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História A Magia da Promessa - Cap. 25


Escrita por: amandahh4

Notas do Autor


POW! 2 CAPÍTULOS EM MENOS DE 10 HORAS!
SENSACIONAL NÉ?
Bom... conversamos depois...
BOA LEITURA, MEUS AMORECOS!

Capítulo 27 - Cap. 25


  Chego no restaurante com 10 minutos de atraso. 
  Ligo para Filipi e ele me responde um tanto aflito...    

     Ele está realmente nervoso. Sua resposta é curta e breve, mas ainda mantém um tom carinhoso, o mesmo tom que ele usa para conversar comigo e com mais ninguém: "sim, já estamos aqui.". Essas são suas únicas palavras antes do "bip" indicando que a ligação foi encerrada. 
  Caminho um tanto apressada para o interior do hotel que contém o restaurante que iremos almoçar. Meus passos são ligeiros, admito, mas ainda assim mantenho a classe necessária para passar a mensagem de que "eu tenho poder sobre a minha vida e sou muito mais capaz do que você imagina". 
  Cada vez que o salto toca no chão, faz um barulho que transmite segurança e poder. Sim! Eu sou uma mulher PODEROSA e SEGURA sobre o que faz. Sou FELIZ o suficiente para garantir o sucesso de meus atos e CAPAZ suficiente para enfrentar e superar qualquer que seja o desafio que apareça em minha frente. 
  Sou uma mulher independente. 
  Adentro no restaurante e passo meu nome para a mulher que está junto ao balcão da entrada. 
  Ela me guia até a mesa em que meu marido e seus dois acompanhantes se encontram e se retira, voltando para sua posição junto ao balcão. 
  Filipi levanta-se e é seguido por jovem rapaz, talvez um pouco mais novo que eu, e um senhor já idoso. Faço sinal para que se sentem e, a todo momento, mantenho um sorriso em meu rosto.
- Desculpem-me pelo atraso... havia um acidente no percurso e não tive como desviar com a agilidade que eu pretendia. - digo sentando-me ao lado de Filipi e ele segura minha mão com força sob a mesa e eu, com minha mão livre, aperto a sua e sinto que isso o fez relaxar um pouco. 
  Meu marido olha para mim e eu o olho com um semblante tranquilo e tento passar a mensagem de que tudo ocorrerá bem e que ele não tem que temer nada, pois eu estou ali para ajudá-lo e nada mais. 
  - Senhor Safra, essa é minha esposa: Liss Fedrizzi Ranzani. - Filipi fala aparentando estar um pouco mais calmo do que estava há poucos instantes.
  - Prazer em conhecê-la, senhora Ranzani. - o senhor Safra me cumprimenta - Este é meu filho do meio, o herdeiro de meu banco: Victor Safra. 
   O jovem rapaz me cumprimenta com um aceno de cabeça e um sorriso que me deixa um tanto desconfortável para a ocasião. Acho que Filipi percebeu o ato do rapaz, já que seu sorriso não está mais presente em seu rosto e ele fuzila o tal de Victor com os olhos. 
  Antes que o senhor Safra percebesse, dou um leve chute na canela de meu marido e ele me olha um tanto confuso, mas percebe o que eu queria dizer e assente, voltando a vestir aquele seu sorriso lindo. 
  - Prazer em conhecê-los. Garanto que esse é o início de uma muito bem aventurada parceria. - digo quebrando o silêncio. 
  O garçom aparece e fazemos nossos pedidos. 
  A entrado não demora muito a chegar e durante todo o tempo, Filipi mantém uma conversa diplomática e muito bem encaminhada, mas o tal do Safra mostra-se superior o tempo inteiro e faz com que Filipi, o homem que está no comando de uma das maiores empresas da Europa e Américas, parecesse um mero iniciante precisando de investidores para sua  ideia irrelevante. 
  Mas como eu sempre digo: o mundo da voltas. E agora ele vai dar uma bela de uma pirueta! 
  O velho se acha o caçador e transformou meu marido em sua presa, mas posso garantir que quando a presa encontra seu bando, o caçador passa a ser o caçado. 
  Eu pesquisei tudo sobre esse homem e seu banco. 
  Ele é muito forte, é verdade, mas enfrenta grandes dificuldades como subsídios e cartéis. 
  - Estamos cientes de seu interesse de adentrar na economia austríaca e também temos o conhecimento de sua dificuldade para tal atitude. - digo interrompendo a conversa deles e ganhando total atenção. 
  A expressão do Senhor Safra muda de poderoso chefão para um garotinho assustado em questão de segundos, embora  logo tenha  se recomposto, seu sorriso  não volta em tempo suficiente para evitar que eu perceba que toquei em seu ponto fraco. Agora só o que eu preciso é blefar. 
  Eu sou uma sobrevivente no mundo dos magnatas... sei exatamente como colocá-los na palma da minha mão. 
  - Não acha que é um passo muito grande para seu banco no momento? - digo e tomo um gole de meu vinho Aurora Cabernet Sauvignon Millesime 2011 e olho para Filipi e vejo que ele está sorrindo e com um brilho no olhar. - Tomamos conhecimento sobre sua crise enfrentada na China... É um mercado muito grande e importante para perder, não acha, senhor Safra? 
  O banqueiro tenta se recompor e seu filho parece nervoso. 
  - Certamente... Mas a crise na China é temporária e já chegamos a uma solução. - ele fala um tanto nervoso e toma um gole de seu vinho. 
  - Se o senhor chama de "crise temporária" vender as filiais de seu banco no grande país dos Tigres Asiáticos para um banco nacional... o senhor conseguiu uma ótima solução! - meu comentário sai tão irônico quanto eu desejava, o que faz com que o senhor Safra demostre ainda mais sua insegurança e seu nervosismo. 
  Espero por alguma resposta, mas esta não chega,  então decido concluir minha abordagem e deixar com que Filipi termine a negocião já confirmada. 
  - E todos nessa mesa sabemos que o mercado austríaco é um tanto promissor... Digo... é uma economia muito forte, mas monopolizada, o que causa certa dificuldade para a adesão de... certos bancos... - tomo mais um gole de meu vinho antes de prosseguir - eu diria até que o senhor, senhor Safra, precisa ainda mais da empresa de meu marido do que ela de você... Filipi comanda uma companhia reconhecida e aceita mundialmente, inclusive pela maioria economicamente ativa da Austria... sendo assim, é sucesso garantido, uma certeza que em tempos de crise o senhor deveria aderir. - e com essa indireta bem direta, mesmo sendo um blefe um tanto mal elaborado, eu fisguei o peixe. - Com licença, preciso me retirar por um instante... por favor, continuem.
  Levando e saio sem saber para onde ir. Eu só queria dar o sentido de "ajudei vocês  agora vocês me ajudam" para os dois negociantes naquela mesa e caminho em direção ao jardim de inverno, mas ainda sim consigo ouvir um Filipi confiante volta a falar. 
  Confesso que fiquei um tanto nervosa com essa ultima parte... O Senhor Safra é um homem experiente e sabe que nada é certeza... Tudo se trata de especulação... Mesmo assim, apostei todas as minhas fichas na ideia de que o deixei, aliando-me a sua situação, desesperado suficiente para que quando ouvisse a palavra "certeza", ele se agarrasse a ela como se fosse um colete salva vidas em um naufrágio no meio do Pacífico. 
  A confiança na voz de Filipi faz com que eu sorria e meu coração fica leve. 
  Eu não conseguia ver meu marido, que sempre aparenta ser forte e invencível, amedrontado por causa de um velho convencido que tenta sumir com as evidências de seu fracasso. 
  Foram horas - ou até mesmo dias - analisando o mercado chinês. Não se abre um hotel de luxo em uma das maiores cidades do mundo e em uma das mais poderosas economias mundiais sem se ter o conhecimento da situação de todos os membros dos blocos econômicos em que o país se encontra - principalmente os tigres asiáticos que estão em constante ascensão e crescimento - e como anda sua economia e suas influencias. 
  Eu avisei que eu era competente... 
  Deixo-os conversando por mais uns 10 minutos e quando vejo que já estão rindo e trocando palavras amigáveis, eu volto aliviada e junto - me a eles. 
  - Então me diga, Liss... Há quanto tempo estão casados? - o Senhor Safra me pergunta. 
  Ele parece outro homem. Não está mais tenso e nem aparenta estar inseguro, mas no lugar de todo aquele nervosismo aparenta estar leve e achando a situação divertida. Ele realmente se agarrou à palavra "certeza" com todas as suas forças. 
  - Quase dois meses... - digo a ele um pouco contida. 
  Vejo seus olhos brilharem e isso me assusta. 
  Seguro a mão de Filipi sob a mesa e a aperto. Ele aperta de volta, mas dessa vez não faz com que eu me acalme. 
  - Tão pouco tempo... - ele diz um tanto pensativo e olha para seu filho e solta um pequeno sorriso e é seguido pelo pai. 
  - Sim... - Filipi diz com um tom curioso. 
  - Sabem de uma coisa, meus jovens... - o banqueiro olha com malícia para nós dois - casamentos terminam a todo momento...


Notas Finais


OOOOOOI
O QUE ACHARAM DO BANQUEIRO E DO FILHO CALADO DELE? E DA LISS PODEROSA?? COMO VOCÊS ACHAM QUE O FILIPI VAI LIDAR COM ESSA SITUAÇÃO?
NÃO DEIXEM DE COMENTAR E ME MANDAR MENSAGENS!
Se gostaram, não deixem de favoritar <3

Ps: não percam minha outra história: Um Conto Não Tão de Fadas


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