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História A Luta por Eel - O Chamado


Escrita por: Drupa

Notas do Autor


Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem <3

Capítulo 2 - O Chamado


No capitulo anterior...

"-Iremos enviar um mascote para o Outro Continente imediatamente – sussurrou Miiko para Leiftan – Temos que enviar um chamado para ela...

-Vou cuidar disso, tenho certeza que ela virá – respondeu Leiftan virando as costas e saindo da sala lentamente. – E Miiko, - virou-se e olhou para ela – descanse um pouco, seus olhos mostram seu cansaço.

Miiko envergonhada concordou com a cabeça. Em que momento ela pensaria ser vista como alguém cansada, abatida. Mas talvez ela devesse concordar que tudo havia sido de mais para ela e dormir seria a melhor opção. Então seguiu para seu quarto atravessando o corredor dos guardas e com um pouco de esperança novamente viva dentro dela.

- ( Talvez com Lynn nós conseguiremos achar a resposta para todos esses problemas, como fazíamos antigamente) – pensou Miiko. "

(...)

O sol batia forte na janela e iluminava a grande sala dos comandantes, os entalhes dourados na parede brilhavam com a luz e pareciam ter vida. Lynn olhava hipnotizada, não conseguia desviar sua atenção da beleza que era o reflexo da luz contra os entalhes.

-Comandante Lynn – chamou um homem magro e alto, ele estava parado na porta oval da sala – Recebemos uma carta e está com seu nome escrito.

Lynn olhou para o homem e voltou a sua postura de líder, sentada na cadeira atrás de sua mesa fez um sinal para que o homem se aproximasse. Não era uma novidade receber cartas, muitas delas não tinham finalidade alguma. Mas era sua obrigação lê-las e dar uma resposta.

-Veremos o que tem para mim hoje – disse ela estendendo a mão para pegar o pergaminho.

O homem entregou e como um lampejo, com o pergaminho em mãos Lynn viu o selo. O selo de Eel, de sua antiga cidade, do seu verdadeiro lar. Rapidamente ela abriu o pergaminho e começou a ler, a caligrafia impecável e as palavras usadas...Lynn tinha certeza de que Leiftan havia escrito a carta.

Conforme sua leitura os olhos surpresos de Lynn logo se tornaram mais sombrios, antes o que era um sorriso se transformou em uma expressão fria e séria.

- ( Eel está em perigo e querem a minha ajuda?) – pensou Lynn ao final da carta. – (Depois de tudo...)

-Comandante? – chamou o homem que esperava pacientemente a leitura da carta.

Lynn balançou a cabeça tentando afastar seus pensamentos na esperança de organizar suas ideias e sentimentos.

- Perdão eu apenas me aprofundei muito na leitura – disse ela – Preciso que você leve esta carta para o Chefe Urin, diga a ele que eu precisarei de um barco e partirei hoje pela noite. Ele fará os preparativos...é urgente.

O homem afirmou com a cabeça e saiu da sala rapidamente. Lynn não sabia o que pensar sobre isso mas não poderia abandonar sua cidade e seus amigos, por mais que muitas coisas tivessem acontecido. Seria estranho vê-los novamente mas era necessário.

Lynn levantou-se da cadeira e foi em direção ao seu quarto. O palácio do Outro Continente era 10 vezes maior que o quartel general de Eel, os adornos eram muito mais sofisticados e as pilastras muito mais decoradas e altas. Tudo parecia lindo, mas para Lynn aquele lugar era frio e seco, as pessoas não possuíam amor e empatia.

Ao chegar em seu quarto pegou sua mala empoeirada debaixo da cama e começou a organizar seus pertences. Roupas e sapatos leves, sua armadura e armas Urin levaria para o navio. Ao fechar a mala Lynn olhou envolta.

Paredes brancas, gesso, lençóis de seda, cortinas balançando ao vento. Ela sentiria falta daquilo? Talvez. Olhou para o móvel do lado de sua cama onde em cima havia um quadro. Por que ela ainda guardava aquela foto? Por que ainda dava tanta importância?

Lynn foi na direção da moldura e a segurou firmemente. Na foto estava sua antiga Liga, Valkyon, Nevra, Ezarel e Miiko. Todos sorridentes, felizes. Ela ainda se lembrava do dia que havia tirado a foto, eles tinham ganhado sua primeira missão em conjunto.

O vento frio da janela envolveu o corpo de Lynn, ela apertou o quadro com força.

- (Eu sinto tanta falta) – pensou ela. E sem hesitar colocou o quadro em sua mala. O quadro para o qual ela olhava todas as noites desde que havia chegado ao Outro Continente.

(...)

-Levantar âncora – mandava o Capitão Julius, o qual iria levar Lynn para Eel.

Já era noite, o céu estava limpo e com isso as constelações podiam ser observadas perfeitamente.  A tripulação do navio era praticamente a guarda inteira de Lynn, vestidos com roupas brancas e adornados de prata tentavam seguir as ordens do Capitão o mais rápido possível.

Ao lado do leme estava o Chefe Urin, ao conversar mais cedo com Lynn ele parecia preocupado e não aceitava a ideia de ela ir para Eel. Urin a ajudou com a condição de poder segui-la até Eel e ser seu guarda.

-Você não precisava vir Urin – disse Lynn andando até ele.

-Depois do que eu li, Eel está perigosa, não sabemos o que encontraremos lá – respondeu Urin.

Lynn revirou os olhos, mas ela estava feliz pela companhia. Urin sempre a ajudou muito, era um de seus melhores parceiros e ela se sentia muito segura ao seu lado. Talvez tenha sido uma boa ideia leva-lo para Eel.

-Meus caros – disse Capitão Julius – Estaremos em Eel em aproximadamente um dia e meio, este barco é o mais veloz da guarda e fico feliz em poder utiliza-lo para leva-los aos seus destinos.

-Nós temos que agradecer ao Senhor por ter disponibilizado seu tempo – disse Urin. Mas logo o Capitão interveio:

-Não é nada, sempre sonhei em ir para Eel, dizem que os navegantes possuem mapas ainda desconhecidos por nós dos mares do Leste. Seria uma grande oportunidade para mim!

Lynn deu risada e acenou com a cabeça. Capitão Julius era o mais experiente navegante de todos do Outro Continente, com o barco mais rápido da guarda talvez chegassem até mesmo antes do previsto...até porque Julius parecia muito animado para encontrar os mapas.

Aquela noite foi agitada, no jantar os cozinheiros prepararam um enorme banquete. Todos se divertiram, até mesmo Urin. Apenas Lynn parecia estar submersa em seus pensamentos, muitas coisas vinham em sua mente e no fim do banquete ela decidiu subir para o seu quarto no navio.  Ninguém de fato pareceu notar, todos estavam alterados por conta do álcool.

Lynn acordou com a luz do sol em seu rosto, ao se sentar sentiu o balanço do barco fazendo-a lembrar seu destino. Antes ela se sentia extremamente preocupada mas naquele momento, ela estava apenas confusa.

- (Eu devo chegar a Eel e ajuda-los com todas as minhas forças!) – pensou Lynn antes de se levantar.

A viajem parecia mais longa que o esperado, o tempo se arrastava e não havia muito o que se fazer. Nenhuma mensagem, nenhum chamado...No entanto conforme o dia ia passando os pensamentos de Lynn se tornavam mais fortes, não havia mais preocupação em seu rosto.

Até que finalmente a frase mais esperada por todos foi dita:

-Terra à vista - gritou o Capitão.

Lynn correu até a ponta do navio e se esticou tentando enxergar terra, suas pernas tremiam de felicidade e um calor acolhedor a envolveu. Urin ao seu lado lhe entregou uma luneta, sua expressão era agradável, parecia ver a felicidade de Lynn que rapidamente pegou o objeto de sua mão.

Posicionou a luneta em seu olho direito e apontou para o horizonte. Seus olhos brilharam ao ver Eel, uma pequena pontinha de terra já era o bastante para se sentir em casa novamente.

-(Estou de volta) – pensou ela sorrindo enquanto o navio se movia rapidamente em direção ás terras de Eel. 


Notas Finais


Mais um capítulo concluído! Críticas construtivas e dicas são bem-vindas.
Perdão por qualquer erro de digitação.
Até a próxima :)


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