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História A Marquesa 👑 - Lamentos


Escrita por: Shays

Capítulo 7 - Lamentos


Fanfic / Fanfiction A Marquesa 👑 - Lamentos

Sakura refugiou-se na biblioteca e refletiu que a educação sólida que recebera não a habilitara no saber prático dos relacionamentos entre homens e mulheres.

Como seria partilhar a mesma cama com um homem irascível?

Engoliu em seco para não chorar. Recusava-se a fazer da vida um mar de lágrimas.

Gostaria de ter alguém em quem confiar. A srta. Senju a aconselharia a largar tudo e voltar para casa. Além disso, o conhecimento da tia era tão limitado quanto o dela.

A duquesa seria a única mulher casada que poderia valer-lhe. Mas não teria coragem de revelar o erro que cometera para a mãe do marquês.

A única solução seria comportar-se de maneira impecável. Assim talvez Sasuke entendesse que a futura esposa não era nenhum monstro lascivo.

Riu ao lembrar-se dos homens de sua vida.

O sr. Rock Lee, o vigário que ficara vermelho quando fora obrigado a desenroscar-lhe a saia dos espinhos. O sr. Baki, o filósofo que uma vez lhe beijara os lábios, desculpara-se, atabalhoado, e saíra correndo. O dr. Kiri, que cuida das alunas no colégio da srta. Senju. O bom médico a rodeara durante um ano antes de dizer que não a merecia por causa de seus desejos profanos. Depois ele se casou com uma viúva.

Talvez devesse pedir referências sobre seu caráter aos "homens de sua vida".

Lembrou-se da ilustração de um dos livros do colégio que eram mantidos trancados. Vênus, seminua, deitada no colo de Marte que lhe segurava um dos seios desnudos.

Oh, Senhor! O marquês pensava que ela fizera uma coisa daquelas? Roxa de vergonha, teve certeza de que isso só ocorria na era pagã!

— Minha querida, eu sabia que a encontraria aqui. — Mikoto entrou e estranhou vê-la parada no meio da saía. — O que houve, Sakura?

— Apenas uma indisposição, milady.

— Espero que não seja por culpa de Sasuke. Ele é um bom rapaz, mas herdou um pouco do temperamento do pai. Não se espante, meu bem, mas não quero que haja segredos entre nós. St. Madara Uchiha era impetuoso, mas irresponsável. Seu espírito era uma mistura de emoções fortes, uma explosão constante de impulsos. Eu poderia ter me casado com ele. Madara era dono de propriedades, embora pobres para alguém como eu. Pediu minha mão e eu não aceitei. Ele era muito... explosivo.

— E vou casar-me com o filho dele.

— Posso assegurar-lhe que Sasuke também se parece comigo, e eu sou uma mulher muito prática. Meu filho moldou o caráter pela convivência com o duque, que é o oposto de St. Madara Uchiha.

Sakura desconfiou, pela admiração com que a duquesa falava do marido, que havia um amor profundo entre eles, escondido atrás da formalidade. Era difícil imaginar o duque e a duquesa...

— Mas como Sasuke tem um temperamento forte, pergunto-me se ele a aborreceu.

— Milady, é apenas minha situação que me perturba. Não era verdade, O marquês deixava-a nervosa.

— Meu bem, não gostaria de sabê-la ansiosa, por isso devo aconselhá-la. Se não quiser servir de chacota, terá de permitir que lhe compremos roupas novas. Teremos visitas e haverá um baile. Sasuke disse-me que você concordaria com a remodelação do guarda-roupa.

Sakura fitou seu vestido simples.

— Não precisamos fingir que você é uma jovem dotada de fortuna, mas todos se perguntarão por que não a trajamos de maneira adequada.

— Está bem, mas eu também quero opinar.

—  Claro! — A duquesa alegrou-se e mandou um lacaio chamar a costumeira principal.

— A sra. Ruka vai tirar suas medidas. Ela costura muito bem, mas o vestido de baile será feito no País do Som. Isso mesmo. Encarregarei Sasuke de levar a musselina para lá. Consultaremos os figurinos.

Outro servo foi encarregado de trazer as revistas do quarto da duquesa.

— Precisamos pensar nas jóias. Sasuke poderá comprar-lhe algumas peças, mas as que pertenceram à família deverão ser usadas.

Elas foram para o quarto de vestir.

— E melhor tirar a saia e o corpete.

Sakura obedeceu e envergou o robe.

— Roupas de baixo, camisolas de seda... — a duquesa murmurava. — Sakura, prefere comprar o enxoval completo agora ou depois do casamento?

— Isso faz diferença?

— Depende de onde passará a lua-de-mel e de quando pretende iniciar a vida em sociedade.

— Não me cabe decidir.

— Pergunte a Sasuke.

As ordens começaram a surtir efeito. Uma mulher alta e macilenta entrou, seguida por uma serva que carregava uma cesta com mostruário de tecidos. A costureira tirou as medidas, enquanto a duquesa tagarelava sobre os modelos.

— O que acha de vestidos rodados e de linhas simples? — A duquesa não esperou pela resposta: — Musselina... deixe-me ver. Este algodão indiano também é lindo. O de linho estampado...

Sakura desistiu, permitindo que Mikoto escolhesse três vestimentas para serem executadas em prazo emergencial. O de linho, o de algodão indiano e o de musselina. A duquesa ordenou também um enxoval de noiva com monogramas.

A costureira saiu, e Sakura enfiou pela cabeça a roupa antiga. Em seguida, foi convocada pela futura sogra para examinar as revistas de moda mais recentes. E, como antes, a decisão coube a Mikoto.

A resolução saiu em instantes. Foram selecionados seis dos trajes mais finos para serem confeccionados na capital.

— Também será preciso uma roupa de montaria e botas.

Em minutos, Sakura viu-se diante de uma fortuna em jóias espalhadas na mesa..Diamantes, esmeraldas, ouro e prata, rubis, pérolas e safiras. Não conteve o impulso de tocar um bracelete magnifico de diamantes que refletia a luz do sol e um colar de pérolas, singelo em sua magnificência.

Afastou os dedos depressa. Aquela também era uma forma de sedução. Aceitou apenas o colar de pérolas e um conjunto modesto de topázios. Depois, sob pressão, escolheu um broche de brilhantes.

— É bonito, mas as pedras são pequenas. Por que não fica com este? — A duquesa abriu uma caixa de onde tirou um conjunto de diamantes magníficos que irradiavam as cores do arco-íris.

— Não, Vossa Graça. Se me permitir, prefiro o outro.

— Como preferir, meu anjo.

Sakura não saberia dizer por quantas horas as costureiras trabalharam. Mas, no dia seguinte, quando os primeiros visitantes chegaram, o vestido verde-claro já estava pronto. Era simples, amarrado na cintura e como único enfeite, uma faixa de seda verde-escura. Assim mesmo, infinitamente superior aos que ela mesma fazia.

A duquesa examinou a confecção em detalhes e aprovou. E conseguiu fazer Sakura desistir de usar os toucados, deixando a cabeleira rosada soltas.

Os recém-chegados eram os vizinhos mais próximos. Lady Suiren e suas filhas, Saya e Tenten. Vieram acompanhados de uma amiga, srta. Ino Yamanaka, uma moça de rara beleza: Pele translúcida, rosto oval e perfeito, olhos azuis e cabelos loiros prateados.

Sakura perturbou-se pela maneira como foi analisada pela beldade e pelas amigas. A srta. Yamanaka deixou evidente o desejo de estar no lugar da futura marquesa. Saya também não escondia a inveja. Sakura imaginou que metade das jovens sentia o mesmo.

Pela primeira vez, pensou na ironia do destino, que entregava tantas honrarias a quem não lhes dava o menor valor.

Ino Yamanaka  escolheu um lugar ao lado de Sakura.

— Mora em Konoha, srta. Yamanaka?

— Não, não. Minha casa é na Aldeia do Som, mas passamos grande parte do ano em konoha.

— Deve ser muito divertido. Estive lá poucas vezes.

— Pois eu, como herdeira de meus pais, tenho obrigação de procurar um bom casamento. Por isso ficamos tanto tempo na capital.

— Tenho certeza de que, com sua beleza e fortuna, terá qualquer um a seus pés.

— E muita bondade sua me dizer isso, srta. Haruno. —, Ino olhou ao redor. — Uchiha Park  é linda, não é? Passei o Natal aqui.

Sakura compreendeu por que Ino fora uma candidata séria a um compromisso com o marquês. E, de maneira egoísta, nunca pensara no que ele tivera de renunciar para aceitar a imposição do duque.

Pelo olhar de Ino, era certo que faria qualquer coisa para desmanchar o noivado de seu ex-pretendente. Embora fosse um fato muito desejável, Sakura soube que o duque jamais cederia. Por isso decidiu não permitir que a moça presunçosa a perturbasse ainda mais.

— Eu prefiro um Natal tranquilo em família.

— Onde seus parentes vivem?

— Moro com minha tia no Pais do Rio. A senhorita veio passar as festas com seus pais?

— Não. Minha mãe esta na Aldeia do som, e meu pai esta caçando na Aldeia da Grama. Eu me admirei de Sasuke ter partido logo. Ele sempre passou a maior parte do inverno na Aldeia.

— É o poder do amor, srta. Yamanaka— Sakura mentiu, como se já conhecesse Sasuke na época. — Para ser sincera, eu não estava com pressa de me casar, mas o marquês é muito insistente.

Sakura percebeu o leve estremecimento da outra, antes de a duquesa aparecer.

— Minha querida, precisamos falar com Lady Suiren. Quando as duas se afastaram, a duquesa tornou a falar:

— Espero que Ino não a tenha ofendido.

— De modo algum. Estou acostumada com as jovens. Se me permite perguntar-lhe, milady, havia um compromisso sério entre ela e o marquês?

—Nenhum. Sasuke considerou a hipótese, talvez por minha insistência, de concordar com um matrimónio que interessasse as duas famílias. Acredito que meu filho nunca sentiu atração por ela. De fato, logo depois do Natal, Sasuke alegou um negócio urgente e largou a pobre moça aborrecida.

Sakura alegrou-se. Os problemas já eram muitos, mesmo sem alguém magoado.

Sentou-se para conversar com Lady Suiren, uma senhora bondosa e sensata. As filhas, entretanto, fitavam-na com ciúme. Em particular Saya, a mais velha e a mais bonita.

O marquês aproximou-se e exibiu um comportamento exemplar. Convenceu a todos, embora sem demonstrações explícitas de carinho, de que uma jovem tímida roubara seu coração.

Sakura, foi obrigada a reconhecer que, apesar de seu orgulho não ter sofrido arranhões, seu coração corria perigo. A atuação convincente do marquês era uma arma que a ameaçava. Seria fácil cair sob aquele encanto e esquecer que havia um pacto imposto por meio de ameaças.

Sasuke conversava com Ino e, embora Sakura não pudesse ouvir o que dizia, a atitude dele parecia apenas amigável, e a expressão da outra, mal-humorada. O que a agradou sobre- maneira. Nada mais humano do que ficar feliz com o aborrecimento de uma moça tão presumida e que a encarava com tanta superioridade.

No dia seguinte, vieram o reverendo e a esposa, o magistrado local. Apesar de espantados, aceitaram os fatos em decorrência do gênio intempestivo do marquês.

Sakura achou estranho ser considerada como um membro da família ducal. Continuava a considerar-se Sakura Haruno, a professora.

O receio ainda maior foi a perspectiva do baile. Sakura ajudou a duquesa e a sra. Shirahime  a sobrescritar uma centena de convites.

— Não é um exagero convidar tanta gente para um baile campestre?

— Minha querida, esse será um evento pequeno, pois nem todos comparecerão. Apesar de termos chamado os habitantes da região, muitos homens encontram-se caçando nos condados, e as mulheres aproveitam a ocasião para visitar a família. Algumas pessoas foram para o País do Som , preparar-se para a temporada. Mas é preciso não esquecer ninguém, para não provocar melindres.

Sakura não se sentiu nem um pouco contente. Preferia mil vezes não ter de comparecer. O marquês teria mais sorte. Iria para a capital, a pedido da mãe.

— Para que ninguém estranhe, vim despedir-me de você. — Sasuke encontrou-a na biblioteca, antes de viajar.

—  Fez bem — Sakura retribuiu com a mesma secura e estremeceu quando o viu caminhar em sua direção.

Receava que se repetisse o que houvera entre eles, mas Sasuke limitou-se a tirar-lhe o livro das mãos.

— Salustius? Você sabe latim?

— Sim, milorde. Eu leio em latim. Não é fácil, mas é um bom exercício mental.

Sakura assustou-se. O marquês sentou-se a seu lado e segurou-lhe a mão com gentileza.

— Sakura, eu não a entendo. Você lê latim, recusa uma fortuna em jóias. E ainda afirma...

— Já conversamos sobre isso. — Sakura soltou-se dele. O marquês meneou a cabeça e devolveu-lhe o livro.

— Leia um trecho e traduza.

Irritada, Sakura fechou o volume com uma batida.

— Quer me testar outra vez? Acha, por acaso, que conhecer latim é uma prova de virtude? O que dizer então da aristocracia masculina?

— Ah, mas isso é herança grega! — Sasuke deu risada, tornou a pegar o livro.

O marquês deixou o volume no beiral da janela.

—  Será que não poderíamos ser mais indulgentes? Tudo isso vai me deixar maluco. Se você pretende comportar-se como uma lady, o mínimo que posso fazer é comportar-me como um cavalheiro. Prometo nunca mais tocar naquele assunto.

Sakura levantou-se. Precisava afastar-se de Sasuke. Ele a perturbava, ainda mais quando falava de maneira suave.

— Seria bem melhor. Milorde poderia esquecer?

— Posso tentar... pelo menos até que me dê razões ao contrário.

Sakura controlou a ira. Ela também achava insuportável viver naquela guerra constante.

— Está bem. — Sakura estendeu a mão, convencida da sinceridade do marquês.

Sasuke beijou-lhe os dedos com formalidade.

— Forsan et haec olim meminisse iuvabit. Trégua feita, Sakura.

Sasuke saiu e Sakura pensou na tradução. Algo parecido com "um dia será agradável lembrar-se disso". Por que a desconcertava descobrir que ele era culto? Sem dúvida o marquês passara a maior parte da juventude declinando frases em latim e traduzindo. Não seria necessário ela ostentar superioridade para manter-se na defensiva.

Sakura foi presa de sentimentos conflitantes. Pela primeira vez agiam com honestidade para chegar a um acordo. Uma esperança de construir um relacionamento baseado no respeito mútuo.

Por outro lado, não podia negar uma reação perigosa à bondade e à inteligência do lorde. Ela erguera uma barreira baseada na própria raiva e no desprezo que nutria pela aristocracia. Sem essa proteção, temia perder o coração para aquele nobre encantador.

Talvez fosse mais seguro ter continuado a batalha.

Mais do que nunca, necessitava de um conselheiro. Lembrou-se de que não era mais uma órfã. Se o duque fora o causador dos problemas, por que ele não poderia ajudar a resolvê-los?

Deveria mandár-lhe um recado por um dos lacaios? Escrito ou verbal? Ou deveria desistir de lutar em igualdade de condições com o mundo estruturado?

Tremula, tocou a sineta, e o criado entrou sem demora.

— Srta. Haruno?

— Sai, eu gostaria de falar com o duque.

—  A essa hora do dia ele costuma atender ao secretário. Quer que eu vá saber se milorde poderá recebê-la, senhorita?

— Sim, por favor.

O homem saiu, e Sakura afundou na poltrona, com uma ligeira sensação de triunfo. Era preciso saber jogar conforme as regras.

Em alguns minutos, foi conduzida ao escritório do duque pelo sr.Yamato, que saiu em seguida.

— Pois não, Sakura. — O duque tirou os óculos e esfregou a marca que ficara na parte superior do nariz.

— Bem, milorde é meu pai... mas não tenho certeza se deveria procurá-lo.

As feições severas atenuaram-se um pouco.

— Sakura, tenho admirado sua capacidade de lidar com a situação. Talvez possa ter imaginado que seria melhor aguardar o casamento de maneira mais tranquila. Mas é preciso tempo para aprender a conviver com aquilo que desconhecemos.

— Creio que posso enfrentar a pompa, mas não sei como lidar com o marquês.

— O que Sasuke fez?

— Nada de mais. — Sakura não pretendia causar desentendimentos no seio daquela família. — Apenas não sei como agir.

O duque esboçou um sorriso triste.

— Meu bem, receio que tenha vindo procurar a pessoa errada. Também nunca estou muito certo de qual atitude é certa em relação a Sasuke. Eduquei-o de forma a torná-lo um cavalheiro culto e saudável. Eu o guiei com a energia necessária para transformá-lo em um homem de bem. E o que mais deseja dele, minha filha?

— Não sei. Estou me sentindo muito só... 

O duque suspirou.

—  Solidão... Meu anjo, talvez queira amizade, não é? O herdeiro de um ducado nem sempre está acostumado com ela. Acho que Sasuke não recusaria, se lhe oferecesse companheirismo.

Sakura também conhecera amigos nos bancos escolares. Mas cada um seguira seu rumo, e a convivência amigável terminara.

O duque estava certo. A amizade no casamento sempre fora seu ideal. E ela destruíra tudo com as mentiras impensadas.

Partilhar os segredos, escutar as ansiedades, conhecer o outro e entendê-lo. Tudo isso dependia da verdade.

— Não sei...

Fugaku ficou de pé e pôs-se a andar de um lado a outro.

— Não sou cego. Tenho visto o constrangimento entre ambos. Sempre me pareceu que o marquês fosse capaz de encantar as mulheres. E eu não a vejo nem um pouco impressionada. Sua felicidade futura não valeria o esforço de compreensão?

— Estamos tentando, sir. Mas é como atirar pedras em areia movediça.

O duque tornou a suspirar e sacudiu a cabeça.

— Quando nos mudarmos para o País o Som, poderá fazer novas amizades e distrair-se. Os últimos dias não são uma imagem exata de como será seu futuro. Como já pôde deduzir, pessoas como nós não precisam viver um na intimidade do outro. Uma vez casada, não haverá necessidade de muitos encontros com Sasuke. E na maioria das vezes não ficarão a sós.

— Se ao menos eu pudesse sentir-me mais à vontade com ele...

— Sakura, está preocupada com as intimidades do casamento, não é? Isso é normal. Só posso dizer-lhe uma coisa. Nesse ponto, tenho confiança absoluta em Sasuke. Ele saberá comportar-se com bondade e cortesia no leito conjugal.

Mesmo que a afirmação fosse verdadeira, Sakura considerava aquilo tudo uma invasão flagrante por um homem que não a amava.

— O senhor é meu pai... — Sakura não tinha ideia do que pretendia com a afirmação.

—E eu te amo. Confesso que não esperava por isso. Tratarei você com o maior carinho e farei o que puder para seu bem-estar. Mas não desistirei de meu propósito.

Sakura se levantou.

— Eu já queria ver tudo terminado! Fugaku se aproximou e tomou-lhe as mãos.

— O começo será em breve. O final, apenas com a morte. Sakura apenas considerara o casamento. Naquele instante, imaginou a vida toda ao lado de um estranho que lhe controlaria os passos e as palavras. Soltou-se e saiu correndo.

Deteve-se, ao ver o olhar espantado do criado. Como detestava a formalidade na mansão !

Forçou-se a um passo normal até seus aposentos, pegou a capa e escapuliu por uma entrada lateral.

"Até que a morte nos separe." Refletia sobre aquela realidade, ao cruzar as alamedas dos jardins. Mesmo depois de terem gerado herdeiros, estariam presos em um compromisso até o fim de seus dias. Mesmo que pensasse em deixar o marido, não o faria por causa dos filhos.

Não haveria retrocesso.

"Sempre que houver mudanças radicais, elas levarão à morte pendências anteriores." Sakura lembrou-se de ter lido algo semelhante na obra de Lucretius.

Sakura Haruno lamentou a perda de sua vida passada.

              

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