Sentia-se leve como uma pena, mas parecia afundar.
Era como se estivesse afundando nas profundezas do oceano. Era escuro, frio e inóspito. Estava sozinho. Não havia ninguém para quem pedir ajuda, mas mesmo assim estendeu sua mão para cima. Como se tentasse alcançar a superfície.
Ele tentou gritar, porém, sua voz não era ouvida nem por si e então o ar se tornou escasso.
Não conseguiria mais.
Estava sozinho.
E ninguém o salvaria.
.
.
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Seus olhos se abrem lentamente o libertando da escuridão. No lugar, sua visão foi tomado por um céu folheado em ouro. Era o teto de um quarto nobre. Talvez. Duvidava que até mesmo a nobreza pudesse ostentar tanto assim.
Sua cabeça parecia querer matá-lo com uma dor insistente e insuportável. Parecia que levou a pior pancada de toda vida. Ou a pior ressaca.
Ele se levanta, percebendo que estava deitado em uma bela cama de casal confortável. Leva sua mão ao rosto, esfregando para tentar espantar o sono e a dor. Não adiantou de nada.
Estava confuso e então olhou para o lado, levando um susto que quase o fez pular da cama ao dar-se de cara com uma bela mulher de pele esverdeada que o encarava igualmente assustada. Mas diferente dele, ela tentava o melhor para não transparecer:
— Você está bem? — questiona preocupada. Aquilo parecia ser sincero. O rapaz olhou da cabeça aos pés. Não literalmente, pois ela estava sentada e seu vestido cobria até os pés. Não importava o quanto tentasse, não conseguia lembrar dela.
— Estou? A minha cabeça dói, então acho que não. — responde com humor. Mais como uma forma de parecer firme naquela situação.
— Está assim porque se feriu. — Ela volta a uma postura mais centrada e séria.
— Oh. Okay, posso te fazer uma pergunta? — Ela apenas acena com a cabeça com uma expressão curiosa. — Quem é você?
Não sabia se era melhor ideia ter dito aquilo agora que a mesma demonstrava uma expressão mais assustada. Eles ficaram em silêncio por alguns segundos que mais pareciam longos minutos:
— Isso é sério? Você não se lembra? — Ela ainda parecia bastante espantada.
— É? Eu não lembro quem é você, quem sou eu ou que lugar é este. É como se eu estivesse preso no fundo do oceano e cego sem saber. Eu não consigo alcançar a superfície. — Então se perde em devaneios. Por causa disso, ele não percebe o pequeno sorriso que surge no lábios da loira naquele instante.
— Eu posso te ajudar com isso. Meu nome é Midna e eu sou sua irmã.
O homem rapidamente a encara com seus olhos safiras arregalados. Ele afasta seus lábios pronto para pronunciar algo, entretanto, nada sai. Ele não tinha certeza, mas sentia que poderia confiar nela.
— Você é minha irmã? Eu não sou capaz de lembrar o fato de ter uma irmã. Desculpe por isso. — profere com um sorriso nervoso de canto. Midna continuava com uma expressão séria.
— Se quiser, eu posso te explicar mais.
— Obrigado por isso. Então... Quem eu sou? — Ela sorri serenamente após aquela pergunta.
— Link. Você é Link e meu irmão.
Apesar de não se lembrar de nada sobre ele, sua relações ou a situação do mundo, Link sentiu uma conexão com ela.
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