História A Love To Remember - Chapter One

ღA Love To Rememberღ

''Há um virar de página a história continua, mas o texto não.''

As vezes mudar não é algo totalmente negativo, tem seus lados bons que você quer realmente acreditar nisso. Não, eu não estou falando apenas mudar de residência, cidade, ou país, apesar de ser o meu caso. Estou falando do termo em geral onde você muda o físico e principalmente sua mente, não quero chegar a lugar algum com meus pensamentos apesar de ser uma pessoa totalmente egoísta, não irei negar, eu gosto de ser assim. Apesar dos julgamentos e olhares críticos no final eu nunca me importei e não será agora que irei me importar. 

— Sakura? Por quê está demorando tanto? — Indagou Mebuki, minha mãe. Mebuki Haruno é uma mulher com uma personalidade forte onde deixa todos ''pianinhos''. 

— Mãe, essas caixas estão pesadas, tenha paciência — Digo de forma alta para que ela escutasse, Konoha. A cidade da folha, dizem que essa cidade fornece todo tipo de planta para todo tipo de cura mas não é conhecida mundialmente apenas por cidades vizinhas. Não tenho muito conhecimento sobre ela, mas de qualquer forma iria descobrir querendo ou não.

— Precisa de ajuda? — Indagou novamente me fazendo bufar, a impaciência dela era algo incrivelmente grande e ao mesmo tempo chato. Virei meu corpo enquanto equilibrava a caixa em minhas mãos e braços, revirando os olhos. Meus passos eram cuidadosos, me senti ser guiada pela mais velha assim me fazendo suspirar aliviada, ao adentrar a casa senti o frescor diferente da outra casa, onde o cheiro era totalmente de mofo. Coloquei a caixa sobre a mesa onde não havia nenhum pano decorativo ou até mesmo limpo. 

— Deveríamos ter deixado aqueles homens entrar e ajudar com as caixas. — Comentei enquanto me jogava na cadeira, aquela havia sido a última caixa. Quantas caixas eu tinha carregado? Não sabia, mas era o suficiente para ter uma bela dor nas costas ou simplesmente na coluna. 

— Não devemos esperar pelo sexo oposto, se estamos disposta devemos fazer — Disse minha mãe elevando a mão em seguida fechando o punho, eu quase gargalhei, quase. Sabia que era verdade mas hoje eu tinha que abrir uma exceção, uma grande exceção. 

— Sim, não devemos esperar. Mas eu irei esperar uma bela massagem sua — Brinquei enquanto observava ela mucha igual uma flor aos poucos, agora sim, eu tinha motivos para gargalhar e assim eu fiz. 

(...) 

— Sakura Haruno — Mebuki me chamou, assim me fazendo despertar. Dei um pulo na cadeira enquanto falava as seguintes palavras:

— Não fui eu, quem comeu a torta de limão foi Tio orochimaru. — Abri meus olhos ao ouvir ela gargalhar, tapei meus ouvidos com minhas mãos gélidas. Minha cabeça estava a ponto de explodir, dormir não era algo normal, virou obrigatório.

Tio orochimaru, foi o homem que nos ajudou a vim para Konoha. Sempre o achei estranho meu subconsciente avisava que ele tinha algo errado mas sempre ignorei esse aviso, não que eu confiava nas pessoas de primeira, mas ele era alguém de nosso sangue. Então não o por quê desconfiar, certo? 

— Isso se passou há muito tempo e sabemos que quem comeu foi você. Agora me diga, por quê não está limpando os talheres, as taças, os pratos de vidro? — Observei ela cruzar os braços, enquanto falava cada objeto que estava sobre posto na mesa. Apenas bufei pegando cada objeto de vidro enquanto tirava cada gota de água que possuía em seguida guardando em cada canto que era destinado a eles. Eu tinha acabado de completar dezoito anos, não fazia muito tempo mas foi comemorado de um jeito diferente e um tanto exótico com uma pintada de esquisitice onde prefiro esquecer apesar de ter sido um dos momentos mais engraçados que a vida já tinha me proporcionado. 

Após ter terminado todo o trabalho chato que me deram, fui direto para o banheiro antes que mais tarefas chegasse aos meus ouvidos e eu teria que fazer querendo ou não. Retirei toda aquela roupa suja do meu corpo enquanto meu sorriso satisfatório por sentir a água cair sobre meu corpo. Quase não consegui sair depois de vários minutos debaixo do chuveiro, mas sabia que a conta iria vim alta e não sabia realmente se Tio Orochi iria mesmo arrumar um belo trabalho para nós duas, nossas vidas ao mudar pareceu mudar para cheias de incertezas e a minha, principalmente. 

Ao sair do banheiro, senti aquele maldito vento gelado bater em minha pele molhada, onde tremi dos pés a cabeça. O inverno em Konoha era rigoroso mas algo que amava era a neve e foi um dos principais motivos que vim para essa cidade tão afastada da minha, onde perdi tudo e todos que tinha conquistado com esforço. Iria recomeçar do zero, não que eu me arrependesse mas não podia negar que eu estava insegura, era um dos sentimentos que sempre atacava dentro de mim onde várias perguntas era feita e refeita em minha mente. 

Passei pelo corredor assim entrando em meu quarto, onde fechei a porta com força e rapidez pelo frio, liguei o aquecedor onde aos poucos minha tremedeira foi passando. Cheguei perto do espelho onde poderia me ver dos pés a cabeça, meus rosto alvo, olhos grandes e verdes, o chamava de esmeraldinos. Cabelos róseos curto, minha mãe sempre disse que cabelos curtos era mais sexy. O que claro, sempre me sentia envergonhada. Iria começar meu primeiro ano na faculdade onde já paguei meu primeiro mês, cursar medicina era meu sonho e iria realiza-lo. Não podia dizer que eu era rica, mas também não era pobre. Tinha um custo financeiro confortável mas não poderíamos abusar tanto, quando eu gostaria. 

Procurei uma roupa nas malas, ainda não tinha desfeito por preguiça e por cansaço. Meus materiais foram todos comprados por Tio Orochimaru, claro, isso me deixou surpresa mas ele queria muito que eu viajasse com minha mãe o que me deixava ainda mais com um pé atrás. Decidi que a primeira coisa que iria fazer era dormir, me joguei na cama enquanto me cobria com o lençol grosso deixei o aquecedor ligado, por fim apaguei. 

Esse foi o meu último dia de paz e o primeiro dia do meu inferno.

05/07/2014

Sakura Haruno

Konoha