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História A Marquesa 👑 - Baile🎶


Escrita por: Shays

Capítulo 10 - Baile🎶


Fanfic / Fanfiction A Marquesa 👑 - Baile🎶

 O jantar chegou ao fim, e Sakura teve a impressão de ser um boneco que era levado para a linha formal de recepção dos convidados que chegavam para o baile. Entre o duque e o marquês, aceitou cumprimentos intermináveis. Mais uma vez enfrentou olhares atônitos, de especulação e inveja. Poderia jurar ter visto matronas a analisar sua silhueta. Quando o baile começou, foi um alívio escapar da análise implacável dos curiosos. 

— Você parece nervosa — Sasuke comentou, enquanto se preparavam para o minueto de abertura. — Será que vai esquecer os passos?

 — Meu caro senhor, fui educada em uma escola para moças. E não só aprendi como também ensinei jovens a dançar. Posso acompanhar um minueto dormindo. 

— E por acaso já dançou com um homem? — E deu-lhe uma piscadela maliciosa. Ocuparam o lugar entre os quatro casais que deveriam abrir o baile, de frente para o duque e a duquesa. 

— Claro. Eu fazia demonstrações com o professor de dança Guy , nosso mestre de bailado.

 — Minueto? 

— As vezes.

 — Isso costuma ser um motivo para jovens suscetíveis apaixonarem-se por seus mestres de dança. 

— Pois eu lhe asseguro...

 Não houve tempo para mais nada. A música começou, e os dançarinos fizeram uma reverência diante de Fugaku e Mikoto. Sakura não pôde deixar de admirar a elegância dos movimentos do marquês, e o espírito de competitividade a invadiu. Sasuke podia ser bem treinado, mas ela era uma profissional. Eles se viraram e ficaram um de frente para o outro. Sasuke executou uma mesura elaborada, e Sakura fez uma cortesia tão profunda quanto lhe permitiu o vestido, sem desviar o olhar dele. Ergueu-se devagar, com graça. E só aceitou a mão estendida no último momento, para deixar claro que não precisava de ajuda para levantar-se. Os aplausos ecoaram, e Sasuke sorriu, concedendo-lhe a vitória com uma inclinação de cabeça. O marquês segurou-lhe as duas mãos para beijá-las, também a encará-la. Para a felicidade de Sakura, ela não era nenhuma jovenzinha inexperiente, e eles não estavam a sós. Sakura  e as outras dançaram no centro e juntaram as mãos para fazer um círculo. As damas giraram pela direita, e os cavalheiros, pela esquerda. Ela não conteve a vontade de fazer as mais incríveis evoluções. Outra convidada e Ino Yamanaka deslizavam como cisnes. As jovens desfizeram o círculo e juntaram-se a seus pares, mão esquerda na direita deles. Continuaram a rodar para mais um passo e, de mãos dadas, circularam juntos, olhos nos olhos. 

— Guy é um mestre excelente — o marquês a cumprimentou. 

— Posso dizer o mesmo de seu professor, milorde. No entanto, talvez fosse melhor apontar um pouco mais o pé.

 — Minha cara, por acaso está me acusando de não levantar o peito do pé de maneira suficiente?

 Sakura mordeu o lábio para não rir. Eles soltaram uma das mãos e seguiram o movimento seguinte, ainda sem se desfitar. Ino Yamanka passou por Sasuke e tropeçou. Sakura, arfando, admitiu que seus conhecimentos de dança não incluíam o antídoto contra o poder de sedução do marquês. As damas e os cavalheiros continuaram a mover-se uns ao redor dos outros, com mãos e olhos ligados, como em um ritual amoroso. 

— Sakura, no baile de nosso casamento dançaremos um minueto à deux. 

— Não. 

— Sim. É o costume! 

A coreografia tornou a separá-los. Seria como na vida deles. Apenas momentos breves de contato. Um minueto à deux representaria um começo simbólico para o enlace. Um prelúdio para experiências futuras mais extensas. Quando os convidados ocuparam a pista, as formalidades diminuíram. Sakura acompanhou o duque em uma melodia alegre e depois foi solicitada por vários parceiros. Os mais jovens tinham sido orientados para se ocupar com as donzelas sem par, e Sakura dançou com os mais velhos, o que a agradou bastante. Apenas Lorde Orochimaru causou-lhe problemas. Apesar de magro e pálido, tinha muita força nas mãos. E quando abria a boca, o mau hálito era insuportável.

 — A senhorita é uma jovem de sorte — escarneceu. — Não é sempre que moças comuns e sem fortuna são tão favorecidas. 

— Pelo contrário, milorde. O felizardo é o marquês. Não são muitos os cavalheiros que encontram uma esposa sensata. O homem sorriu, mostrando os dentes amarelados. 

— E de que adianta um bom cérebro na cama? Em outras circunstâncias, Sakura teria virado as costas e saído dali, mas não desejava chamar a atenção. Além do mais, aquele sujeito pavoroso era um convidado. 

— Lorde Orochimaru, preciso pedir-lhe para não tocar em assuntos íntimos. 

— Santo Deus! Será que uma moça tão inteligente sabe ao menos qual o propósito de um casamento? Sakura resolveu não continuar no mesmo tema e rezar para a música terminar. 

— O clima está ótimo, não é, Lorde Orochimaru? 

— Uma primavera maravilhosa. Os pássaros nos ninhos remetem nossos pensamentos ao matrimónio. Não tenho herdeiro legal, nem mesmo sobrinhos. Meus travesseiros de cetim têm sido meus companheiros nas noites frias e, como o marquês, deverei sujeitar-me ao chamamento do dever. Enfim, a melodia chegou ao fim. — Por falar em pássaros, a senhorita deveria perguntar ao marquês sobre as pombas do Teatro Otogakure.

 Sakura procurou o futuro marido por um simples desejo de proteção. Não iria questionar nada. O marquês pediu uma taça de champanhe. Sakura tomou um grande gole e engasgou. 

— Eu prefiro limonada, milorde. 

— Acho melhor mesmo, se pretende beber dessa maneira. Parece acalorada, minha querida. Por que não vamos até o terraço? Não se preocupe, não ficaremos sozinhos. Há vários casais lá fora. Venha. De fato, não eram os únicos, mas havia espaço suficiente para um pouco de privacidade. — Está gostando de seu primeiro baile? — O marquês foi amável. 

— Muito. Exceto no que se refere a Lorde Orochimaru. 

— Um homem como ele não deveria estar aqui. Por que concordou em dançar com ele? 

— O lorde me pareceu respeitável. 

— E não foi? — O marquês franziu o cenho. — Terei de expulsá-lo? 

— Nem pense nisso. De todas as idiotices da vida em sociedade, a pior é o hábito dos homens se enfrentar por causa de ninharias.

 — Ah, claro! Se considera sua honra uma ninharia... Como foi que ele a ofendeu? Chamou Shizune Yatzu  de retardada? 

Sakura nem pensou em retrucar, com tantas pessoas por perto. O mal estar piorava, e ela fechou os olhos. 

— Deixe-me sozinha. 

— Não se sente bem? 

— Estou com dor de cabeça.

 — Vamos procurar mamãe. Ela tomará conta de você: Seria melhor descansar um pouco. Sakura ergueu as pálpebras. A preocupação que sentira na voz de Sasuke seria uma incógnita a mais para o enigma. 

— Não posso me ausentar. O que todos iriam imaginar? 

— Que dançou muito e bebeu mais do que estava habituada.

 — Sair antes do jantar e ir dormir cedo. Na certa concluirão que o casamento será por necessidade. 

— E estarão certos? Sakura gostaria que a terra a engolisse. Amaldiçoou a si mesma por ter dito aquelas mentiras. 

— Milorde sabe que não temos saída. 

— E você sabe a que me refiro. Por acaso está grávida? 

— De modo algum! Milorde prometeu que não tornaria a tocar nesse assunto ridículo! 

— Pois, caso fosse verdade, o compromisso seria desfeito. Até meu pai concordaria com isso. 

— Sinto muito por não poder lhe oferecer essa rota de fuga. Para milorde seria conveniente, e para mim, uma triste liberdade. Gerar um bastardo... 

— Estamos discutindo outra vez, Sakura. — Sasuke forçou um sorriso de desculpas. 

— Encerremos o tema. Eles voltaram ao salão de baile, e Sakura não resistiu a indagar:

 — As pombas do Teatro Otogakure  são bonitas? E espantou-se por vê-lo corar. Naquele momento, um novo parceiro veio tirá-la para dançar. Ao afastar-se do noivo, a enxaqueca começou a melhorar. Uma péssima previsão para o futuro. O marquês foi seu par na valsa da ceia, mas a discussão não foi retomada. Ele era um excelente dançarino e foi gratificante acompanhar-lhe os passos com a mestria ensinada por Guy. A ceia foi servida em uma mesa enorme, e Sakura sentou-se ao lado do sr. Suigetsu, com quem simpatizara muito. Pareceu-lhe uma pessoa sincera e com senso de humor. Apesar de ser alto e forte como o marquês, não a intimidava. Ino  estava por perto, o que não a agradou. A bela jovem, que não perdia oportunidade de alfinetar Sakura, tinha como companhia Lorde Gaara. Sakura esperava que o filho do duque de Suna, pudesse dar cobertura às vaidades da moça. Mas o fato de Lorde Gaara não ser o herdeiro e sim Lorde Kankurõ poderia pesar negativamente na concepção de Ino. 

— Sr. Suigetsu , é amigo do marquês há muito tempo? — Sakura quis saber. 

— Desde do ano escolar, srta. Haruno. E naquela época fazíamos muitas... 

— O que está dizendo aí, Sui? — O marquês ouvira a conversa. 

— Ora, Sasuke, achei que seria interessante sua noiva saber de certos segredos.

 — Nada sobre a pobre vaca! — Sasuke  alarmou-se. 

— De jeito nenhum — Suigetsu  retrucou, sério. — Lembra-se dos sinos? 

—Um pequeno pecado. — Sui fez um gesto de pouco-caso.

 — Acho até que milorde se orgulha dele. 

— É verdade. — O marquês sorriu. — Foi preciso uma grande dose de ingenuidade para embaralhar todos os cordões dos sinos da escola que eram usados para chamar os servos. E não foi uma boa ideia repetir isso aqui. Sui caiu na gargalhada. 

— Não acredito! 

— Pois foi o que fiz. E tive de separar todos. Depois, meu pai incumbiu-me de inúmeras tarefas sem utilidade para ensinar-me a não sobrecarregar os criados. 

— Curioso... — a srta, Yamanaka  interveio. — O que importa para um servo ser chamado de maneira adequada ou não? Eles sempre têm utilidade para alguma coisa. 

— Bem, então pense do ponto de vista de um convidado que toca o sino para pedir o desjejum e não é atendido — lorde Gaara comentou. — Isso porque o servo pode pensar que a chamada veio de outro aposento. 

—Entendi. — Ino dirigiu um sorriso caloroso a seu par. Afinal, o filho de um duque tinha seus méritos. — Lógico, milorde. Isso seria muito desagradável. 

— Valeria uma bela repreensão ao criado. 

— Isso mesmo, lorde Gaara. Ele poderia ser até dispensado. 

— Mesmo que a culpa fosse de um brincalhão?

 — Minha mãe diz que criados não devem ser desculpados, sob pena de serem negligentes para sempre. — Ino percebeu a desaprovação ao redor. — O autor da façanha na certa mereceria uma boa chicotada. 

— Minha cara Ino, será que está com vontade de bater em mim? Enquanto os outros continham as risadas pela brincadeira de Sasuke, com maior ou menor grau de sucesso, Ino já nem mais se lembrava das origens da conversa. 

— Pelo que entendi — Sakura comentou —, a ofensa já foi punida de maneira exemplar. Aprovo as medidas disciplinares do duque. Em minha opinião, punições corporais não levam a nada. Só brutalizam. O marquês fitou lorde Neji e Sui. 

— Suponho que Sakura está dizendo que somos brutamontes. Uns babuínos.

 — Babuínos?! — eles perguntaram em uníssono. Sakura franziu a testa.

 — Lorde Sasuke está brincando. Eu apenas acredito que as crianças aprendem mais facilmente o que é certo e o que é errado se, em vez de apanharem, a falta delas lhes for explicada.

 — Minha querida noiva, creio que teremos desavenças quanto à educação dos fiíhos. Ela voltou-se para Sui em busca de tópicos mais seguros: 

— Sr. Suigetsu, existe mais algum segredo terrível que o senhor poderia revelar?

 — Sim, e milorde manteve-o escondido com muito cuidado. Embora sem imaginar como poderá utilizar o fato, tenho certeza de que só a senhorita poderá fazê-lo. — Sui encarou o marquês com malícia e sussurrou: 

— Ele era brilhante. O melhor aluno de nossa turma. 

— Confesso que cheguei a suspeitar disso. Mas por que o segredo?

 — Santo Deus, senhorita! Ser conhecido como erudito? Seria terrível. Quando estávamos na escola, Sasuke foi mais esperto. Conseguiu sobreviver ao curso sem chamar a atenção sobre si. Sakura quis contestar a insanidade, mas encontrou um fundo de verdade no raciocínio. 

 — E o senhor, sr. Suigetsu ? Também foi um prodígio intelectual? 

— De jeito nenhum —Sui admitiu, divertido.—Nada além da média. 

— E o que fez com suas habilidades medianas? — Sakura percebeu que Suigetsu não era nenhum tolo. 

— Passei uma temporada medíocre no Exército e... 

— Isso é mentira — o marquês interrompeu-o, e Sakura suspeitou que não perdera uma só palavra. — Você alcançou a posição de major, embora não alardeie a patente. Era tão mencionado nos despachos que a cavalaria de guarda já não aguentava mais ouvir falar em seu nome.

 — Que bobagem! — Sui apressou-se em disfarçar. — Era preciso ser um mal sucedido completo para não ser notado. Também não sei por que mencionou isso. 

— Que lhe sirva de lição — Sasuke referia-se ao segredo desvendado. 

— Está bem. — Sui admitiu que extrapolara.— Mas a srta. Haruno não iria mesmo acreditar que você é um descerebrado. 

— Por ser muito inteligente, ela poderia tentar enganar-me de vez em quando.

 — Ainda espero fazer isso. — Sakura corou. — De vez em quando. 

— Um desafio! — Sui exclamou. — Eu não saberia em quem apostar para vencedor. 

— Eu, sim. —a srta. Yamanaka fitou Sakura. — Mamãe diz que uma dama nunca vence quando leva a melhor sobre um cavalheiro. 

— Tenho certeza, srta. Yamanaka  — Sakura falou com a maior cortesia —, que é um prazer sabermos que uma filha tão abnegada jamais causará nenhum tipo de ansiedade nesse sentido a sua mãe. 

O marquês engasgou com o vinho e, após tossir, deixou a mesa com Sakura. Ino ficou sem entender o comentário.

 — Tremo só em imaginar que quase a pedi em casamento! — O marquês não parava de rir. 

— Como é que milorde pensava em unir-se a alguém com quem tinha tão pouco em comum?

 — O matrimónio era um dever, e não me lembro de ter me apaixonado. Ino Yamanaka parecia-me adequada. Bem-nascida, dona de um belo dote, bonita e... agradável. 

— Ela foi treinada para ser assim. — Sakura sabia que não tinha todas, aquelas qualidades. 

— Nem sempre isso adianta. 

— Sou muito agradável, a menos que me dêem motivos para que eu não seja. 

— Você é uma tirana — o marquês divertia-se. — Não fique brava, por favor. Até já comecei a gostar desse traço de sua personalidade. Sasuke entregou-a ao próximo parceiro, e Sakura quase caiu por causa dos joelhos trémulos. Às quatro da manhã, a comemoração terminou, e Sakura pôde ir para a cama. Exausta e debaixo dos lençóis, não conseguia conciliar no sono. Confusa, pensava nos momentos de afinidade e nos de antagonismo. Perguntara a Chiyo  sobre as pombas do Tentro Otogakure , e a criada nada soube informar-lhe. Sakura achou aquilo muito estranho e acabou por adormecer. No dia seguinte, a criada comentou o caso das pombas durante o desjejum com os serviçais mais importantes, Kabuto criado de quarto do marquês, chamou-a de lado e explicou-lhe que não deveria deixar a srta. Haruno falar a respeito. 

— Por que, sr. Kabuto? — Porque a Pomba Branca do Tentro Otogakure  era a favorita do marquês. A mulher ficou vermelha

— Quem teria mencionado isso para a srta. Haruno? Pobrezinha! 

— Era o que eu me perguntava. Imagine, srta. Chiyo, se o caso chegar aos ouvidos de milorde! Sasuke esquecera o comentário de Sakura, preocupado com outros temas. Antes de dormir, escreveu uma mensagem para Naruto Uzumaki: 

 Dobe, Orochimaru apareceu no baile de meu noivado. Pensei que o sujeito houvesse fugido com madame Kazahana , mas ele deve ter acertado as contas com as autoridades. Achei interessante que soubesse do fato, meu caro. Orochimaru continua tão nojento quanto antes. U.S. 

 Mandou a carta para o País do Som , a casa de Lorde Uzumaki. Seria natural que desejasse aquele camarada detestável do outro lado do mundo. Mas não era só isso. Orochimaru fora ligado a Koyuki Kazahana  no plano de tirar dinheiro dos simpatizantes de Hanzõ . Sasuke não perdera a impressão de que Orochimaru também tivera algum tipo de contato com Hinata nos dias em que ela morara como seu primo Neji. Naruto e Orochimaru se detestavam. Todos eram da opinião de que lorde Orochimaru fugira com Koyuki  para usufruir do dinheiro ganho de maneira ilícita e do gosto compartilhado pela depravação. A volta dele era preocupante. 


...Continua


Notas Finais


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