História A Magia da Promessa - Cap. 8

*Liss*

Fico brincando e rindo com as meninas por mais ou mentos uns 20 minutos. Sinto-me criança novamente. Sem preocupações com segurança, com acionistas, com casamento... A vida era uma brincadeira.

No auge de nossas gargalhadas, Francisca vem nos chamar para comer. Todas reclamamos, mas vamos. Afinal, a fome sempre fala mais alto.

Recomponho-me, calço meus sapatos novamente e vamos todas para a casa principal. Atravessamos todo o ambiente e encontramos todos em uma grande mesa na parte aberta do espaço de trás da enorme casa.

Filipi está sentado ao lado de Julian e eu sento-me ao lado de Francisca, tendo ela e o marido separando-me de meu noivo.

- Ora, Julian, troque de lugar com Liss! Os noivos querem ficar juntos! - Diz Lindi toda sorridente.

- Não precisa... - Digo toda corada.

- Vamos Julian! Troque de lugar com a minha noiva! - Flipi diz em um tom brincalhão.

Nós dois trocamos de lugar.

Ótimo! Perdi o apetite.

Todos comem e conversam. Percebo  a alegria estampada nos olhos de cada um e isso faz com que eu relaxe um pouco, mas não muito... Somente o suficiente para eu fingir que estou bem ao lado desse ogro.

Filipi me pega de surpresa quando toca no meu cabelo.

Afasto-me repentinamente, com o coração acelerado, e olho para ele como se estivesse perguntando o que ele estava fazendo.

- Tem uma folha aqui! - Ele diz enquanto a tira de meus cabelos. - O que você estava fazendo?

Encaro o meu prato e sorrio de leve ao lembrar dos momentos antes do almoço.

- Brincando com as meninas.

Percebo que ele sorri e olha a folha com os olhos brilhando.

Pagaria qualquer coisa para saber o que ele está pensando.

(...)

- O almoço foi muito agradável, Lindi! Muito obrigada por tudo. - Digo à minha sogra.

- Eu que agradeço, minha querida. Nunca vi Filipi olhar para alguém ou para alguma coisa como ele olhou quando tirou aquela folha de seu cabelo. - Ela me dá um abraço, seguida por meu sogro.

- Vamos marcar alguma coisa! - Diz Fran no meio de um abraço apertado.

As duas meninas se despedem de uma forma bem carinhosa: Uma pula no meu colo, me abraça e me dá um beijo ma bochecha, e a outra quase me derruba quando eu me agacho para me despedir dela. Adorei as duas.

Despeço-me de todos e de  Filipi com um rápido selinho, já que meus sogros estão presentes e não posso ignorá-lo.

Pego meu telefone para chamar Paulo, mas Lindi o pega de minha mão.

- Nada disso! Filipi irá te levar. Certo, filho? - Ela o olha como se estivesse exigindo um sim.

- Claro! - Ele responde um pouco exitante.

Ele sai para ir buscar o carro e eu fico esperando na porta da frente.

Filipi aparece e eu entro.

- Obrigada. - Digo enquanto ponho o sinto.

- ÃH? Ah sim, claro. - Ele responde.

O caminho de volta à minha casa é torturador. O silêncio é esmagador, mas não vai ser eu quem vai quebrar esse clima. Ainda não engoli aquela história de que eu tenho que me comprometer com ele. Quem esse patife pensa que é? Um abusado sem vergonha na cara que não se importa com mais pra ninguém além dele.

- Você está bem?- Ele me pergunta sem tirar os olhos da estrada.

- Sim. - Respondo.

- Que bom...

Essa viagem está sendo uma eternidade.

Mais um tempo de silêncio se segue, até que adentramos os portões de minha casa.

- Chegamos.- Ele diz.

- É. - Solto  o cinto. - Obrigada.

Saio do carro.