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História A Margarida - Capítulo 1: Prólogo


Escrita por: _cottoncloud

Notas do Autor


Oi oi oi meus amores, tudo bom?
Essa aqui é a minha primeira fanfic que estou postando nesse site, eu estou muito feliz por estar fazendo isso, pois escrever é algo que eu gosto muito!
Vou apenas pedir um favorzinho, ignorem os erros de ortografia porque tem aquele ditado:
"Ser burro é arte, passar vergonha faz parte"
Favoritar e deixar uma opinião é muito legal, pois aumenta cada batida do meu lindo coração ♥
Espero que vocês gostem, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo 1: Prólogo


 07h00min da manhã. Seria o horário que marcava na tela do meu celular, assim o mesmo começando a vibrar. Meu eu não estava pronta pra encarar aquela nova aventura, nem eu mesma estaria. Dormiria intensamente em uma cama antiga de casal, que às vezes fazia rangidos altos durante á noite por já ter passado da estadia a mais de 10 anos, o cheiro daquele quarto também não era nada agradável. Eu estaria hospedada na casa da minha vizinha, Maggie, fazia quase um mês. Era uma senhora de 65 anos, cuidava de mim em minha infância. Sua casa transparentava ser dá época de 70.

Sentiria saudades dali, seria meu último dia na minha cidade natal Nova Orleans. Agora olhe para mim, estou indo para a Califórnia morar com meu pai e minha madrasta. "Que saudades mamãe..." era apenas o que meu subconsciente pensava nessas ultimas semanas. "Como você faz falta..." ela havia morrido há duas semanas e foi nesse tempo que meu pai resolveu minha ida para morar com ele em Los Angeles. Hoje era o primeiro domingo de Abril, era primavera. E as características da bela estação já estariam presentes na cidade, as flores do jardim de Maggie cada dia mais lindas e encantadoras. As árvores voltando a ter frutos e folhas. Enfim... Estava tudo como sempre foi desde pequena. Ficaria imaginando como era os traços dessa estação na Califórnia.

Ao me remexer um pouco para o lado, ouço novamente mais um rangido alto. Abro levemente o olho esquerdo e a primeira coisa que consigo ver nitidamente seria o teto iluminado pelos raios de sol da janela. Levei uma de minhas mãos até o celular, que no mesmo segundo parou de vibrar. Remexi-me um pouco meu corpo da cama, tentando acordar direito. Abro meu outro olho e coço ao redor da área já percebendo que estavam inchados. Em seguida, bocejo alto levando minhas mãos novamente pro colchão macio, me apoio e automaticamente me sento na cama, mexendo minhas pernas que novamente fazem a cama fazer barulho. Jogo minhas mãos pro alto, me espreguiçando, ponho meus pés pra fora da cama, sentindo o chão quente do carpete e tomo coragem pra levantar.

Caminhei lentamente até o banheiro, coçando meus cabelos bagunçados, bocejando esse período. Aquela casa era mais velha que Maggie, cada passo que eu dava o chão fazia um som oco. Me olhei no espelho e me vi no mesmo estado de todos os dias: olheiras, cabelo bombril e pijama amassado. Abri a torneira da banheira e enquanto ela encheria, fui retirando minha roupa. Entrei na banheira e deixei a água morna penetrar na minha pele. Terminei rapidamente o banho e em seguida me enrolei na toalha, fui andando até a cômoda do quarto, mesmo estando molhada, procurei algo pra vestir.

 Acabei encontrando uma calça jeans rasgada na cor azul claro e um moletom cinza, os vesti e calcei minhas pantufas. Fiz minhas higienes matinais e fiz um coque em meus cabelos levemente úmidos. Voltei ao quarto e abri totalmente a cortina e logo a janela, cada vez o dia ia se clareando com o aparecimento do sol. Ouvi leves batidos na porta e presumo que seja Maggie, ela abre e vem andando até mim e me beija na bochecha, sorrio com a ação.

- Bom dia, querida. Dormistes bem? - ela pergunta, acariciando meus cabelos, que por fim se soltam.

 - Bom dia, Maggie. - acenei em resposta de sim e ela me puxou levemente para o corredor.

- Preparei um café da manhã especial para você minha menina, venha. - ela falou com um sorriso de orelha a orelha e foi andando até a descida das escadas, seguiria ela logo atrás.

Ela era uma segunda mãe para mim, sempre me tratou tão bem desde pequena, sentiria saudades dela. Chego à cozinha e me deparo com uma mesa repleta de comida, abro a boca em sinal de espanto e ela sorri.

- Espero que tenha gostado, tem de tudo que gostas aqui. - ela sentou-se na cadeira com dificuldade e se serviu uma xícara de café.

- Como espera que eu coma tudo isso? - eu ri e logo me sentei olhando tudo o que havia servido. - Não estou com uma acompanhada hoje em meu estômago, isso aqui dá para uma classe inteira de sexto ano!

Ela riu e eu me servi um gole de café, peguei duas fatias de panquecas e comecei a saborear a comida. Começamos a ouvir rádio como todas as manhãs, enquanto conversávamos sobre a minha ida para Califórnia.

- Conte-me querida, está animada para ir? - ela deu uma garfada nos seus ovos mexidos.

- Ah. Poderia dizer que iria sentir falta daqui, principalmente da senhora. - tomei um gole de café.

 - Aí aí, só irias me convencer se fosse pra ficar uma tarde toda na praia vendo aqueles homens musculosos de sunga! - rimos e eu dei outra garfada na panqueca.

 - Não sei se quero ir, entende.

 - Não fique assim Alexa. Sei que sentirá falta da presença de sua mãe, mas pense da seguinte forma, isso pode ser bom pra você! Conhecer lugares novos, pessoas novas, você está na idade certa para isso querida! - ela deu um olhar sutil e eu sorri em agradecimento.

- Muito obrigada Maggie. - deu uma ultima garfada e um gole, me levantando e levando a louça até a pia.

 Enquanto ajudava a organizar a cozinha, ficava pensando sobre isso, eu desejava conhecer o mundo, viver novas experiências, só que sempre vinha à dúvida, e se o mundo não desejasse me conhecer? Voltei para o meu quarto e peguei meu celular, meu pai tinha mandado mensagem meia hora atrás dizendo que estava vindo para cá. Calcei meu velho all star e peguei meu fone de ouvido, avisei Maggie que iria dar uma volta pelo bairro. Coloquei no aleatório e comecei a caminhada, cantarolando a música que tocaria que seria Girls Just Want To Have Fun da Cyndi Lauper.

Meu nome é Alexa Mitchell, sou uma branquela de 1,66, cabelos ruivos que geralmente estão bagunçados, olhos claros. Alguns dizem que sou a cópia de minha mãe Ashley, que morreu a duas semanas de câncer no pulmão. Sempre morei aqui em Nova Orleans com meus pais, quando há cinco anos eles se separam, por meu pai sempre ter sido meio ausente por conta do trabalho, agora ele é casado e mora em Los Angeles, sendo um empresário muito reconhecido. Eu e minha mãe depois disso, conseguíamos viver bem, ela me criou numa vida rotineira e simples, por isso desenvolvi algumas características como a timidez e a insegurança. Nos estudos, não tenho dificuldade a não ser em física. Minha única amiga com quem ando na escola é a Lucy, que estava me ligando nessa mesma hora, parei de caminhar e atendi a ligação.

 - Por favor, não me diga que já está na porcaria do avião, se precisar posso fazer um barraco e parar esse avião. - ela falou com firmeza, automaticamente soltei minha risada.

- Fica calma garota, ainda não comecei a voar! - imitei um som de um pombo e ela começou a rir - Pru pru!

 - Saiba que vou sentir saudade dessas imitações ridículas. - não deixei escapar minha risada.

 - Pelo menos eu te faço rir, diferente do professor de geografia que tentou imitar um logo e no final foi som de um gato! - essa garota se duvidar ri de uma porta, ela parou de rir.

- Queria me despedir de você, pena que estou sem condições de sair de casa, minha família toda está reunida aqui. Não se esquece do que eu te pedi, quero foto dos boys de sunga na praia!

 - Tá bom, tá bom! Prometo que não vou me esquecer. Nas férias tu vens me visitar não é?

 - Sem duvida gata! Vai ser verão e até lá eu espero já ter concluído meu projeto "Lucy para de comer e vai malhar". Me ligue todo fim de semana, quero que tu me conte tudooooo! - aquela voz cheia de animação que ela consegue sempre melhorar o meu dia.

 - Pode deixar! Vou morrer de saudade, a pombinha aqui vai voar agora! Pru pru! - nos despedimos e ela desligou.

Acabei avistando um rancho no fim da rua. Fui até lá e começou a ventar mais forte, o lugar era muito bonito e me lembrei de que vinha fazer um piquenique com meus pais quando era menor. O rancho era abandonado e havia muito capim ao redor, fui relembrando cada espaço. A direita do rancho a árvore oca e o balanço de pneu que meu pai construiu, resolvi tirar uma foto do lugar, o chão estava repleto de margaritas, e era tão bonito.                                                                                                                                                                                      

 - Não se importe com o que aconteceu com você Alexa, agora você começa uma nova vida, num novo lugar, com novas pessoas. Não deve ter medo, deve achar o seu lugar no mundo. - falei pra mim mesma confiante.

Senti meu celular vibrar e era outra mensagem do meu pai, ele já estava aqui, não demoraria 20 minutos pra chegar em casa. Botei os fones de ouvido e comecei a andar todo o meu caminho de volta até chegar em casa e ver o carro do meu pai na rua. Engoli um seco e entrei na casa, vendo que os dois estariam sentados no sofá conversando, assim que entrei ele veio até mim e me abraçou.

 - Alexa! É tão bom ver você! - ele veio sorrindo de orelha a orelha e eu o abracei forte, sorrindo forçado.

- Papai chegou cedo. Como foi a viajem? - perguntei botando minhas mãos no bolso da calça.

- Foi tudo tranquilo, e você já está pronta? - balancei a cabeça em negação.

- Nós vamos agora? Nem arrumei minha mala. - ele apontou pras escadas pedindo e eu obedeci, indo para o quarto.

Joguei tudo que estava guardado nas gavetas na cama, Maggie logo apareceu sorrindo para me ajudar, não sei como vou sobreviver sem ela lá.

- Seu pai parece muito animado com a ideia. Sério que nunca conheceu a nova família dele? - ela disse ainda realizando a tarefa.

- A esposa e a filha nunca fizeram questão de vir pra cá, e nem eu e minha mãe ir até elas. - falei dobrando algumas roupas.

 - Não se esqueça de subornar sua madrasta rica e comprar umas roupas novas, aproveita tudo! - nós rimos.

Maggie ao terminar de dobrar algumas roupas, desceu para ver a minha documentação, que ficou por conta dela depois do falecimento. Iria arrumando tudo com muita cautela quando meu pai começou a me chamar algumas vezes lá em baixo, ele estava impaciente. Troquei de roupa, um short jeans preto, pois achava que lá iria fazer calor, minha blusa de malha favorita, continuei com meu all star no pé e amarrei um casaco fino xadrez na cintura. Penteei meu cabelo e escovei meus dentes, passei uns "rebocos" na cara como dizia minha mãe. Desci com as malas e meu pai me olhou sorrindo e eu apliquei o gesto de volta.

- Como você está linda! - ele me olhou de cima pra baixo beijando minha testa.

Maggie se despediu do meu pai e após ele foi levar as malas no carro. Ela me deu um abraço longo e forte que eu aproveitei e depois me beijou na testa.

- Não se esqueça do que eu te falei querida! Vou sentir tanta saudade. - ela apertou minhas bochechas fazendo bico e eu ri. Abracei-a mais uma vez e assim sai de casa acenando pra ela.

Meu pai trancou a porta malas e abriu a porta pra mim, adentrei e coloquei o cinto, papai repetiu a ação. Logo, ele ligou o carro e buzinou, quando Maggie piscou para mim me fazendo lembrar do seu pedido, ri fraco e abri a janela, pegando um pouco de vento e sol. Meu pai ligou a rádio e achamos uma que nos agradávamos, se temos uma coisa em comum, essa é a nossa paixão por músicas mais velhas dos anos 90, 80. Começamos a nos empolgar e cantar juntos uma música das Spice Girls, rindo de como cada um tentava imitar. Fomos cantando até entrarmos na rodovia, que seguiria caminho pro aeroporto.

- Acho que vai gostar muito de lá! - ele falou prestando atenção na estrada e eu concordei um sim. -  Já te matriculei em um bom colégio, junto com a Chloe, você vai adorar, eu tenho certeza! - ele disse empolgado.

- Como tens tanta certeza? - disse olhando os prédios que passam rapidamente por minhas vistas.

- Vai fazer novas amizades, se quiser pode se matricular em uma matéria extraclasse, como teatro por exemplo. - ele disse ainda concentrado na estrada.

- Hmm, ok. - murmurei.

Continuei escutando a radio quieta até chegarmos ao aeroporto. Depois disso, meu pai estacionou e pegamos minhas malas, entramos na fila de despache e olhei em volta como aquilo era grande, seguindo meu pai, depois ele fez questão de apenas comer um pão de queijo onde nos distraiamos conversando sobre a Califórnia. Ultimamente esse era o assunto mais comentado com as pessoas que tenho aflição.

"Vôo 3749 com destino a Los Angeles Califórnia, portões abertos pra embarcação." Ao ouvir aquilo, pagamos e fomos andando até a fila imensa que tinha para entrar. Sai da fila e fui até a janela, vendo o avião, enorme, gigante pra ser sincera. Senti um pequeno frio na barriga, nunca havia andado de avião, observei um avião no fundo da pista, decolando, quando meu pai me chamou de volta.

- Não me diga que a grande super heroína Alexa esta com medo? - meu pai e eu tínhamos muitas piadas internas, apenas sorri e discordei com a cabeça.

Entregamos nosso ticket de embarque e passamos pelo "finger" entrando no avião, tentei localizar meu assento. Sentei na janela e comecei a olhar pra fora, senti meu estômago revirar, pareciam umas abelhas querendo sair da colmeia. Meu pai se sentou do meu lado e se ajeitou. O avião estava lotado, e logo a aeromoça veio passando para conferir o cinto de segurança, depois começaram aquelas informações de segurança chatas na TV e depois um recado do piloto. Meu pai pegou na minha mão e eu olhei para ele, quando o avião começou a se locomover.

- Não se preocupe querida, sei que está com medo, mais vai ficar tudo bem. - meu pai sorriu e beijou minha testa e eu sorri.

O avião tremia muito, olhava assustava pela janelinha pensando se estava acontecendo algum terremoto, ele andava calmamente até entrar na pista de decolagem, segurei mais forte na mão de meu pai, quando vi que o avião começaria a correr, senti a sensação de ele não estar mais no chão e depois vi que ele já estaria indo mais alto, dei um sorriso espontâneo, não sei o que foi aquilo, mais eu gostei. Soltei a mão do meu pai e o abracei, depois resolvi me distrair ouvindo música.

Minha mãe descobriu o tumor há um ano, foi desde então que eu comecei a trabalhar numa padaria perto de casa, todos os dias depois da aula, tive que ajudar pagando algumas contas e fazendo tarefas domésticas, minha mãe não ganhava um salário muito alto trabalhando no banco e depois que teve que comprar remédios, fazer cirurgias, quimioterapia, não sobrava muito dinheiro, mais dava pra viver. Meu pai ficou sabendo da história toda, seis meses antes dela morrer, foi aí que ele começou a pagar. Lucy, era a que mais me dava apoio, ia à padaria todo dia pra ajudar no lucro de lá, finais de semana quando eu estava sozinha ela ia lá me ver. Que dor no peito, que saudade, mais acho que agora, seria hora de dizer adeus.

Acordei assustada e olhei ao redor, tive o mesmo pesadelo novamente, cocei os olhos e prendi o cabelo.

- A bela adormecida acordou! - meu pai disse abrindo o meu encosto e botando um sanduíche e um suco de laranja. - Já estamos chegando, você dormiu mais da metade da viajem querida.

Estava faminta, fui dando mordidas rápidas no meu sanduíche dando pausas para o suco, tirei os fones e liguei a TV, achando o filme "Os sapatinhos vermelhos", cliquei e comecei a assistir, queria me distrair o máximo pra não pensar na minha mãe. Quando vi, meu pai já estava me cutucando dizendo que iríamos pousar, pausei o filme e comecei a olhar pela janela, esperando curiosa ver a Califórnia.

- Já estamos em solo Californiano? - perguntei vendo meu pai concordando. - Jenna deve achar que sou uma cowboy do Texas, não é? - ele riu.

- Claro que não Alexa! Ela não é burra, sabe que existem 52 estados nos Estados Unid..

Meu pai foi interrompido pelo piloto, avisando a aterrisagem, já avistaria uns prédios lá de baixo, umas bolinhas verdes que pareciam ser parques e a costa. Senti o avião começar a descer, novamente segurei na mão do meu pai e esperei ele pousar completamente, era bom finalmente estar no chão, meus ouvidos estavam ruins por causa da pressão atmosférica. O piloto avisou que já podíamos sair, me levantei e me espreguicei, esperei meu pai pegar minha mochila e depois o segui até a saída, desci as escadas e senti a brisa do vento do mar passar sobre mim, olhei em volta e vi que estava um céu azul, um solzão, linda manhã aqui em Los Angeles. Segui ele até o despache das malas, esperei uns 10 minutos as malas e depois fomos para o sagão onde meu pai apontou pra duas garotas segurando uma plaquinha "Bem vinda à Califórnia Alexa".

Jenna Williams a segunda esposa do meu pai, cabelos curtos até os ombros, ondulados e castanhos escuros com efeito californiana,  reparei na sua aparência assim quando cheguei mais perto dela, tinha olhos escuros, realmente aparentava não ter mais de 35 anos. Já a outra, deveria ser Chloe, uma loira de cabelos longos lisos e loiros, olhos azuis, ela não tinha nada haver com a mãe, era filha do primeiro casamento da Jenna, ela me recordava muito com Sharpey de High School Musical, uma típica garota mimada, rica e líder de torcida, onde todos os garotos da escola babavam por ela. Jenna se aproximou e me abraçou forte e eu retribui meio sem jeito.

- Alexa, que bom que você veio! Seu pai me falou tanto de ti, com certeza não puxou a aparência do pai, é tão linda! - ela me largou e parou um tempo pra me avaliar, fazendo meu pai rir.

- Filha, essa é Jenna, de quem tanto te contava pelas ligações.

- Muito prazer em conhecê-la, obrigada pela ótima recepção. - disse sorrindo, tentando ser simpática.

- E essa é a Chloe, sua primeira e nova irmã! - ela sorriu mostrando os dentes e acenou.

- Oi, seja bem vinda à Califórnia. Espero que você goste daqui e de mim também! - ela disse rindo e eu sorri de volta.

Achei que ia ser que nem nos contos de fadas onde a madrasta é a cruel da história e a irmã-postiça começa infernizar minha vida, mais fui muito com a cara delas. Depois meu pai insistiu que fossemos almoçar em algum lugar bacana, pra eu ir conhecendo a cidade aos poucos. Concordamos e decidimos comer em um restaurante perto da costa, no carro, ia olhando entusiasmada a paisagem enquanto Jenna e meu pai me explicavam cada canto, enquanto Chloe mexia no celular. Depois, chegamos e fomos almoçar em um restaurante colonial em um bairro mais chique, conversamos sobre vários assuntos enquanto eu comia alguma comida que tinha um peixe, estava bem gostoso. Em nenhum momento eu me calava por causa de lembrar-se da minha mãe, eu estava me divertindo bastante, Jenna era bem atenciosa e não parecia ser aquelas madrastas chatas que manipulam o marido pra fazer da vida da filha um inferno, ter uma imaginação fértil resulta nisso. Logo, então seguimos o caminho pra minha casa nova que não demorou nem 10 minutos e eu me sentia muito rica por saber que moro num bairro muito lindo e charmoso.

Avistei a casa quando meu pai foi desacelerando, a casa era simplesmente divina, umas duas vezes maior que a outra, era de dois andares, tinha um jardinzinho muito bonito é uma garagem com mais um carro, na qual meu pai estava estacionando, tirei o cinto, e abri a porta e sai, ajeitei meu short e meu pai me ajudou com a mala e a mochila, seguindo pra dentro de casa, onde eu fui atrás. Ele me mostrava cada canto da casa, tinha um lavabo e uma lavanderia embutidas, uma sala de estar com lareira, enorme, uma sala de jantar e uma típica cozinha americana, sonho de consumo da minha mãe. Subindo as escadas, no corredor tinha quatro suítes, o primeiro que era dos meus pais,  era muito bonito e bem decorado, mais puxado pra vários tons de cinza, tinha um closet repleto de roupas tanto da Jenna quanto às do meu pai, meu pai sempre gostava de estar bem, o banheiro era bem iluminado, com direito a banheira. O da Chloe que era tinha uma sacada onde ao lado o muro que dava na casa ao lado, seu quarto mostrava que ela era claramente a fake da Sharpey, seu quarto era bem de princesa, tons rosa, uma decoração que era tipo "tumblr" seu banheiro era muito chique. Aquela casa era simplesmente divina, era muito bem iluminada, bem decorada. Entrei no último cômodo da casa, que seria o meu, já percebi que Jenna tinha um ótimo gosto pra decoração e quando vi meu novo quarto fiquei chocada, como era lindo, uma parede em tons de azul com vários quadrinhos em cima da cama de casal, onde ela estava repleta de travesseiros, ao lado havia uma cômoda com uma fotografia com meus pais, e um lindo abajur, do lado direito havia uma penteadeira estava toda decorada. Meu pai quis que eu mandasse as coisas que tinham no meu quarto antigo pra cá, antes de eu chegar. Do outro lado do quarto tinha a porta que daria ao banheiro, um guarda-roupa no canto com um espelhão, a porta que daria na sacada e uma mini escrivaninha, sorri de orelha a orelha ao ver isso, joguei minha mochila em cima da cama e dei um pulo de alegria.                                            

- É maravilhoso! Eu amei! – disse empolgada, agradecendo Jenna, quando ela piscou em retribuição para mim.

- Que bom que você gostou, vou chamar a Rachel para guardar essas coisas na mala para ti. – Meu pai disse, onde logo os dois se retiraram, fechando a porta.                                                                                                                                                                              

Rachel chegou logo em seguida e saio do quarto, desci para cozinha pegando uma maça e a mordendo com força, Jenna chega logo em seguida e para entre a porta, me avaliando.                                                                                                                                              

- Acho que você precisa de roupas novas minha querida! – ela disse olhando para meu corpo, parecendo estar bem pensativa.

Ela tinha uma certa razão, meu guarda-roupa de Nova Orleans era pequeno, só que eu adorava minhas roupas simples de brechó. Ela chamou a Chloe e ela também se propôs para me ajudar com meu guarda-roupa novo, Chloe parecia entender bem de moda, então acabei concordando. Fomos as três com o carro de Jenna, passamos à tarde em diversas lojas do enorme centro de Los Angeles, lojas bem chiques mais que tinham exatamente roupas do meu padrão. Eu me senti uma princesa nesse dia, Jenna era atenciosa comigo o tempo todo e me tratava como uma filha, obviamente não iria querer aceitar ela como uma mãe, mais dava pro gasto. Chloe insistiu em fazermos uma parada no SPA, cabelereiro, manicure depois do dia longo, nem saberia se caberia espaço no guarda-roupa, já que havia escolhido mais de 20 peças!    

- Eu espero que não tenha saído muito caro. – disse cautelosa, deitada numa maca confortável enquanto fazia uma deliciosa massagem nos pés.                                                                                                                                                                                      

 - Que nada! Foi um ótimo domingo, só das meninas! – Jenna falou calma, por estar com aqueles pepinos nos olhos.                

- Você precisava desse trato hoje, pra amanhã chegar causando na escola, tenho certeza que vai se enturmar rápido com a minha turma, pena que em algumas aulas, não estaremos juntas. – Chloe estava na cadeira massageadora, falava meio pausadamente, por conta de a cadeira tremer e balançar, depois ela completou. – Está chegando à época dos jogos estudantis, devia participar do time de líder de torcida, os testes são essa semana.                                                                                                                                                                  

Balancei a cabeça em negação.                                                                                                                                                          

 - Líder de torcida não é comigo não, mais valeu! – eu ri tentando me imaginar numa pirâmide humana jogando pompons pro alto e cantando uma música horrorosa de time.

- Você deveria fazer o teste pra entrar no time de vôlei das meninas, tem cara de ser jogadora. – nunca joguei vôlei na minha vida pra falar a verdade, eu não gostava das aulas de educação física.

Disse que eu não estava interessada. Depois do SPA, voltamos para casa e pedimos uma pizza. Enquanto esperávamos ela chegar, subi para meu quarto, ele ficava lindo a noite, cheio de luzinhas na parede! Guardei minhas roupas e fui tomar um banho, me despi e entrei no chuveiro, deixando a água morna ir penetrando na minha pele. Depois de uns 10 minutos, saio e me seco, ouço meu pai me chamando lá em baixo e agilizo, pego uma regata branca e uma leggie, visto um chinelo e deixo meu cabelo úmido solto, vou lá pra baixo, quando me deparo com a sala de estar cheia, sinto minhas bochechas corarem de vergonha quando o casal vem me cumprimentar.

- Filha, esses são nossos vizinhos, que convidamos pra jantar conosco!

Uma era loira de cabelos platinados, que não aparentava ter mais de 35 e o homem já de cabelo branco, olhos bem azuis, pareciam dois topázios.

- Olha que moça bonita! Olá! – ela interrompeu sua frase pra me dar um beijo. – Sou Elizabeth, mais me chame de Eliza.

- Mais veja só, nem pareça sua filha Troy! – ele e meu pai riram, e ele me cumprimentou sendo bem cavalheiro, com um beijo na mão. – Sou o Chad, seu pai vivia me falando de ti!

Me apoiei na parede e sorri. Havia me lembrado que meu pai já tinha falado dele e eles pareciam muito amigos. Poucos o chamavam de Troy, era mais de Mitchell. Cruzei os braços quando meu pai falou:

- Quando vim para Los Angeles, um dos primeiros caras que eu conheci foi ele, estava tentando vaga na empresa dele, e depois disso acabamos ficando bem mais próximos! – logo Chad veio a falar.

- Seu pai nunca me perdoou por não ter me aceitado em minha empresa. Mas veja que agora você é bem reconhecido aqui na Califórnia. – meu pai veio a rir logo.

Chad tinha razão. Meu pai era um famoso empresário, costumava viajar uma vez por mês, me lembrava das horas e horas que passávamos no telefone, dele me contando de suas viagens.

- Quando me casei com Jenna, ele me ajudou a encontrar uma casa que é a atual que estamos morando. – meu pai disse quando Jenna entrou no local sorrindo.

- Chloe pediu para você ir lá fora, daqui a pouco a pizza chega.

    Obedeci Jenna, indo para fora, um jardim pequeno que ficava na parte de trás da casa, Chloe estava lá rindo com um rapaz, ambos sentados na grama. Me aproximei e Chloe parou sorrindo.

- Conheça o vizinho mais chato do mundo! – Chloe disse boba, rindo junto com ele.

Ele era branquelo, tinha olhos iguais aos do pai, seu cabelo estava batendo no queixo, e era castanho.

- Cala boca Chloe. – o jovem disse rindo, empurrando Chloe na grama.

Sorri com a cena, pensando que os dois eram um casal mais me calei. Depois de um instante, os dois pararam e eu me sentei junto a eles.

- Sou Nash Grier, mais para os íntimos é Hamilton. – Chloe fez uma cara de babaca.

- Ninguém te chama assim, além de mim. Ou seus pais, quando você leva suspensão. Ou seus irmãos, quando você rouba o videogame ou o cereal deles. – Chloe disse brincalhona.

Percebi o nível de intimidade deles, pareciam melhores amigos, ou até namorados, eram bem fofos mais não arrisquei falar nada.

- Tu não deixa a garota falar Chloe. – ela parou para me deixar falar, minhas bochechas coraram como de costume.

- Oi, muito prazer. Eu sou a Alexa. – disse sorrindo e mexendo na ponta do meu cabelo.

- Será possível que Hayes ainda esteja cagando? TÁ COM DIARREIA GURI? – Chloe falou alto, fazendo todos nós darmos risadas.

Chloe era muito divertida. Depois Hayes, o irmão casula se juntou conosco e ficamos lá fora conversando e conversando, quando vimos já estava escuro e depois entramos para comer a pizza. O que menos tinha naquela casa era silêncio, era todo momento uma piada e realmente eu estava rindo muito. Nash era muito brincalhão e não parava de falar merda um segundo. A noite foi surgindo e passando, logo então eles foram embora. Não estava acostumada a não ter mais tarefas domésticas, já que agora eu tinha uma empregada. Estava bem cansada, o dia foi longo, fui para meu quarto, antes me despedindo do meu pai, de Chloe e de Jenna. Vesti meu velho e querido pijama, coloquei o celular para despertar pois amanhã iria ir pra aula. Deixei as lanterninhas acesas, que iluminavam um pouco do quarto, mais sabia que não me incomodaria. Deitei na cama, que era bem aconchegante e não fazia rangidos. Peguei no sono rapidamente, e assim se acaba meu primeiro dia na Califórnia.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, vejo vocês no próximo capítulo!
Um beijãooo!


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