1. Spirit Fanfics >
  2. A Maldição de Gaster - 2 temporada da Viagem de Frisk >
  3. Capítulo 12

História A Maldição de Gaster - 2 temporada da Viagem de Frisk - Capítulo 12


Escrita por: GabiLords

Notas do Autor


Oi! *Se esconde das pedras*

Desculpa pela demora para postar... Como eu disse antes, estava meio (na verdade, muito) travada com umas partes da história, mas agora eu já arrumei isso!!!

Bom... espero que não me matem por demorar a aparecer, porque se fizerem isso, vão ficar sem saber o que vai acontecer =3 *apanha*

De resto... espero que aproveitem o capítulo!

Vou voltar com minha rotina de postar aos sábados (preferencialmente à noite),

Então... Nos vemos em breve?

Bjkas e até mais >3<

Capítulo 13 - Capítulo 12


O segundo andar era estreito: apenas um corredor com quatro ou cinco portas. Havia uma curva no fundo e quando Frisk foi checá-la, descobriu uma escada que levava para um terceiro andar.

Voltando para a primeira porta, a idosa deu com um banheiro extremamente sujo e com muito vapor no ar. Era engraçado que monstros precisassem de banheiros, uma vez que a comida deles não era dispensada pelo corpo como o alimento humano. Havia, no entanto, o fato de que aqueles esqueletos não viviam apenas como monstros.

Havia muitos mistérios sobre eles que Frisk queria resolver, mas no momento atual, tudo que ela podia fazer era encarar com Determinação a imundice daquele banheiro.

Prendendo a respiração, a idosa abriu a janela para que o fedor e o vapor fossem embora e a visão do lado de fora da casa a fez arfar de surpresa: a casa era uma gigantesca construção cheias de torrezinhas e tubos, que caminhavam sobre quatro pernas metálicas. Do lado de fora da residência, desdobrava-se a paisagem maravilhosa do Monte Ebbot.

— Que maravilha! — Frisk anunciou — Foguinho Flamejante, é você que faz esse castelo andar?

A idosa correu até a escada e se inclinou um pouco, para conseguir enxergar o monstrinho na lareira.

— É claro que sim, só eu trabalho aqui! — O monstrinho esbravejou.

— Estou impressionada, você é um monstro de fogo de primeira classe! — A idosa sorriu — Você é esplêndido!

As chamas do monstrinho tornaram-se vermelhas e então ele estralou: — Você acha mesmo...? É, É CLARO QUE EU SOU!

A empolgação do Foguinho Flamejante, fez o castelo caminhar mais rápido ao lado do desfiladeiro.

Frisk passou pelo corredor, ignorando o banheiro e a porta cheia de avisos do quarto que deveria ser o de Papyrus e correu para a escada nos fundos, onde encontrou mais quartos espalhados aleatoriamente pelo lugar. Havia uma portinha de vidro em um dos cantos e ela não hesitou em abri-la, para chegar até a sacada e poder examinar a vista lá fora.

Ao ver a paisagem maravilhosa do Monte Ebbot que passava abaixo, Frisk sorriu, sentindo-se mais confortável e talvez até um pouco mais nova. Alguns animais pulavam por ali, fugindo da construção ambulante e vários monstros acenaram como se o castelo fosse algum tipo de guardião ou consolo para eles.

A solitária figura de um dragão riscou o azul do céu e uma sensação de nostalgia tomou o coração da mulher, que inclinou-se na murada da sacada e gritou: — SAAAAAAAAAAAANS!

Sua voz ecoou pela paisagem, espantando algumas aves e fazendo Papyrus derrubar alguma coisa em seu quarto. O dragão, no entanto, apenas fez uma suave pirueta e foi-se embora com seu voo belo e suave.

— Não seja tola, Frisk, existem vários esqueletos por aí! — A humana esbravejou consigo mesma — Aquele podia ser qualquer um deles...

Voltando seu olhar para o lago mais à frente, Frisk suspirou, satisfeita e feliz. A vontade de se inclinar sobre a murada da sacada para sentir o vento nos cabelos e a adrenalina no corpo era enorme, mas ela não o fez, afinal: “estava velha demais para essas coisas.”.

Papyrus logo apareceu ao lado de Frisk, na intenção de perguntar o motivo dela ter gritado, mas ao ver a expressão da humana, ele decidiu que não devia atrapalhar lhe os pensamentos, por isso inclinou-se ao seu lado, ouvindo-a suspirar.

— Que paisagem incrível! — A mulher sorriu.

— NÃO TÃO INCRÍVEL QUANTO O GRANDE PAPYRUS! — O esqueleto anunciou, recebendo como resposta, o sorriso de Frisk.

Ficaram mais um tempo observando a paisagem até que a idosa voltasse para seus afazeres e Papyrus fosse ajuda-la. Quando eles voltaram o disco para azul estavam levando os lixos para longe da casa, uma corda presa em um monte de neve chamou a atenção da mulher.

Frisk aprendera que nunca se deveria ignorar uma coisa do tipo, pois ela poderia ser uma rica estela de TV, que por algum infeliz acaso, acabara como um amalgamo.

— Papyrus, me ajude aqui! — Ela chamou o grande esqueleto que aproximou-se e começou a ajuda-la, lançando neve para todos os lados.

Qual não foi a surpresa da dupla ao encontrar o boneco de treino ali, caído na neve. Frisk e Papyrus imediatamente o levaram para dentro, mas assim que Foguinho Flamejante bateu os olhos no monstro, começou a esbravejar: — Tirem ele daqui! Esse monstro está com uma maldição muito forte e não pode ficar aqui!

— Não podemos deixa-lo lá fora na neve! — Frisk contrapôs — Ele vai morrer!

— Se ele ficar aqui dentro ele vai virar poeira! — Foguinho sentenciou — Coloquem essa coisa lá fora!

Antes que a mulher pudesse contrariar, no entanto, Papyrus girou o disco para a cor amarela e abriu a porta, empurrando o boneco de treino lá pra fora. Frisk estava prestes a contrariar o esqueleto, quando viu que o monstro pulava de um lado ao outro, aparentemente satisfeito com o que havia ali.

O castelo havia parado de se mover perto do lago e havia uma grama verde e bela estendendo-se por todo o horizonte. A idosa respirou fundo e contentou-se com o que via ali: se o Boboneco parecia contente em poder pular por aquelas áreas, então ela estaria também.

Foi então que Frisk decidiu lavar a roupa. Essa nunca havia sido uma tarefa lá muito agradável e nunca haviam ensinado uma maneira prática de fazê-lo na Casa de Chá e Banhos, mas a idosa havia aprendido como fazê-lo com seu tio que cuidara dela na infância.

O homem bondoso e sua esposa haviam falecido em um trágico acidente de carro pouco depois da humana tornar-se a embaixadora dos monstros. Na época, a morte de ambos a havia afetado muito, mas depois de tantos anos, as lembranças que a idosa tinha do casal traziam-lhe apenas uma gostosa saudade.

Com a roupa limpa, Boboneco ajudou Frisk e Papyrus a improvisar varais que eles estenderam por toda a casa. O casaco de Sans que a mulher sempre carregava consigo foi colocado junto com as roupas mais fáceis de ela alcançar com as mãos. O grande esqueleto lançou um longo olhar curioso sobre a roupa o que fez a humana ter esperança de que ele perguntaria sobre aquilo, mas como o monstro não se manifestou, ela decidiu não pronunciar-se também.

Frisk e Papyrus colocaram uma mesa bem perto da água e a mulher fez um pouco de chá para ela e para o esqueleto. Teriam torradas com geleia de acompanhamento.

Enquanto a mulher preparava o chá, Foguinho Flamejante resmungava alguma coisa o que fez Frisk inclinar-se para vê-lo melhor: — Há algo que você queira que eu faça para melhorar seu humor?

— Eu quero chocolate granulado! — O monstrinho quase gritou, esticando um dos braços e apontando para uma gaveta onde a mulher encontrou um pacote de chocolate granulado.

A humana estranhou o pedido, mas não negou-o: adorava ver Foguinho Flamejante feliz na mesma intensidade que achava divertido quando ele ficava irritado.

— NYEH! O BONECO DE TREINO GOSTOU DE LAVAR ROUPA! — Papyrus anunciou, observando o monstro que pulava por aí com o varal amarrado em volta do pescoço.

— Graças a ele a roupa vai secar rapidinho! — Frisk sorriu, fechando os olhos e aproveitando a brisa.

Passaram uma tarde agradável, aproveitando o clima ameno e a belíssima paisagem do Monte Ebbot. Quando Papyrus anunciou que iria ver se a roupa estava seca, Frisk deixou que os pensamentos tomassem conta de sua mente, levando-a novamente para os mesmos caminhos tristes e sombrios que ela estivera antes de conhecer o boneco de treino.

— HUMANA, EU, O GRANDE PAPYRUS, JÁ RECOLHI A ROUPA COM A AJUDA DO BONECO DE TREINO! — O esqueleto anunciou, fazendo uma pose heroica.

— Muito obrigada a vocês dois! Está na hora da gente entrar... — Frisk sorriu e então voltou o olhar para a para a paisagem à volta — É tão estranho... Nunca senti tanta paz em minha vida como agora!

Papyrus soltou um “NYEH” e recolheu a cadeira em que Frisk estivera sentada. Juntos, eles caminharam de volta para o Castelo, com passos preguiçosos e corações tranquilos.

A mulher parou na porta, observando o céu que se tingia de vermelho por causa do pôr do sol, na esperança de ver mais uma vez, aquele belo dragão a sobrevoar os céus. Como não havia nenhuma criatura na abóbada celeste, a idosa suspirou e fez um pedido silencioso à primeira estrela que começava a brilhar: “Onde quer que Sans esteja, que ele esteja bem...”.

— HUMANA, VENHA! O GRANDIOSO PAPYRUS VAI PREPARAR UM MAGNIFICO ESPAGUETE PARA NÓS!

— Estou indo! — Frisk riu e lançando um último olhar para a estrela no céu, sussurrou — Estou indo!



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...