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História A loucura da alma - HIATOS - Terapia


Escrita por: TheRotten

Notas do Autor


Oii Puddinzinhos.
Tá ficando mais sossegado pra escrever agora. Enfim, só que eu perdi a história que já estava feita. E lá tinha um capitulo magnifico que eu to tentando lembrar pra escrever de novo. Vou levar meu notebook pra concertar e espero mesmo que eu consiga recuperar.
Enfim, mais uma história fresquinha pra vocês.
Obrigado pelos comentários e pelos novo favoritos.

Capítulo 12 - Terapia


Fanfic / Fanfiction A loucura da alma - HIATOS - Terapia

Dois meses se passaram desde que Harley foi pega pelo Batman. Dois malditos meses dentro de uma cela apenas com uma janela circular que atravessava uma luz fraca do sol. Pela manhã Quinn tinha uma sessão com Rick. Depois era servido o almoço e na parte da tarde tentavam reuniões dinâmicas, que quase sempre davam errado. Gordon não queria colocá-la na segurança máxima mesmo depois dela ter matado um paciente usando um lápis de cor. Harley alegou que o homem estava assediando ela, embora o coitado fosse demente e não controlasse o movimento dos membros.

Rick fazia o seu melhor para conseguir algum progresso com a palhaça, mas quase sempre saia frustrado no final do dia. Harley era muito instável, ora estava disposta a conversar e era muito bem humorada, ora estava irritada e qualquer coisa que falasse para ela era motivo para que se irritasse e perdesse o controle. Ela estava diferente fisicamente: O rosto pálido a muito sem maquiagem a deixou com a pele delicada, os cabelos ainda ostentavam as cores rosa de um lado e azul do outro, mas pareciam até mais opacas. Agora ela também carregava muitas tatuagens na coxa. Conseguiu certa vez roubar um clipe da agenda de Rick, e usando tinta de caneta talhou na pele frases como “I love Coringa”; “Puddinzinho”; “H & C”... Entre outras coisas como desenhos em formato de losango e corações apaixonados. E por mais que fosse esquizofrênica, obsessiva, compulsiva e tantas outras coisas… Havia uma coisa que ela nunca se contrariava:


 — Ele vai vir me buscar sim. — Falou Quinn despreocupada mexendo nos próprios cabelos enquanto Rick a encarava.
— Harley, você tem idéia de quanto tempo está aqui dentro? — O homem se curvou para frente apoiando os cotovelos sobre a mesa.
— Alguns dias… — Ela sorriu.
— Fazem dois meses. — Rick estava sério. Tocar no assunto do Coringa era delicado, pois quase sempre ela se irritava.
— Não importa. Meu Puddinzinho vem sim, você vai ver… — Ela estava eufórica e de muito bom humor, eram esses dias que fazia com que Rick tivesse progresso.

Mas Gordon tinha que estragar tudo.

 

O diretor entrou sem anunciar, parando frente a frente com ambos.
— Senhor Rick, posso falar a sós com a paciente? — Disse de modo cordial, mas sua voz estava falha.
— Senhor Gordon...Eu aconselho ao senhor esperar terminar a sess…
— Senhor Rick, isso é uma ordem. — Gordon interrompeu o rapaz, que não pode fazer nada além de obedecer.
— Harley… Eu volto já — Disse o moreno contendo a irritação. Ela apenas concordou com a cabeça, sem ao menos sair do lugar ou olhar para o homem gordo que se sentou na sua frente.

Gordon pigarreou tão forte que sua poderia vomitar a própria garganta.
Harley Quinn olhou com um sorriso irônico.
— Por que você veio? Quer brincar comigo? — Com os pés, a palhaça deslizou sobre as pernas do homem, que ficou constrangido no mesmo instante.
— Por favor Harleen… Eu quero conversar com você — Praticamente suplicou.
— O que já conversamos sobre o nome? — Ela  o fuzilou com o olhar.
— Eu não acredito que você esteja realmente louca Harleen… Por Deus! — Ele se levantou irritado — Isso é impossível...Você só está fugindo da realidade.

Ela o olhou séria, e pela primeira vez ele sentiu medo.

— Gordon, vamos fazer o seguinte. — Ela se levantou também, e ele percebeu que foi um erro entrar na sala sem que ela estivesse amarrada — Você vai sentar essa merda dessa bunda gorda na cadeira… E talvez, TALVEZ, eu não mate você aqui e agora! — Ela bateu os punhos contra a mesa de aço fazendo um estrondo.  

Ele obedeceu.

Sentou-se lentamente com os olhos vidrados na palhaça do crime, que permaneceu em pé debruçada com as mãos sob a mesa.
— Eu… É… Eu… — Jim não sabia ao certo o que dizer. Estava esperando uma reação da mulher.
E num piscar de olhos o humor dela mudou. Ela deu uma gargalhada olhando para Gordon, dando um largo sorriso no final.
— Não não, Gordon, eu não vou matar você — Ela mordeu os lábios.
— O que vai fazer então? — Ele se arrependeu no mesmo instante.
— Uh… Eu não vou fazer nada — Ela deu volta na sala, sentando no chão e pegando de um buraco na parede os utensílios que ela usava para confeccionar as tatuagens — Mas tenho até pena do que meu puddinzinho vai fazer com você.

Enquanto talhava mais algum desenho sem sentido em suas pernas, a palhacinha sorria em meio a uma conversa com seu sub-consciente.  

 

Jim Gordon não falou nada, ficou sentando e paralisado por minutos que pareciam horas. Ele estava convencido de que Harleen Quinzel ainda podia voltar a ser o que era, mas ao mesmo tempo sentia-se acuado pelo comportamento sem pudor da mulher.
Ele só se levantou quando Rick apareceu na porta da cela, pigarreando.
— Senhor Gordon, posso voltar para a minha paciente?
— Não Rick — O homem se levantou, sério — A paciente 185 vai ficar na solitária.
— Mas senhor… Ela não apresentou mau comportamento…
— Rick, chega! — Jim alterou a voz — Já está decidido.

Saiu de lá sem olhar para trás. Não era raiva que ele sentia de Harley que o fez deixa-la na solitária. Era medo. Medo de Rick ir pelo mesmo caminho da Doutora, por estar tão convencido que ela teria cura.

Ao que parece… A loucura é mesmo contagiosa.  

Precisou de dois quatro seguranças para tirar Harley de lá e coloca-la na solitária, sendo que um ela conseguiu furar o olho com o clipe que estava na mão. Ela se debatia, esmurrava os homens, mordia e gritava.

— Eu vou matar vocês! Todos vocês! — Ela gritava sem parar por trás da porta acolchoada. Gritou por mais ou menos duas horas, até que Gordon tomou uma decisão de seda-lá.

E então ela dormiu profundamente, quase dando a impressão de estar morta.

 

***

 

Ao cair da noite, do outro lado da cidade, Coringa recarregava sua metralhadora calmamente no banco do carro. Johnny estava dirigindo a lamborghini, dois comparsas estavam no banco de trás e uma van preta os seguiam, com mais homens.
O palhaço assobiava uma música.
— Senhor, estamos a duas quadras de Arkham — Johnny anunciou parando o carro em um beco escuro.
— Você acha que eu estou bem vestido? — Coringa perguntou, ignorando a informação de Frost. Ele usava seu sobretudo de couro roxo, calça social preta e nenhuma camiseta, o que deixava suas tatuagens do peito a mostra. O cabelo sempre impecável penteado para trás.
— Sim senhor… Está magnífico! — Johnny respondeu sorrindo, sendo acompanhado pela risada do palhaço.
— Então não tem porque se esconder. Não é mesmo johnny johnny? — Ele esfregava uma mão na outra. — O circo chegou na cidade!

Johnny entendeu o que ele quis dizer e abriu um sorriso.

— Atenção picadeiro — Falou o comparsa no rádio para os outros homens na van — Vamos entrar pela frente. Espero que estejam usando suas melhores roupas… Não se esqueçam das máscaras.

E então o carro foi a toda velocidade para Arkham, com Coringa rindo insanamente.

 

A lamborghini foi a primeira a chegar, mas Johnny não diminuiu a velocidade, atravessou então o portão da frente do hospício e só parou quando o carro começou a sair fumaça. A Van chegou logo atrás, mas antes que os guardas pudessem fazer algo, todos saíram do carro atirando para todos os lados.
Passar pela entrada foi fácil, depois do tiro de bazuca que George disparou contra a porta de entrada o que restou foi ruínas do que um dia foi a recepção. O palhaço entrou calmamente, como se estivesse passeando no shopping. Passou pelos corpos que haviam jogado no chão sem ao menos olhar para baixo.

Tirou do bolso do sobretudo um pequeno celular. Discou um número.
— Escutei a entrada de vocês. Mais guardas indo a oeste — Disse a voz.
— Certo, não preciso acabar com todos eles. — Coringa respondeu — Só quero levar minha Harley.
— Ela está na solitária. Fica no subterrâneo, andar 5 corredor 0. — Respondeu a voz masculina do outro lado da linha.

Coringa desligou o celular e ordenou seus capangas irem a oeste encontrar os guardas, enquanto ele, Johnny e George desciam para a solitária.

Foram de elevador, provando ainda mais que eles não se intimidavam com câmeras. O subsolo estava vazio e silencioso. Ao chegar no corredor onde se encontrava Harley, apenas Rick - o psiquiatra - estava na frente da cela da palhaça. George se preparou para atirar nele, mas senhor C. atirou no pé do capanga primeiro.
— Que porra! Ele vai chamar os guardas — George disse em meio a gemidos de dor.
— Cale essa boca. — Coringa rosnou para ele. Se aproximou de Rick e lhe jogou um bolo de dinheiro sem dizer nada. Rick destrancou a porta da cela de Harley, mas antes de abrir encarou o palhaço.
— Acho que não vai gostar de ver como a deixaram…
O homem de cabelos verdes o ignorou, e abriu a porta bruscamente,

 

Lá estava ela, jogada no chão como se estivesse morta. Estava babando, parecia mais magra e com uma expressão de dor.
Coringa apertou tão forte a mandíbula que os homens ali presentes conseguiram escutar o ranger de dentes. Ele se aproximou da palhacinha e agachou ao lado dela. Passou a mão pelos cabelos platinados da mulher e acariciou seu rosto.
— Não se preocupe meu amorzinho — Sussurrou — Eu já vou te levar pra casa. Se levantou determinado e encarou Johnny. — Leve-a para a Van… Proteja Harley com sua vida se necessário — Ordenou com um brilho macabro no olhar.
Johnny concordou e pôs se a carregar a rainha de Gothan.

 

— E você… — Coringa encarou Rick — Te pago o dobro se me levar até quem fez isso com ela.

Rick abriu um sorriso. — A sala do Gordon é no último andar.


 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, vejo vocês nos comentários. Até lá <3


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