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História A Mansão 2: Grande Fã - Interativa - Quen Será o Proximo ?


Escrita por: White_Canary

Notas do Autor


Boa Leitura

Apreciem

Capítulo 16 - Quen Será o Proximo ?


Fanfic / Fanfiction A Mansão 2: Grande Fã - Interativa - Quen Será o Proximo ?

Quem será o próximo?

 

O pano estava úmido, avermelhado, ela tomava cuidado ao limpar as feridas ainda abertas de Thomas, Megan Bella fazia seu melhor para não o machucar ou faze-lo sentir dor. O nariz dele estava inchado, roxeado e tinha aberturas que cicatrizavam aos poucos, sua sobrancelha estava cortada, tinha um olho roxo, do qual ele mal abria, seu braço tinha hematomas roxos esverdeados.

- Como está o Lazuli...? – Sua voz saiu rouca, falha e baixa, inocente. Megan engoliu em seco, segurando as lagrimas que ameaçavam escorrer pelos seus olhos. Thomas virou o rosto com dificuldade, Megan baixou o seu rosto para ele não ver suas feições, mas ele entendeu. O silencio permaneceu, a culpa lhe atingiu.... Porém, ele sorriu, ele tentou, seus dentes manchados de vermelho de sangue..., mas o que saiu fora a tristeza escorrida pelos olhos machucados.

Thomas se sentia infeliz, derrotado, mesmo vencendo a batalha ele perdeu essa guerra, afinal a guerra não era entre eles mesmos, era eles contra alguém por trás das paredes, e para ele, Thomas perdeu, cedeu aos seus desejos loucos e a batalha vencera, mas perdera. Tinha sangue em suas mãos, e marcas para sempre do que fizera. As lagrimas já escorriam sem permissão, seus olhos sensíveis e doloridos. Que adentava agora... se arrependeria para o resto da sua vida, sentiria a culpa a cada passo...O que seria de si agora?

 

Megan terminou de limpar os curativos improvisados e jogou tudo no lixo, saindo, e indo ao banheiro lavou a mão, molhou o rosto, permitindo a agua levar embora as marcas de suas lagrimas, ela saiu do banheiro encontrando Caleb.

- Está tudo bem? – Ele perguntou devagar, ela parecia abalada, a garota loira sorriu sem jeito.

- Vai ficar tudo bem... não é? Iremos superar isso, não vamos? – Sua pergunta era recheada de dúvidas e medos.

- Espero que sim. –Uma resposta vaga e sem nenhuma certeza. Silencio, ficaram se encarando, olhando as paredes.

- Minha agua acabou... – Afirmou Megan... – Pode dar um pouco da sua garrafinha... se ainda tiver... – A agua de sua garrafinha era a única confiável, porem acabara, e se recusaria a beber da torneira novamente, não depois de o efeito passar a algumas horas.

- Ainda tenho um pouco... – Ele disse. – Deseja um pouco...? – Sua pergunta foi quase retorica, já imaginando a resposta óbvia. 

- Sim.... Por favor. – Caleb conduziu a garota loira até seu quarto, recolhendo sua garrafinha escondida num buraco no colchão. Megan Bella fez uma careta, já imaginando a quentura daquela agua, Caleb lhe entregou a garrafinha com um decimo da agua restante, ela bebeu um gole sem reclamar, agradecida de ele ainda ter agua boa, deixando um último gole a Caleb, ela entregou a garrafinha enxugando o bico antes. – Obrigado.

- De nada. – Caleb sorriu com os lábios fechados, gentilmente direcionando um olhar de agradecimento a Megan por lhe deixar um último gole d’agua, ele bebeu saboreando agua na boca. – Agora sobrevivemos sem agua... – Riu sem graça.

...

Agnes levantou da cama dolorida, suas costas doíam, passara boa parte da noite no banheiro com sua amiga Kim Gilphy, a mesma dormia já em seu quarto, foi até o banheiro, infelizmente estava ocupado, demorou um pouco e uma Morgana de cabelos emaranhados e de olhos fundos saiu, estavam todos tão terríveis assim? Tão afetados... por quanto tempo?

Morgana saiu andando devagar de volta ao seu quarto, Agnes suspirou. Na cozinha Yami ainda caçava algo, junto dela Mickey, Willow e Emanuelle, sentados em silencio envolta da bancada, Mickey ainda estava pálido e tremulo, vomitara tudo que seu organismo tinha, agora sem comida e agua, ele poderia simplesmente desidratar e ficar desnutrido.... Seus pensamentos correram sabendo as consequências quase obvias e irremediáveis que viriam a acontecer, não só com seu colega Michelangelo, mas com cada um deles, Agnes caminhou indo para a sala de jantar.

Lev estava em cima de uma cadeira olhando através da abertura na parede, ajoelhado na janela, ele mexia o pescoço em todas as direções, procurando um tipo de identificação de onde estavam presos.

- Alguma coisa. – Lev assustou se, distraído e determinado a encontrar pistas não percebeu a presença da garota, o que o deixou preocupado com seus sentidos de alerta bem treinados. Percebendo o leve susto e balançar da cadeira onde o homem se ajoelhava. – Desculpa – Agnes disse, ele desceu da escada desanimado, porem sua feição logo voltou ao sério e indescritível.

- Nada. – Falou passando pela garota, a deixando sozinha no aposento gelado, era manhã cedo, fria e cinzenta.

...

Manu desistiu de permanecer com o pequeno grupo de famintos, e foi para sala, encontrando Thomas sentado, olhando para suas mãos, seu rosto avermelhado, roxo, e deformado até certo ponto. Sentia uma leve culpa, sentia responsável pela briga dos rapazes, contudo sabia que essa culpa não era sua, não pediu nada disso, pediu que se afastassem, se culpar...não queria isso, mas sentia.... Culpada ou não?

Não disse nada, apenas passou pelo mesmo para o seu suposto quarto, entrou, fechou a porta, sentou na cama dura, ela chorou, deixou as lagrimas escorrerem, lembrando da imagem do garoto sangrando.

Kim O’Hara caminhava de um lado para outro, irritada, chateada, tentando em vão distrair sua mente dos últimos acontecimentos. Estava extremamente assustada e preocupada desde a morte do colega, sabia que isso voltaria a acontecer, e temia a sua própria vida, sentia frustrada com a covardia de Daniel de não interferir, raiva de Lev por não deixar que o outro interferisse. Decepcionada consigo mesma por não o ter salvado a tempo. A garota inglesa sentiu suas emoções voltarem a se misturar e as lagrimas começaram a queimar seus olhos.

Morgana adentrou o cômodo pequeno que era o quarto de Kim, atrás de si Lev surgiu, eles tinham feições preocupadas, mas não era com ela que essa feição era dirigida.

- Temos um problema. – A voz de Morgana ecoou o cômodo praticamente vazio. Kim fitou os dois enxugando as lagrimas com a manga do casaco cinza que usava.

- Qual seria?

- Temos um cadáver em estágio inicial de decomposição aqui dentro. – Lev foi frio, nenhum pingo de sentimentos escorrendo entre suas palavras. Kim olhou aturdida, não podiam enterrar o colega, ou simplesmente se livrar dele, e aparentemente ninguém viria aqui recolhe-lo. Mas o que podia fazer.

- Não temos como fazer nada... – Admitiu desanimada – Ele vai continuar sua decomposição.... E sim, vai deixar o banker com um cheiro fétido.

...

Alan fitava sua carta de Tarot, manchada e um pouco amassada, ainda não sabia o que ela representava, temia saber o que era, tudo o que vinha acontecendo nesses últimos dias era preocupante, na sua mente vagava as imagens da luta sangrenta entre os colegas Thomas e Lazuli.... Qual era a necessidade de levar uma discussão banal para aquele ponto? Alan não entendia, não gostava. Sabia que não seria a última vez que isso aconteceria, era obvio, mas o único problema seria saber quem seriam os novos personagens dessa luta.... Suspirou, Caleb se sentou em frente Alan na bancada, a simples amizade que se instalara entre eles era reconfortante.

- Quem serão os próximos? – Alan perguntou baixo, Caleb olhou preocupado, assim como todos os outros tinham preocupações e remorsos, medo, estavam assustados com a recente barbaridade.

- Pode ser qualquer um, não podemos fugir ou nos culpar... – Caleb falou pensativo. – Nos persuadiram a isso... – Alan o fitou pensando sobre, assentiu lentamente, e foi até o lixo, picando em pedaços sua carta, não importava mias, independente do que ocorresse, não permitia que mudassem quem ele era, sua encrencai, lutaria pela mesma.

...

Os olhos azuis abriram para encontrar os olhos claros da garota ruiva, ela o ajudou a se sentar na cama. O olhar da ruiva era atento e preocupado, tinha uma tolha úmida e avermelhada. Tadeu lembrou da dor na cabeça, que latejava lá no fundo, Natalie era estudante, uma aspirante a medica.

- Quanto tempo eu apaguei. – Perguntou serio tocando levemente com a ponta dos dedos seu ferimento.

- Apenas o resto da noite até a agora... umas oito horas. – Natalie disse também seria, se levantando. – Não foi grave, apenas fez um corte na cabeça, já parou de sangrar. – Tadeu assentiu, Natalie girou nos calcanhares para ir até a porta, parando ao chegar na mesma, olhou por cima do ombro. – Alias, de nada! – Falou grosseiramente saindo. Tadeu bufou irritado, deitando se na cama dura, encostando sua cabeça doendo no travesseiro fino.

Então sentiu uma raiva, Lev o acertara quase que sem motivo! Ok, que ele bateu nele no seu momento de inconsciência, e o cara parecia nenhum pouco agradável, porém não precisava o jogar contra a parede e abrir uma cratera na sua cabeça! Ah! Mas ele se vingaria pela grosseria! A se livraria, no fundo da sua mente algo o lembrou do Lazuli e de Thomas. Eles lutaram, mas não sabia como terminara, e por que? Sim Lev o jogou contra parede.

Saiu do quarto apresando, arrependendo se no mesmo instante pela dor que sentiu latejar por toda sua cabeça. Saiu pelo corredor cheio de portas, encontrou Stacey no meio do caminho, puxando a garota que caminhava pelos braços, ela olhou assustada arregalando seus olhos, o corpo magro e trêmulo da menina.

- O que você quer!? – Ela disse tentando se soltar, percebendo o desconforto dela a soltou, Stacey lhe dirigiu um olhar furioso.

- Só quero saber o que aconteceu com Thomas e o tal Lazuli... – Disse sério. Stacey tremeu e baixou o olhar.

- Lazuli... – A voz saiu baixa. – E-ele morreu... – Ela disse olhando para outra direção. – Thomas está bem mal... machucado... – Tadeu assentiu, e Stacey se retirou rapidamente.  Era isso então? Morrer? Se matarem? Seria isso que aconteceria se fosse atrás do Lev, um acabaria morto. Perguntou se a si.  Era obvio que provavelmente ele sairia morto.

...

Natalie andou até o fundo para a lavandaria, ela queria era queimar todos os panos molhados de sangue, jogou o no balde que Morgana separou, e assim que ficassem de molho jogaria tudo na máquina velha.

- Como ele está.

Naty assustou soltando um grito, logo se recompondo e fazendo cara feia para Lev, que surgira de supetão. – Ele está bem, já acordou! – Falou nervosa. – Aquele mal-educado já está por aí. – Natalie colocou o balde embaixo do tanque e lavou suas mãos. Nisso Lev saiu, ele de certa forma estava aliviado, considerando seu trabalho, mesmo que matasse por dinheiro, não pretendia matar ninguém ali em vão. Eram todos inocentes e vítimas como si. Não que não matasse inocentes, é claro.

...

Mickey estava de pernas cruzadas sentado no chão, Kim Gilphy sentada em sua frente, em silencio, era confortável, ambos ali, sentindo o vazio no estomago, os olhos ardidos e avermelhados das lagrimas incansáveis anteriores.

- Você já tinha ouvido falar na Mansão...? – Mickey perguntou em quanto brincava com a barra da sua blusa. Kim sacudiu a cabeça em concordância.

- Lembro de quando tinha onze anos... E vi a notícia do tiroteio, dois anos após o fim da primeira mansão... – Falou relembrando a notícia horrível que sua mãe tentou evitar que ela visse, como qualquer mãe fazia quando algo ruim acontecia.  – Tinha uns onze anos.... Lembro que tinha crianças mortas na execução... – Fora triste, sua primeira vez a chorar com coisas desse tipo. – Depois o navio... E agora somos nós... – Ela disse sentindo a garganta embolar.

- Vamos sair dessa... como todos os outros saíram... – Mickey foi positivo, tentando sorrir para não preocupar a garota.

–Tem sempre aqueles detetives não? Que acabam salvando todos da mansão.... Será assim, não é? – Kim disse, tentando por sua vez ser otimista a situação.

- Sim.... Eles irão nos salvar, Kim.... Eles vão... – Disse confiante, porem no fundo havia a dúvida.... Se viessem os salvar, não seria a todos provavelmente... nem todos seriam salvos a tempo.

Willow se juntou a eles, abraçando Mickey, o mesmo fechou os olhos ao conforto. Kim sorriu, uma coisa bela e agradável em meio a tristeza. O conforto que Mickey queria, para livrar do horror, temeu que duraria pouco... sentiu um frio.... Quanto tempo mais teriam de vida?

Mas o que então seria tudo afinal, sobreviver e lutar para permanecer fiel a si mesmo, lutar até a morte com alguém, culpar se pelo sangue derramado.... Sobreviver eles tinham que faze –lo custe o que custar... já o faziam.... Suas dúvidas e medos não iriam embora, era fato, mesmo com todo horror momentâneo... ainda ressoava a questão universal entre eles:

Quem será o próximo? 


Notas Finais


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