História A Mad Family - Anonymous

Lucy P.O.V:

Dois meses haviam passado, tudo estava normal, eu e meu pai continuamos com os crimes, eu nem sempre participava por causa da escola e hora ou outra eu saia com meus amigos ou com o Clint, fora o tempo que eu passava com a minha mãe e com a barrigona dela de oito meses.

Tudo estava normal, estranhamente normal.

Sabe, eu nunca pensei que estaria "normal", tipo, com uma família, amigos e um namorado.

"Lucy, você poderia me responder..." Escuto uma voz vindo de um lugar distante.

Ignoro o som e continuo perdida em meus pensamentos.

"Lucy!" A voz fica mais alta e eu olho para frente vendo o Sr. Spencer me encarando com um olhar irritado.

"O que foi?" Pergunto atordoada para meu professor que continuava a olhar para mim. 

O Sr, Spencer revira os olhos e olha para o quadro enquanto perguntava:

"Lucy Quinzel, a senhorita está no 2° ano do ensino médio e ainda pensa em ficar viajando em pensamentos durante a aula?!" 

Fico quieta fuzilando Clint com meus olhos, que assim como todas as meninas (Damian e Chuck) se seguravam para não rir.

"Desculpa professor, mas o que o senhor havia perguntado para mim antes?" Questiono parando de encarar Clint.

O Sr. Spencer desvia o olhar do quadro e sorri com um olhar maldoso e prossegue perguntando:

"Se um motorista de táxi, ao saber que a gasolina iria aumentar de preço, encheu completamente o tanque do seu carro. No estacionamento, enquanto aguardava por passageiros, o carro ficou exposto ao sol. Após um certo tempo o motorista verificou que uma pequena quantidade de combustível havia derramado. Intrigado, consultou seu filho, que formulou as seguintes hipóteses para explicar o ocorrido: 1° hipótese, a quantidade de gasolina derramada corresponde à dilatação real sofrida por este combustível; 2° hipótese, com o aquecimento, a expansão sofrida pela gasolina foi maior do que a sofrida pelo tanque; 3° hipótese a dilatação do tanque é linear, enquanto a da gasolina é volumétrica. Destas afirmações, estão corretas?" 

Penso um pouco reformulando toda a pergunta em minha mente.

Odeio física, mas eu sou muito boa na área das exatas.

Penso por uns 2 ou 3 minutos e respondo:

"Apenas a 2° hipótese, eu acho" Sussurro as últimas duas palavras para que o Sr. Spencer não pudesse me ouvir.

"Correto, parece que você não estava tão distraída, ou você é muito sortuda..." Diz o Sr. Spencer sorrindo e voltando a dar sua entediante aula de física.

"Parabéns" Comenta Damian para mim.

Olho para o menino que parecia realmente estar prestando atenção na aula, ainda não confio nele, olho para a Judy e para a Menina-Loba, elas também haviam escutado e encaravam o menino com um olhar mortal.

Depois de alguns segundos encarando ele eu falo de forma grosseira:

"Cala a Boca, ninguém falou com você" 

O menino olha para mim e em seguida volta a olhar para o professor.

Passo o resto da aula olhando para o professor fingindo prestar atenção, mas na verdade eu estava perdida em pensamentos, de novo.

Depois de muito tempo de tédio o Sr. Spencer libera a gente.

"No que você estava pensando quando o Sr. Spencer te chamou?" Pede Clint enquanto nós saíamos da sala.

Olho para ele sorrindo, Clint se preocupava muito comigo, isso era fofo.

"Em nada importante" Respondo de forma convincente.

Ele continuou olhando em meus olhos um pouco preocupado e perguntou:

"Você estava pensando naquela ligação de novo?" 

Aquela ligação ainda me preocupava um pouco e ele sabia, passei esses 2 últimos meses pensando nela, mas ela não era a causa de meus pensamentos.

"Não, dessa vez não" Conto sincera "Eu só estava entediada na aula" 

"Então tá" Concorda ele me abraçando.

Ficamos abraçados por um tempo.

"Tchau" Digo lhe dando um selinho.

"Tchau"

Então vou até meu carro e o ligo, mas não dou partida.

Não estava com vontade de ir para casa, então decido ir até o parque, eu gosto de ir lá quando não tenho nada para fazer.

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(Nota da autora:)

Vocês só vão saber quem é esse anônimo no futuro ;)

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Anônimo P.O.V:

Estava em um beco qualquer de Gotham City, meu cajado e chapéu em mãos.

Sinto meu telefone vibrar em meu bolso. Antes de atende-lo olho para os lados, para ter certeza que não tinha ninguém por perto.

Número desconhecido.

Atendo o telefone mesmo assim.

#LigaçãoOn

"Fale, e não desperdice meu tempo" Falo sem dar oportunidade para quem estivesse do outro lado da linha começar a conversa.

"Cuidado com a forma que você fala comigo entendeu?" Diz uma voz masculina, rouca e irritada.

 "..." Eu sabia que sedo ou tarde ele iria me ligar.

"Ela está no parque, traga ela pra mim sem machuca-la" Ordena o homem sem esperar uma resposta.

#LigaçãoOff

Maldito, se eu não estivesse quebrado e devendo para ele eu nunca aceitaria esse trabalho.

Lucy P.O.V:

Ao chegar no parque vou diretamente ao balanço.

O parque de Gotham City é um pouco pequeno para o tamanho da cidade, mas ele é bem legal, tem um playground, uma rampa e pista de skate, um lago e muitas árvores e flores.

O parque estava molhado por causa da chuva de ontem e muito vazio também. Os únicos seres vivos lá presentes são eu e alguns passarinhos.

Vou até o balanço e fico me balançando normalmente, adoro vir aqui depois da aula e tenho feito isso com uma certa frequencia ultimamente.

Plack, Plack, Plack, Plack.

Escuto esses sons de pegadas, como se alguém estivesse pisoteando a lama, mas não me dou o trabalho de para de me balançar para olhar.

As pegadas param e decido parar e ir até a pista de skate.

Plack, Plack, Plack.

Sem olhar para trás continuo andando.

Plack, Plack.

As pegadas estavam cada vez mais próximas então eu me viro e olho para trás.

Não havia ninguém atrás de mim.

Mas eu podia jurar que escutei...

Uma respiração, junta ao meu pescoço, havia alguém atrás de mim.

Pelo tamanho concluo que é um homem.

Meu corpo parece ter virado pedra.

"Lembra da ligação?" Pede a mesma voz do homem que havia me ligado a alguns meses atrás.

Antes que eu pudesse responder o homem me agarra de forma que eu não consiga me virar para encará-lo.

Sinto que ele estava tentando alcançar algo em seu bolso, eu sabia como isso iria terminar. Começo a espernear e ele pega um pano de seu bolso.

A última coisa que sinto é um pano contra minha boca e nariz, em seguida tudo ficou escuro.

Anônimo P.O.V:

A menina desmaia em meus braços e eu a carrego até a van que me esperava na estrada do parque.

Ando cautelosamente até a van, sempre olhando para os lados para ter certeza que ninguém estava por perto.

Coloco a menina na parte de trás da van e vou até o banco do motorista.

"O que eu faço para quitar uma divida" Reclamo para mim mesmo enquanto ligava a van e dirigia até o lugar combinado.

Tomara que a menina não acorde.

Dirijo  por uns 10 minutos até chegar ao galpão.

Pego a menina no colo e entro no aposento.

"Chefe, por que o senhor está com essa menina?" Pergunta um dos meus capangas, que assim como os outros vetiam roupas pretas.

Não respondo apenas ordeno:

"Quando ela acordar, não deixem que ela escape e qualquer coisa me avisem" 

Ambos se entreolham e falam em uníssono:

"Sim Chefe"

Levo a menina até uma salinha no segundo andar, ela continuava desmaiada.

Prendo-a a parede e coloco uma fita na boca da menina desacordada e sussurro:

"O que será que ele vai fazer com você em Princesinha?" 

Meu telefone toca e como antes ele marcava:

Número desconhecido. 

Eu já sabia quem era então atendo:

#LigaçãoOn

"Conseguiu?" Pede a mesma voz da última ligação.

"Sim"

"Instale câmeras no lugar, quero vê-la com meus próprios olhos" Ordena o homem do outro lado da linha.

"Mas..."

"Não foi um pedido, nós ainda temos uma divida para quitar" Fala ele como se sorrisse.

"Sim" Respondo com uma voz firme e alta.

#LigaçãoOff