1. Spirit Fanfics >
  2. A Luta Pela Liberdade >
  3. Capítulo I

História A Luta Pela Liberdade - Capítulo I


Escrita por: ngmm

Notas do Autor


nao sei nem se alguem vai ler :p
ah sei la é a minha primeira historia...

Capítulo 1 - Capítulo I


    Cada estalo que eu ouvi do chicote milésimos antes de atingir a minha pele, soava como uma sentença de morte que me apunhalava repetidamente. A misericórdia da alma do carcereiro não podia ouvir os meus gritos, e cada gota de sangue só podia ser vista pelos olhos sádicos daquele que manuseava com crueldade a arma que as causava.

    Minutos pareciam horas. Horas pareciam não passar, mas ao menos essa eternidade não é nada além de psicológica, pois quando o tempo finalmente passa chega a hora de desamarrarem as minas mãos e me levarem de volta á minha cela.

    Eles não me deixam morrer, pois eu tenho o que eles querem, aquilo que estão enganados em pensar que podem tirar de mim, então, por esse motivo continuam cuidando das minhas feridas antes de me jogarem no lugar imundo e solitário que, por ora, acho que é aquilo que posso chamar com desgosto de ''casa''.

    A água e os remédios que atingem a minha pele causam uma dor relaxante, e tiram bem devagar o fardo de um dia inteiro, e os analgésicos vão periodicamente trazendo paz ao meu corpo desgastado. Eles me trazem a paz física, não a paz que realmente necessito, pois a minha mente continua transtornada, e não consigo passar uma noite sequer sem pensar em Ashley. Com quantos anos ela estaria agora? Dois? Já deve ter aprendido a andar. E Lisa, tendo que cuidar da nossa filha sozinha. Eu não queria te-las abandonado. A crise mundial causada pela guerra está prejudicando a população, tanto que estão recrutando civis como eu, mas ainda assim não estaria tudo tão ruim se eu não tivesse tentado ajudar um semelhante. Ajudei a pessoa errada, e acabei aqui, submetido ao país inimigo, capturado como prisioneiro de guerra. Mas não importa o quanto tentem, nunca vão tirar de mim os segredos que eu sei, não importa quanto do meu sangue tenha que ser derramado até que resolvam dar-me um fim de uma vez por todas.

  Passo a noite toda remoendo tais preocupações, e, antes que eu posso me dar conta, o sol paira pelo horizonte trazendo um único indício da sua luz pela fresta da pequena janela no alto da parede. Eu não me importo, continuo caído no chão do jeito que me deixaram sob uma olhar amargo na noite anterior. 

     Após alguns minutos, ouço um dos soldados do lado de fora bater nas portas de ferro das celas vizinhas e anunciando sem um fio de emoção, e num alto tom ,de voz que é hora de acordar pois já amanheceu, e em alguns minutos serviriam a primeira ''refeição'' do dia.

    Eu fecho com força os olhos e me recuso a abri-los de volta, não quero voltar à realidade, mas uma hora ou outra, vou ter que encara-la mais uma vez, é como um pesadelo sem fim.

    Estou exausto, não é a primeira noite que passo sem conseguir dormir, já não durmo ha pelo menos dois dias, mesmo que eu tente, meu cérebro não consegue descansar, e quando consigo ter alguns minutos de sono, meus maiores medos tornam-se realidade durante meus sonhos. O estresse que domina a minha mente prejudica meu corpo a cada dia...

    Pela pequena passagem da porta um empregado deixa um prato descartável com alguma comida estranha que parece com um purê. Não estou com fome, mas preciso comer. Com muito esforço tento engolir ao menos um pouco da comida. Aquilo passa pela minha garganta como se fossem cacos de vidro que a arranham, e eu tenho um acesso de tosse. Estou com a garganta dolorida devido aos gritos do dia anterior, e só agora percebo que estou sem voz também.

    Estou dando tudo de mim tentando ser forte, por Deus, juro que estou, mas tudo isso, essa nova realidade que a cada segundo apunhala com frieza a minha alma... Quando me dou conta, as lágrimas estão correndo pela minha face, e mais uma vez me encontro perdido em meio ao desespero, implorando a Deus por piedade... O que eu fiz para merecer isso? O que mais me aflige é pensar na minha família, a única coisa que me da motivos para não ceder à morte. Eu não posso saber como elas estão, desde que me prenderam não tenho notícias da guerra, nem de nada do mundo exterior. Já estão atacando os civis? Ainda é seguro sair na rua? A polícia esta conseguindo controlar os revoltosos? 

    Nesse mundo que chora o desespero do caos que enfrenta, em meio a tantas almas mercenárias, ainda vale a pena lutar por algo? A realidade está de cabeça para baixo, mas acho que eu não tenho outra escolha. Não posso desistir enquanto a chama da esperança tiver alguma chance de ainda arder, não enquanto ainda tiver possibilidade da minha família estar a salvo.

    Por elas, eu vou dar um jeito de me libertar e encontra-las novamente, vou dar todo o meu espírito, vou me entregar de corpo e alma para poder protege-las, eu vou dar tudo o que eu posso por elas.


Notas Finais


eu espero fazer os próximos capítulos maiores que este...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...