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  3. 13 de agosto de 2021 0h30 AM

História A Maçã do Éden - 13 de agosto de 2021 0h30 AM


Escrita por: ThaianeDornelas

Notas do Autor


Bom dia meus amores! Temos uma novidade no capítulo de hoje!


~MEGAN TEM UM E-MAIL E ELE ESTÁ ATIVO!~


Portanto, se vocês quiserem perguntar alguma coisa, curiosidades sobre ela, ter algum spoiler ou só xingar ela mesmo, MANDEM E-MAILS! [email protected]


Megan também tem TWITTER, gente! Sigam-na para descobrir como está sua bunda depois das boas cintadas. @meg_theapple

#Ginger

E segue o próximo capítulo:

Capítulo 4 - 13 de agosto de 2021 0h30 AM


*FOTO DO CAPÍTULO EM @MEG_THEAPPLE

 

POV CHRISTIAN

Mal havia sido puxado por Megan, já me desfaço de sua posse e imponho-me novamente, tomando as rédeas da situação.

— Deixe-me ver essa sua bunda – digo em tom de imposição enquanto sentava-me na beirada da cama e Megan, como uma boa submissa, deita-se sob minhas pernas para que eu pudesse examiná-la.

A cor de sua pele é algo impressionante: vários borrões vermelhos que, gradativamente se transformavam em tons de roxo. Confesso que nunca havia deixado nenhuma de minhas submissas daquela forma, mas essa garota me tirou do sério! Me fez ir em um fundo sombrio que eu não havia experimentado antes.

— Está doendo? – pergunto enquanto deslizo a palma de minha mão por sua bunda flagelada.

— Sinto certa ardência, senhor – diz Megan em um tom de confissão.

— Vou buscar uma compressa gelada para esses hematomas, fique aqui.– ordeno, colocando-a deitada na cama novamente e, em seguida já visto minha calça.

Caminho até o totem do celular, o apanhando e coloco-o em meu bolso para, finalmente, ir em direção as escadas a fim de alcançar o andar térreo.

A casa estava silenciosa enquanto a chuva insistia em cair como se não houvesse fim lá fora.

Subo as escadas para o primeiro andar apanhando um edredom e um travesseiro e, ao retornar para o andar térreo, caminho até a cozinha para abrir o freezer e tomar posse de uma bolsa de gel que já estava congelada, pronta para ser utilizada.

Sem demora, já retornava ao porão, encontrando Megan deitada de bruços na cama com o rosto voltado para a porta, esperando-me.

Vou até a cama, deixo o travesseiro e o edredom em cima de sua superfície, porém ainda mantinha a bolsa de gel congelada em minha mão.

— Venha aqui – digo autoritário depois de sentar na beirada da cama e batendo levemente com a mão em uma de minhas pernas, sinalizando que ela deveria deitar sobre elas novamente.

Sem delongas, Megan posicionava-se do jeito correto por cima de minhas pernas e eu podia ver sua bunda outra vez. Com cuidado, vou colocando a bolsa em sua pele machucada aos poucos para que ela se acostume com a temperatura.

— Shhhh... – ouço Megan fazer barulho ao puxar o ar entre os dentes, indicando ardência enquanto seu corpo tenciona repentinamente.

— Já vai amortecer – comento enquanto vou soltando a bolsa por cima de uma de suas nádegas, pressionando-a ali para estimular o sangue a circular, desfazendo aqueles hematomas.

De forma gradativa, Megan vai relaxando até que sua pele aceita bem a compressa gelada e seu corpo se torna leve sobre minhas pernas.

— Você vai dormir aqui, está muito tarde para ficar andando por aí sozinha – estabeleço enquanto prossigo com a compressa em sua nádega – Trouxe cobertor e travesseiros. Esta cama está confortável para você? – Questiono-a realmente preocupado, afinal eu sempre prezei pelo bem estar de minhas submissas e com Megan não seria diferente.

— Está perfeitamente confortável senhor. O quarto é aquecido, vejo que tem um banheiro no outro ambiente do porão... – ela se referia ao ambiente anterior ao playroom, que era uma sala interativa, com videogame, mesa de sinuca, sofás, almofadas e um mini bar. A porta do playroom ficava em baixo da escada, por isso dava a entender aos outros que seria um armário ou coisa que o valha. Devo admitir que foi muito engenhoso de minha parte: ninguém nunca questionou a respeito dessa porta.

— Você pode usar o banheiro, caso queira tomar banho lá tem toalhas e produtos gerais de higiene – deixo-a livre para que se sinta a vontade dentro dos limites que eu colocava – Tens fome?

— Muito obrigada, senhor. Não tenho fome, apenas sono. Andei tanto hoje... – Megan me respondia em um tom de voz suave, porém cansado.

— Então durma – decido enquanto tiro-a de minhas pernas e levanto-me da cama – Vou deixar a bolsa aqui, durma de bruços e use-a durante a noite. Amanhã estará melhor.

— Sim senhor – dizia Megan enquanto apanhava o travesseiro e acomodava-se na cama de bruços.

Com a bolsa em mãos, a coloco sobre suas nádegas e, tomando posse do edredom, cubro-a para que descanse. Sem dizer uma palavra, apenas retiro-me do playroom, deixando a porta entreaberta, indicando minha permissão para o acesso ao outro cômodo e ao banheiro.

No caminhar em direção ao meu quarto, meu pensamento voa longe, e a culpa não podia faltar. Estou ciente de que, no meio do BDSM, o fato de eu ser casado e ter filhos não me impediria de ter uma submissa. Porém a culpa vem em relação à Anastasia.

Ela não conhece o meio BDSM e suas regras. É um mundo totalmente a parte da vida padrão que a sociedade coloca como “correta”.

Minha vida nunca foi padrão, eu nunca me ajustei nessa merda de “politicamente correto” em termos de relacionamento.

Quer dizer, eu me ajustei estes 10 anos que estive casado com Ana, porém o dominador dentro de mim ainda grita por satisfação. Perceber que abri mão de coisas importantes para mim para fazê-la feliz não me dá sensação de arrependimento, mas confesso que sinto-me frustrado.

Tenho ciência de que eu concordei com isso, disse à Ana que ela era mais importante do que meu estilo de vida, mas o preço que eu tenho pago é muito alto, e este aumenta a cada frustração, cada recusa, a cada gravata verde de tecido vagabundo que eu ganho.

 

~*~ 

 

Dia 13 de agosto de 2021 – 8 AM

Desperto abruptamente com o soar escandaloso do meu celular, que vibrava e tocava, sinalizando uma ligação. Antes de situar-me, estico o braço em direção ao criado mudo, alcanço o telefone levando-o até o ouvido.

— Grey... – Atendo em um tom de voz firme, porém um pouco sonolento.

— Bom dia papai! – E a voz estridente de minha filha do outro lado da linha me desperta instantaneamente.

— Bom dia minha princesa, como foi a viagem? – pergunto, sentando-me na cama no mesmo instante, percebendo só agora que estava em meu quarto dormindo com uma samba canção confortável.

— Foi triste, eu senti a sua falta papai – neste momento eu imagino o trabalho que ela deu para Ana e para meus pais durante o voo, o que indiretamente me trás a memória flashs da noite anterior. Como minha pequena ficaria se algo desse errado?

— Hoje eu acordei, vi a praia e fiquei um pouco feliz, mas agora que tô falando com você, eu tô bem mais feliz! – seu jeito tão meigo de falar trás um sorriso sincero ao meu rosto. Minha filha e eu somos muito apegados, não sei como EU poderei viver sem ouvir suas risadas infantis, sentir suas pequenas mãos em meu rosto ou até mesmo suas manhas.

— Que bom minha pequena. Papai também está feliz por você ter ligado. Como está sua mãe, seus avós e seu irmão?

— Mamãe tá aqui do meu lado e Theo já foi para a praia com vovô Carrick e vovó Grace.

— Então deixe-me falar com sua mãe, eu te amo minha princesa – sorrio todo bobo ao dizer isso. Sou um pai extremamente apegado aos meus filhos. Meu amor por eles é muito grande e só de pensar na hipótese de perder trinta segundos disso me trás falta de ar.

— Te amo papai! – Essas três palavras fazem meu coração aquecer completamente, se comprimimdo também pela saudade que eu já sentia de Phoebe.

Alguns chiados no telefone e, sem demora, já podia ouvir a voz de minha mulher.

— Bom dia Christian – a voz de Ana era suave como sempre, porém agora estava mais imponente. 

— Bom dia, senhora Grey, como foi a viagem? Phoebe deu muito trabalho? – questiono-a curioso.

— Sua filha é tão teimosa quanto você. Chorou e só se acalmou quando finalmente dormiu. Agora de manhã ela não pediu, e sim exigiu falar com o pai dela – Posso vê-la perfeitamente por trás das minhas pálpebras revirando os olhos e sorrio percebendo a descontracao em sua voz. Um tom que eu não tenho ouvido com muita frequência e sentia saudade.

— Este sou eu – retribuo o gracejo, mantendo uma conversa espontâneae necessária para abordar o próximo assunto. – Ana, eu queria conversar...

— Christian, eu preciso desligar agora, mais tarde nós ligamos novamente. Phoebe está maluca para ir até o mar – Anastasia interrompe-me e ouço os protestos empolgados da minha princesa.

— Está bem, divirtam-se – digo em um suspiro enquanto minha outra mão já ia em direção a minha testa, massageando-a em preocupação.

— E você, tente relaxar, ou vai morrer de tanto trabalhar – dizia para mim em tom aconselhador.

— Vou trabalhar até com um andador e um aparelho respiratório, lembra-se? – digo de forma bem humorada.

— Elliot estava certo – ela ri do outro lado da linha, mas já podia ouvir a voz manhosa de Phoebe, imagino-a com seu lindo bico pidão.– Mais tarde nos falamos. Eu te amo.

— Eu também te amo, Ana – e, sem demora, a ouço desligar o telefone.

 

Grey, você é um filho da puta!

 

Anastácia não me deixou falar, mas o que eu diria?

 

 

“Desculpa amor, mas não podia perder a oportunidade que apareceu tão fatalmente. Que tal um café?”

 

 Seria absurdo!

 

Amo minha esposa e reconheço meu erro, Ana deixou claro sua opinião sobre o que queria ou não e eu aceitei, porém seria um covarde não conversando com ela. Mas como fazer isso? Como chegar para a mulher pela qual daria sua vida e assumir que a traiu? 

Decido então afastar meus pensamentos por hora para extravasar meus sentimentos em minha sala de crossfit e depois um bom banho.

Se existe um hábito que sobreviveu há todos esses anos é me exercitar ao acordar e depois ter um banho refrescante, deixa-me pronto para o dia.

 

~*~

 

Dia 13 de agosto de 2021 – 10 AM

Após o banho, descia as escadas com uma calça de moletom cinza e uma camiseta azul marinho e já podia sentir um cheiro de comida no ar.

Gail está de volta? O feriado ainda não havia acabado...

Ao chegar na sala, já podia ver Megan na cozinha vestida com meu roupão azul marinho. Seu cabelo estava preso e sua expressão era tranquila.

Além de submissa, ela cozinha?

Lembro-me de Ana no mesmo instante. A única pessoa que me ensinou a fritar um ovo, a cortar alguns legumes e lavar louças.

— Bom dia, Senhor Grey! – ela dizia sorridente, esbanjando alegria.

— Bom dia, Megan – minhas palavras soam firme como de costume.

Naquele instante eu decido que teria de terminar tudo com ela, mas antes  gostaria de saber mais sobre a garota.

Afinal, era a primeira submissa a qual eu não tive nenhuma ficha ou informações privilegiadas: isso era novidade que me deixava desconfortável.

— Fiz um petit-déjeuner, lhe agrada? – um café da manhã francês?

— Fez croissant? – questiono curioso enquanto me aproximo da cozinha, sentindo cheiro de pão e queijo quente.

— Na verdade eu ia fazer algumas tartines, mas decidi por algo mais elaborado. Acabei fazendo croque-monsieur.

Croque-monsieur é um misto quente à francesa: pão molhado no ovo, montado com queijo emmental ou comté e presunto, tostado na frigideira ou no forno com molho bechamel por cima.

Uma iguaria francesa simples, porém apetitosa.

— Já o comi na França. Será que me surpreende? – a questiono em tom de desafio, sentando-me na banqueta do balcão da cozinha, observando a extrema organização de Megan na bancada.

— Espero que sim, senhor – vejo um brilho confiante nos olhos de Megan assim que ela se abaixa para abrir o forno, retirando a forma com dois croque-monsieures de duas camadas muito bem feito. E o cheiro também estava excelente – Eu fiz suco de laranja e passei café também. Não sei o que você prefere, portanto resolvi não arriscar.

— Eu bebo os dois – afirmo enquanto Megan montava um prato e o colocava em minha direção na bancada. Agilmente, ela caminhava em direção à cafeteira, servindo-me café e logo colocava suco em um copo, colocando-o ao meu lado também.

— Bom apetite, senhor. Posso lhe acompanhar? – uma clássica pergunta submissa. Sentia falta disso.

— Pode. Sente-se – a autorizo e ela serve-se de forma respeitosa e senta-se ao meu lado, pedindo licença.

Corto um pedaço de meu croque-monsieur e posso ver o queijo emmental derreter ao ser puxado. Era uma bela visão.

Decido então prova-lo e o gosto é tão excelente quanto o cheiro.

— Onde aprendeu a cozinhar? – a questiono curioso.

— Fui praticamente criada pela minha avó, a velha Vilma Leigh sempre me incentivou a cozinhar. Fiz alguns cursos extracurriculares no colégio e um deles era de gastronomia, que foi onde me aperfeiçoei.

— Entendo. E seus pais? – prossigo em questioná-la para conhecê-la melhor.

— Bom... Meus pais não são bons exemplos... – dizia sem nenhum receio enquanto bebia um gole de seu suco.

Sobre bons exemplos de pais eu sei muito bem...

É impressionante como as pessoas inseridas no universo BDSM tem vidas familiares completamente fodidas.

 

Isso é uma merda.

 

— E como conheceu o BDSM? – não podia deixar de questioná-la sobre logo depois da minha reflexão.

— Meus pais eram praticantes e um tanto explícitos se é que me entende. Sempre estive inserida nesse meio... Aliás sou fruto desse meio. Meu pai foi o primeiro dominador da minha mãe e não a orientou como devia, então eu nasci. Minha mãe ainda era adolescente e depois que se separou dele, não conseguiu ficar sem um dominador em sua vida. Teve até um por quem ela se apaixonou, porém ele não queria envolvimento baunilha com ela, então ela meio que surtou.

— Surtou? – pensei em Leila no mesmo instante. Mas ela não poderia ser sua mãe, já que não havia registros de filhos em sua perícia.

— Sim. Mas eu não presenciei muito disso. Minha avó estava cuidando de mim, como sempre.

— Tive conhecimento de um caso similar... – comento enquanto continuava tomando meu café da manhã.

— Teve? – questiona-me curiosa.

— Sim, ela estava fora de si, completamente maluca. E seus pais foram uns merdas.

— Perdão, mas você está sendo um ótimo pai traindo sua família, não está? – e suas palavras caem como uma bomba nuclear, alterando completamente o clima daquela manhã que, até então, estava harmoniosa.

— Quem você pensa que é para falar assim comigo? – minha voz é extremamente autoritária, lançando-lhe um olhar negro e profundo.

— Talvez a mãe do seu próximo filho – Megan diz com um sorriso presunçoso enquanto coloca as mãos em sua barriga.

 

Porra! Garota imbecil!

 

Seguro-a pelo braço, puxando-a para levantar-se da cadeira e a arrasto através da sala enquanto resmungo.

— Eu queria terminar com isso de uma forma amena, mas já me cansei! – e a solto na beirada da escada para o porão – Troque de roupa, pegue suas coisas e suma da minha casa!

— E se eu não quiser? – vejo um sorriso sínico em seus lábios. Aquilo me deixava ainda mais fora de mim.

— Você vai querer! – e eu esmurro a soleira da porta com fúria, fazendo a parede tremer no mesmo instante – Ou eu mando meu pessoal dar um jeito em você!

— Vai querer dar um jeito em uma garotinha que daqui dois meses fará 16 anos? – O que? Que merda é essa? – E que você ainda espancou e machucou? – diz ela mostrando-me seus pulsos machucados com a gravata.

 

Puta que pariu Grey! 

 

Sinto meu sangue correr mais rápido pelo desespero, mais nem isso supera a raiva. 

— Que merda fodida, Megan! – digo em fúria, segurando seus ombros, chacoalhando-a – Quanto você quer pra sumir da minha casa?

— Quanto? Acha que eu sou alguma puta? Além de pedófilo vai virar aliciador de menores e envolvido com prostituição infantil?

— Porra! – grito furiosamente contra o seu rosto enquanto minhas mãos apertam ainda mais seus braços, dominado pelo ódio. Preciso me afastar dessa garota antes que faza alguma merda. – Vista-se agora e suba. Eu vou te levar pra casa – ordeno-a e a solto, virando as costas para Megan, caminhando furiosamente para o meu escritório.

 

Porra Grey! Você é a porra de um desgraçado!

Olha a merda que você foi se meter!

 

Por que essa merda foi acontecer? Essa garota se mostrou manipuladora e atrevida, nem sei onde seria capaz de ir. 

Onde está a menina tímida e submissa de ontem? Sinto uma vontade absurda de arrancar seu coro com a porra do açoite mais pesado, porém preciso ser racional.

Ao chegar ao meu escritório, apanho meu telefone e disco o número do meu detetive no mesmo instante.

— Welch, é o Grey. Preciso de uma verificação de antecedentes pra ontem! – rosno para o outro lado da linha.

— Nova contratação para a GEH, senhor Grey? – questiona-me.

— Não, é sobre uma garota – rosno de volta.

— Passe-me as informações que eu lhe mando em uma hora – Welch sempre foi um detetive muito ardiloso e solícito.

— Seu nome é Megan, fará 16 anos em outubro, sua mãe a teve na adolescência e o nome de sua avó é Vilma Leigh. Têm olhos azuis, cabelos castanhos, mede por volta de 1,57 e fez curso de capacitação em gastronomia durante o colégio. - Digo puto sem saber se as relatos são realmente verdadeiros.

— Vou averiguar com estas informações. Lhe mando o feedback por e-mail.

— Rápido – esbravejo antes de atirar o aparelho na parede.

 

Aquela garota foi o maior erro da minha vida.

 

Merda, Grey! Você é um baita de um imbecil!

 

Uma menor? Porra imagina como Ana reagiria? Meus pais? A imprensa? 

 

— Estou pronta. Porém sem calcinha – a ouço dizer ao lado da porta do escritório.

— Foda-se sua calcinha, porra! Vamos – falava entre os dentes em extrema raiva, caminhando em direção à garagem, apanhando a chave de meu Audi R8 Spyder 2022.

Precisava de um carro veloz para leva-la para longe da minha vida o mais rápido possível, quem sabe assim eu me livre disso?

 

~*~

 

Dia 13 de agosto de 2021 – 11 AM

— Onde você mora? – pergunto em um tom firme e impassível enquanto já dirigia em direção à Elliott Ave.

— Em Capitol Hills, na Madison com a 13 Ave – a voz de Megan era sempre amena, mas eu já não me sentia confortável com aquilo. Minha vontade era de espancar a sua bunda até que ela entrasse pra dentro de seu corpo!

 

Calma, Grey!

Você não precisa fazer isso!

 

Seguimos os próximos 20 minutos em silêncio.

Sem música.

Sem conversa.

Apenas o ronronar do motor e o barulho do cotidiano de Seattle do lado de fora.

Ao chegarmos em Capitol Hills, estacionava exatamente na esquina da 13 Ave com a Madison. A avenida era movimentada: cheia de restaurantes e bares, enquanto a Rua Madison era um tanto estreita com alguns prédios residenciais. 

— Já chegamos – esbravejo como um convite para Megan se retirar do meu carro.

— Não quer entrar e conhecer minha mãe? – questiona-me com simplicidade. A pergunta me intriga, porém nada me importava mais.

— Adeus, Megan – digo firme olhando para frente, apenas aguardando o fechar da porta para arrancar o carro.

— Ok. Adeus, senhor Grey – dizia com certo pesar na voz, mas não me comovi.

Assim que a porta fecha, solto a embreagem e piso no acelerador, tomando um novo rumo: o Escala.

 

~*~

 

Dia 13 de agosto de 2021 – 12 AM

Havia algumas semanas que eu não vinha mais para o Escala. Confesso que tenho um enorme apreço por esse imóvel e não tenho a intenção de me desfazer dele.

 

Até porque se Anastasia souber o que aconteceu, esse vai ser seu novo lar. 

E sem seus filhos!

 

Merda...Tento não pensar nisso, ocupando minha mente com o que já vivi nesse apartamento, mas tenho muitas lembranças nessa cobertura: lembranças boas e ruins, porém inesquecíveis.

Deixo as chaves em cima da mesa de centro na sala e caminho em direção ao escritório, ligando meu computador no mesmo instante. Abro meus e-mails em anseio pelo relatório de Welch, mas ainda não havia algum. Deixo seu e-mail sincronizado com a impressora enquanto vou finalizando a análise das planilhas das novas aquisições para mandar um aval à Ros ainda hoje.

Ao encerrar a análise, redijo um e-mail para Ros, confirmando a aquisição da empresa e assim que o envio, posso ouvir a impressora funcionar automaticamente e então eu sei: o dossiê chegou.

Levanto-me e vou em direção à máquina, observo impaciente a pagina sair com o dossiê para averiguar as informações daquela garota.

 

MEGAN LEIGH WILLIAMS

Data de Nascimento: 25 de outubro de 2005 – Hartford, Connecticut, USA.

Endereço anterior: 53 Benton Street, Sheldon Charter Oak - Hartford, CT.

Endereço atual: 1521 Madison Street, Capitol Hills – Seattle, WA.

Celular: 860-990-2822

E-mail: [email protected] (N/A: ESTE E-MAIL É REAL – Megan está disponível para conversar, portanto mandem e-mails)

Twitter: @meg_theapple (N/A: O TWITTER TAMBÉM É REAL, SIGAM A MEGAN).

 

Ocupação: Estudante – Ensino Médio

Local: Garfield High School - 400 23rd Ave, Seattle, WA.

Curso Extracurricular: Informática e Sistemas.

Estágio: Técnico em Informática e Sistemas - Local: Escala, 1920 4th Ave, Seattle, WA (finais de semana).

Emprego: Chieftain Irish Pub & Restaurant - 908 12th Ave, Seattle, WA (de terça a sexta).

Educação prévia: Bulkeley High School - 300 Wethersfield Ave, Hartford, CT.

Cursos Extracurriculares: Gastronomia e Informática.

Filiação e tutela:

Pai: Nenhum encontrado.

Mãe: Leila Williams (atualizado em 2017)

Nascimento: 4 de julho de 1987.

Tutela legal até 2020: Vilma Leigh Williams (avó materna) e George A. Williams (avô materno).

Filiações religiosas: nenhuma encontrada

Orientação sexual: não conhecida

Relacionamentos: nenhum indicado no presente



— Mas que merda... - Encaro paralisado o pedaço de papel ouvindo o com do papel ameaçando em meus dedos pela força em que aperto.

Filha da Leila? Como Welch deixou isso escapar no dossiê dela?

Porra! E ela ainda faz estágio aqui no Escala?

Que merda mais fodida! 

E só agora como uma nuvem de poeira se dissipando, a ficha com todos os eventos cai em minha mente, porém em menos de um segundo, sinto uma dor intensa na minha nuca.

Desmaio instantaneamente.


Notas Finais


E agora?!
O que será que fez Grey desmaiar?
Megan e filha da Leila! OMG! Será que agora já podemos juntar alguns pontinhos e fazer algumas suposições?

Quero saber!

Me contem tudo!

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xoxo,

Ginger


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