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História A Maldição de Gaster - 2 temporada da Viagem de Frisk - Capítulo 4


Escrita por: GabiLords

Notas do Autor


..... Não tenho nada a declarar exceto que a fanfic tá passando por uma pausa braba, por isso tá saindo devagar e que eu estou muito triste pela perda de uma das minhas fics preferidas daqui....

Capítulo 5 - Capítulo 4


Quando Frisk acordou, viu-se ainda deitada no chão duro exatamente como havia ido dormir: ninguém havia mexido em suas coisas ou nela mesma. A única coisa de diferente da noite anterior era o Boboneco que estava de volta, virado para a humana como se tivesse ficado ali a noite inteira... Ou talvez ainda estivesse de noite, não era fácil de saber na caverna escura.

Gemendo, a idosa ergueu-se e encarou seu acompanhante com um sorriso: —Voltou para me fazer companhia? Obrigada pela gentileza, Boboneco, mas eu ainda tenho que...

Antes que Frisk pudesse terminar de falar, o monstro pulou para trás da senhora e começou a empurrá-la em direção ao fundo da caverna: — Ora, calma aí, você quer me mostrar uma coisa? Muito bem então... Indique o caminho, cavaleiro.

Boboneco começou a pular na frente, parando sempre que possível para que a idosa não o perdesse de vista. O modo como ele se movia, sempre esperando-a, lembrava-a vagamente o Pyrope que a havia guiado com Asriel, Monster Kid e Gaster para a casa de Toriel na entrada das Ruínas.

A senhora suspirou, sentindo saudades de sua infância com os monstros mais uma vez. Não fora a coisa mais maravilhosa do mundo, pois ela estava presa em um “mundo subterrâneo” e tivera de lidar com várias coisas assustadoras, mas pelo menos ela fora feliz.

Boboneco parou à frente de Frisk em um local de pareces roxas e pulou sobre uma série de botões. Depois bateu a cabeça na parede, onde havia um interruptor e ficou a encarar a senhora.

— Você quer que eu aperte isso aí? — Frisk inquiriu e o boneco assentiu — Ok então...

Quando o interruptor foi acionado, uma porta no fundo do cômodo abriu-se. Confusa, a idosa seguiu o monstro através dela e teve uma grande surpresa ao ver-se em um lugar muito semelhante às Ruínas do Subterrâneo.

—O-onde estamos, Boboneco...? — Frisk inquiriu, seguindo o monstro que pulava à frente, indicando alguns interruptores que ela deveria pressionar — Isso me lembra muito as Ruínas do Subterrâneo, mas não é possível que sejam elas... Elas ficam... Ficam do outro lado do mundo...

Em uma virada do corredor, Frisk deparou-se com o inesperado: um froggit que vinha saltitando na direção contrária. Assim que viu a humana, o monstro atacou, mas a idosa precisou apenas caminhar para o lado e o sapinho passou direto por ela.

— Como você é corajoso! — Frisk anunciou com um sorriso — Você deve ser o guardião das ruínas, tamanha sua coragem!

O monstrinho encarou a idosa sem entender o que ela queria dizer com aquilo, mas assim que ele percebeu que aquilo havia sido um elogio, suas bochechas ruborizaram e ele pulou para longe lisonjeado.

— Um froggit... Há quanto tempo eu não via um desses... — A mulher suspirou, sentindo como se tivesse acabado de voltar a ser criança. Encontrar um velho amigo fez Frisk sentir-se um pouco mais Determinada. Com um sorriso, ela encarou Boboneco — Há mais monstros por aqui?

O boneco não respondeu, em vez disso, parou diante de um local onde havia água e uma ponte coberta de espinhos. Ele imediatamente deu a volta e encarou uma velha placa de metal que estava pregada na parede do corredor.

—A sala oeste é o mapa da sala leste...? — A idosa forçou os olhos para conseguir ler.

Imediatamente, Boboneco pulou para a sala a oeste e antes que a idosa pudesse alcançá-lo, ele já estava de volta, empurrando Frisk para a ponte de espinhos.

— Boboneco, como eu vou atravessar isso... Ah, você vai me indicar o caminho, que gentil...

Frisk seguiu o monstro, pisando onde ele ia e surpreendendo-se ao ver que os espinhos baixavam e desapareciam antes que seus pés os tocassem.

Seguiram nesse ritmo, com o monstro ajudando a senhora a explorar cada canto e fresta do lugar. No início, tudo parecia abandonado e sombrio, mas à medida que avançavam, Frisk encontrou-se com alguns monstros.

Assim que viam a humana, as criaturas entravam em pânico e atacavam, mas Boboneco colocava-se à sua frente e recebia todos os danos, uma vez que a idosa não tinha mais agilidade para se defender ou desviar. Não tendo que se preocupar com sua defesa, Frisk tinha chance de convencer os monstros de que não era uma ameaça para eles.

Froggits, vegetoides, whimsuns, looxs, migosps e moldsmalls. Um a um, várias espécies conhecidas surgiram enchendo a mulher de Determinação. A medida que conversava com as criaturas e convencia-as de que não lhes queria fazer mal, Frisk se sentia mais forte, flexível e as dores iam desaparecendo. Ela até estava conseguindo desviar-se dos ataques por si mesma

— Aprender o padrão de ataques dos monstros facilita desviar-se deles e isso torna a vida muito mais fácil! — A moça anunciou, sem perceber como sua voz saíra suave.

E foi então que essa única frase lhe trouxe lembranças doloridas, que fizeram sua Determinação diminuir, lhe despertando para a sua realidade atual, fazendo-a sentir-se um pouco mais velha. Amargurada, a mulher sussurrou para seu fiel acompanhante: — Infelizmente decorar ataques também pode ser usado para coisas ruins...

O Boboneco pareceu um pouco decepcionado o que fez Frisk sorrir-lhe e anunciar: — Não se preocupe, eu acho que tenho energia guardada em algum lugar para mais um acesso, se necessário.

Mal sabia ela que aquilo não havia sido apenas um acesso de energia.

E foi então que eles chegaram em uma casa extremamente familiar a Frisk. As recordações que lhe invadiram a mente ao ver aquele lugar a encheram de Determinação, fazendo-a largar a bengala no chão e sair correndo para o interior da residência, gritando: — Mãe? Mãe!

Mas ninguém veio.

A moça ouviu o “pléc pléc pléc” às suas costas e virou-se para o Boboneco com os olhos cheios de lágrimas. Era óbvio que sua cabra mãe não estaria ali: aquele lugar não era o real Subterrâneo, era apenas um refúgio para os monstros que não haviam conseguido escapar para a ilha quando a guerra começou.

Nenhuma das criaturas que ela vira eram seus conhecidos, nenhum deles fizera parte de sua infância. Seus amigos não estavam ali, Frisk estava sozinha.

Em prantos, a moça deixou-se cair no chão, sentindo as costas começarem a doer e o cansaço abater sobre ela. O boneco de treino pulou até ficar ao seu lado de deixou-a abraçá-lo, chorando suas mágoas e suas saudades.

A medida que aceitava que havia perdido tudo e que nunca iria recuperar sua vida novamente, ela ia perdendo sua Determinação e se tornando mais velha, até voltar a ser a idosa que havia chegado naquele lugar desolado aos trancos e barrancos.

— Obrigada por me servir de apoio, Boboneco. — Frisk secou as lágrimas de seu rosto e encarou o local à sua volta — Aqui parece bem aconchegante para se ficar...

O monstro não pareceu muito contente com a conclusão da idosa, mas seguiu-a pulando pela casa à medida que ela explorava o lugar.

A residência era composta pelo hall de entrada que tinha uma escada nos fundos, pela sala de jantar com a lareira, a cozinha já toda mobiliada e os quartos. Entraram em cada um deles: o primeiro era pequeno e parecia ter pertencido à uma criança. Frisk encontrou roupas listradas dentro do guarda-roupas e feliz, virou-se para o monstro que seguia-a a pulinhos.

— Isso aqui me lembra um amigo meu — A idosa erguia um suéter verde e amarelo — Eu sei que estou velha demais para isso, mas agora quero brincar de boneca!

As risadas da idosa preencheram o quarto. O monstro não pareceu gostar da ideia, mas também não recusou quando a senhora tirou-lhe a túnica velha e colocou o casaco.

— Bem melhor, não? — Frisk sorriu — Essa túnica já estava muito suja.

O segundo quarto era grande e mais formal. Tinha uma cama de casal que parecia extremamente confortável e um guarda-roupas com vestidos e túnicas que deveriam ficar um pouco grandes em Frisk, mas que serviriam para quem não estava pensando em ir embora.

O terceiro e último quarto estava completamente vazio: sem cama, sem móveis, sem nada. Frisk sentiu um aperto no peito ao ver o lugar e o boneco de treino parecia extremamente desconfortável ali, o que fez a idosa fechar a porta.

— Certo então, Bobo, eu vou tomar um banho para relaxar os músculos velhos e depois nós podemos voltar para as... Ruínas para ver o que têm de comer lá... Acho que os vegetoides não se importariam de nos dar algumas verduras...

Frisk seguiu andando e matutando consigo mesma enquanto o boneco de treino ficava parado, encarando a porta fechada diante de si, como se toda a sua vida tivesse sido sugada pelo quarto vazio.

 


Notas Finais


Nos vemos em breve? Bjkas e até mais >3<


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