Pov’s Daryl
Assim que cheguei em casa, tratei logo de ir para meu quarto, não queria ficar muito perto de Danna. Eu não quero me aproximar de ninguém, porque sempre quando me apróximo acabo me magoando de alguma forma.
Fechei a porta do meu quarto me deitando, e ouvi alguem bater na porta.
— Sou eu o Rick, abra a porta quero falar com você. – Eu abri a porta para ele.
— O que houve ? – Me sentei na cama esperando ele falar.
— O que está acontecendo com você ? Desde que Danna chegou você está estranho, parece distante de todos.
— Eu só não quero ficar muito perto dela, se não vai acontecer a mesma coisa que com Beth, eu vou me aproximar dela e vou gostar dela e vou perde- lá. E sempre assim.
— Daryl, não deixe que o que aconteceu com a Beth te atrapalhe, Danna é diferente, se você gosta dela vá em frente.
— Eu não quero ser rápido, eu ainda não confio muito nela, ela ainda pode ser perigosa. – Rick deu uma risada.
— Sim, mas ela e uma boa garota, Daryl. – Rick estava pronto para sair mas antes se virou para mim. — Você pode ir amanhã buscar remédios com Denise e Rosita? Aproveita e chame a Danna.
— Tudo bem.
Pov’s Danna
Eu estava esperando na escada Rick sair do quarto para eu entrar, não queria me meter na conversa deles.
Ouvi a porta bater e Rick descer as escadas dizendo que eu poderia entrar no quarto se eu quisesse. Subi as escadas entrando no quarto e tirando minhas botas para deitar.
— Danna ? – Respondi com um “hm” – Rick pediu para eu te chamar para pegarmos remédio amanhã com Denise e Rosita.
— Tudo bem, eu vou. Agora me deixe dormir. – Me joguei na cama de bruços.
[ … ]
Acordei com Daryl me balançando. Resmunguei.
— Vamos logo, já estão esperando a gente. – Ele se afastou de mim para botar sua bota.
Me levantei botando minhas botas novamente e arrumando meu cabelo do jeito que dava. Me olhei no espelho e eu estava com a cara completamente amassada por conta do sono.
Assim que terminamos de nos arrumar descemos para nos encontrar com Rosita e Denise, eu ainda não conhecia essa Denise.
— Denise essa aqui e Danna, ela chegou faz pouco tempo. – Rosita falou. — Danna, essa aqui e Denise, ela e médica daqui. Bom, agora que vocês já foram apresentadas e bom nós irmos antes que fique tarde. – Rosita disse se dirigindo a porta e nós à seguimos. A gente se despediu de todos e fomos para caminhonete.
No caminho acabamos encurralados por uma árvore imensa no meio da estrada. Eu, Daryl e Rosita saímos do carro para ver se tinha algum perigo passar por alí deixando Denise no carro. O caminho estava livre e Rosita foi chamar Denise.
— Eu vou pela estrada, e mais rápido. – Decidi ir com Daryl, a estrada parecia ser mais rápida.
— Não ! É melhor irmos pelos trilhos. – Rosita disse indo em direção oposta da gente.
— Então você vai pelos trilhos e eu vou pela estrada. – Daryl falou indo em direção a estrada e eu fui atrás.
— Porque não foi junto com a Rosita e Denise ? – Daryl me encarou enquanto andávamos.
— A estrada parece ser mais rápida. – Eu falei encarando o chão.
Quando chegamos no final da estrada, Denise e Rosita ainda não tinham chegado. Resolvemos sentar no chão e conversar.
— Você e o Rick são irmãos ? – Disse tentando cortar o silêncio.
— Não, eu sou como braço direito dele.
— Vocês são bem próximos. Mas você não tem nenhum parente que esteja vivo ?
— Só tinha meu irmão, Merle. Mas ele morreu. E você não tem nenhum parente ?
— Lamento pelo seu irmão. Minha família toda morreu também. Eu estou sozinha. – Preferi não falar do meu namorado.
— Você não está sozinha, você tem a mim e a todos do grupo.
— Ainda bem que eu tenho vocês.
Antes que ele respondesse Rosita e Denise se aproximavam fazendo eu e Daryl levantar.
— Vocês demoraram. – Daryl falou já andando na frente. — Eu disse que a estrada era mais rápido.
Chegamos na farmácia e revistamos o lugar para ver se não tinha nenhum errante.
Entramos e fomos direito para ala de remédios. Estava fechado e Daryl arrombou e entramos, o lugar tinha muito remédio. Denise ficou do lado de fora.
— Quais remédios tem que levar ? – Rosita falou com Denise.
— Pegue todos que puder. – Denise saiu de nossa vista indo em direção a uma porta. Pegamos todos os remédios que podíamos e ouvimos um barulho e Denise saiu esbarrando em tudo.
— O que pensa que tá fazendo ? – Eu disse à encarando.
— Nada.
Pegamos os últimos remédios e saímos de lá encontrando Denise sentada no chão chorando. Ela não estava acostumada com aquilo, foi a mesma coisa comigo, acho que com a maioria.
— Vamos Denise, eu sabia que você ainda não estava pronta, eu te disse. – Rosita falou.
— Mas eu só vou conseguir ficar boa se eu tentar.
No meio do caminho Denise resolveu procurar algo em um dos carros. O que não seria boa ideia já que tinha um errante dentro.
— Ei, esquece isso, já pegamos o que tínhamos que pegar. – Tentei convencê- lá mas ela não me ouviu.
— Pode ter que tenha algo que pode ser útil. – Assim que ela abriu a porta o errante pulou para cima dela e ela não conseguia matar, corremos para ajudar.
— Não ! Eu quero matar sozinha. – Ela pegou a faca e finalmente encravou na cabeça do errante. Depois de matar ele, ela simplesmente vomitou. Se limpou e foi pegar o que ela tanto queria uma caixa de refrigerante.
— Você tá de sacanagem ? Quase arriscou sua vida, nossa vidas por uma droga de caixa de refrigerante ? – Rosita falou quase pulando em cima do pescoço de Denise.
— Não sou todos os refrigerantes, é apenas esse refrigerante. – Balançou o refrigerante em sinal de ironia.
No caminho Rosita ainda parecia irritada com a situação e continuava falando.
— Você não pode fazer isso, e muito arriscado. Se você morre o que faremos ? Você ainda não ta pronta pra fazer essas coisas.
— Olha, eu já entendi, mas eu precisava tentar. Eu chamei você Daryl porque você lembra meu irmão, corajoso, sem medo de se arriscar. Eu te chamei Rosita porque você é forte e estava sozinha talvez pela primeira fez na vida. Tara me disse que me amava, e eu não soube responder, sabe porque ? Porque eu tenho medo. – Ela falava tudo e eu encarava a situação de longe – E a gente só tem uma vida… – Antes que ela pudesse terminar uma flecha atingiu o olho dela. – temos que arriscar… – Daryl foi mais rápido e a segurou não deixando ela cair, tudo foi muito rápido, em câmera lenta. Eu não sabia o que fazer..
Nós miramos para onde veio a flecha e um cara com o rosto parcialmente queimado com vários homens com suas armas, e ali estava Eugene. Refém deles.
— Abaixem as armas agora. – O loiro a nossa frente gritou. Abaixamos nossas armas. — Você tem algo a me dizer ? – O homem disse em direção ao Daryl. — Você não fala muito não é ? Eu ainda estou aprendendo a usar. – Percebi que ele segurava e falava de uma besta - quase - idêntica de Daryl. Dois homens armados nos revistou e pegou nossas mochilas e armas.
— Qual seu nome querida ? – O homem se dirigiu a mim com um olhar cínico. Daryl me puxou para mais perto dele.
— Danna.
— O que você quer da gente ? – Rosita perguntou pro homem com rancor.
— Ah, eu esqueci de me apresentar só D ou Dwight como quiserem. Bom, eu quero que vocês nos levem até a comunidade de vocês e deixam a gente levar tudo, ou eu mato esse cara e logo depois vocês. Vocês escolhem. – Ele apontou a arma para Eugene e depois para nós.
— Se for matar alguém, mate nosso amigo alí atrás. – Eugene apontou com a cabeça para atrás de nós.
— Vai ver. – Dwight mandou um de seus homens ir até lá e foi nesse tempo que Eugene mordeu as partes intimas de Dwight o fazendo gritar.
Ouvimos tiros e vimos que foi Abraham que tinha atirado, Daryl pegou a arma do chão atirando nos homens e meu deu outra.
— Recuem agora. – Dwight gritou e antes de sair deu dois tiros no Eugene.
Assim que vimos que estávamos livres pegamos Eugene e levamos para a caminhonete o levando para Alexandria, quando chegamos Maggie e Carol o socorreu. Daryl disse que voltaria para buscar o corpo de Denise e fazer o enterro.
Fiquei esperando na Daryl chegar e conversei com Maggie, descobri que ela estava grávida. Estava feliz por ela, acreditava que podia existir esperança desse mundo nessas crianças.Quando Daryl chegou já era noite e eu estava saindo do banho quando ele entrou no quarto derrepente.
— Ei, eu estou sem roupa, dá pra esperar eu me vestir. – Disse indignada por ele ter entrado sem bater antes.
— O quarto também é meu, não preciso ficar batendo na porta pra entrar, se quiser se arrumar se arrume no banheiro. – Ele disse grosseiramente me fazendo recuar.
— Não precisa falar assim, é só que eu tomei um susto, eu vou me vestir no banheiro então. – Entrei no banheiro trancando a porta e me escorando na mesma, e não sei porquê, mas eu fiquei mal, ele e sempre grosso comigo, deixei uma lágrima cair não me importando se ficaria com olho vermelho depois. Me vesti rapidamente secando as lágrimas, não deixaria que Dixon me deixasse mal. Sai do quarto sem nem olhar para Daryl indo até a cozinha para comer algo, não comia desde manhã. Sentei na escada da casa e Rick se sentou ao meu lado.
— Hey, não consegue dormir ?
— Eu só queria ficar um pouco aqui fora. – Eu sorri de leve. – Como está Eugene ?
— Está melhor. Você está bem ? Parece triste. – Ele passou a mãos nos meus cabelos com o rosto preocupado.
— Sim, e só que as vezes o Daryl consegue me enlouquecer ! – Eu respondi rindo sem humor.
— Sim, ele é grosso com quem não conhece muito, mas acredite tem gente que pode te tratar melhor. – Ele disse se levantando. – Bom, boa noite Danna. – Ele saiu indo em direção a casa me deixando sem entender. É melhor eu ir dormir. Subi as escadas indo direto para meu quarto dormir encontrando Daryl jogado na sua cama. Desliguei a luz e deitei na minha cama dormindo logo em seguida.
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