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História A Maldição de Gaster - 2 temporada da Viagem de Frisk - Capítulo 5


Escrita por: GabiLords

Notas do Autor


Então né.... Eu sei que eu sumi, mas vocês precisam mesmo entender que eu tive motivos para isso: além dos eventos decorrentes da faculdade e das festas de fim de ano, algumas coisas aconteceram na minha vida familiar e eu realmente senti uma pequenina falta de incentivo para continuar com a fic... Mas... É! Eu voltei e tenho um capítulo fresquinho para vcs! rsrsrs

Sim, eu quero agradecer ao pessoal que esteve favoritando "A Viagem de Frisk" e a quem ainda está lendo essa fic aqui, sem desanimar ou desistir de mim! Valeu galera!

E quero agradecer em especial à Tia Cherry, que surgiu de lá do Nyah para vir aqui ler o fim da fic que eu não tinha terminado de postar lá e vir comentar essa fic aqui! Sério, valeu mesmo pelos comentários e desculpa se eu demorei para responder... Fazia um tempo que eu não entrava aqui! rsrsrs

Bom... Isso é para vcs, que não desistiram da fic e nem de mim!!!

Nos vemos em breve???

Bjkas e até mais >3<

Capítulo 6 - Capítulo 5


Faziam algumas semanas que Frisk e o Boboneco estavam vivendo na aconchegante casinha que marcava o fim das Ruínas. Ou pelo menos, a humana assumira que eram semanas.

A senhora inventara para si um tipo de contagem de tempo um pouco falho, mas que adiantava para não enlouquecer naquele lugar onde o céu era completamente negro e não havia uma única mudança de claro para escuro, a não ser quando se acendia ou apagava uma lâmpada.

Para a humana, era dia quando ela estava ativa e bem desperta, pronta para explorar as ruinas, ir tomar chá com os froggits, ou simplesmente ficar sentada em uma cadeira perto da grande árvore desfolhada.

A noite chegava quando o sono e as dores nas costas batiam e ela não tinha vontade de fazer mais nada. Para Frisk, podia se “noite” logo depois do café da manhã, após o almoço ou simplesmente na hora que ela estava fazendo uma leitura muito chata ou entediante e acabava cochilando.

Em seus passeios diários, a humana havia juntado bastante comida com os vegetoides ou com algumas aranhas que tinham uma tímida confeitaria perto da casa que a idosa e o boneco estavam usando para si. Água era fácil de conseguir, uma vez que aquele lugar tinha vários lençóis d'agua ou nascentes aqui e além. Conforto havia na casa: a cama onde a idosa descansava era grande e macia e a poltrona onde ela sentava-se para ler os livros monstros era como um paraíso, ainda mais quando a senhora usava o fogo do fogão para acender a lareira, que lhe ofereciam um calor perfeito para dormir

Como o fogão, as lâmpadas e a energia funcionava ali embaixo, no entanto, era um completo mistério para Frisk. E ela simplesmente não tinha interesse algum em descobrir.

Assim, a idosa estava adaptando-se à vida nas Ruínas. Para ela, aqueles dias rodeada de monstros simpáticos e longe de chapéus ou qualquer notícia sobre conflitos ou brigas era como umas férias eternas no paraíso. No fim, a maldição de Gaster havia vindo como uma benção.

O boneco de treino, no entanto, não estava nenhum pouquinho contente com aquilo. Ele tinha um objetivo e ia com ele até o fim, nem que para isso tivesse de arrumar uma briga com Frisk.

Mas qual era a melhor maneira de fazer um humano que estava perfeitamente confortável com sua vida, mudar de rotina?

O boneco sabia que apenas a perda de algo muito precioso faria a idosa sair de sua zona de conforto e seguir em frente com a jornada que havia sido entregue a ela.

Uma manhã – ou tarde, ou noite – Frisk foi desperta por um “pléc” muito alto e próximo que soara repentinamente, quebrando o silêncio e a tranquilidade daquele momento após um chá.

Assim que se ajeitou na poltrona, quase deixando o livro cair, a humana encontrou Boboneco novamente trajado com sua túnica – que havia sido lavada por ela – tendo amarrado ao pescoço, o casaco azul que a idosa carregava de um lado ao outro como se fosse seu amuleto da sorte.

— Bobo, o que você está fazendo com isso? — A senhora inquiriu, tentando erguer-se da poltrona com dificuldade por causa das costas doloridas — Esse casaco é importante para mim... Devolva ele aqui....

Em vez de se aproximar, o boneco pulou para longe, seguindo para fora da sala e sumindo do campo de visão de Frisk.

— Boboneco, volte!

Pensando em recuperar o casaco, Frisk encheu-se de Determinação e se ergueu da poltrona quase em um pulo, ignorando o livro que ela deixara cair no chão e caminhando atrás do monstro que já descia as escadas aos pulinhos.

— Boboneco! — A mulher gritou quando alcançou o boneco no corredor roxo que ficava abaixo da casa — Pare! Eu sei o que há mais à frente: a saída das Ruínas... A porta de mão única para o resto do subterrâneo... Vamos deixá-la do jeito que está... Por favor, seja um bom monstro e volte lá para cima...

O boneco, no entanto, prosseguiu com seus pulinhos após lançar um longo olhar avaliativo na humana. A mulher suspirou e começou a correr atrás dele, quase caindo quando o monstro parou bruscamente no meio do caminho.

Encarando seu querido amigo, Frisk tentou argumentar novamente: — Lá fora será a mesma coisa de novo... Eu sei que o que passei no Subterrâneo em que os monstros estavam presos e sei que isso só vai se repetir... Estou velha demais para passar por tudo aquilo mais uma vez... Bobo, você já fez por mim tudo o que eu pedi e até mais, entende...? Vamos voltar...

Mas o monstro apenas seguiu em frente. Frisk teve de subir a barra de sua túnica para correr atrás do boneco de treino que sequer parou quando a ouviu gritar: — Esse é o seu último aviso: volte antes que eu fique brava de verdade!

Mas o boneco só parou de pular quando chegaram diante de uma grande porta, porque a moça conseguiu correr mais rápido que ele e se portar à frente da saída com os braços abertos: — Você quer sair tanto assim...? Hunf. Tudo bem, mas só existe uma solução para isso.

Ela ergueu a mão para o monstro: — Me devolva o que é meu.

Frisk bloqueia o caminho.

O boneco pulou para trás, ainda encarando Frisk. Estava claro que ele não tinha intenção alguma de devolver o casaco.

— O que você está fazendo? — A moça caminhou na direção do boneco, tentando pegar o casaco, mas ele desviou — Me devolva o casaco ou volte! O que quer provar assim?

Frisk pulou na direção do monstro, mas ele desviou-se facilmente e ela estatelou-se no chão. Quando ergueu-se, viu-o ainda parado encarando-a sem nenhum arranhão: — Pare!

Os olhos da criatura estavam o tempo todo voltados para Frisk que continuava tentando pegar o casaco de qualquer modo, mas falhava miseravelmente, pois Boboneco desviava-se dela com destreza.

— Pare de me olhar assim! — Frisk começou a sentir os olhos encherem-se de lágrimas e então deu um último pulo para pegar o monstro que desviou-se novamente. Do chão, a mulher gritou — Eu sei que você quer sair daqui, mas... Por favor, volte para cima...

A criatura aproximou-se, mas não o suficiente para que a mulher conseguisse pegar o casaco. Frisk, no entanto, estava derrotada, sem conseguir acreditar que não tinha autoridade com um simples boneco.

— Eu sei que não temos muito, mas... Podemos ter uma boa vida aqui... — A idosa murmurou, com as lágrimas escorrendo por suas rugas — Porque você está tornando isso tão difícil...? Ha ha ... Patético, não é? Eu não consigo parar um único boneco...

Então a idosa ergueu-se, gemendo por causa das dores enquanto anunciava: — Não, eu entendo. Nós apenas seríamos infelizes presos apenas nas Ruínas... Elas são muito pequenas depois que você se acostuma... Não seria certo permanecemos em um lugar como esse... Minhas expectativas, minha solidão, meus medos... Por nós eu os deixarei de lado...

Frisk suspirou, sabendo que não poderia voltar para buscar seu antigo vestido que estava sobre a cama, ou qualquer outra coisa que ela tivesse deixado para trás. A calça peluda que ela usava por baixo da túnica de mangas longas devia servir para aquecê-la, mas se o clima se mostrasse muito quente... A idosa balançou a cabeça decidindo não pensar muito naquilo.

Boboneco finalmente se aproximou o suficiente para Frisk conseguir tocá-lo. A senhora desamarrou o casco do pescoço dele e abraçou o tecido azul, suspirando: ia começar tudo de novo.

— Certo, Bobo, vamos em frente — A idosa anunciou, empurrando as portas que facilmente abriram-se.

Seguiram por uma sala muito escura e então por um corredor muito longo. Quando a temperatura começou a baixar e uma outra porta foi vista mais ao fundo, Frisk fechou os olhos.

Ela sabia que estava indo para nunca mais voltar.



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