História A Mad Family - "Yeah, he's perfect"

Lucy P.O.V:

Eu estava no hospital assim como deveria.

É claro que estávamos em uma ala reservada do hospital, o papai pareceu ter pagado um bom preço por essa ala. Mas isso não importa, estamos ambos sentados em um corredor não muito comprido que estava quase vazio.

"Esta cansada?" Pergunta o Coringa que estava apoiado na parede ao meu lado.

"Um pouco, e você?" Questiono para ele, que se senta no banco ao meu lado.

"Não, ontem eu dormi bem" Responde ele sorrindo.

"Você e Harley estavam dormindo no sofá não é?" Indago sorrindo levemente.

"Bom, talvez..."

Sorri e apoio minha cabeça no ombro de meu pai que parece surpreso e olha para mim de forma estranha mas depois desvia o olhar.

"O que você pretende fazer com o Jay?" Pergunto para ele que estava olhando para o final do corredor.

"Não sei, ele decide" Diz o Coringa ainda olhando para o fim do corredor.

"Como assim?"

"Ele decide se ele quer ser um vilão" Fala ele olhando para mim.

"Eu não tenho opção, eu já sou uma" Falo rindo.

"É eu sei" 

"Pai?"

"Sim?"

Eu levanto minha cabeça de forma que eu possa olhar para ele e pergunto:

"Você ama a Harley?"

Ele parece um pouco atordoado com minha pergunta, depois de um tempo pensando ele começa:

"Bom, é um pouco complicado, nosso relacionamento é... diferente, esquisito e anormal..." 

"Eu perguntei se você ama ela" Digo séria me acomodando no obro dele, voltando a olhar para a parede.

"Eu... Bem, ela foi a primeira e única pessoa que eu realmente me importei desde que me conheço com Coringa, mas... É eu acho que sim" Responde ele  um pouco confuso.

Sorrio, ele realmente não sabe como admitir ter, mesmo que lá no fundo criado "afeição" por alguém.

"E eu, você gosta de mim?" Pergunto ainda sorrindo.

"Você é minha filha não é?" Pede ele sorrindo enquanto olhava para mim.

"Vou aceitar esse sorriso como um sim" Falo rindo.

"Você sofre de bipolaridade também?" Pergunto curiosa.

"Não sei, pergunte para sua mãe, ela que era minha psiquiatra" Responde ele depois de pensar um pouco "Mas por que a pergunta?"

"Sei lá, um hora você está feliz, tipo agora e na outra você está chicoteando minha mãe, como quando você fez no dia que me encontrou..." Falo séria me acomodando em meu próprio banco e tirando minha cabeça de seu ombro.

Ele parece desconfortável com meu comentário mas simplesmente dá de ombros e fala:

"Eu sou assim, eu sempre fui assim, sabe, é o meu jeito, e é claro que tem dias que eu me irrito um pouco e..."

"Desconta tudo nela?" Falo o interrompendo.

"Sim, mas ela parece ser masoquista o suficiente para ainda ficar comigo"

Eu solto uma risada, é sério, ele é engraçado quando fica confuso, então eu pergunto por entre risadas:

"Você realmente não entende ela não é?" 

"Por que você tá rindo?" Pede ele olhando para mim com uma expressão confusa.

"Porque é engraçado, tipo assim, você realmente não entende nada sobre sentimentos" 

"Nossa, que engraçada que você é" Fala ele sério e irônico.

Eu me esforço para não rir novamente, enquanto eu estava quase morrendo para não rir um homem vem correndo do final do corredor usando um jaleco.

"O-o-o Sr. Cori-rin-ga n-n-ão gostaria de v-v-er a sua m-u-lher e fi-fi-filho?" Pede o médico gaguejando de medo.

"Adoraria" Diz ele se levantando.

Eu também me levanto e pergunto:

"Qual é a sala em que ela está?" 

"Cent-c-ento e v-v-inte" Responde o médico.

"Muito obrigada" Respondo andando até o final o corredor, apenas paro ao escutar um barulho de tiro e me viro.

Vejo o médico morto no chão e exclamo para meu pai que segurava uma arma:

"MAS QUE PORRA?!" 

"Odeio quando as pessoas gaguejam falando comigo" Diz ele guardando sua arma e arrasta o homem até um armário que ficava um pouco afastado, deixando um rastro de sangue por onde o cadáver do homem passava.

Depois, nós dois andamos até a sala 120 e entramos na mesma.

Entrando lá vejo 2 enfermeiras nos cantos da sala arrumando alguns medicamentos e coisas do tipo, mas não ligo para elas eu foco na maca hospitalar no centro da sala, onde Harley estava deitada, ela parecia segurar algo então ando até ela. Como eu esperava aquele "algo" era Jay, que dormia serenamente no colo de Harley.

"Mãe" Digo sorrindo feliz.

Ela levanta os olhos e sorri para mim, mas depois diz sussurrando:

"Shh, o seu irmão está dormindo" 

"Oh, desculpa, mas, posso ver ele, esse monte de cobertores não ajudam muito" Falo com meu tom de voz mais baixo.

Harley pega Jay de forma que seu rosto ficasse visível para mim.

Ele é muito fofo, sério, ele é maravilhoso, sua pele é branca, mas não como a minha e do Coringa, que é literalmente branca, a pele dele era como a de Harley, já no topo de sua cabeça é visível um tufo de cabelos verdes claros, eu sorrio com isso, parece que ele vai ter que aturar cabelos verdes para sempre, e quando ele abriu seus olhos para olhar para mim eu percebi que seus olhos eram diferentes, um era azul e o outro era verde, heterocromia, mas o que mais me chamou a atenção nele foi o sorriso estampado em sua pequena boquinha.

"Ele é..." Começo sem saber como terminar a frase.

"Perfeito?" Pede Harley sorrindo pegando Jay de forma que pudesse niná-lo.

"É, ele é perfeito" Concorda o Coringa aparecendo atrás de mim.

"Você acha Pudinzinho?" Pede Harley um pouco alto demais.

"Shh, o seu irmão está dormindo" Falo imitando o tom de voz de Harley.

Harley sorri para mim e depois mostra a língua.

"Quando os médicos vão te liberar?" Pede o Coringa.

"Em algumas horas" Responde ela olhando para Jay.

O Coringa toca meu ombro e eu me viro para ele que diz:

"Vem Lucy, sua mãe precisa descansar"

Dou um beijo na testa de Harley e em seguida faço um rápido cafuné na cabeça de Jay que ainda sorria enquanto dormia e depois, assim como o Coringa saio da sala.

Voltamos para nossos bancos e o Sr. C fica encarando o fim do corredor.

"Você é muito esquisito... No bom sentido" Falo recostando minha cabeça em seu ombro.

O Coringa sorri novamente e continua olhando para o fim do corredor, e eu, como estou morrendo de sono, simplesmente me acomodo no ombro de meu pai e cochilo.