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História A Marquesa 👑 - O fim da guerra


Escrita por: Shays

Notas do Autor


Queridos, leitores esse é o penúltimo capítulo, a fic ' A MARQUESA ", está chegando ao fim...

Capítulo 22 - O fim da guerra


Fanfic / Fanfiction A Marquesa 👑 - O fim da guerra

No dia seguinte, Sakura decidiu que teria de ficar um tempo longe do marido, para dar prosseguimento a seu plano. Tomaram juntos o desjejum, leram o jornal. Nada de novo, exceto a morte do duque do País da Grama.

— Deve ter sido uma batalha terrível.

— Mas foi uma vitória, Sakura. Veja o que diz aqui: "Uma grande derrota sobre o inimigo". Os jornais não espalhariam boatos falsos. Enfim, Hanzõ  encontrou o que merecia.

Sakura pensou nos jovens soldados que poderiam ter perdido a vida.

— Mas a que custo?

Ela viu o sofrimento pelos amigos no olhar de Sasuke e segurou-lhe a mão.

— Quando sairão as listas?

— À qualquer hora. Talvez façam uma edição extra do jornal.

— Essa angústia é o pior de tudo. Fico imaginando como eu me sentiria, se você estivesse lá.

— Esperemos que nenhum de nossos conhecidos tenha perecido.

— Por que não vai ao clube ou até a casa dos Uzumaki? Talvez descubra alguma coisa.

— Quer vir comigo para falar com Naruto?

— Não, Prefiro ficar.

Sasuka beijou-a antes de sair. Ambos se sentiam culpados por tanta felicidade, enquanto outros em breve chorariam muito. Sem perda de tempo, Sakura foi para seu quarto, avisou Chiyo que ficaria na cama e que não deveria ser perturbada.

Esperou a criada afastar-se, vestiu-se com as roupas antigas dos tempos de professora, enterrou de lado um chapéu de abas largas, desceu a escada dos serviçais e saiu pela porta suja de fuligem.

Precisava encontrar Konohamaru, pois não tinha certeza de como encontrar a casa de Karin. E na certa despertaria a ira de Sasuke, quando ele descobrisse o que ela fizera.

Dirigiu-se para a estrebaria, onde poderia dar a desculpa de estar saudosa de Stello. Mas como falar com Konohamaru  em particular?

Acariciava o focinho aveludado do cavalo, quando Ibiki apareceu.

— Bom dia, milady. Posso ajudá-la?

— Obrigada, Ibiki. Vim dar um espiada em Stello. O animal tem feito exercícios?

— Konohamaru sai com ele, milady. Aliás, é o único cavalo de que ele consegue cuidar — o homem resmungou. — Perdão, senhora, mas não faz bem a esse pilantra contar com certos privilégios.

— É mesmo? Talvez eu pudesse falar com o garoto a respeito.

— Bem, não há necessidade...

Sakura fitou-o com o melhor dos olhares Uchiha. Em segundos, ela falava com Konohamaru na baia de Stello. O garoto olhava o animal com receio.

— Konohamaru, Stello é muito manso. Não há o que temer. Konohamaru  baixou a cabeça.

— Acho que seria melhor se lhe déssemos outra ocupação. Tem alguma preferência?

O menino mexeu-se de um lado a outro e amassou um punhado de feno.

— Não faz diferença, contanto que eu sirva milorde.

— Está bem. Agora quero que me leve até a residência da srta. Karin, sem dizer nada a ninguém.

O garoto arregalou os olhos.

— Não posso, milady. O velho Ibiki iria castigar-me com uma bela surra.

— Isso nada tem a ver com Ibiki. O menino hesitou e meneou a cabeça.

— Hoje de manhã, o marquês mandou que eu não a levasse a lugar nenhum.

Sasuke era mesmo esperto. Mas Sakura jurou para si mesma que venceria a disputa.

— Poderia ao menos me dizer como chegar lá?

— Milady não deve fazer o trajeto sozinha! — Konohamaru assustou-se.

— E por que não? Não me pareceram ruas perigosas.

— Damas não devem andar desacompanhadas.

— Esta dama aqui faz o que lhe agrada, Konohamaru. Se não me disser, irei só e, se me perder, pedirei orientação a estranhos.

O rapazote ficou muito alarmado e acabou cedendo. Sakura escutou atenta as instruções de Konohomaru e presenteou-o com uma moeda.

— Depois disso, decerto haverão de chicotear-me...



Sakura bateu na porta dos fundos da casa de Karin.

Shion espantou-se ao vê-la. Na cozinha, a marquesa encontrou uma mulher mais idosa, que devia ser a cozinheira. Shion fez uma cortesia e a cozinheira levou as mãos à cintura.

— Quem é essa aí?

— Quieta, Emi. É a marquesa... a senhora sabe. A outra engasgou.

— Meu Senhor amado! O que aconteceu com o mundo? A senhora deveria envergonhar-se!

— Não sei por quê. — Dakura divertia-se. — Karin está? Shion esfregou as mãos no avental.

— Vou chamá-la. Por favor, sente-se. — Desconsolada, ela fitou as duas cadeiras simples. — Oh, não sei...

— Veja o que a senhora fez! — Emi recriminou Sakura. — Tive muito trabalho para acalmá-la, depois dos acontecimentos de ontem! Nós ficamos muito mais sossegadas quando as pessoas de sua classe social ficam restritas a suas belas mansões.

Sakura sentou-se.

— A senhora também é admiradora de Shizune Yatzu ?

— Quem? De modo algum, se ela for uma nobre.

— Bem, suponho que seja, de uma certa maneira. Nesse momento, Shion retornou, seguida por Karin, que não escondeu a surpresa.

—Sakura, tenho a impressão de que não deveria estar aqui,

— Creio que não. Shion, por favor prepare um chá para nós.

Karin levou a marquesa até a sala de estar. As manchas de sangue tinham sido removidas da escada e, exceto pela ausência do lustre, não havia sinais do que ocorrera na véspera.

— Você tem criadas interessantes — Sakura comentou, ao sentar-se.

— Elas são bastante fiéis. Como deve imaginar, escolhi duas menos favorecidas pela sorte. Admito que em parte foi pela certeza de que não conseguiria alguém de gabarito que não fosse insolente. Mas essa decisão também deveu-se por eu ter conhecido a pobreza e o desespero. Tirei Shion das ruas. A família dela foi toda mandada para lá, quando o pai morreu. Eu a treinei, achando que acabaria por deixar-me, mas Shion preferiu ficar. Emi ajudou-me quando eu era jovem e fugi de casa. Foi uma verdadeira mãe para mim. Mas não gosta da aristocracia. Espero que a desculpe, se foi rude. Emi não tem motivos para gostar das classes mais favorecidas.

— A sinceridade me agrada. Talvez com o tempo resolva aceitar-me.

— Pretende mesmo fazer amizade conosco? Sasuke não gostará disso.

— Todos teremos de fazer alguns ajustes, Karin. E quando você se casar com o melhor amigo dele...

— Isso jamais acontecerá. — Karin enrubesceu. — Eu o avisei que talvez pensasse em um acordo.

Sakura não disse nada, mas intuiu que os dias de liberdade da Pomba Branca estavam contados.

— Tudo deu certo em relação "àquilo"?

— Deu sim. Nauto Uzumaki  é um cavalheiro muito decidido e contou com alguns cúmplices eficientes. Não fiz, muitas perguntas, mas suponho que os asseclas foram levados para o pelotão de recrutamento, e o corpo, com nome falso, foi deixado nos arredores dos cortiços. Será encontrado em um dia ou dois, e lá ninguém é muito curioso. Orochimaru era conhecido por vasculhar aquelas áreas em busca de algo que lhe apetecesse. Por isso creio que não haverá muito espanto.

— Ele era muito pior do que eu imaginava. É inacreditável que tal monstro fosse tolerado só por ter um título. É um grande erro aceitarem-se privilégios herdados.

— Pode ser, mas também há muitos nobres de bom coração.

— Refere-se a Sasuke?

— Isso mesmo. Milorde está fazendo progressos, mas jamais deixará de ser um Uchiha.

— Sei disso e, para ser franca, gosto dele de qualquer maneira. Bem, preciso falar-lhe sobre o que me trouxe aqui e voltar para Mansão antes que dêem por minha falta.

— Sakura, sabia que isso poderia resultar em condenações?

— Sim, mas duvido que as coisas cheguem a esse ponto, com o envolvimento da poderosa família Uchiha. Não é terrível o que eu falei? Tornei-me tão má quanto eles.

— Diga o que tem em mente.

— Orochimaru não possui herdeiros. O título e a fortuna voltarão para a coroa. E se Samui fosse a herdeira dele?

Karin endireitou-se. — Um testamento?

— Isso mesmo. E teria de ser achado na casa de Orochimaru. Acredito que esta seria a parte mais perigosa.

— Precisaríamos de uma amostra da letra dele...

Sakura apertou as mãos, certa de que estava ficando louca. Agir contra a lei, falsificar! Mas isso resolveria tudo.

— Orochimaru era riquíssimo. Quando o documento for encontrado, o advogado de Sasuke poderá garantir boa parte da fortuna para Samui. A família dela, lógico, ficaria com o restante. Isso os livraria da bancarrota por certo período.

— Eles fariam um bom uso dos fundos.

— Se o dinheiro for para os cofres do governo, o regente comprará mais algumas correntes de ouro.

Elas se entreolharam, amedrontadas.

— Será que daria certo, Karin?

— Não vejo por que não. Milady contará a Sasuke?

— Não sei...

Ouviram batidas enérgicas na porta e, dali a instantes, Shion  apareceu correndo. Confirmando a suposição das duas, Sasuke entrou, pisando firme.

— Eu deveria trancafiá-la! — ele se dirigia à esposa, sem disfarçar o sorriso, e sentou-se a seu lado. — Vamos lá, diga-me quais os planos que está arquitetando.

Apesar da amabilidade, Sakura entendeu a seriedade do pedido e expôs suas ideias.

— Por Deus! Preciso revisar todos meus conceitos sobre castigos impostos a esposas.

— Ah! Quer dizer que milorde está contrariado...

— Milady! Muitos pares do reino já foram enforcados antes. E nem serve de consolo o fato de a corda ser de seda!

Sakura esperou. Depois de alguns minutos, viu os lábios do marido estremecerem.

— Não se pode negar que seja um plano inteligente. Bem melhor de que o de Naruto. Acabo de vir da casa dele.

— Prossiga, querido.

— Naruto tem seus motivos para dar fim à fortuna de Orochimaru. Já havíamos decidido ir até a residência do falecido para recuperá-la.

— Invadir a propriedade alheia! São todos malucos!

— Que exagero! Contamos com um par do reino, um Uchiha e um membro do Parlamento. Isso sem mencionar a confusão que deve estar na mansão de Orochimaru  por seu desaparecimento e o caos em que as ruas se transformaram por causa das comemorações. O que me faz pensar... por que justo hoje você escolheu para sair desacompanhada?

— Porque hoje é hoje. Além do mais, sempre andei sozinha pelas ruas. O que me faz pensar... — ela o parodiou — ...em há quanto tempo vocês vêm elaborando esse plano e milorde não me disse uma só palavra.

Sasuke ignorou a direta.

— Esse é um tema antigo e pendente que nada tem a ver com milady.

—Teve, sim, quando expressei minha preocupação por Samui ser forçada a casar-se com Orochimaru. E você espumou de raiva, achando que eu me queixava sobre nossos problemas.

— Só fiquei sabendo de quem se tratava na outra noite, e entendi os motivos da pobre Samui.

Karin pigarreou.

— Se não me engano, o assunto em pauta versava sobre várias maneiras de desobedecer a lei.

— Está bem. Sakura, acho que deveríamos ir até a casa do Uzumaki  e expor sua estratégia a Naruto. Obrigado, Karin. Já nos ajudou muito.

— Estou de pleno acordo, Sasuke. Vim até aqui porque não tinha noção de como fazer alguma coisa ilegal, e achei que Karin poderia ajudar-me.

— Nesse quesito tenho vários amigos respeitáveis que poderiam ser recomendados, inclusive Sasuke Uchiha.

— E Suigetsu também. Aliás, ele está com Naruto. Por que não vem conosco?

Karin tornou a enrubescer.

— Tenho alguns textos para decorar esta noite.

— Covarde... — Sasuke a provocou. Karin fuzilou-o com o olhar.

Sakura levantou-se e despediu-se da Pomba Branca com um aperto de mão.

— Eu a verei em breve, minha amiga.

— Não, senhora — Sasuke advertiu-a.

—Quando ela se tornar a sra. Hõzuki— Sakura afirmou.

— O que jamais acontecerá! — Karin retorquiu. Sakura saiu, rindo.

A casa dos Uzumaki estava cheia de gente, como de hábito.

— Já soube? — Hinata revirou os olhos ao falar com Sakura. — Ficaram loucos! Espero estar viva para vê-los pendurados em fila.

— Acredito que tenho um projeto menos arriscado. — Sakura tirou o chapéu.

Foram para a sala de estar. Sakura sentou-se no chão para explicar o que pretendia. Naruto aprovou:

— É estratégico, e eu gosto disso. Exceto por deixar o testamento na casa de Orochimaru, não haverá nenhum perigo. Conheço um falsificador em quem se pode confiar.

— Precisamos de uma amostra da letra dele, Naruto — Kiba considerou. — E depressa. Se o documento for descoberto em sua escrivaninha assim que encontrarem o corpo, não deverá haver desconfiança.

— Eu tenho! — Sakura lembrou-se. — Samui entregou-me uma carta horrível escrita por ele. Deve estar entre as folhas do meu livro.

— Vamos buscá-la, e Naruto se encarregará do resto. Tudo bem?

—Claro. Há poucas evidências que me relacionam a Orochimaru.

— O principal é fazer Samui manter segredo — Sakura afirmou. — Uma palavra poderá fazer com que perca a fortuna.

— Caríssima, parece que perdeu todos seus escrúpulos morais. Diria que se trata de um caso de depravação galopante. Naruto, trarei a carta o mais depressa possível. Vamos, querida?

Os Uzumaki acompanharam o casal Uchiha até a saída.

— Aventuras malucas combinam com o marquês.

— Pode ser, Dobe. — Sasuke deu de ombros. — Mas prefiro uma vida sossegada. Ontem, ao ver uma pistola apontada para Sakura, acho que morri cem vezes.

— O amor pode ser cruel não é? — Naruto abraçou Hinata.

— Mas é também maravilhoso. — Sasuke puxou Sakura pela cintura para seu lado.

Ouviram uma batida brusca na porta. Naruto abriu-a, e um rapaz estendeu-lhe o jornal, antes de correr para entregar outros pedidos da edição especial.

Os quatro caíram num grave silêncio por alguns instantes, e Naruto foi o primeiro a criar coragem.

— Querem saber?

— Claro, Dobe. — Sasuke respirou fundo.

Voltaram para a sala de estar. Podia-se ouvir uma mosca voar. Naruto abriu o jornal em busca de notícias.

— Meu Deus, que lista! E o pior é que pode não estar completa...

Ele percorreu as linhas com olhar atento e sufocou um grito.

— Neji! — Naruto entregou o jornal para Sui e foi até a janela.

Hinata aproximou-se do marido, abraçou-o e encostou a cabeça em seu ombro, chorando. Seu primo havia falecido na guerra.

Sakura tomou a mão de Sasuke.

— Sinto muito... — Ela não soube mais o que dizer.

— Outro sacrifício.—Sasuke apertou-lhe os dedos.— Neji queria tanto tomar parte na guerra... Sui, são muitos?

— Uma infinidade. Conheço muitos deles. Não vi o nome de Shikamaru. — Como um boneco sem vida, passou o jornal para Juugo e escondeu o rosto na mão. Depois de um momento, ergueu a cabeça. — Karin me mandaria embora?

— Creio que não. Sui se foi.

— Não vejo o nome de Shikamaru,  — Juugo afirmou. — . Rezemos para não termos mais notícias terríveis.

Shino foi o próximo a ler o jornal. Naruto serviu vinho para todos e levantou a taça.

— A Companhia dos Patifes tem agora oito membros. Aos que se foram: que possam ficar eternamente jovens no céu. Aos feridos: que tenham força para se curar. Aos consternados: que se alegrem de novo. Senhor Deus, faça com que não haja mais guerra.

Naruto esvaziou a taça e jogou-a na lareira. Todos quesw encontravam na sala o imitaram, inclusive Sakura, que ainda não se recuperara do choque. Em seguida, ela e Sasuke  se despediram e caminharam de volta para a mansão, prometendo regressar em seguida.

Sakura achou a carta de Orochimaru, trocou o  vestido com o auxílio do marquês,  pois não sairia mais as encondidas e sim ao lado de seu amado marido.

Naruto, com Himawari dormindo em seus braços, recebeu-os com um sorriso.

— Trouxeram a carta?

— Sim.

— Ótimo. Eu a levarei sem demora a meu esperto amigo. Depois, teremos de decidir quem invadirá a mansão do finado crápula.

O modormo  e uma serva trouxeram um lanche, chá e cerveja. Os serviçais se retiraram, e os presentes serviram-se, prosseguindo com a discussão.

— Um terá de deixar o testamento lá dentro. Os outros montarão guarda e distrairão...

Alguém bateu na porta, e logo Sui entrava com Karin.

— Ele insistiu para que eu viesse. — Karin se mostrava tensa e pouco à vontade.

Hinata adiantou-se.

— Srta. Karin, seja bem-vinda.

— Venha lanchar conosco.

Sui e Karin, ainda confusa, juntaram-se ao círculo. Karin franziu o cenho ao olhar para Naruto.

— Acho que já nos conhecemos. Foi há mais ou menos um ano.

— Isso mesmo. Eu estava com  Koyuki Kazahana .

Karin fitou Hinata, que sorriu.

— Não se preocupe, srta. Karin. Sei tudo a respeito.

— Não tudo — Naruto confessou, o que aturdiu Hinata.

— Ela quer contar o que sabe — Sui disse a todos —, e acredito que poderá ser muito útil.

— O sr. Naruto também esteve lá com Orochimaru — Karin afirmou, corada.

Sakura ficou atônita.

— Nada disso. Orochimaru estava com Koyuki, e eu também. Mas eu não estava com ele.

— De qualquer modo, uma companhia muito estranha.

— A senhorita também esteve lá.

— Foi um erro. E saí depressa.

— E eu fiquei a noite toda. — Naruto acariciou os cabelos da filha. — Meu passado não me incapacita para o que teremos de fazer.

— Está bem — Karin anuiu. — Em que posso ajudar?

Sakura desconfiou que, se dependesse de Sasuke, jamais descobriria o que se passara. Naquela época, Hinata deveria estar grávida de Himawari. Era inacreditável que Naruto houvesse tido um relacionamento com uma prostituta, naquela ocasião. Ainda mais com uma que tinha Lorde Orochimaru como um de seus clientes.

Hinata não se perturbou, e Naruto seguiu avante:

— Vai representar esta noite, srta. Karin?

— Não.

— Mas não disse que teria de decorar um texto? — Sasuke a provocou.

— Eu menti. Naruto, no que poderei ajudar?

— O que acha de fazer o papel de uma meretriz vulgar?

— Muito difícil. — Karin fez um esgar. — Mas, afinal, sou uma atriz. Qual a tarefa?

— Distrair os guardas.

— Posso dar um jeito.

— Também quero participar. — Sakura encheu-se de coragem. — Duas meretrizes alcançarão melhor resultado de que uma.

— Só se for passando por cima de meu cadáver! — Sasuke  explodiu.

— Daremos um jeito nisso — Sakura retrucou. Sasuke suspirou.

—Está fora de questão, Sakura. Pelo que sei, milady nunca atuou nos palcos.

— Sempre fui muito competente nas representações teatrais.

— Não é a mesma coisa.

— Sasuke Uchiha , está insinuando que sou muito delicada para tomar parte nessa aventura ou que Karin é tão ordinária que não se incomodará com isso?

— Não acredito que isso esteja acontecendo... — Juugo, sentado entre Sakura e Karin, escondeu a cabeça entre as mãos.

Todos riram, mas Sakura notou que escandalizara alguns com seu comportamento.

— Sakura, se quiser vir — Naruto interveio —, será ótimo. Hinata?

— Querido, vai se aborrecer se eu recusar?

— De modo algum. Para o testamento não ser questionado, não deve ocorrer nada de anormal na mansão de Orochimaru. Pois bem. Acredito que alguns dos homens dele ainda devem estar lá. Com sorte, eles tomariam a ausência de Orochimaru como uma oportunidade para a diversão. Por ele ter sido um senhor duro que pagava bem pela obediência, não podemos contar com isso, Orochimaru tinha o costume de trazer mulheres para sua diversão e para a de seus capangas. Portanto, ambas terão de assumir o disfarce e distraí-los. Será uma questão de minutos.

— Como sairemos sem despertar suspeita? — Karin quis saber.

— Seus protetores chegarão para arrastá-las porta a fora.

— Nesse caso, serei um deles — Sasuke ofereceu-se, carrancudo.

— Certo. E Kiba também.

— Essa pequena encenação não poderá parecer suspeita se o testamento for questionado?

— Dificilmente, Sakura. O cenário não é improvável e, com sorte, os homens irão embora assim que souberem da morte de Orochimaru. O melhor de seu plano é que ninguém terá uma causa para investigar nada. Além disso, se forem feitas perguntas, as amantes não terão chegado ao pavimento superior da casa. Tentaremos evitar as pessoas e também sinais de invasão indevida.

Naruto fitou Juugo, Sui e Shino.

— Ambos ficarão andando na rua, ao acaso, prontos para ajudar se for necessário. Sasuke e Kiba, nós nos vestiremos como a plebe. Conseguirei as roupas. Iremos nos encontrar na mansão de Juugo, onde nos trocaremos. Procurem não dar muito na vista. Sasuke, em particular, gosta de aparecer.

— Como pode dizer uma coisa dessas, sabendo como sou discreto?

Sakura deu risada.

— A que horas? — Juugo indagou.

— Às nove. Já estará escuro e ainda haverá muita gente nas ruas para as comemorações. — Naruto olhou para Sakura e Karin. — Façam o possível para não serem reconhecidas. Não pretendo ter de matar mais ninguém.

— Apanharei perucas e pinturas, no teatro. — Karin ajeitou os cabelos. — Precisaremos de mais alguma coisa?

— Muito bem, então. Mãos à obra!



Continua....


Notas Finais


Bom gente, espero que gostem do penúltimo capítulo.
Será que o planos do Clube dos Patifes, irá dar certo ou terá mais sangue derramado. Pobre Neji se foi, mas como um verdadeiro herói, a guerra chegou ao fim com a morte de Hanzõ.
Deixem suas opiniões. Grande beijo e até o próximo capítulo.


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