1. Spirit Fanfics >
  2. A Marquesa 👑 >
  3. Recatada, submissa. SQÑ

História A Marquesa 👑 - Recatada, submissa. SQÑ


Escrita por: Shays

Capítulo 11 - Recatada, submissa. SQÑ


Fanfic / Fanfiction A Marquesa 👑 - Recatada, submissa. SQÑ

 

Sakura acordou angustiada na manhã seguinte. Com dor de cabeça e a boca amarga, não parava de refletir nos aspectos negativos da noite anterior. Por que não conseguia agir como uma moça recatada? Talvez devesse tomar lições com a mãe da srta. Yamanaka . Por que o marquês achava que um espírito de luta e um pouco de sabedoria mundana deviam fazer dela uma rameira? Ou uma tirana? Ele não confiava nem um pouco em sua pessoa. Suspirou, amargurada. Sasuke tinha razão. As palavras proferidas adquiriam vida própria. Todas as vezes que discutia com o marquês, aquela ocasião terrível se interpunha entre os dois. O desalento de Sakura tornava-se ainda maior pelo fato de o marquês não ter nenhum traço de pureza em seu comportamento e arrogar-se o direito de castigá-la. E sua irritação crescia. 

Mikoto mandou chamar Sakura para tomar o desjejum em seus aposentos, e a futura nora teve de aceitar. Algumas torradas e um pouco de café melhoraram seu ânimo. 

— Fiquei contente por vê-los tão à vontade, minha querida. Os dias passados na capital fizeram bem a Sasuke, como eu previa. E isso lhe facilitará a vida, meu bem. Também as comemorações já estão no fim. Teremos ainda uma semana de festividades aqui. No final, haverá uma recepção para os habitantes do condado e depois iremos para o País do Som , quando faltarão apenas duas semanas para seu casamento. 

— É muito cedo, mílady. Poderá despertar falatórios. 

 — Eu sei, mas o duque quer ver tudo resolvido o mais depressa possível. Os falatórios terão fim, quando seu filho nascer depois de nove meses. Sakura engoliu em seco. 

— Minha querida, o que sabe a respeito de casamento? Talvez eu possa aconselhá-la como se fosse sua mãe. 

— Li muito sobre o assunto, senhora. 

— Mesmo assim, é fácil confundir-se.   Sakura, livros não são muito confiáveis. Precisamos conversar um pouco. Na realidade, foi um monólogo e Sakura o escutou de olhos arregalados. No final, corada, só via Vênus e Marte diante de si. 

— Mas todas essas preliminares... são necessárias? 

— Na verdade, não. Mas Sasuke não seria um cavalheiro se negligenciasse tais cortesias. Elas são fundamentais não só para seu prazer, mas para seu conforto. 

— Eu preferia que não houvesse nada! A duquesa a abraçou. 

— Ah, minha querida, sinto tê-la aborrecido... Sei que é muito diferente do que ser arrastada de encontro a um desconhecido. Apesar disso, pode considerar-se uma jovem de sorte. Sasuke é muito atraente e muito bem treinado nos dotes cavalheirescos. 

O aspecto do marquês pouco importava. Sakura não queria casar-se. 

— É preciso entender que o fato também o afetou bastante. Óbvio que meu filho não é virgem, mas também se casara sem amor. Se ele é brusco às vezes, lembre-se de que deve estar nervoso. Sakura sabia que não deveria contar o que fizera à duquesa, e muito menos pedir-lhe orientação. Voltou para seu quarto, alegando enxaqueca. Nos dias que se seguiram, Sakura compareceu a eventos sociais ao lado de lorde Sasuke. Todos lhes desejavam os melhores votos para o futuro e para que o herdeiro dos Uchiha chegasse o mais depressa possível. Segundo o horroroso lorde Orochimaru, o propósito do enlace ficava bem claro. Sakura não esquecia por um segundo os conselhos da duquesa. 

— Você está fazendo maravilhas por minha reputação — o futuro marido disse-lhe após uma das festas, ao caminharem de braços dados. — As pessoas sabem reconhecer uma mulher admirável. E elas não estão acostumadas a pensar em mim como um camarada ajuizado. Sakura compreendeu que o marquês procurava ser amável, mas assim mesmo procurou desvencilhar-se. Sem resultado. 

— Vamos andar mais um pouco, Sakura. Ela o acompanhou em direção à aléia circundada por teixos. — Não precisa ter medo de mim. 

— É uma ordem? — Sakura arrependeu-se de imediato da brusquidão. 

— O que houve? Por que tem se mostrado tão arisca? Alguém a ofendeu?

 — Não, não. — Jamais revelaria o que a duquesa lhe falara. Sasuke parou e acariciou-lhe a face. Sakura estremeceu e tentou soltar-se. 

— Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?! 

— Não gosto de ser apalpada. 

— E por que não? — Milorde deve achar normal... 

— Você é bem inteligente e sabe que devemos aprender a conviver em paz um com o outro e, mesmo assim, não tem feito nenhum esforço nesse sentido. 

— Lamento. 

— Está zangada porque a toquei naquela noite? 

— Isso mesmo — mentiu. 

— Desculpe-me. Isso não se repetirá. Prometo. Sakura foi presa com uma mistura de esperança e desapontamento. 

— Não vai fazer... aquilo de novo? 

— Sabe que não era o que eu pretendia.

 — Então, milorde, será melhor manter suas mãos longe de mim até que eu seja legalmente obrigada a suportar suas rudezas repugnantes. E saiu apressada, sem importar-se com as imprecações murmuradas a suas costas, mas receosa de ser atacada. O marquês não a impediu de ir embora e não a incomodou mais nos dias que se seguiram. Certa tarde, Sakura viu-se sozinha na carruagem com o noivo, quando voltavam de uma visita à escola da aldeia. Tinham ido com o duque e a duquesa, mas os Uchiha decidiram aceitar um convite para tomar chá com o vigário. Sakura cismou que poderia ter sido uma manobra. Sasuke recostou-se e observou o presente dado pelas crianças. Era uma placa de madeira polida e um desenho feito com tachas de latão. Representava o brasão dos Uchiha e as iniciais S e S.  

— Por acaso tem ideia do que faremos com isto? 

— Talvez pendurar sobre a porta — Sakura sugeriu, mesmo sabendo que havia um escudo de armas de granito em cima da entrada principal de Uchiha Parke .

— Ou sobre nossa cama? 

Sakura sobressaltou-se. — De novo? 

Sasuke franziu o cenho. — Teremos de enfrentar o assunto qualquer dia desses.

 — Ando muito nervosa... 

— Ou preocupada com o que eu irei descobrir. 

Sakura fulminou-o com o olhar.

 — Milorde prometeu não falar mais nisso. 

— Perdoe-me. Mas suas reações despertam minhas suspeitas. Sakura fitou o cocheiro e o cavalariço. Será que Sasuke Uchiha não se importava que eles escutassem a conversa? 

— Milorde poderia desconfiar que estou tão apavorada como qualquer donzela ingénua. 

—Poderia. 

— Você é um homem repulsivo! — Sakura teve certeza de ter visto o moço da estrebaria contrair-se. — Junto com minhas rudezas repugnantes. 

— Embora aparentando calma, os olhos do marquês cintilavam. O restante da jornada foi feito em silêncio total. A carruagem parou junto ao alpendre, e o marquês ajudou a noiva a descer. Sakura desvencilhou-se, ansiosa por escapar, mas Sasuke agarrou-lhe o braço.

 — Devagar. Lembre-se de nosso acordo. 

— É uma grande tolice achar que enganaremos alguém, milorde. 

— Você nunca achou que eu fosse um tolo. Os criados observam bastante, e isso é motivo para evitar um comportamento afrontoso. Prometeu fazer sua parte em público, Sakura. 

— E milorde prometeu acreditar que sou uma mulher honesta! 

— Prometi agir como se fosse. Também tenho de acreditar que é uma menina cândida? Uma mulher que lê os clássicos!

 — Decerto há um espaço grande a ser preenchido entre uma idiota de cabeça vazia e uma namoradeira descarada! 

— Não quando se pertence a um homem. 

— Não pertenço a ninguém!

 — Você é minha. 

— De maneira alguma! Sou dona de meu próprio nariz  e sempre serei! Uma centelha brilhou nas pupilas do marquês, que segurou-lhe a garganta. 

— O que... 

— Tenho vontade de esganá-la. 

Onde estavam os criados? Sakura teve certeza de que Sasuke enlouquecera. Mais um pouco e ela correria perigo mortal. Sasuke acariciou-lhe a pele, em círculos, com os polegares. Sakura não conseguiu lutar contra aquela sensação indescritível. Ele baixou a cabeça, e ela implorou para que Sasuke  a soltasse. O beijo do marquês foi firme, gentil e cálido. Assustada, Sakura procurou soltar-se, mas não conseguiu. Sentiu os lábios úmidos pressionarem os dela e a invasão da língua provocante. Embora gemesse um protesto, admitiu que suas pernas ameaçavam amolecer. Sasuke afastou o rosto e acariciou-lhe a boca trémula.

 — Talvez Naruto esteja certo. Mas torno a desculpar-me. Não pretendia assustá-la e, segundo suas palavras, ainda não tenho direito de usar minhas "rudezas repugnantes", não é? Ah, Sai... Sakura recuou em um movimento rápido e viu um lacaio em pé. Desde quando estaria ali? — Por favor, leve a srta. Haruno até os aposentos dela. — Sasuke encarou a noiva. — Um novo acordo? Sakura estremeceu. O beijo não fora nem um pouco detestável. O fato de o marquês lembrar-se do comentário sugeria que sofrera por isso.

 — Está certo. — E seguiu o criado. Olhou por sobre o ombro. O marquês a observava, muito circunspecto. Estaria zangado? Ou tão ansioso e inseguro quando ela? 

Sasuke notou a ansiedade no olhar da noiva. Sakura tinha motivos para ficar confusa, mas também era capaz de deixar um homem maluco. Ela o desafiava e o provocava. Talvez por isso mesmo desejasse dominá-la e fazer com que o chamasse de "meu senhor". Poderia maltratá-la ou usar a força. Mas tinha certeza de que seria capaz de seduzi-la. Horrorizava-o a ideia de fazê-la sofrer, mesmo que fosse por um beijo roubado. A vontade de estrangular o pescoço de cisne fora para fazer-se notar entre os fantasmas que Sakura carregava em sua mente supereducada. Queria fasciná-la e possuí-la até que Sakura Haruno, esquecida de todos os pensamentos racionais, se sujeitasse a ele por pura necessidade. Nunca sentira nada parecido por uma mulher, nem tinha certeza de que fosse recomendável. Sem encontrar respostas para suas atitudes, entrou na sala de bilhar e atacou as bolas, sem encaçapar nenhuma. Suigetsu entrou.

 — Mal-humorado? 

— Casamentos são detestáveis.

 — Você deveria ter fugido para se casar.

 — Sakura chegou a sugerir isso. Eu deveria prestar mais atenção a suas sugestões. 

— Concordo. Ela parece uma mulher ajuizada. Sasuke largou o taco sobre o feltro.

 — No momento, não é. 

— Pode me mandar para o inferno pelo que vou lhe perguntar, Sasuke, mas o que está acontecendo? 

— Não me aborreça! Sui deu de ombros.

 — Não pretendia ser grosseiro. É que resvalar pela morte modifica perspectivas. Odeio ver pessoas cometendo erros estúpidos. Não gostaria de sabê-lo em uma união mal sucedida. 

— Eu não gostaria de entrar em nenhuma. — Sasuke observou as paredes lotadas de armas medievais da galeria. — Vamos sair daqui. Este recinto macabro é muito depressivo. Se um desses ganchos se soltar, seremos cortados em tiras. Sui o deteve. 

— O que houve, Sasuke? Se o engano é tão grave, haverá um jeito de repará-lo. Não creio que a srta. Haruno esteja desesperada para casar-se. Não adiantaria enganar Sui. Assim, Sasuke resolveu contar parte da verdade. 

— Trata-se de um matrimonio de conveniência. Sakura foi escolhida por meus pais. 

— Bem, então boa sorte. A srta. Haruno é uma moça inteligente, sensível e cativante. Acho que combinam muito bem. 

— Sim. Como um lunático e uma camisa-de-força. 



 No dia seguinte, teve lugar a recepção para os habitantes do condado. A pequena burguesia e outros homens ilustres ocuparam o salão de baile, onde foram servidos vinhos e pratos finos. Os arrendatários e os moradores da aldeia ficaram na campina, onde se assavam carnes. As jarras de cerveja nunca ficavam vazias, e uma banda tocava músicas para dançar. Sakura circulou entre os dois ambientes, de braço dado com o noivo. Trocou gentilezas com o médico, o advogado e os fazendeiros abastados. Deteve-se em conversas com as viúvas dos pequenos proprietários e dos trabalhadores rurais, o que os espantou bastante. Será que eles não enxergavam que, sob aquele verniz recente de elegância, Sakura Haruno era igual a todos? Os mais simples tiveram grande prazer de conversar com a futura marquesa. Não teriam a mesma sensação se passassem o dia com Sakura, a professora. Era uma situação ridícula, e mesmo assim ela não pôde negar-lhes a alegria de um dia de entretenimento em meio à rotina estafante que era a vida deles. Sakura gostava de crianças, pois eram mais espontâneas. Sentou-se com várias delas a seu redor e ensinou-lhes uma canção.

 — Saiu-se muito bem com os meninos — o marquês observou, quando o grupo se dispersou. 

— E minha profissão. 

— Não é mais. 

— Fico à vontade com eles. Com os adultos é como se eu fosse o personagem de uma peça. "Entre, futura marquesa, no palco à direita." 

— Bobagem. Eles gostaram da Sakura que não se limitou a conversar. Escutou-os e os fez pensar, por um momento, que era igual a eles. 

— Mas eu sou igual a eles. 

— Antes, talvez. Agora, não é.

 — Eu sei. — Sakura suspirou e olhou o povo bebendo, comendo, dançando e tagarelando. — Milorde pode imaginar como é ter de preocupar-se com a comida, com um teto para morar ou com um remédio para uma criança doente? 

— Não. Mas quando é necessário, ponho alimento em suas despensas, providencio uma moradia e mando um médico para tratá-los. No final, de quem é a maior preocupação? Veja, ali está alguém proveniente de uma classe tão modesta como a sua. Eu a deixarei aproveitar essa integridade. Sakura entendeu que o magoara de novo. Já era hora de começar a levar em consideração as sensibilidades alheias. O marquês, apesar de arrogante por sua posição social, assumia com desvelo suas responsabilidades. Preferia que Sasuke não houvesse se retirado, para poder desculpar-se. Mas teve de continuar representando sua parte, e conversou com o sr. Suigetsu , como uma noiva feliz. 

— Srta. Haruno  — ele falou, ao caminharem de volta para a mansão —, Não precisa preocupar-se em fingir. 

— O quê? 

— Não há necessidade. Sasuke contou-me tudo. Sakura arregalou os olhos. 

— Tudo? 

— Não em detalhes. Não me revelou o motivo da escolha da noiva. Disse apenas que fora vontade de seus pais. 

— O senhor ficou surpreso por terem optado por uma moça tão comum e sem graça? 

— Está querendo cumprimentos, srta. Haruno ? Você sabe muito bem seu valor. 

— Pelo contrário, sr. Suigetsu , tenho espelho e não sou cega. 

— Ouso dizer que não enxerga o que sua fisionomia transmite. Seu olhar brilha com a luz de uma mente esplêndida. Sakura enrubesceu. 

— Por favor, sr. Suigetsu , não diga isso. 

—Sasuke nunca lhe disse? Pensei que ele fosse mais esperto e soubesse flertar. — Sui sacudiu a cabeça. — Será que meu amigo pretende deixar o terreno para outros? Alcançaram o roseiral próximo da residência. Os convidados mais nobres passeavam e admiravam as flores. Sui arrancou um botão de rosa e usou-o para acariciar o rosto de Sakura. Ele se inclinou e Sakura sentiu o hálito quente. — Eu lhe digo uma coisa, srta. Haruno. Acho que está perdendo tempo com Sasuke. Que tal fugirmos? 

Sakura caiu na gargalhada. — Seu comentário foi afrontoso, sr. Suigetsu . 

— Eu sei. Também sei flertar, não acha? Vamos? Apesar da declaração, a honestidade de Sui era quase palpável. 

— Por que diz isso, sabendo que é impossível? 

— Reconheço um tesouro de longe, minha cara. E também gostaria de ter uma esposa. Mas quando olho ao redor, só vejo as Ino Yamanaka  e outras sem prestígio nenhum. Você é diferente. 

— Não digo que não, sr. Suigetsu , mas.., 

— Eu a assustei. Estava brincando quando lhe disse para fugirmos. Mas a ideia solidificou-se em segundos. Não deveria ter dito nada. Perdoe-me. Vou partir, e você não me verá mais antes do casamento. Depois disso, será como se nossa conversa jamais houvesse existido. Mas antes, srta. Haruno ... — Sui estendeu-lhe a flor. — ...peço-lhe que aceite esta lembrança. Atônita, Sakura pegou a rosa e viu-o afastar-se. Se houvesse a menor oportunidade, ficaria tentada a aceitar a oferta do sr. Suigetsu , que lhe parecia muito menos altivo e nada violento. Nisso, ela viu o marquês rindo com um dos arrendatários. O sol fazia brilhar seus cabelos e, sem dúvida, ele era o homem mais bonito daquela festa. E se não fossem as circunstâncias, Sasuke Uchiha jamais a teria olhado. Dali a pouco o marquês aproximou-se e apresentou-a a pessoas que dependiam do ducado dos Uchiha para viver. Pelo que pareceu a Sakura, Sasuke levava sua missão a sério. E foi, de uma maneira surpreendente, amável com eles. Conhecia-os pelo nome, sabia quais as terras que arrendavam e as ocupações dos homens. Demonstrou ter informações de que as mulheres não viviam ociosas. Comentou a respeito do lucro dos ovos, do trabalho leiteiro e da preocupação com as crianças. O marquês usava seu charme com as mulheres, sem entretanto ofendê-las. Sakura amargurou-se pelo fato de o noivo nunca ter empregado tal habilidade com ela. Mas teve de aceitar o fato de que tentara e desistira, depois de ser rejeitado. Sakura notou que o marquês conseguia abafar com firmeza, mas de modo sutil, uma exigência absurda. Assim, levava o camarada a entender seu erro sem expô-lo à vergonha. E, por mais que odiasse admitir, teve de reconhecer que poderia aprender a técnica. Sasuke Uchiha  sabia lidar com os dependentes. Seria um ótimo duque. 

— Por que está tão taciturna? — o marquês indagou, depois de deixar satisfeitos o comerciante de cereais e o ferreiro. — Estive ofendendo outra vez suas simpatias?

 — Acho que é cansaço. Gostaria de desculpar-me. Milorde é um cavalheiro muito responsável. 

— Sem dúvida. Procuro adaptar-me a uma tarefa que espero durar por muito tempo.

 — O duque não lhe permite dividir a administração do ducado? —perguntou. 

— Dois no comando? — Acredito que seja necessário treinamento para esse tipo de incumbência. Sakura respirou fundo. — Serão precisos muitos anos até que eu me habitue a meu novo papel. — Vai acabar se acostumando. Agora, acho que deveria descansar. Amanhã partiremos para o País do Som , e terá de aguentar a rotina estafante da temporada durante quinze dias. 


No dia seguinte, eles saíram de Uchiha Park em três veículos. Sakura viajou na carruagem com a duquesa, e os servos foram nas outras duas. O duque dirigiu um cabriole, e o marquês cavalgou Aoda, seu cavalo predileto. Sakura culpou-se por haver esquecido de Konohamaru. O grande garanhão negro, fogoso demais, não mostrava sinais de ferimentos. Era injusto dar o controle de um animal tão irrequieto para uma criança. Pararam em uma estalagem para comer e descansar. Sakura não viu sinal de Konohamaru  entre os criados. 

— Conheci um menino na estrebaria da mansão  e não o vejo por aqui — Sakura comentou, enquanto davam uma volta para esticar as pernas. 

— Deve ser Konohamaru . Ele é um pilantra. 

— E onde está? 

— Vem vindo junto com Ibiki . Estão trazendo os baios por etapas. Por quê?

 — Eu me afeiçoei ao garoto. Acho que ele se meteu em encrencas. Aoda está bem? 

— Está. Ibiki contou-me que Konohamaru deixou  o cavalo machucar a perna, e por isso deu-lhe uma surra. Espero que o menino não tenha resolvido se queixar. 

— Oh, não! Eu o encontrei por acaso. Ele estava receoso de ser castigado por você.

 — Era o que eu teria feito se o dano fosse sério. Konohamaru  foi descuidado, e o cavalo custou-me oitocentos ienes .

 — Impossível! 

— Pois é verdade. E se você resolver me passar um sermão sobre as extravagâncias da aristocracia, a surra será sua! Sakura não teve certeza de que se tratava de uma brincadeira. 



..continua


Notas Finais


COMENTÁRIOS
⬇⬇⬇⬇⬇⬇


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...