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História A Maldição das Cores - Frágil e quebradiço


Escrita por: EpicFe

Capítulo 3 - Frágil e quebradiço


"A MORTE ATACA A PAX" estampava a manchete de primeira capa de "O Reino em um papel", jornal de maior circulação nos quatro Quartos do Reino, parecia que um membro da Pax havia morrido para os lados do Quarto Oeste.
-Rapido Marf, meu filho!! Vai se atrasar! – A mãe o apressava a ir fazer compras no mercado de SludgeForby assim que este abrisse, com sorte Marf conseguiria alguns descontos de uma liquidação que iria ocorrer.
-Já vou mãe! 
Apesar da grande manchete, o que mais atraia o olhar do garoto de 12 anos era a nota no rodapé da folha: "Começam Amanhã às aulas da Centro Ordenal de Slugdeforby, a maior escola Ordenal do Quarto Leste"
-...A maior escola ordenal do Quarto Leste. - Disse Marf em voz baixa. Deu uma última olhadela para o jornal, quando sua mãe surgiu subindo as escadas.
-Olhando esse anúncio de novo filho? Você já tem o privilégio de saber ler, pra quê ir à escola?
-Tem razão mãe - Sua mãe nunca compreenderia - tenha um bom dia - Marf deu um carinhoso beijo na testa de sua mãe a deixou lá, costurando.
O mercado ficava do outro lado de Raone, de forma que, por falta de transporte naquela região afastada, devia andar por mais de 2 horas até chegar no lugar. Era um bairro pobre, o qual ele morava. O que mais o cortava o coração durante o trajeto era o fato de sempre passar pelo Centro Ordenal de Slugdeforby, uma escola imponente, com altos muros, chamavam-na "A jóia do Quarto Leste". Sem dúvidas o lugar mais rico da cidade. Marf nunca sonhara em ser um membro da Ordem do exército, assim como seu pai fora, não gostava de usar violência, mas se ele quisesse se proteger e proteger quem era importante, ele PRECISAVA aprender a usar violência.
Lá estava a escola, com sua muralha reluzente, em sua superfície, estava gravados em alto relevo a imagem de grande guerreiros. "Os fundadores do país" tinham dito-lhe o pai, na primeira vez que Marf havia feito aquele percurso, muito tempo antes. 
Agora, depois de ter visto todas as gravuras algumas centenas de vezes, Marf já as sabia quase que de cor, cada posição, cada traço daquele muro... Até que ele viu algo que normalmente não fazia parte do muro. Marf ficou surpreso ao ver uma grande rachadura de mais de 2 metros cortando a imagem de Rufios Salavrem, o fundador da ordem PAX.
Não ouve tempo para pensar e, um instante depois, Marf ouviu um alto barulho grave, a muralha da escola tremeu como se estivesse sofrido um grande impacto. Pouco depois, o barulho se repetiu.  Foi no terceiro baque que a muralha finalmente ruiu, um grande buraco irregular de uns 5 metros de largura por 3 de comprimento, lá dentro, somente poeira.
Marf ignorou o fato de que estava quase atrasado para as compras e correu em direção a cratera, mas antes que ele chegasse, algo foi jogado com violência pelo buraco, rápido demais para seus olhos identificassem. Segundos depois, percebera que a coisa disforme era uma pessoa.
"Estamos sendo atacados" foi tudo o que conseguiu pensar. Lentamente outra pessoa saia da cratera, ou seriam várias pessoas?
Quando a poeira abaixou, Marf finalmente identificou,  uma criança, devia ter sua idade no meio de um grupo de três estranhas criaturas, seriam monstros... Violetas?!
A primeira criatura era um bípede esguio, com um longo pescoço que oscilava para cima e para baixo, a segunda, parecia um humanóide com algo entre 2 e 3 metros de altura com os membros superiores da grossura do tronco de um homem comum, provavelmente ele era o culpado pela quebra do muro. Já a terceira era uma espécie urso alado, com a barriga tão estufada que caberia no mínimo 3 pessoas lá dentro. Todas as criaturas tinha a colocação Violeta forte em seus corpos, somente os olhos brancos dos bichos se destacavam.
Por algum motivo, a criança não apresentava ter medo dos monstros, "ela tem controle sobre eles" pensou . "Que tipo de poder é esse?". Um dos monstros se precipitou para atacar a pessoa caída, que havia sido jogada, à 5 metros do grupo.
Marf queria proteje-lo, mas não sabia como, nunca dominou a arte da violência, como poderia proteger qualquer pessoa?
Mesmo assim, Marf foi, não podia deixar alguém morrer assim nas sua frente, ele esticou o braço e de repente... 
-VIDRO! Quando foi que isso aconteceu??
E uma barreira de vidro surgiu entre Marf  e o monstro, protegendo a si mesmo e a criança, que devia ter sua idade desacordada, até que o impacto daquele longo pescoço estilhaçou o vidro em um súbito instante, convertendo êxtase de Marf em medo.
As 3 criaturas pareciam prestes a atacar novamente, quando um homem mais velho apareceu entre eles, tinha um rosto sério e uma rala barba branca, o estranho urso alado avançou em direção aos três e se explodiu em um movimento rápido, esvaziando aquela barriga abissal. Ouviu-se um alto barulho de explosão, mas a mesma não surtiu efeito. Tudo já estava acabado, o professor havia jogado a criatura obesa para longe pouco antes da mesma explodir, uma confusão de uma substância Violeta se espalhou por todo lugar aonde o urso se explodira, Marf mal havia piscado e a criança já estava imobilizada por uma gosma transparente, oriunda das mãos do homem mais velho.
O homem olhou-o.
-Voce conjurou vidro? Sozinho?
-Er...
-De que escola você é? Nunca vi seu rosto nessa por aqui.
-Não sou de escola alguma Senhor, não tenho dinheiro para pagar uma escola...                                                         

 -Quantos anos você tem? 12?

O menino balançou a cabeça afirmativamente
-Pois hoje é o seu dia de sorte- o homem magro abriu sorriso- Todo mundo sabe que a idade ideal para começar a desaflorar seus poderes é na puberdade, por isso se começa a ensinar o controle de técnicas para crianças com 12 anos, o que você acha de eu te pagar uma bolsa de estudos? Em tempos difíceis como esses precisamos de guerreiros como você!
- Eu aceito!-Marf não podia acreditar no que estava ouvindo, ele, um guerreiro?

Mesmo não se aguentando de alegria, Marf se lembrou da criança ainda desacordada.
-Ele está...
-O que? Morto? Não, ele vai ficar bem, só precisa descansar um pouco. Meu filho não é tão fraco assim.
Mas tarde, depois de contar a notícia para sua mãe e ela se alegrar, apesar de ele ter voltado com as mãos abanando devido ao atraso no mercado, Marf não conseguiu dormir de ansiedade, não sabia ao certos quais eram as intenções daquele velho, mas sabia que a partir do dia seguinte sua vida mudaria para sempre.



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