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História A Maçã do Éden - Dia 13 de agosto de 2021 - 15 AM


Escrita por: ThaianeDornelas

Capítulo 5 - Dia 13 de agosto de 2021 - 15 AM


Fanfic / Fanfiction A Maçã do Éden - Dia 13 de agosto de 2021 - 15 AM


De olhos fechados, podia ouvir uma voz suave cantarolando brandamente uma canção tão amena, que parecia de ninar.

Minha cabeça lateja dolorida e não consigo me lembrar de muita coisa. O que posso notar são meus braços e pernas restringidos por algo que, só de sentir, não consigo identificar.

Restrições? Sinto meu sangue gelar nas veias com a tardia constatação. Um pânico a muito esquecido se apossa do meu corpo, e me sinto outra vez o menino indefeso trancafiado no armário. Tento abrir os olhos, mas o medo e as imagens do cafetão me prendem a essa nuvem de lembrança, tornando o agora confuso e preocupante.

Respira Grey, você não é mais a porra de um garoto!

Solto o ar bruscamente, puxo-o novamente em seguida e esperando alguns instantes para soltá-lo outra vez, tentando assim controlar meus batimentos. Esforço-me para abrir os olhos e, quando consigo, vejo que as restrições se tratavam de algemas de couro, presas a cama no playroom do Escala.

Que merda é essa?!

O medo me atinge outra vez e no impulso de olhar ao redor, viro o rosto abruptamente e minha mente se anuvia com a dor.
Enquanto o latejar intensifica, só consigo pensar no quão fodido estou.

Abro os olhos novamente e examino com cuidado o ambiente.

- Merda! - Rosno ao notar Megan ajoelhada do lado de um dos gaveteiros. Todas as gavetas estavam abertas e reviradas, indicando que ela estava realmente xeretando ali. - O que porra você está fazendo aqui?!

Megan me ignora e continua revirando a gaveta. Ela está sentada no chão e ao seu redor estão espalhadas algemas, espaçadeiras, mordaças, vendas, plugs e toda aquela merda que eu tinha.

- Me solte agora! - Ordeno puto, porém não surte efeito algum. Megan continua tranquila mexendo em tudo sem interromper seu cantarolar.

- Eu cometi um erro fodido e quero esquecer toda essa merda! - Esbravejo imponente comigo mesmo, como se isso me fizesse despertar desse pesadelo, e de repente, Megan olha pra mim e vem engatinhando em minha direção, me observando como se eu fosse a porra de uma presa.

- Papaizinho... - Ela sussurra. A voz aveludada de uma menina inocente, o que já estava me tirando do sério. - Olha o que eu achei... - diz bem próxima da cama, erguendo-se lentamente.

Puta que pariu!

Só agora percebi que Megan estava vestindo o uniforme de colégio da minha filha: Uma saia de pregas azul marinho, camisa branca de botão, gravata xadrez e meias brancas. A saia estava curta, porém graças a sua fina cintura, não ficou apertado. A camisa amarrada deixou parte do abdômen à mostra, e os primeiros botões estavam a ponto de estourar. Megan tinha seios médios, porém Phoebe não possui seio algum.

Que merda mais doentia!

- Tira essa porra agora! Isso é da minha filha, merda! - Vocifero tentando me soltar enquanto alguns pensamentos punitivos cruzam minha mente e meus olhos ardem em fúria.
A essa altura estou pouco me fodendo para sua idade.

- Tirar? - Questiona confusa com falsa inocência. - Você não gosta de como ficou em mim papai? Olhe! - Gira apressadamente e o movimento repentino ergue a saia revelando uma das calcinhas de unicórnio de Phoebe.

Porra, nem as peças íntimas essa filha da puta perdoou!

Minhas mãos queimavam de ódio graças ao aperto esmagador de meus punhos. Tudo isso me deixou extremamente puto, como somente Ryde conseguiu ao assediar Anastácia.

Ah Megan, quando eu colocar as mãos em você...

- Tira isso agora porra! - Digo elevando a voz alguns tons enquanto sentia meus olhos arderem de raiva.

- Como o senhor quiser - um sorriso presunçoso se forma em seu rosto enquanto coloca as mãos dentro da saia e puxa a calcinha, deixando-a cair no assoalho de madeira.

Prendo o ar pela enésima vez hoje. Megan tinha tudo para estar sexy, mas isso só me deixava mais puto!

Porra Grey, pense! Você é mais inteligente que isso!

Inesperadamente, ela se aproxima cautelosa, sobe na cama e se aproxima posicionando as duas pernas entre meu tórax, olhando-me de cima. Faço um esforço sobre humano para controlar o pânico e não demonstrar o medo dela estar tão próxima da área proibida.

Megan se apoia no dossel da cama e aproxima seu rosto do meu.

- Sabia que o primeiro amor de toda garota é o pai dela? - Diz olhando-me fixamente e morde o lábio inferior.

Isso é mórbido pra caralho!

Fecho os olhos na tentativa de controlar a raiva e o nojo crescente com a imagem reproduzida pela minha mente. Preciso sair dessa merda, e o único jeito é sendo racional. Tenho que entrar no jogo dela.

- Você quer jogar age play baby girl? - Tento soar caloroso, abrindo os olhos sorrindo discretamente buscando transmitir certo interesse.

Age play é uma categoria no meio BDSM em que o dominador é o "Daddy" e a submissa a "baby". O dever do Daddy é cuidar, educar e punir quando necessário. A baby de obedecer, interpretando o papel de uma criança.
O ageplay é oportuno para ajudar na submissão, fazendo com que o controle do dominante sobre a submissa fique mais confortável, porém nesse caso ele vai ser usado estrategicamente para que eu possa me soltar dessa merda de cama.

- Você não é como os outros daddies. Eles não cuidaram de mim como você cuidou, pelo contrário, me machucaram muito. - Sorri travessa. - Quer ver como está minha bunda agora? - Pergunta empolgada e sem esperar resposta, vira de costas erguendo a saia para expor suas nádegas. A pele outrora alva, estava maltratada e cheia de hematomas. Porém não estava mais inchado devido a compressa gelada que coloquei.

- Eu cuido das minhas submissas, mas pra que eu cuide de você, preciso estar solto, não acha? - Tento persuadi-la mostrando os pulsos presos nas algemas da cama.

Megan ignora voltando à posição inicial, porém agora sentando em minha barriga e colocando mãos em meu rosto, exigindo atenção.

- Você não é como os outros, por isso eu te amo, daddy! - Fala sorrindo angelicalmente, mas eu já não caio nessa carinha inofensiva.

- Me conte sobre os outros daddies? Gostaria de saber... - Tento distraí-la ignorando a pontada de desconforto causada pela revelação. É um ponto delicado para tratarmos neste momento.

- O meu daddy de verdade nunca cuidou de mim. Ele foi o primeiro dominador da minha mãe. Depois que nasci, apareceu poucas vezes na casa dos meus avós, e quando aparecia, afastava ainda mais ela de mim - Faz uma pequena pausa e noto a mágoa cruzar sua face. - Quando eu tinha uns quatro anos, ele a abandonou para buscar uma submissa mais jovem. No início eu achei que teria mais espaço na vida dela, mas não demorou muito para que ela procura-se outros dominadores. Nenhum deles soube de mim e por outro lado Leila não me queria de verdade, então eu cresci assim: sem mãe nem pai. - Ela termina com os olhos perdidos e levemente marejados, como se relatar o acontecido a fizesse revivesse tudo que sentiu na época. Seu tom de voz era sincero e reflexivo.

Porra... Mesmo sem querer, a infância dessa menina mexeu comigo. Leila era uma excelente submissa, mas foi uma merda de mãe... A carência afetiva que essa menina possui está tão evidente que chega me assustar. Isso explica a declaração precoce do que ela imagina se tratar de amor.

- Quando fiz 10 anos, minha mãe finalizou seu tratamento psiquiátrico e recuperou minha tutela, provando ter condições para cuidar de mim. Moramos por um tempo em Connecticut, onde nasci e cresci, mas estamos em Seattle desde o ano passado. - Fito-a confuso e ela explica. - Um de seus ex-dominadores lhe ofereceu um bom emprego aqui, então nos mudamos. Sempre senti muito ódio de todos vocês por tirarem ela de mim e não me darem uma figura paterna. Os únicos olhares que eu recebia desses homens, muitas vezes, eram maldosos, mesmo eu sendo uma criança. - Megan para limpando rapidamente um fio de lágrima.

A falta de afeto materno, assim como a carência de um pai fez estragos nessa menina. Megan teve uma infância fodida e tornando-se essa adolescente sem limites e controle por conta disso.

Igual a mãe.

- Quando tive idade suficiente para entender tudo que minha mãe fazia, procurei seus arquivos sobre como era a vida de submissa e achei livros, anotações pessoais com o que agradava ou não seus dominadores, entre outros.... Foi assim que encontrei seu tesouro com os contratos e informações de antigos dominadores, inclusive do meu pai. - Ela suspira mantendo o olhar perdido. - Lendo aquilo, percebi que a culpa da distância entre nós duas eram deles e de seus contratos egoístas, que exigiam atenção quase integral. Eles a tiraram de mim, e para me vingar, procurei tornar-me uma submissa impecável segundo aquelas anotações. Vocês são muito parecidos no que exigem e isso deixou tudo mais fácil.... Então desde o ano passado, eu vou atrás de todos os Doms que minha mãe já teve e os faço pagar. Mas de uma forma que não me afete, claro.

- Então você foi submissa do seu pai? - Constato enjoado e não sei o que pensar. Tudo é intenso pra caralho! Essa menina carente, tão nova já passou por coisas que me deixam incrédulo.

Quando pedi a verificação de antecedentes, vi o tipo de gente que Leila se envolvia. Eram todos sádicos! Comparados a mim, sou a porra de um aprendiz.

Caralho, Leila!

- Sim, senhor. E não queira nem saber qual foi a minha vingança... - Um sorriso triunfante brota em seus lábios como se aquilo fosse a coisa mais normal e fascinante.

Posso ser sádico e pervertido, mas isso ultrapassa qualquer limite! O pior de tudo é a naturalidade com que ela relata o que fez....

Quão fodida Megan está mentalmente, para achar isso normal?

Por mais que tudo seja fodidamente bizarro em se tratando de uma jovem com 17 anos, preciso saber o que pretende comigo. Afinal mesmo afirmando me amar, me mantém preso.

- E o que vai fazer comigo? - Inquiro receoso. Megan já deu provas suficientes de sua mente maquiavélica e quero manter o clima agradável para manipulá-la.

- Ainda estou pensando.... Você me fez refletir, de verdade. Eu tinha tudo planejado aqui - diz apontando para sua cabeça. - Porém, foi diferente dos outros. Se importou comigo, realmente cuidou de mim e acredito que tenha sido sincero. Desde que cheguei a sua casa, não me faltou com respeito até eu persuadi-lo. O que foi bem fácil.... - Ela deixa escapar alguns risinhos em triunfo e de repente fica seria outra vez. - Mas não apaga o que você fez.

- O que eu fiz Megan? - Como um quebra cabeça, as peças estavam se encaixando em minha mente, mas eu ainda precisava ir além.

- Você tirou a única possibilidade que eu e minha mãe tínhamos de uma vida normal. - Sua expressão muda e uma raiva mal disfarçada cresce em seus olhos, misturada ao rancor. - Ao invés de ficar com ela, você escolheu Anastasia, que nem submissa era! Mas já vimos o quanto isso te faz falta. - Megan pontua presunçosamente as últimas palavras.

Não posso negar que o dominador em mim grita por satisfação, ainda mais vendo-a fisicamente sexy, mas eu sou completamente apaixonado por minha esposa, e só estamos passando por um momento complicado.

Sobrevivemos a coisas muito piores que uma crise conjugal.

- Podemos resolver isso, baby girl - Digo firme. Minha intenção é fazer Megan acreditar em mim.

- Como daddy? - Calmamente seus olhos encontram os meus, analisando-os descrente, porém com um brilho esperançoso.

- Eu quero cuidar de você, mas para isso preciso que me solte, pequena.

- Como vou saber que você está dizendo a verdade? - Sempre desconfiada....

- Cuidei de você antes, agora não seria diferente. Certo? - Ofereço-lhe o benefício da dúvida, para que ela decida o fazer. É arriscado, mas não vejo outro caminho.

- Não sei... - Seu olhar é inseguro demonstra sua confusão.

- Ora, vamos.... Se quiser pode soltar os braços primeiro. Depois que estiver segura, pode soltar minhas pernas. O que acha? - Digo tentando fazê-la acreditar que pode confiar em mim. Posso notar seu conflito interno. Mas ela me surpreende, inclinando-se em direção aos meus braços libertando um por um.

Não posso negar que segurei o ar dolorosamente quando Megan inclinou-se ficando próxima demais da área proibida,

Mas ao menos meus braços estavam livres, me permitindo respirar aliviado.

Sem demora, sento-me na cama, ficando frente a frente com Megan que estava sentada em meu colo com o olhar extremamente desconfiado.

Calma Grey, ainda não é o momento de fugir!

- Boa menina. - Falo sem demora levando a mão até seu rosto, envolvendo sua bochecha com a palma e afagando-a calorosamente.

A princípio Megan mostrava-se receosa feito aqueles cachorros maltratados que tem medo de afeto. Porém em poucos instantes já podia ver seus olhos azuis irem fechando, entregando-se ao carinho que lhe proporcionava chegando a apoiando sua cabeça em minha mão.

Mesmo sem querer aquele momento mexia comigo de certa forma. Tudo o que essa garota quer é apegar-se a alguém que lhe transmita segurança. Ela não teve a mesma sorte que eu tive de ter encontrado Grace e, querendo ou não, Elena. Ela não teve alguém que lhe desse isso. E eu estava afetado.

Grey, você virou a porra de um banana.

De repente, meu sangue gela nas veias e um impulso quase doloroso de fuga me faz arfar, perdendo totalmente o ar de meus pulmões. Minha mente anuvia e meu corpo protesta: a área proibida estava sendo tocada.
Megan carente por afeto e levada pelo momento, atirou-se em meus braços, aconchegando-se inocentemente em meu peito.

Seria perfeito se o merdinha assombrado em mim pensasse noutra outra coisa que não fosse afastá-la.

Porra Grey! Logo agora que estava começando a dominar a situação?! Trauma fodido do caralho!

Minha mente era impregnada pelo pânico de não conseguir retribuir o abraço, de não levar meu plano adiante, ter o ponto fraco atingido e o principal: pânico do medo. Meus pulmões queimam devido à falta de ar, e não sei mais como se respira. Flashbacks da violência que sofri quando criança predominam minha mente impedindo que o corpo execute qualquer função. Meu único impulso é fugir, sair dali imediatamente!
O desespero já me dominava dos pés à cabeça.

Merda!

Em um momento de força efêmera, puxo minhas pernas quase como instinto diante do desespero num só impulso, fazendo as correntes arrebentarem no mesmo segundo e seguro Megan pelos braços, empurrando-a de qualquer jeito tratando de afastá-la.

O medo corre pelas minhas veias e num fio de alívio praticamente inexistente, puxo a quantidade de ar necessária unicamente para fugir... Corro sem direção certa em busca de um assim como fazia quando criança. Minhas pernas tomam vida própria guiando meu corpo tão rápido que mal consigo registrar.

O pouco oxigênio obtido anterior se perfaz, e tomo uma respiração profunda, recuperando parcialmente o controle do meu corpo.

Olho rapidamente ao redor e percebo que estou no andar de baixo.

Uma parte significativa da minha mente ainda procura um lugar para se esconder, porém o estalo preocupante de uma arma sendo engatilhada me alarma, mudando o foco imediatamente do transe emocional.

Viro para cuidadosamente vendo Megan no todo da escada com um revólver em mãos.

Puta que pariu!!!!

Como ela encontrou essa arma? Será que é de Taylor? Megan deve ter xeretando pela casa toda, inclusive na sala de segurança!

Merda! É por isso que eu odeio armas, porra!

- Onde você pensa que vai Grey? - Seus olhos antes azuis apresentam um tom escuro quase negro pela amplitude de sua raiva, e sem demora, desce os degraus cuidadosamente sem desviar o olhar de mim.
Sua mão segura o revólver com força.

- Sabe, Christian... Você não tem pra onde escapar. Há essa altura do campeonato eu já programei os elevadores para não abrirem, e o mais louco: instalei um interceptor de sinal aqui, não é maravilhoso? Acho melhor, para o seu próprio bem que não tente mais nenhuma gracinha. - Posso sentir a ironia em sua voz e então sei que a menina que conversava comigo há poucos minutos já não estava mais ali.

Merda de trauma fodido! Eu tinha tudo sob controle, poderia ter escapado dessa porra!

- Calma Megan, vamos resolver isso... - Ergo as mãos com cautela demonstrado que não represento ameaça alguma, porém sua expressão se contrai e ela aperta a arma com mais força.

- Calma? Eu estava calma! Pelo menos até você fugir de mim. - Seus olhos estão repletos de lágrimas que, uma a uma, escorria por seu rosto. - Eu realmente acreditei que seria diferente, mas você acabou como o pior de todos! Dos outros eu sabia o que esperar, eram escrotos e inescrupulosos, mas você.... Você é perigoso demais, Grey.... Me fez acreditar que estaria ao meu lado, mas no fim acabou sendo como os outros: um egoísta que só pensa nele mesmo e que se foda o mundo! - Seu desequilíbrio me assusta.

- Megan, foi um mal-entendido... - tento justificar, mas ela me interrompe.

- Acha que eu não sei sobre seu peito? Do que você passou quando criança ou o caralho que for? Saber ou não, não diminui a raiva que eu estou sentindo Christian. Eu estava vulnerável, abri meu coração para você e fui burra em achar que você iria me consolar.... Você tem noção do quão difícil foi? Me abrir e assumir o que sinto por um dos homens responsáveis de afastar minha mãe de mim? Posso ter errado em te tocar, mas me jogar como um saco de lixo na cama foi.... Cruel! - Megan tem o olhar magoados. A arma se um lado para o outro numa mão, enquanto seca o rosto com a outra. - Mas foi bom. Acabei de decidir o que vou fazer contigo. Sua atitude foi a motivação que eu precisava para continuar minha vingança. - Sorri sadicamente.

Sei que é de conhecimento público que passei fome e tive uma infância difícil, mas sobre o cafetão da minha mãe? Como ela sabe?

Sinto meu corpo estremecer com o pensamento do que Megan pode fazer com isso.

- Como você...

- Eu sei de tudo, Grey. Não é fácil hackear o banco de dados de um hospital, ainda mais quando ele está ligado a uma ação de crianças resgatadas em situações de risco. Principalmente estando sob sigilo, mas como nada é impossível, consegui encontrar o prontuário com todas as anotações da sua querida mãezinha. Alguns pessoais demais, se quer minha opinião. Brilhante não?

Que merda é essa?! Como ela encontrou arquivos de quando eu tinha menos da metade da idade dela?!
Isso está ficando cada vez pior...

- Agora chega de conversa. Não vou dar chance para você tentar me enganar outra vez. - Seus pés alcançam o chão da sala e caminha até onde estou, com aquela porra apontada pra minha cara.

Eu estou fodido.

- Pegue uma cadeira na mesa de jantar e coloque no centro da sala. - Ordena firme, e encosta o metal gelado da arma em minha nuca quando percebe que não me mexo. - Acha mesmo que ainda tenho paciência depois do que você fez Grey? Vai! - Aumenta a voz impaciente.

- Tudo bem, eu faço isso - Falo mais para mim mesmo e caminho até a mesa de jantar cumprindo suas ordens.

Como eu posso estar obedecendo uma fedelha? Quem manda nessa porra afinal? Essa garota não é amadora igual a Leila, ela se aperfeiçoou de acordo com o que queria e não tem nada a perder se algo der errado. Não posso subestimá-la dessa forma.

A não ser que você queira levar a porra de um tiro.

- Agora senta e põe os braços pra trás. - Comanda assim que posiciono a cadeira como pediu e faço sem hesitar.

Nesse momento eu só consigo agradecer a Deus por Anastácia e meus filhos estarem fora de Seattle.

Isso é tudo culpa minha.

- Bom garoto. - Sarcasmo respinga se suas palavras enquanto se aproxima, retirando uma algemas de ferro do decote. Por que eu tenho toda essa merda em casa?

Porque você já é uma merda, seu inútil!

Megan se aproxima pondo meus braços para trás, e prende os dois pulsos entre o vão elaborado na cadeira.

Retido outra vez, minha respiração se altera, tornando-se pesada. Pressinto que a partir daqui tudo vai piorar, que só aumenta quando ouço-a dizer...

- Pronto, Grey.... Agora vamos jogar!!



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