História A Mad Family - Back Home

Lucy P.O.V:

            Quando chegamos a Gotham a primeira coisa que faço é ir para meu quarto. Chegando lá percebo que ele estava do jeito que eu havia o deixado, mas eu não estava com vontade de arrumar ele, então eu me jogo em minha cama e durmo do jeito que estava, nem me preocupei em trocar minha roupa.

            Na manhã seguinte eu só acordo as 11:00 com Bud e Lou lambendo minhas mãos, e diferentemente de todos os outros dias da minha vida eu estou feliz por acordar e não em um quarto completamente cinza com grades na janela, mas em meu quarto, um cômodo não muito grande, mas espaçoso e a decoração branca e roxa eu ajudei a arrumar, e até mesmo com as roupas, livros, cadernos e até mesmo planejamentos de assaltos e explosões jogados pelo chão.

“Bom dia” Escuto Mamãe atrás de mim me chamando.

            Abraço-a, bem forte, estava morrendo de saudades.

“Te adoro mãe” Digo a soltando.

            Ela sorri e depois olha para meu quarto atenciosa, analisando cada detalhe, e focando principalmente na bagunça espalhada pelo chão.

“Você deveria arrumar seu quarto sabia? O quarto de Jay é mais arrumado que o seu” Comenta Harley rindo.

            Faço um beicinho e digo com uma voz de birra:

“AAAaaa... Deixa eu arrumar amanha?”

“Tá, tanto faz” Responde ela descontraída e logo muda de assunto  “E então, como você está?”

“Normal, sabe, acho que depois de todos esses últimos cinco anos que eu passei foram um pouco agitados sabe?” Questiono e ela concorda com uma aceno de cabeça e eu prossigo “Então eu espero que as coisas comecem a dar certo a partir de agora”

            Harley continua sorrindo e olhando para mim como se me analisasse e procurasse um conselho, mas por fim ela apenas diz:

“As coisas sempre deram certo, mas é claro que essa agitação foi estressante com todo esse mimimi que aconteceu, tipo, Jay nasceu, você já foi presa no Arkham pela primeira vez, mas escapou, depois você começou a ser mais ativa nos crimes e tudo mais, fora o fato do Batman já ter tirado você de mim mais de uma vez e sempre estar tentando fazer você e Jay virarem ‘bons’, mas eu concordo com você, esses anos foram sim agitados, e sim, as coisas vão dar certo, talvez até mais do que você espera”

            Fico um pouco em silêncio, eu sei que ela está certa e eu concordo, mas não posso evitar uma risada. Com meu riso Mamãe fica confusa e pergunta:

“O que foi que eu disse?”

“Não, não é nada, é que você às vezes deixa seu ‘lado Harleen’ aparecer” Falo sorrindo enquanto ela revira os olhos.

“Vem vamos almoçar, depois as suas amigas disseram que vão passar aqui” E então nós vamos para a cozinha.

Na cozinha...

            Jay e Papai já estavam lá, porém o Coringa estava ao telefone, como sempre.

“Oi Lu” Diz Jay colocando uma garfada de macarrão na boca.

            Estranho como as coisas se arrumaram rápido, tipo assim, logo ontem eu e Jay ainda estávamos presos na Casa Segura do Batman, e hoje nós já estamos almoçando juntos, o que também chega a ser estranho, porque geralmente o Papai fica no escritório, Mamãe almoça mais tarde e Jay e eu saímos com nossos amigos.

            Fico pensando nisso por pouco tempo antes de sentar a mesa e me servir em silencio. Percebendo meu silêncio Mamãe pega minha mão e diz:

“Não pense demais, coma um pouco e depois que você voltar para casa a gente pode ver uns filmes. Tá?”

            Não posso conter um sorriso, logo eu a obedeço e como até meu prato ficar limpo, fico batendo um papo com Jay, Papai e Mamãe e depois me levanto e vou me arrumar para sair com minhas amigas.

            Quando termino de me vestir ligo para Clint vir me buscar. Ele não demora tanto e quando escuto a buzina de seu carro eu corro para vê-lo.

            Quase jogo meu irmão no chão ao esbarrar nele no quintal, mas estou com pressa, porque se tem um povo que eu senti falta, alem dos meus pais, foram meus amigos e namorado.

            Quando entro no carro cumprimento Clint com um beijo na bochecha e logo estico minhas pernas no painel do carro, porque intimidade é a coisa que mais existe entre mim e meu boy.

“Como você tá?” Ele pede acelerando.

“Estranha” Respondo, e percebo a preocupação dele então acrescento “Mas isso é normal, não se preocupa”

            Ele olha para mim rapidamente com o mesmo olhar de preocupação, mas depois ele sorri e pergunta:

“O que te leva a sair de casa com os amigos senhorita Quinzel?”

“Sei lá. Eu sou rolezeira” Respondo rindo.

“Pfft” Ele ri com vontade “Lucy você tem preguiça até de caminhar. De onde tá vindo essa empolgação toda?”

“Não sei” É claro que eu ia fazer cú doce, até porque eu odeio admitir que eu senti falta de alguém, principalmente quando se trata dos meus amigos e do meu boy.

“Lucy não adianta fingir, eu te conheço e sei que você sentiu minha falta”

            Rio dele por um tempo.

“Bom saber que você é modesto” Digo irônica.

            Ele começa a desacelerar e por fim para o carro anuncia:

“Chegamos”

            Saio do carro e fico surpresa de ver onde estamos.

“No galpão da sua gangue?” Pergunto olhando para o lugar, que estava estranhamente vazio “E onde é que seus capangas estão?”

“É, e o Nick deu um dia de folga pra todos”

            Não faço mais perguntas, apenas entro no galpão. Todos estavam lá.

“Oi galerinha!” Grito chamando a atenção de todos que estavam tomando algum tipo de bebida ou carregando algum tipo de lanche “Cheguei!”

“Aê Lu!” Cumprimentam todos sem dar muita atenção.

“Nossa galerinha! Por que tão secos e sem emoção?” Pergunto pegando uma lata de cerveja.

“A gente ta pensando em ‘comprar’ algumas joias e pegar umas notas verdinhas emprestadas hoje à noite” Responde Alexa fazendo aspas com as mãos na palavra comprar.

            Sempre que falamos em comprar, arranjar, emprestar ou conseguir alguma coisa nós queremos dizer que vamos sair à noite explodindo lojas.

“Qual vai ser a joalheria e qual vai ser o banco?” Pergunto indo direto ao ponto.

“A gente vai resolver isso de noite” Diz Duda tomando um gole da sua cerveja “Mas isso não importa. Pelo menos não agora”

            Um silêncio se estende por um tempo até Nick quebra-lo dizendo:

“Quem topa ir ao bar perto do Iceberg Lounge?” Pede ele mudando drasticamente de assunto com um sorriso.

            Todos trocam um olhar feliz e concordam com a cabeça.

            Passamos a tarde no bar, e já era tarde quando decidimos sair do bar e começar a nos arrumar para dar nossas “voltinhas” pela cidade....