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História A Marquesa 👑 - Encontro de Amigos


Escrita por: Shays

Capítulo 8 - Encontro de Amigos


Fanfic / Fanfiction A Marquesa 👑 - Encontro de Amigos

Ao chegar no País do Som , o marquês foi direto para a casa de Karin. 

— Sasuke, meu amor! — Ela atirou-se em seus braços. 

— Sabe por que vim?—Sasuke escondeu o rosto nos cabelos escarlates perfumados.

 — Para um adeus? — Karin sorriu com tristeza. — Ouvi falar do noivado. Ela é digna de milorde?

 — O que quer dizer com isso? — Sasuke soltou-a, irritado. 

— Perdão, Sasuke. Não falei por mal. Se escolheu uma ilustre desconhecida, é porque a ama. E é isso o que importa. 

— Não quero falar disso. 

—Está bem. Pedirei um chá e lhe contarei os últimos boatos. Karin tagarelou, para disfarçar a dor em seu peito. Apesar de saber do compromisso de Sasuke, não estava preparada para a sombra que via no olhar dele, e adivinhou que não se tratava de um casamento por amor. 

— Karin, como é possível para um homem saber quando a mulher é virtuosa? 

— Quer dizer... se é virgem? 

— Não. Apenas o significado real de suas intenções. Karin deu de ombros. 

— Talvez pela maneira como fica escandalizada. Sasuke deixou a xícara e puxou Karin para o colo. 

— Minha rosa de inverno também fica chocada com facilidade?

 — Ao não negar que era o fim, acho que milorde me fez ficar abalada. Sasuke baixou-lhe as mangas do vestido, expôs os seios e empurrou-os para cima, com delicadeza. 

— Não há mal nenhum em fazer amor com a moça mais bela da aldeia, não é? O marquês beijou-lhe a curvatura do busto.

 — Da última vez — ela o provocou —, milorde disse que era a mais bonita dasua cinco nações . 

— Foi mesmo? — Sasuke subiu a escada com Karin nos braços. — Talvez seja meu tributo às obrigações matrimoniais. — Parou e beijou-lhe um mamilo.—Karin arqueou-se e abraçou-o com força. 

— No paraíso, meu amor. O marquês deitou-a no leito, espalhou os cabelos  vermelhos escarlates no travesseiro como um leque e beijou-a. O fogo do amor consumiu-os e, mais tarde, ele afastou-lhe os fios molhados da testa. 

— É mesmo um adeus, doçura.

 —Eu sei.—Karin suspirou e acariciou-lhe o ombro musculoso. — Sei que não é homem de manter uma amante depois de casado. Espero que nunca precise de uma. Sentirei sua falta, milorde. 

— Se quiser, poderá escolher outro cavalheiro para substituir-me. 

— Não há muitos com essa perfeição de beleza masculina. Gosto de olhá-lo. — Piscou. — Poderia voltar de vez em quando só para que eu o admire? O marquês deu risada, pulou da cama e fez uma pose presumida. Depois de vestido, tirou uma pequena caixa do bolso e sentou-se perto dela de novo.

 — Karin, entre nós sempre houve mais de que um simples pagamento. Aceite isto como prova de amizade e gratidão. Nunca tive muitos amigos. Apesar de esperar algum tipo de retribuição, Karin comoveu-se às lágrimas. O relacionamento deles fugira às regras habituais que envolviam um cavalheiro e sua prostituta preferida. Karin abriu o estojo e encontrou a escritura em seu nome da casa onde se encontravam. E sob o documento, um colar magnífico e colorido. Esmeraldas, rubis, safiras e topázios. Sufocou um grito de espanto. 

— Sasuke, seu tolo! O que vou fazer com isso? Ele gargalhou. 

— Quem sabe guardar para a aposentadoria? 

— Quando estiver muito triste, eu o usarei, mas sem que ninguém o veja. Milorde, sempre o considerarei um amigo e jamais tentarei ultrapassar essa barreira. Karin fitou o colar e depois Sasuke. 

— Gostaria de dizer-lhe alguma coisa sobre propósitos virtuosos. Há muito pouca coisa que desconheço em relação a homens e mulheres. Apesar de minhas experiências, milorde sempre me tratou como uma pessoa honrada. A virtude é um padrão que a sociedade nos impõe e muitas vezes de maneira irracional. A honra, pelo contrário, está dentro de nós e só nós poderemos desfazer-nos dela. O marquês beijou-lhe as mãos e os lábios. 

— Sempre a considerarei como uma mulher honrada, Karin. 

               

                    ****

Depois de o marquês ter ido embora, Karin chorou e riu, segurando o colar espalhafatoso. Sasuke parou no White's. Mal humorado, não queria ir para Uchihas House, que era triste sem convidados. Encontrou Juugo, visconde da aldeia. Com o cenho franzido, o homem de cabelos laranjas lia o jornal, ao ouvir seu nome, levantou a cabeça e sorriu.

 — Bom dia, Sasuke. 

— É bom ver um amigo. Apertaram-se as mãos.

 — Achei que ainda estivesse no Pais da Grama. 

— Não pude me concentrar nas raposas, com tudo o que está ocorrendo nas nações. 

Juugo tomou um gole de saquê. — Ouvi dizer que Naruto está na aldeia. O honorável Naruto Uzumaki fora o líder do grupo exclusivo de estudantes a que ambos haviam pertencido. 

— Naruto está aqui? Por quê? 

— Deve ser por isto. — O visconde agitou o jornal. — Não há nada que se possa fazer, mas ele deve sentir-se tão mal quanto eu depois de tudo o que fez no ano passado. Bem, estou reunindo meu regimento. Sasuke estremeceu. 

— Será mesmo preciso?

 — Sem dúvida. 

— Maldição! Alguém deveria ter matado o corso. — Sasuke pensou nos muitos amigos que morreram na guerra. E tudo iria recomeçar? — Por Deus, como eu gostaria de estar livre para lutar. Se eu já tivesse um filho... 

— Não acho que Hanzõ  esperará tanto. Ainda nem se casou. 

— Quase. A notícia já foi publicada. Mas não na seção que está lendo. O visconde ergueu um brinde. 

— Parabéns! A bela Yamanaka?

 — Milorde não a conhece. Chama-se Sakura Haruno, é do País do Rio. 

— Ela o laçou com mestria, hein? Mesmo assim, não acredito que levaremos mais de dez meses para derrotar Hanzõ . Será neste verão mesmo, e acho melhor ficar em casa. A guerra será sangrenta demais. 

— E quanto a suas responsabilidades?

 Juugo se desligara no ano anterior, quando herdara o título. — Meu irmão Kimimaro alistou-se na cavalaria de guarda. Acredito que somos os únicos dois que não têm família dependente. Por isso, temos de fazer nossa parte. — Ele se referia à Companhia dos Patifes. — Exceto Shikamaru. Mas ele compartilha dos ideais  de que não se deve servir à coroa. Bem, meu caro, fomos convidados para ir à casa de Naruto esta noite. 

— Nós? 

— Neji está na cidade. Ele é um homem importante no governo. E Suigetsu também se encontra aqui. 

— Sui! — Sasuke exclamou, animado. Suigetsu fora seu melhor amigo até ir para o Exército e dali para a guerra. — Fazia mais de um ano que não ouvia falar nele. Até acreditei que estivesse no Pais da Chuva. 

— Uma parte dele ficou lá. Sui perdeu um braço. 

— Deus meu! Ambos foram companheiros em aventuras mirabolantes que dependiam de boas condições físicas.

 — Um canhão explodiu. Pode-se dizer que nosso amigo teve sorte. Sui pensava em ir procurá-lo. Sasuke venceu a relutância em vê-lo aleijado. 

— Esta noite na mansão Uzumaki? Se eu chegar mais tarde, espero que Naruto não se incomode. Hinata também veio? 

— Claro. E a filha também. Vamos nos reunir a família na casa Uzumaki. Não se atrase muito. 


Sasuke imaginou como Naruto estaria, quatro meses depois de sua volta ao País Som.  Apesar das cartas de Naruto em que se dizia satisfeito em viver no campo ao lado da esposa e filha, queria ver tudo com os próprios olhos. Estava ansioso para ver Himawari, que deveria estar com quatro meses. A criança tinha alguns dias quando a viu pela última vez. Naquela noite, na casa elegante dos Uzumaki.

 Hinata Uzumaki veio ao encontro do marquês vestida de sedas e jóias, mais bela e feliz do que nunca e com o bebê nos braços. — Sasuke! Ficamos emocionados quando soubemos que viria. Receba nossos parabéns. 

— Ela inclinou o rosto para receber um beijo. 

— Conte-nos sobre sua noiva. Sasuke teve de esticar o pescoço por causa da criança que estava no colo da mãe. A menina era muito linda. Parecia um querubim.

 — Hinata, sua filha deixará os homens loucos. Ela sorriu, orgulhosa. 

— Nunca se sabe como ficará quando crescer... 

— Himawari  será uma devoradora de corações. Hinata deu risada. 

— Pegue-a. Assim, o seu será o primeiro a ser devorado. Tenho de falar com a cozinheira. 

— Hinata! — Sasuke protestou, segurando a menina. — Volte!

 — Naruto está na sala — ela avisou e desapareceu. 

Era curioso ser aceito de imediato. Himawari  não estranhou estar em seus braços. Olhava, fascinada, a esmeralda do alfinete de gravata e procurava alcançá-lo.

 — Mulheres... — Sasuke resmungou, sorrindo. — Sempre atraídas por um brilho. Vamos procurar o papai. Ao atravessar o hall, pela primeira vez na vida não pensou em um filho como um dever obrigatório. Na sala de estar, Naruto falava com alguns membros da Companhia: sir Nara Shikamaru, lorde Neji, terceiro filho do duque do País do Vento, e o visconde Juugo. Todos riram ao vê-lo carregando a criança. 

— Ouvi dizer que estava noivo — Naruto adiantou-se —, mas não estará muito adiantado?

 — Bem, caso não possa reconhecer sua filha... 

Naruto pegou a menina, que balbuciou e riu. Bem disposto e bronzeado, Naruto irradiava felicidade nos olhos azuis céu . E isso deixou Sasuke satisfeito. O negócio em que Naruto os envolvera no ano anterior de início parecera uma brincadeira semelhante às que faziam na Aldeia. Perdera a graça quando Sasuke vira Hinata tão magoada, por saber que o marido se encontrava com frequência com outra mulher. E se tornara um grande admirador de Hinata Uzumaki. Sasuke demorara para entender que Naruto destruía a si mesmo para bancar o amante de Koyuki Kazahana. Só entendeu depois de tentar a conquista  em uma atitude nobre. Ela, com um olhar, o fizera sentir-se saqueado. Quando por fim Naruto a abandonou, Sasuke sentiu imenso alívio. Envergonhado, lembrou-se de ter usado maneiras muito mais rudes com Sakura do que as que Koyuki  usara com ele. 

— Algum problema, Teme?

 — Alguns, Dobe.

 — Venha servir-se de saquê . Não faça cerimónia. 

A conversa girou sobre Hanzõ . Shikamaru, um homem esguio e moreno, preocupava-se com as alianças e o balanço do poder. Juugo não escondia a animação. Neji ostentava a raiva de um soldado profissional. Hinata entrou na sala com Suigetsu , e todos se viraram. Fazia quatro meses que não se viam. Sui, alto e forte como sempre, tinha algumas rugas e conservava o mesmo sorriso. 

— Sui! — Sasuke rejubilou-se ao ver o amigo vivo. A manga vazia enfiada entre os botões do casaco deixou Sasuke enfurecido com o destino. Sentiu-se impotente. E nada poderia alterar o fato. Nada. 

— Existem coisas piores. — Sui leu os pensamentos dele.— O problema é que não poderei tomar outra vez meu posto para lutar contra Hanzõ . Deixe para lá. Fico feliz em sabera que está  rico e poderoso, Sasuke. 

— Não caçoe, Sui. Continuo do mesmo jeito. 

— E as folhas de morango no chapéu? 

— Apenas quando eu for duque. 

O assunto generalizou-se, e Sasuke admitiu que era mais fácil esquecer os amigos que haviam morrido na guerra do que presenciar á tragédia da mutilação. Neji e Shikamaru também experimentariam um ímpeto renovado de lutar, ao ver as consequências da guerra?, Sasuke indagou-se, com sentimento de culpa. Afinal, estivera na Aldeia, divertindo-se, bebendo, dançando, fazendo amor com Karin, enquanto o amigo perdia o braço. Apesar daquela conjectura dolorosa, o marquês continuou a sorrir como os outros. Sui odiaria que o lamentassem. Era preciso lembrar-se ainda de que o marquês  não podia pensar em defender a pátria. Teria de casar-se e produzir a próxima geração dos Uchiha. O que o levou de volta a Sakura Haruno, em quem às vezes acreditava e que lhe ocupava a mente com muita frequência. Hinata brincava com a filha, falava bobagens e esfregava o nariz no dela. O bebê  ria e gorgolejava. Logo uma ama-seca levou Himawari , sob relutância evidente da mãe. Naruto era um bom anfitrião que não tirava os olhos da filha e da mulher, com quem trocava olhares enternecidos, íntimos. Hinata era o oposto de Ino Yamanaka  e de todas as candidatas à marquesa . Bonecas bonitas e bem-nascidas, mas com o cérebro apenas suficiente para manter uma conversa de salão. Hinata Uzumaki  tinha raciocínio rápido e maneiras naturalmente agradáveis. Naruto brindou com Sasuke e notou-o fitando Hinata. 

— Ela é, encantadora, não é, Teme? Mas um homem que acabou de ficar noivo não deveria analisar a mulher de um amigo. 

Sasuke não pretendia abrir o coração.— Eu refletia se já tive vontade de estrangulá-la. 

— Só porque Hinata entregou-lhe Himawari para segurar? 

— Eu pensava em Sakura. Naruto arqueou as sobrancelhas. 

— Ora, mas se já teve vontade de esgoelar sua noiva, eu diria que essa é uma das formas de um contato mais íntimo! Estou brincando... Nunca senti essa necessidade. Hinata não é uma pessoa irritante, e eu... sempre me orgulhei de poder controlar tudo, inclusive minhas emoções. 

— E eu, meu caro, por ser um Uchiha, nunca precisei de autocontrole. 

— Meu amigo, pode desabafar. O que a futura marquesa fez para irritá-Io?

 — Sakura é seguidora das ideias de Shizune Yatsu . Naruto parou com a taça a meio caminho para a boca e caiu na gargalhada. O vinho espalhou-se e respingou na roupa. 

— Santo Deus! Quero a história toda. Agora! Os demais voltaram a atenção para eles, e Sasuke retraiu-se. 

— Desculpe-me. Teme

 — Lógico, falaremos sobre isso depois. 

               

                   ****

Sasuke saiu com Sui de madrugada. Os sobretudos e os chapéus de pele protegiam contra a garoa. — Onde está hospedado, Sui? 

— Na guarda do regimento. 

— Posso lhe oferecer uma cama no palácio por algumas noites. — Eles sempre se referiam a Uchiha House como "o palácio". Sasuke recordava-se dos desafios absurdos que ambos empreendiam nos corredores infindáveis e nos lances de escada. A possibilidade de defrontar-se com o duque ou quebrar algum ornamento precioso tornava os folguedos ainda mais excitantes. Sui encontrara um perigo bem mais real pela frente, entretanto.

 — Só uma cama? Será que ficou pobre? — Sui caçoou. Sasuke passou a mão enluvada em uma cerca para tirar as gotículas de água, que brilhavam. 

— Várias, se quiser. Pode escolher umas dez. Poderemos colocá-las uma ao lado da outra, com os melhores colchões. Ou empilhá-los para que fiquem ainda mais macios. 

— Bem, eu até gostaria. O quartel está cheio de idiotas com suas intenções de comiseração bem-intencionadas e muitos falatórios de guerra. 

— Então vamos lá. Mandarei alguém buscar suas coisas.  Durante as temporadas, as luzes ficavam acesas, e àquela hora o tráfego era intenso. Mas naquela época do ano, tudo estava calmo. A despeito dos archotes que queimavam em frente de cada residência, a praça tinha um aspecto fantasmagórico por causa da luminosidade cinzenta e da chuva nebulosa. Sasuke estremeceu.

— Por que não vem para Konoha me ajuda a suportar a experiência penosa? Minha mãe sempre teve inclinações de simpatia para seu lado. 

— Eu não iria atrapalhar as celebrações? — Sui pela primeira vez demonstrou constrangimento pela deformidade. 

— De maneira alguma! Será considerado um herói. — Não diga isso. — Sui olhou para os lados. 

— Por que Naruto pareceu tão preocupado com você? 

Sasuke não estava disposto a desabafar, nem mesmo com Sui. Procurou a chave da porta da frente por muito mais tempo de que o necessário. Ambos entraram no saguão enorme e escuro. Por sua ordem, os criados tinham ido dormir e deixado uma lamparina pequena sobre uma mesa lateral. Os passos dos dois ecoavam no piso de mármore. O marquês não tinha por hábito encontrar a casa vazia. Nunca dispensara nenhum servo. Tudo por culpa de Sakura Haruno. Sem dizer uma palavra, ela o fizera consciente de que todos os servos eram a estrutura de sua existência. Sem eles não saberia viver e por isso deveria poupá-los. — Sui, esta noite vai precisar de mais algo além do camisolão? Mandei todos para a cama, e pareceria uma tolice chamá-los a esta hora. Além do mais, não tenho ideia de como chamar-lhes a atenção, a não ser tocando a campainha de alarme — falou. 

— Não se incomode. Dormi vestido muitas noites na lama. Sasuke, estou muito feliz por poder voltar a Konoha. Sua mãe foi e continua sendo meu único amor. Por que não chama Juugo, Neji e Shikamaru também? Eles devem estar esperando apenas por uma palavra sua. Uma ideia excelente, Sasuke refletiu, enquanto subiam a escada. Segurança numérica era fundamental. 


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