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História A Magia por trás de um signo - Casa número quatro


Escrita por: Tomathitos

Notas do Autor


Espero que goste desse personagem, fiz ele com todo carinho e amor <3

(Repostando, não mudei muita coisa, mas seria legal ler de novo)

Capítulo 2 - Casa número quatro


Fanfic / Fanfiction A Magia por trás de um signo - Casa número quatro

No centro de uma escola, onde havia vários alunos, tinha um pequeno menino dos cabelos ruivos que cobriam seu rosto. Ele estava pelado e chorando em meio aos alunos daquele local, ninguém havia o percebido antes até que ele deu uma fungada em seu nariz, o que o revelou. Primeiro um menino apontou para ele, logo após os outros começaram a olhar, a cochichar e a rir do mesmo. Ele começou a tentar se esconder e a sair daquele círculo que se fazia em volta dele, mas os outros meninos começam a o empurrar para o centro novamente. Girando e olhando para os lados ele todo confuso dá um grito bem alto, mas tão alto que faz com que a escola comece a cair em volta dele atingindo todos em sua volta menos ele.

 

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            Agora o menino nomeado Brian um pouco mais velho se levanta, antes mesmo que qualquer um na casa. Ele se arrumou, foi para o banheiro fazer suas necessidades e foi direto para o quarto de seus pais acordar sua mãe, que ao ver ele deu um belo de um sorriso e o abraçou com as forças que conseguia ainda pela manhã.  Ele então desceu para a cozinha e foi fazer o café da manhã para seus pais. Seu pai um homem bom ao sentir o cheiro do café feito entra na cozinha e bagunça o cabelo de seu filho.

-Filho... Sabe que dia é hoje? –Ele se senta em uma cadeira e se arruma na mesa repousando sua cabeça

-Sei sim pai... Mas não acho que eu estou preparado para isso, eu quase não dormi ontem.... e quando dormi tive um pesadelo ainda – Ele fala enquanto bota café para seu pai em uma xicara

-Eu sei filho, mas pensa... estamos em uma cidade nova, acho que deveria ir atrás de fazer umas amizades, sua mãe morou aqui quando pequena e ela me disse que as melhores pessoas que conheceu na vida ela conheceu aqui... E a escola é um bom lugar para você fazer amigos não acha? – Ele agradece seu filho e começa a tomar café se arrumando na cadeira

-Sim pai eu sei..., mas é que eu não sei se consigo falar com as pessoas, sem ser vocês depois daquilo que me aconteceu.... – Ele se senta

-Mas você irá tentar certo?

-Sim.... Irei sim, mas só se você me prometer me levar hoje – Ele abaixa sua cabeça e percebe sua mãe descendo as escadas e acaba lembrando que ela que o levaria– Mãe você que irá me levar hoje certo?

-Claro que sim filho, ou você acha que deixarei meu filho ir sozinho em seu primeiro dia de aula? –Ela sorri e vai pegar o café, seu pai levantou seu rosto com sua destra e sorriu para ele

- Não fique assim ok? Hoje você verá que essa cidade é totalmente diferente de Quartz City – O menino sorri para ele e começa a tomar seu café

            Brenda mãe de Brian terminou seu café e saiu como todo dia para seu quintal, que possuía um tom verde escuro. Olhou para um pequeno lago que tinha ali com vinte e quatro peixes, sempre um grande e um pequeno com mesma cor e diferente dos outros. Ela fixou seu olhar nos dois peixes laranjas que estavam ali andando juntos até que chegou um peixe marrom pequeno e se aproximou do outro pequeno. Ela sorriu e Brian apareceu.

- Por que a senhora está sorrindo?

-Não é nada filho já está pronto? – Ela se levanta

-Sim vamos?

-Vamos – Os dois foram em direção ao carro

 

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            Depois de algum tempo dentro do carro, ainda um pouco longe da escola, Brenda estaciona o carro e olha para seu filho que fica assustado.

-Tudo bem mãe?

-Filho... Não vai falar quando você nasceu para ninguém certo? – Brian não entedia o porquê sua mãe e seu pai não gostavam de falar suas datas de aniversário, mas os obedecia.

-S-sim mãe.... A senhora mandou não contar, então não contarei – Ela então sorriu e começou a olhar para os lados.

-Tudo bem mãe? Está procurando alguém?

-Não filho.... Nada não, vamos?

            O carro começou a andar e Brenda como uma boa mãe e preocupada com seu filho, começou a dar dicas de como fazer amigos para seu filho que mesmo não querendo saber do assunto, fingiu a escutar. Brenda ainda olhando aos arredores da estrada avistou um menino, ela deixou escapar um sorriso de seu rosto e Brian percebeu.

-Mãe, por que está sorrindo assim de novo? – Ela disfarçando olhou para frente

-Não é nada filho... Nossa.... Olha aquele menino indo para escola sozinho – Brian olhou para a calçada e viu o menino

-Coitado...

-Que tal darmos uma carona para ele? –Brian se assusta – Vamos filho? É bom que você já pode começar a fazer uma amizade

-O-ok então mãe

Ele abaixou sua cabeça meio envergonhado enquanto Brenda parava o carro perto do menino que ao perceber o carro parando olhou para dentro, ele viu Brian primeiro por estar do lado da porta, mas logo se abaixa para ver o motorista e foi aí que viu Brenda no volante que logo começou a conversar com ele:

-Hey... Então... Estávamos passando e vimos que você estava andando sozinho e estava com uma bolsa- O menino sinalizou que sim com sua cabeça – E pensamos “Nossa, ele deve estar indo para escola... que tal darmos uma carona para ele” – Ele ainda sério continuou olhando para ela, mas logo mudou seu foco para Brian

-Vocês querem me dar carona é isso? – Brian olhou para aquele menino alto dos cabelos castanhos e cacheados e com as bochechas coradas balançou sua cabeça, ele sorriu de leve e entrou no carro, Brenda não aguentou e sorriu na hora

-Mas... –Ela tremeu sua garganta pronta para falar – Mas então lindinho qual seu nome?

- Pedro - Ela arregalou seus olhos e olhou para o retrovisor verificando seus traços – E o da senhora?

-Ah... O meu? Brenda... E esse aqui – Ela puxou seu filho – Meu filho se chama Brian – Brian deu um oi quase sem emitir um som e se encolheu no banco- Vou começar a dirigir então fale com o Brian ok? Não posso perder minha concentração enquanto dirijo - O menino concordou sorrindo e então o carro começou a andar

            O caminho foi mais silencioso do que Brenda achou que seria e então não faltando muito para chegar na escola Pedro começou.

-Então.... Brian certo?

-S-sim... – Ele olhou para trás se curvando um pouco no banco

-Vocês são novos na cidade também? – Brenda não querendo que a conversa fosse fraca entrou no meio

-Sim, chegamos mês passado, e você? – O menino ainda continuava a olhar para Brian

-Eu também cheguei mês passado... fui “Convidado” a morar aqui – Ele arrumou seu óculo e pensou um pouco – Estranho né? Pelo que eu contei, foram mais ou menos umas doze mudanças na mesma rua só mês passado - Brenda começou a tossir mudando o foco da conversa

-Estamos chegando amores, se arrumem.

            Os dois começaram a pegar suas coisas e a se arrumar para chegarem na escola. Chegando na escola, os dois saíram do carro se despedindo de Brenda que deu um abraço forte em seu filho pedindo para ele tomar cuidado na escola, ele sorriu. Pedro agradeceu a carona e então os dois entraram na escola um do lado do outro. E Brenda ficou ali no carro olhando e falando consigo mesma:

-Eu não lembrava o quanto ele era inteligente.... Espero que Brian consiga manter a amizade com ele, e se ele for quem eu estou pensando....  –Ela suspirou e entrou no carro saindo dali

 

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            Dentro da escola os dois um do lado do outro, mas com Pedro um pouco mais para frente foram em direção aos corredores. O silêncio dominava os dois, ninguém abria a boca para nada até que Pedro leva Brian para uma lista cheia de nomes e começa a procurar o nome deles na lista. Ele solta um sorriso irônico e fala com um tom de voz tremula para risada:

-Olha, que coincidência.... Estamos na mesma sala.... Venha me siga

            Brian não entendia o motivo de ele estar querendo rir, mas apenas afirmou com a cabeça e começou a seguir o maior. Eles foram em direção a sala de aula que não tinha ninguém, apenas mesas que pareciam grudadas com duas cadeiras cada, Pedro arrumou seus óculos suspirou e se sentou em local estratégico onde se dava para ver toda a lousa no meio da sala, Brian aproveitando que as mesas eram juntas se sentou ao lado dele.

-Você não consegue ver? –Pedro começa a falar enquanto pega seu material

- A Ver o que exatamente?

-Isso... –Ele junta a mão dos dois e Brian fica corado com a vergonha – Eles estão fazendo de tudo para nos juntar

- Eles? Eles quem? –Brian faz uma cara de dúvida e solta a mão do outro

-Não sei ainda quem.... Mas vou descobrir...

            Brian olha para ele sorrindo besta, ele gostava daquele pensamento estranho, porém interessante de Pedro. Os dois ficaram ali conversando um pouco sobre músicas, filmes, ETs e outros assuntos nada haver por um bom tempo, até que Pedro começou a achar estranho não escutar mais nenhum barulho vindo de fora da sala, e por eles estarem sozinhos nela também.

-Você está escutando isso? –Pedro levanta o dedo

-Humn... –Brian fica quieto e não escuta nada- Não.... Não estou escutando nada

-Exatamente... não estou escutando barulho nenhum

-E isso é ruim?

            Pedro ficou quieto por alguns minutos e foi então em direção a porta da sala, que sozinha se fechou fazendo um barulho enorme no local onde estavam. As janelas todas começaram a se fechar uma por uma, e lá fora dava para se ver a neve cair com calma. Os dois meninos se olharam, Pedro por estar longe de Brian perto da porta ficou preocupado com o outro e então começou a andar calmamente, porém assustado em direção ao outro menino. Ele parou assim que viu uma fumaça escura entrar pela porta da sala, ela começou a se espalhar calmamente por toda a sala. Brian de longe começou a olhar para Pedro preocupado, mas Pedro ficou sorrindo para ele tentando não entrar em pânico.

-Nossa que estranho né - Pedro tentou quebrar o clima

-É... Eu estou ficando com medo- Brian começou a andar para trás com medo da fumaça

-Hey, não precisa ficar assim, eu estou nela está vendo? -Ele levantou o pé chutando a fumaça que estava ali

            Quando menos os meninos esperavam a fumaça se levantou atrás de Pedro que tentou correr, porém estava paralisado. Brian começou a deixar lágrimas caírem de seus olhos e foi andando para trás com medo de que a fumaça o pegasse. Porém a mesma começou a se expandir pela sala de aula engolindo os dois meninos.

 

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            Em um local totalmente gelado, Brian com sua pele exposta a fumaça estava sendo levado para algum local que ele não conseguia ver. Ele não procurava por nada, apenas olhava para frente sério, olhando para o breu. Quando ele menos percebia suas costas eram preenchidas por outras costas humanas, uma pele que também se encontrava gelada e fria. Uma voz ao fundo era escutada, abafado, falando com a pessoa que estava atrás de Brian. O menino apenas esperou a voz vir em sua direção e quando a voz chegou perto ele apenas a escutou com calma e certeza.

-Brian... Você parece continuar puro, Brenda conseguiu segurar sua inocência esse tempo todo, eu espero que isso não te prejudique – Brian ficou apenas olhando para aquele ser escuro no meio do nada olhando para o rosto dele – Pois hoje estarei te entregando o dom de se camuflar, o dom ver o destino, mas sem clareza e o dom das cores – Aquilo então beijou os lábios virgens de Brian que apenas fechou os olhos e aceitou – Brian o Céu, nesse momento eu te deixo aos cuidados da Esperança para que juntos vocês possam salvar não só vocês, mas como também o mundo...

            A voz pegou a mão de Brian e juntou com a mão da pessoa que estava em suas costas. Brian sentiu aquela mão quente e a então cruzou seus dedos com os da mão alheia.

 

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            Brian foi acordado por um livro que foi batido na mesa em que estava, ao levantar sua cabeça, percebe que sua mão estava por cima da de Pedro que sério olhava para ele. Brian puxou sua mão dali e se corou olhando para o professor em sua frente.

-Então senhor Brian dormiu bem? – Brian ficou quieto olhando para o rosto do professor que estava sério olhando para cara dele – Amanhã perguntarei sobre o que aconteceu na aula de hoje e espero que você me responda tudo com clareza ok? –Brian afirmou com a cabeça – Sei que seus amigos estão ansiosos para sua resposta

            Brian olhou para os lados e a sala estava cheia, os lugares estavam todos ocupados e o professor saiu de sua frente dispensando os alunos que se arrumaram e saíram da sala. Brian ficou paralisado olhando para seu caderno, segurando a vontade de chorar. Pedro se levantou e viu que Brian não estava bem então ele arrumou as coisas do mesmo e com um lenço que estava em sua bolsa limpou os olhos do menino que ficou vermelho de vergonha.

-Vamos para casa? –Pedro levou sua destra em direção ao menor que sorriu mesmo com os olhos de lagrimas e pegou na mão do mesmo se levantando

 

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            Já em casa, Brian fazendo o jantar ainda estava pensando naquele sonho. Quando levava as colheres para a mesa, descuidado deixou uma das colheres cair de sua mão, quando a mesma chegou ao chão o som dela fez com que o tempo parasse. Brian sem perceber levou sua visão para a porta de sua casa e começou a ver uma menina pequena abrir a porta, ela estava toda sorridente e com os seus cabelos grandes e ruivos o chamava pelo nome. Ele se assustou e foi para trás, o tempo voltou ao normal e a colher terminou de cair no chão. Brian se assustou e ficou olhando para a colher e para porta, ele suspirando calmo, abaixou e pegou a colher com calma. Ao terminar de arrumar a mesa sua mãe entra pela porta de sua casa e sorrindo o chama pelo nome o pedindo para ajudá-la com as comprar. Ele vai correndo em sua direção e a abraça pegando depois algumas sacolas da mão de sua mãe.

            Depois de algum tempo todos já estavam na mesa comendo e conversando sobre o dia deles.

-Então meu filho como foi a escola? Conseguiu fazer amizade com o Pedro? Vi que você veio embora com ele - Brenda animada começa a falar com Brian, mas seu pai o interrompe.

-Espera? Conseguiu fazer um amigo? Viu filho eu sabia que conseguiria, eu não te disse – Brian sorrindo afirmou com sua cabeça tudo o que seus pais falaram.

-Então pai... – Na hora em que Brian ia falar, sua mãe deixa um garfo cair no chão, Brian para na hora e fica olhando para a mesma.

-Me desculpe filho, acabei deixando cair a colher cair – Brian sorri e continua comendo.

            Eles continuam conversando enquanto comem. Um tempo depois em que já haviam terminado de jantar e lavar a louça, Brian se encontrava em seu jardim com sua mãe sentado há frente do lago.

-Mãe? – Ele corta o silêncio

-Sim filho

-Desde quando existe esse lago?

-Nossa filho.... Desde quando eu era pequena - Brian arregala seus olhos

-Mas como que os peixes ainda estão vivos?

-Humn... Então eram apenas doze peixes, um de qualquer cor – Ela sorri se lembrando das coisas do passado – Mas agora são vinte e quatro dois de cada cor..... Esses peixes são especiais e eles sobrevivem cem anos ou até mais.

            De repente um corvo pousa ao lado do lago e começa a olhar para os peixes, Brenda arregala os olhos e se levanta indo em direção ao mesmo. Brian assustado fica olhando o corvo meio assustado, o corvo então pega o peixe marrom, mas quando ele foi voar Brian deu um tapa nele que deixou o peixe cair e saiu voando assustado. Brenda desesperada começou a gritar com Brian.

-Por que você fez isso?! Por quê?!

-Mas? – A mãe dele o parou

-Sobe para seu quarto agora!

            Brian triste e com lagrimas nos olhos sai correndo para dentro de casa, ele corre para dentro de seu quarto chorando, seu pai tenta o parar para perguntar o que havia acontecido, mas não recebe sucesso. Chegando em seu quarto Brian foi para a janela e em direção da janela olhou para fora vendo sua mãe ainda na frente do lago só que agora ajoelhada e chorando. Enquanto chorava suas lagrimas caiam no lago e o corvo bravo voltava passando por cima dela deixando um peixe preto com manchas brancas cair no lago. Brenda assustada olhou para o quarto de Brian que se escondeu atrás da cortina e logo foi para sua cama. Brian pegou seu celular e colocando o fone ligou para Pedro.

-Pedro...

-Oi, aconteceu alguma coisa? – Ele pergunta do outro lado do fone

-Não... Mas... Você pode passar essa noite comigo? –Pedro confirma com a garganta

            Os dois ficar ali em silêncio apenas escutando a respiração um do outro, até que Brian dorme e Pedro percebe, e com muita calma e clareza do outro lado do fone fala:

-Boa noite.



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