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História A love story - Capítulo 1 - Desastres repentinos


Escrita por: hopeless_garden

Notas do Autor


Obrigada pela preferência e desculpem-me por qualquer erro ortográfico!

Capítulo 1 - Capítulo 1 - Desastres repentinos


Era uma manhã agradável. Alguns fios de luz ultrapassavam as persianas fechadas, sendo a única iluminação presente no quarto.  O silêncio era absoluto, sem buzinas, pássaros ou até mesmo vozes irritantes, exceto pelo som da chuva - que era extremamente relaxante. Em outras palavras, e sem exageros, era uma manhã magnífica.

Abria os olhos lentamente enquanto o som dos chuviscos repercutiam pelo quarto. Pelo...quarto?

Bianca levanta com um grande impulso, batendo a cabeça com força no teto.

- AI! - Grita, enquanto passa a mão pelo possível "galo" que formava em sua cabeça.

- Q-Que isso? - Sara pergunta com a voz rouca, acordando com a atitude da irmã.

Uma goteira localizava-se exatamente acima de Bianca, deixando seu rosto e seu travesseiro encharcados. Na parte de baixo da beliche, Sara tentava encontrar a fonte do barulho, levantando-se da cama com pressa.

- Droga, droga, droga... 

- Bianca? O que aconteceu? - Sara entrava em desespero, criando várias hipóteses em sua cabeça.

Um choro intenso e agudo invade o quarto, o que faz com que as duas irmãs tampassem os ouvidos com força a fim de cessa-lo.  Sara caminha em direção de sua irmãzinha que havia acordado, reclamando sobre ser a única a fazer as coisas pela casa. Bianca pulou da beliche e correu em direção ao banheiro, levando algumas roupas e o celular consigo. Sara segurava a irmãzinha no intuito de acalmá-la, enquanto gritava com a irmã por ter ignorado a situação.

- O que está acontecendo? - Pergunta a mãe das meninas assim que entra no quarto, com olhar de cansaço e olheiras profundas.

- Não pergunte a mim, foi a Bianca quem convocou a família inteira.

A garota sai do banheiro ofegando. Tenta falar, mas fica sem fôlego. Com pressa e sem tempo, simplesmente sai do quarto sem tirar os olhos do celular, fazendo com que Sara e Mônica ficassem confusas.

Bianca pega seu casaco, sua bolsa e sua pasta de dente. Agarra uma fatia de pão com a boca e corre em direção ao carro, mas não consegue abri-lo por suas mãos estarem inteiramente ocupadas. Joga tudo no chão e, usando as duas mãos, enfia a fatia de pão para dentro de sua boca, encontrando dificuldade para respirar com suas bochechas lotadas. Abre o carro com suas chaves , senta no banco da frente e pega as coisas que estavam no chão, batendo com as mãos para tirar qualquer sujeira impregnada. Fecha a porta e, finalmente, liga o carro. Termina de mastigar a fatia e observa o celular. Já eram 6:56.

- Está tudo bem. Tudo ótimo, na verdade. - repetia para si mesma, pois tinha fé em pensamentos positivos - Agora é só...

O carro para aos poucos, sem ter ao menos saído da garagem. Estava com tanta pressa que não notou o aviso de que a gasolina estava ao fim. Gritando consigo mesma, sai do carro sem pensar e corre para o ponto de ônibus, que estava a alguns metros de sua casa.

Depois de esperar por alguns minutos, o ônibus chega. Bianca, agora mais calma, entra pela porta e senta-se ao lado de um senhor. Sente uma coceira no nariz e...

- ATIM! - espirra algumas vezes seguidas.

Ao se deparar com a situação, o pequeno senhor tira um lenço sujo do bolso e o oferece à Bianca, abrindo um sorriso que exibia seus quatro dentes amarelos.

- N-não, obrigada... - A garota diz enquanto fungava.

O senhor franze o cenho, fazendo cara feia. Fica a encarando por alguns segundos, em silêncio. Depois de alguns minutos nessa situação constrangedora, o senhor decide jogar o lenço no rosto de Bianca.

- Garota malcriada. - resmunga e parte para outro branco.

Bianca tira o lenço do rosto, tampando a respiração devido ao  forte odor que o mesmo exalava. Fica por algum tempo perguntando-se sobre o que teria feito de errado, até que o ônibus para no ponto que desejava. Sai do ônibus rapidamente e localiza seu destino com os olhos, soltando seu primeiro sorriso do dia. Agora mais calma, caminha em direção ao local.

Era uma sala grande. Várias pessoas bem vestidas estavam sentadas em cadeiras de veludo vermelhas. O chão era branco, tão brilhante que seria capaz de refletir qualquer tipo de objeto. Em seu canto direito estava a mesa da secretária, vestida com roupas caras e com o rosto lotado de maquiagem. Bianca suspira, engole seco e caminha em direção à ela.

- Pois não? - Pergunta a secretária.

- Eu me chamo Bianca Palhares. Eu vim para uma entrevista de emprego, eu sei que estou...

- É só aguardar. - Diz sem mesmo olhar em seu rosto, entregando uma senha com o número "20".

Bianca olha para o monitor e observa o número 19. No mesmo momento, um rapaz de terno e gravata desce as escadas com o rosto inchado, vermelho e enrugado, tal aparência indicava que permaneceu alguns minutos chorando.

Ouve um som de apito e percebe que o monitor agora exibia o número "21".

Por ter passado tanto estresse, Bianca nem sequer lembrava do que havia ensaiado. A secretária chama pelo seu nome, apontando em direção às escadas. Sem hesitar, sobe os vários degraus que se formavam em espiral, deixando suas pernas exaustas. Assim que termina de subi-la, não vê o tapete em sua frente e tropeça, quebrando um dos saltos.

- O QUE MAIS VOCÊ QUER DE MIM? - Gritou enquanto olhava para o céu.

- Como? - escuta uma voz em sua frente.

Um homem que aparentava ter seus 40 anos olhava para Bianca, assustado. Tinha cabelos bagunçados, barba bem feita e olhos castanhos. Estava usando um terno preto e uma gravata vermelha. Suas características o faziam um homem, no mínimo, rico.

Bianca ri, sem graça. Senta-se em frente ao homem, dando de cara com um espelho atrás do mesmo.

-Meu Deus... - Grita.

Bianca observou uma mancha amarela que estava ali devido ao lenço arremessado em seu rosto. Tinha pedaços de pão no canto da boca e vários fios de cabelo espalhados por seu casaco. O senhor tenta falar alguma coisa, mas ela interrompe.

- Só vamos logo com isso. Eu sei que minha aparência está ridícula, mas eu tive uma manhã terrível, então, peço pra prestar atenção apenas no que eu disser, nada além disso.

O homem solta uma leve gargalhada e cruza os braços, esperando para que Bianca fale.

 

 

Eram duas horas da tarde. Bianca chega em casa, soltando alguns espirros. Sara e Mônica assustam-se com a aparência da menina.

- E aí, como foi? - perguntam ao mesmo tempo.

- Eu... 

- Tudo bem. - diz a mãe. - Isso acontece. Eu sei que é difícil, mas você pode tentar em outro lugar e...

- Eu... consegui. - diz Bianca - Vou trabalhar como babá na casa dos Gomes.


Notas Finais


A partir do próximo episódio veremos a entrada de Bianca na mansão da família :)


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