explicou calmamente.
Natsu – Que bom... – suspirou.
Lucy – Mas e agora? – chamou a atenção do rosado – O que pretende fazer em relação a ela?
Natsu – Eu não sei... – respondeu em um tom mais baixo – Preciso encontrar um lugar para ela ficar.
Lucy – Por que não deixa ela ficar aqui? – perguntou inocentemente – Ela pode dormir no sofá...
Natsu – E você? Dorme onde? – estreitou os olhos ao perguntar.
Lucy apertou o abraço – Advinha – sorriu maliciosamente.
Natsu suspirou – Tudo bem.
Lucy – Ahn? – se surpreendeu.
Natsu – Com a Wendy dormindo no sofá, agora você pode dormir no chão – falou calmamente, fazendo a loira ficar indignada.
A loira respirou fundo – Sabe Natsu, as vezes me vem a cabeça... Será que o Natsu é gay? – falou calmamente, surpreendendo o rosado.
Natsu – Como é que é? – se virou, ficando de frente para a loira.
Lucy – Uma mulher como eu, linda, maravilhosa, com um corpo de dar inveja em qualquer uma, te provoca e você apenas foge... Isso não é algo que um homem de verdade faria, não? – explicou calmamente.
Natsu – Você nem se acha né? – estreitou os olhos – Além do mais, como eu posso fazer algo com um fantasma? Já me acham louco, se me pegarem fazendo coisas com o ar, serei internado em um manicômio em instantes!
Lucy suspirou.
Natsu – E pelo o que eu me lembre, foi você mesma quem disse isso, que não queria ter nada com ninguém enquanto estivesse nesse estado – explicou.
Lucy – Sim, eu disse isso... – prensou seu corpo ainda mais contra o do rosado – Mas eu quis dizer, que não quero namorar e coisas do tipo... Mas certas coisas, não se precisa estar namorando para serem feitas, não é mesmo? – falou sensualmente.
O rosado olhava para baixo completamente corado, vendo os seios da loira pressionarem contra o seu peito.
Lucy –... Eu não sei se conseguirei voltar ao normal, você é o único homem que pode me ver... – deslizou as mãos pelas costas do rosado – Eu quero continuar minha vida, mesmo que seja nessa forma... – deu uma pequena afrouxada no abraço.
Natsu – Não seria mais fácil procurar por um rapaz amaldiçoado pela velha então? – perguntou calmamente. Mas o rosado só pode sentir a loira apertar o abraço mais uma vez, sentindo a mesma afundar a cabeça em seu peito, percebendo que não havia nenhuma malicia em tal ato.
O rosado pensou por alguns segundos e logo retribuiu o abraço da loira, passando o braço pelas costas da mesma.
Lucy se surpreendeu.
Natsu estava prestes a dizer algo, quando a imagem da albina passou por sua cabeça, fazendo com que seus olhos se arregalassem.
O rosado saiu de entre os braços da loira, se afastando da mesma.
Natsu – E-Eu vou conversar um pouco com a Wendy – falou um pouco nervoso – Quero ver o que ela acha da ideia.
Lucy – Ahn? – ficou confusa enquanto via o rosado se vestir rapidamente e deixar o local.
Lucy apenas afundou o rosto no travesseiro e suspirou pesadamente.
Natsu – Quase cai no plano dela! – pensou ainda corado – Cada dia que se passa, eu acredito ainda mais que ela é uma assombração que quer me levar para o mau caminho.
Rapidamente chegou ao sofá em que Wendy dormia, acordando a mesma instantes depois.
Wendy – Que foi? – perguntou ainda sonolenta.
Natsu – Precisamos conversar – falou um pouco mais calmo.
Wendy – Sobre o que? – se sentou enquanto coçava os olhos.
Natsu se apoiou no braço do sofá – Preciso saber, você tem algum lugar pra ficar? – perguntou calmamente, chamando a atenção da pequena.
Wendy –... Não – respondeu um pouco receosa.
Natsu – Eu andei conversando com a Lucy... Se você quiser ficar aqui, pode ficar – sorriu de canto, surpreendendo a garota.
Wendy – Eh? M-Mas eu não quero atrapalhar nem ser um incomodo – falou um pouco sem graça.
Natsu – Atrapalhar em que? – não entendeu.
Wendy – Em seu relacionamento com a Lucy-san – explicou, fazendo o rosado corar.
Natsu – N-Nós não temos esse tipo de relacionamento – surpreendeu a garota – Eu apenas me comprometi a ajuda-la voltar ao normal – explicou – Sendo assim, creio que também possa te ajudar.
Os olhos de Wendy brilharam – De verdade? – viu o rosado confirmar com a cabeça – Obrigada! – pulou sobre o rosado, o abraçando.
Natsu – Não precisa me agradecer – riu – Apenas estou ajudando uma menina bonita a não ser esquecida para sempre – sorriu gentilmente.
Wendy apenas sorriu, não largando o rosado.
Logo o rosado sentiu um arrepio por seu corpo, fazendo com que o mesmo se virasse e visse Lucy o encarando um pouco irritada.
Lucy – Por que você nunca disse algo assim pra mim? – perguntou indignada.
Wendy – Lucy-san... – se separou do rosado.
Natsu – Por que você é apenas um encosto do qual eu quero me livrar – explicou calmamente.
Lucy se irritou – Se isso é verdade, então por que você ficou todo preocupado achando que eu poderia estar naquela chuva toda? – fez o rosado corar ao se lembrar.
Natsu – I-Isso é... U-Uma coisa não tem nada haver com a outra – respondeu envergonhado.
Lucy – O que foi Natsu? – sorriu sacanamente – Por que não admite logo que você está caidinho por mim?
Natsu – Não viaja! – se revoltou.
Wendy – Vocês parecem marido e mulher! – riu, fazendo com que os dois a encarassem.
Natsu – Não brinque com isso! – se espantou.
Lucy passou a flutuar sem perceber – N-Não diga isso Wendy – respondeu um pouco corada.
Natsu – Por que você está corando? – perguntou em um tom mais alto, sem entender a reação da loira.
Lucy – Eu é que vou saber o por quê? Além do mais, eu não posso mais corar? – perguntou indignada – Cadê os meus direitos?
Natsu – E desde quando assombração tem direitos? – perguntou no mesmo tom.
Lucy – Da mesma forma que um virgem rejeitado como você tem, eu também tenho! – respondeu irritada.
Wendy – E lá vão eles de novo... – ouvia a tudo com uma gota na cabeça.
Passado alguns minutos, o silêncio havia tomado conta do lugar.
Wendy – Agora que já mostraram o quanto se amam, podemos conversar calmamente? – perguntou seriamente.
Natsu apenas suspirou.
Lucy – Bom, como você irá ficar aqui, precisamos te rematrícula na escola e comprar algumas roupas para você também... – falou calmamente.
Natsu – Que escola? – estreitou os olhos.
Lucy – Ahn?
Natsu – Ela está na mesa situação que você Lucy... Não tem como ela ir pra escola – explicou – Se for, só irá ser esquecida, tanto pelos amigos, quantos pelos professores.
Lucy encarou a pequena, vendo a mesma confirmar com a cabeça.
Lucy – Então só nos resta ir às compras – sorriu de canto, fazendo a pequena sorrir.
Natsu – Vão comprar com que dinheiro? – perguntou calmamente.
Lucy – Com o seu – respondeu no mesmo tom.
Natsu – Você está me levando à falência Lucy! – se revoltou, mas apenas pode ver o sorriso da loira.
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