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História A Máscara - O Fim...?


Escrita por: Sandro19

Capítulo 6 - O Fim...?


Fanfic / Fanfiction A Máscara - O Fim...?

     As luzes da sacada se apagaram novamente, aquelas foram as últimas palavras dele. Kay e Lindsay estavam em pânico, Carl tentou acalmá-las, Caio estava paralisado, Taylor não parecia conter qualquer reação como sempre, e como sempre Brock soltava palavrões a respeito de tudo aquilo.
- Ele irá nos matar Kay! - gritava Lindsay apavorada.
- Calma! Vocês duas! - exclamava Carl - Se isso irá fazer vocês se sentirem melhor eu vou pra lá, e vou tentar matá-lo.
- Carl você não... - nesse instante Kay é interrompida por Brock.
- Eu vou! Já estou cansado desse babaca brincar com as nossas vidas - então olha para Lindsay -Lind, seus pais guardam armas aqui?
- Sim, tem lá nos fundos, eu vou pegar.

***


- Sheriff temos um caso de assassino em massa! Devemos...
- Se esses jovens estivessem em suas casas e respeitassem o toque de recolher, nem um deles precisava ter morrido aqui! - o interrompia - O'Nel, eu passei em frente a casa da senhorita Twister, ela parecia dar uma festa e pelo que eu saiba seus pais tinham ido viajar, espero que seja apenas uma impressão. Sua filha não falou nada a respeito não é?
- Ela chegou e foi direto ao quarto, não comentou nada comigo.
- Talvez tenha ocultado, adolescentes que...
- Minha Kailla nunca esconderia algo de mim!
- Não esconderia nem mesmo o fato de ser uma assassina?
- Ela não é.
- Por via das dúvidas eu, você e a senhorita Blue vamos dar uma passada pela casa dos Twister's, a chame pelo rádio.
- Sim sheriff, eu a chamarei.
     O'Nel caminhava até o carro da polícia para contactar Alicia enquanto o sheriff assistia as chamas consumindo o armazém, e a tentativa dos bombeiros ao controlá-las, haviam vários adolescentes feridos e queimados ao chão.

***


     Os pisos de madeira do depósito de ferramentas do pai da Lindsay faziam um barulho agonizante, a cada passo a deixava mais nervosa, na verdade ela estava procurando qualquer coisa para se proteger, olhando ao redor visualiza uma pá é algumas ferramentas, ela caminha até lá com muita cautela, quando nesse momento as luzes apagam e ela correu para a porta que estava trancada por fora, bate nela até que a mesma se abre, porém quem estava atrás da porta era o assassino mascarado, ela tenta correr porém ele a segura pelo braço, desesperada ela pega qualquer ferramenta e o acerta na cabeça, enquanto ele sangrava deu tempo o suficiente para ela correr de lá e voltar para junto aos outros.

- Socorro! - gritava do lado de fora de sua casa.


     Ao virem Lindsay desesperada eles abrem e perguntam o que houve:
- Lind, o que foi? - Brock tentava acalmá-la - parece que viu um fantasma.
- Eu o vi! Ele está lá no depósito! - de repente ela dá uma olhada ao redor e nota que nem Caio ou Carl estavam na sala - Cadê Carl e Caio?!
- Eles foram para os fundos, Caio ouviu qualquer coisa lá fora e os dois foram vê o que era - respondia Kay.
- Mas eles! ... - pensava sobre o mascarado.
- Levaram umas facas de cozinha, relaxa eles sabem se cuidar - continuava ela.
- Não é isso, eu vi o assassino no depósito, eu aposto que foi um deles que estava lá!
- Você está nervosa Lindsay, não se lembra que todos estávamos aqui na sala quando o assassino apareceu?
- Eu não sei Kay.
- Todos nós estamos.
- Lind, olha...
- Não me chama de "Lind"! Brock você me trocou! Minhas amigas estão mortas, como você acha que eu tô?! Isso não é uma desculpa para tentar me cantar seu cafajeste, você não me chama de Lind a muito tempo, não precisa voltar a me chamar assim.
- Lindsay - falava Kay - não acho que ele fez por mal, sei que não adianta pedir para deixar de nervosismo então... - nesse instante passa pela porta dos fundos Carl com um belo machucado em sua cabeça.
- Aí meu Deus Carl! O que foi isso? - perguntava Kay espantada.
- Eu e o Caio vimos o assassino sair do depósito então fomos tentar pegar aquele canalha - se segurava de dor enquanto contava sua história - então eu fui até lá mas ele me acertou com um martelo na cabeça, desmaiei e quando acordei estava sangrando no chão e o Caio havia desaparecido.

     Enquanto ele se sentava no sofá, Lindsay tinha em mente que ele era o cara que ela havia acertado na cabeça, quando pensou em tentar falar qualquer coisa todos se assustaram ao olharem para a porta de entrada, o vereador King estava lá, dava para ver que era ele pelas janelas ao lado da porta principal.
- Lindsay, o que houve?
- King! Graças a Deus você está aqui - antes de abrir a porta para ele, Kay a segura.
- Lindsay! Quem é ele? Por que ele está aqui?
- King e eu... Pode apostar, ele é de confiança.
- Se é de tanta confiança, por que ele apareceu agora? Não era ele que estava nas gravações da Jinx?
- Lindsay escuta, eu tive uma reunião de última hora, sai as pressas e quando vi no celular, você tinha mudado o local da festa, ao chegar lá, tudo estava em chamas então vim correndo para cá com medo de que algo tivesse acontecido com você.
- King - respirava tremula - o que você foi fazer aqui hoje a tarde?
- É segredo... Logo você saberá, mas me deixa entrar por favor.
- Eu não sei se posso... - segurava a maçaneta pensando se abriria ou não a porta.

     Ele então tenta abrir o jogo, quando ia falar o porque da sua repentina visita as luzes da entrada se apagam, ela então escuta gritos do King, sem pensar ela abre a porta e vê o assassino o arrastando até os fundos enquanto ele sangra com um corte em sua barriga, antes que pensasse em fazer qualquer besteira Brock a segura enquanto ela chorava e esperniava, eles tentam a acalmar mas ela luta com todas as suas forças para tentar ajudar King, exclamando que ele iria morrer se não fizessem nada, porém Brock era forte, mas ela era engenhosa, pisou em seu pé com o salto, foi tão forte que ele gritou enquanto ela escapava de suas mãos.

     Todos correram para as bordas da piscina, Lindsay estava desesperada enquanto todos estavam bastante nervosos e com medo, olhavam ao redor para tentar visualizar qualquer coisa que os levassem a King ou ao assassino, de repente as caixas de som começaram a tocar Sweet Dreams do Eurythmics.
- Olá convidados! Sou aquele que vocês conhecem como E.D., mascarado ou assassino, como quiserem me chamar, eu quero brincar um pouco, separei aqui uma playlist intitulada "a hora do pesadelo", espero que moraram até o final dela - falava com a voz sinistra.
- Aonde você está seu canalha! - gritava Brock - tem medo de enfrentar adolescentes seu babaca!
- Já chega Brock! Não vai adiantar - enquanto Kay falava, Lindsay viu qualquer coisa se mover atrás do depósito, ela então corre sem que ninguém perceba.

     Chegando no depósito ela vê King amarrado de cabeça para baixo acima dela nas toras de madeira podre no teto, e em baixo dele estava ligada uma lâmina sobre o piso do depósito que ela não sabia como desligar, usada para cortar as toras de árvore no inverno, a cada segundo a tora de madeira rachava mais, ela então luta contra o tempo para tentar desfazer sem nem um sucesso os impossíveis laços que o envolviam, a cada segundo ele estava mais próximo a lâmina, Lindsay estava limitada pois não podia se aproximar o bastante sem ser ferida, King pedia para deixá-lo lá e correr para se salvar, porém ela não queria, ele então fala que havia deixado um presente em baixo de sua cama aquela tarde. Quando todos dão conta que Lindsay não estava mais lá, eles escutam seus gritos, correm até ela e a puxam para longe da lâmina, porém King não teve como escapar, a tora se quebrou e ele deu de cara com a afiada lâmina, aquilo o cortava ao meio, se corpo foi dividido, seu sangue espirrou neles, dava para ver seus órgãos internos. Por um instante todos ficaram altamente em pânico, gritando, Lindsay não sabia nem como reagir.

    Saindo devagar do depósito, Brock vai até Lindsay e a leva para sentar e respirar um pouco na cadeira de praia da piscina. Ninguém ousa falar qualquer coisa durante aquele instante, a música então muda para Thriller de Michael Jackson, a única pessoa que ainda tinham qualquer disposição para enfrentar cara a cara o E.D. era Kay.
- Eu procurá-lo.
- Kay você não pode, é muito perigoso - falava Carl com a mão na cabeça tentando ainda, estanca e o sangue.
- Pois é loira.

     Quando Kay tenta sair de perto deles Carl a segura exclamando não, ela então percebe que aquele toque era semelhante aos toques do assassino em seus encontros, olhando outra vez ela percebe sua roupa semelhante a do Eddye.
- Carl, o que faz com essa roupa? Ela não era do Eddye?
- Eu tinha emprestado a ele.
- ... Mas você nunca falou que havia atuado antes.
- Quando eu era mais jovem meu pai me levou para fazer o teste no filme Uma Noite de Terror, eu passei, essa roupa é autêntica.
- Eu não entendo! Você está com um machucado aonde Lindsay acertou o assassino e ainda tem a roupa dele... - em sua cabeça se passava memórias em que ele parecia suspeito ou familiar - Eu sabia que já tinha o visto em algum lugar!
- Kay, para de paranóia! Não sou eu, você me acha familiar porque você já me viu no filme, eu era amigo do Eddye, não pense coisas que não existem, chega. Além do que, roupas como essa são fáceis de se achar.

     Naquele momento entra pela porta dos fundos Alicia, Sr. O'Nel e o Sheriff, o pai de Kay não sabia se brigava com ela ou a abraçava.
- Kay oque você faz aqui?!
- Eu tive que vim.
- Mas aqui não! Aqui... Olha, se eu soubesse que a casa da Lindsay era tão perto do lago eu nem pensaria em deixaria você vim.
- Por que?
- Kay - chamava Alicia - acho que você precisa saber que a Jinx está inconsciente, a vimos com o carro batido em uma árvore, já chamamos a ambulância.

     Todos reagiram extremamente abalados, todo aquele clima de tensão deixava eles ainda mais nervosos e apavorados.
- Deixem de perder tempo! Ah um assassino aqui. Alicia e Marcos, iremos até o lago, vocês crianças fiquem aqui.

     Kay andava de um lado para o outro, inquieta com a situação, Lindsay estava ainda em choque, Carl com a cabeça ferida, porém já não sangrava tanto quanto antes, Brock apenas os observava.

     Depois de alguns minutos e músicas aleatórias, iniciava outra música, a trilha sonora do filme do exorcista com uma sinistra voz do assassino que dizia:
- Olá novamente sobreviventes, eu apenas quero um de vocês, podem escolher ir para a ambulância que está chegando e mandar a Kailla pra cá nas margens do lago, ou darem uma de mocinhos e tentar salvar o senhor Marcos - aproximava o microfone na cara de O'Nel que exclamava para que fugissem - tic tac, o tempo está passando, juntamente com o tempo do seu pai Kailla - desligava enquanto tocava o resto da música.
- Eu vou lá!
- Kay, você não pode! - exclamava Carl.

     Todos se calaram ao ouvir as sirenes das ambulâncias. Kay esperou o momento certo para ir, quando viu que todos estavam sendo atendidos por paramédicos ela desceu até o lago.

       Dentre a mata fechada ela chega próximo a uma pequena cabana semelhante a que a do seu pai havia comentado, sobre o assassinato de 1981, e um velho pier. Ao entrar dentro da casa, vê Alicia amarrada e com olhos totalmente alarmados e assustados. Kay tenta desamarra lá mas as tiras de corda eram muito resistentes e ásperas, dificultando a sua soltura.
- Kailla! - falava uma voz familiar - Sem máscaras baratas compradas no mercadinho da esquina e sem alteradores de voz de 1,50$, apenas eu, seu amigo e amigo do seu pai, mais conhecido como E.D., só que o original!

     Ao sair da cabana a primeira coisa que vê é o seu pai amarrado a uma cadeira se contorcendo, e ao seu lado estava o assassino apoiado a cadeira, estava muito escuro, ela não conseguia ver quem era até que ele entrasse na luz de uma pequena lâmpada ao lado do pier na parte externa da cabana.
- Você?! Mas por quê? - perguntava espantada.
- Porquê?! - tirava sua preta e longa camisa mostrando as queimaduras sofridas por ele durante a noite em que havia se encontrado com Marcos - Meu nome é Edward Dwen Howtsom, ou como todos nós conhecemos "E.D".
- Foi você que matou a Jenny? - perguntava se afastando.
- Foi, sabe eu vou te contar uma história, quando eu cai aqui - falava apontado para o lago - nadei até a outra ponta da floresta e fugi. Vocês adolescentes fazem muito barulho, comeram meus peixes e saiam no meio da noite para transar perto da minha cabana, faziam barulhos que não deixavam eu, minha esposa ou meu filho dormir.
- Já ouvi essa história - antes que se afastasse o suficiente para correr ele segurou o seu pulso.
- E essa?! - falava raivoso - Abandonei meu filho e esposa para começar uma vida nova, máscaras existem para algo, eu perdi os primeiros passos do meu filho e o funeral da minha ex-esposa, sabe, todo ano eu visito seu túmulo. Ganhei uma vida medíocre com outra esposa que eu não amava e tive que criar seu filho estúpido que eu fingi amar por uns 11 anos, enquanto seu pai ganhava filmes e fama, mesmo que anônimo, ele sempre foi o herói enquanto eu era o perturbado! Sabia dessa história? - olhava parada e assustada para ele - Sabia?! - a ameaçava.
- Eu... - falava a gaguejar de tão nervosa.
- Quando virei sheriff de Rosewood, ouvi falar de seu pai, então pedi transferência para Denver, aonde tudo começou. Sabe a casa imensa da sua amiguinha? Era lá o acampamento. Voltando a minha história, ao chegar em Denver eu comecei meu banho de sangue, eu que falei para Jinx e a imprensa sobre certos "fatos e ligações" ao seu respeito, encobri coisas da própria polícia para chegar até você, evitei o FBI e fui direto na minha mensagem. Olha, foram vários mortos e eu não queria ter que matar todos aqueles jovens por uma merda como você e seu pai, mas eu queria que você soubesse como eu me senti, e que seu pai se relembre  - falava olhando para Marcos - Até pedi ajuda e procurei meu... - pela floresta aproximava se Carl, que o acertou com um taco de baseball na cabeça e o fez desmaiar.
- Carl! - o abraçava chorando.
- Eu chamei a polícia, quando eu não te vi lá por perto eu desci mata a dentro - também descia da mata Lindsay que foi ajudar Alicia na cabana e Brock.
- Vocês estão bem ?- perguntava Brock que ao olhar o corpo do seu padastro, caido no chão corre para vê lo
- Pai? ...

     De repente o assassino se levanta e pega o seu pescoço, o chama de idiota e pega a arma em seu cinto, sem pensar duas vezes ele atira em sua barriga e o joga para o lado, mira a arma para Kailla e antes que ele a acertasse, Alícia atira em seu braço e em seguida em seu peito, ele cai do pier direto para o lago.
- Crianças! Venham me ajudar a desamarrar O'Nel - ninguém queria acreditar, porém, por um instante esqueceram tudo que estavam sentido e foram ajudar Alícia e Brock que ainda estava no chão.

     O'Nel abraçou Kailla e subiram para avisar as ambulâncias sobre ele perto do lago. Ao passar pela piscina, eles escutam batidas vindo do banheiro alí próximo, ao abrirem encontram Caio desesperado lá dentro. Enquanto Kay não parecia acreditar naquilo, via todos os seus amigos sendo socorridos e ao mesmo tempo feridos por sua causa, andando adiante ela viu carros de reportagem, e a Jinx na última ambulância na rua, a abraçou e perguntou sobre a pancada:
- Está doendo muito?
- Se soubesse quantas mais dessas eu já levei, quer saber eu nem ligo mais, mas e você?
- Eu estou... Eu não sei, muito nervosa porém aliviada.
- Ei, agora acabou, relaxa com seus amigos, o nervosismo é natural, isso se chama adrenalina.
- Vai voltar para Springwood?
- Eu gostei daqui sabe, talvez fique apenas mais um ou dois meses.
- Sério - ria - se eu fosse você eu teria odiado esse lugar.
- Tirando todas as mortes, aqui eu me sinto em casa.
- Parece que no final das contas viramos amigas.
- Isso mesmo sobrevivente.
- Sobrevivente?
- Aprenda, se você consegue ficar cara a cara com seu assassino, você não é uma vítima, você é uma sobrevivente, corajosa e determinada.
- Valeu, só queria saber como vai ser a partir de agora, tipo, ele matou muita gente por minha causa, queria dar a minha versão também, não só a que vai aparecer no jornal local.
- Passa no blog, eu gravo e escrevo seu depoimento, melhor que ser entrevistada, seja a sua voz.
- Tudo bem, té encontro no Hangry  qualquer dia.
- Estarei te esperando.

     Já eram 12:32 da madrugada, naquela noite ao chegar em casa, Kay dormiu como nunca.

***


     Se passando três semanas do ocorrido, Kay visita a Hamgry, Carl abre a porta e Kay caminha até a terceira mesa junto a Jinx, as duas batem um papo e já se preparam para a webcam exclusiva para o blog, porém antes Carl a chama:
- Kay! Eu vou ter que viajar para a casa dos meus avós no interior, tchau linda - a beija.
- Você vai voltar pra mim certo?
- Não tenha dúvidas - saia pela porta da frente e seguia pela sua moto estrada a frente.

     Kailla agora se dirigia até Jinx, meio ansiosa ela senta na mesa, a cumprimenta e Jinx começa:
- Estou aqui com Kailla O'Nel, a sobrevivente do massacre da noite de terror em Denver, ela quer agora esclarecer a sua versão do ocorrido, pode falar quando quiser Kailla.
- ... Eu vim aqui, não para contar uma história, mas para deixar claro que eu não sou uma vítima, Howtsom era um louco que me torturou pelo passado do meu pai, eu sobrevivi a isso, e quero aqui agradecer a todos que me apoiaram, sofreram comigo, pois vocês também são sobreviventes, sobreviventes do medo, angustia, nervosismo, pânico. Ser sobrevivente é aprender a olhar o medo face a face e depois dizer " eu consegui ", é nas lutas cotidianas, é na sua casa, todos nós sobrevivemos, eu sou apenas uma junto a vocês, sobrevivi ao meu demônio, não quero fama ou prestígio pois morte é algo sério, não tenho orgulho de ter sobrevivido pois eu também perdi, não só eu mas todos ao meu redor, a única coisa que nos restou agora é superar.
- Tchau ouvintes - desliga a webcam - Foi muito corajoso o que você falou Kailla.
- Você teria dito o mesmo - olhava para o lado.
- Parece preocupada, houve algo?
- Antes do Howtsom ser jogado do píer, ele estava falando a respeito de ter ajuda... Estou meio preocupada, ouvi falar que ainda não acharam o seu corpo.
- Cúmplice... A respeito do corpo não se preocupe, muito difícil sobreviver a algo assim.
- Ouvi falar que em filmes, no final eles sempre voltam.
- O Caio que falou isso a você?
- Foi.
- Vamos ser realistas, aqui não é um filme, porém a parte do cúmplice...
- Tem alguma idéia?
- Ele teve um filho, não é?
- Teve... Acha que foi o Brock?!
- Ele não iria atirar no próprio filho, além do que Brock foi criado por ele, não consigo nem imaginar como ele deve estar depois daquela noite ...
- Então, quem você acha que é o cúmplice do E.D?
- Alguém próximo, que sabia que você estava apaixonada pelo Eddye, suas amigas, que também sabia que eu estava na minivan próxima a casa da Lindsay. Kay, o nosso cúmplice é o Carl!
- Liga pro Caio, agora! Ele tinha uma câmera fixada a roupa, talvez lá tenha gravações e provas, ainda não podemos nos precipitar.

     Rapidamente Jinx liga para Caio, ele atende e elas o questionam a respeito da gravação:
- Alô?
- Caio é a Jinx - falava apressada - poderia por favor mandar uma copia pelo meu e-mail das gravações feitas por você na noi...
- Calma, mas devagar! Eu também pensei a respeito disso, estou enviando. Cara, vocês não vão acreditar quem é o assassino.
- Tenho minhas dúvidas.

     Abrindo o Notebook e entrando em seu e-mail ela abre o vídeo, mostra Caio e Carl, um ao lado do outro quando do nada alguém o acerta, ele é arrastado até o banheiro e quando essa pessoa se afasta para o trancar, ela dá pause no vídeo, foca em sua cara e da um zoom, revelando a real identidade do cúmplice.
    

***


- Onde eu estou? - perguntava Marcos O'Nel ao acordar em um lugar tão escuro que não conseguia ver absolutamente nada.
- Boa Tarde Marcos!
- Quem é você?! - perguntava enquanto permanecia um completo breu, sua cabeça estava machucada e ele estava virado de ponta cabeça.
- Eu? Eu sou aquele que passou metade da vida em um orfanato podre e sujo, que na infância quase morreu de fome e perdeu os pais, que foi adotado por uma família que me desprezava.
- Você é o filho do Edward Dwen?
- Papai era esperto, mas eu tive que ser mais esperto ainda. Sei que não consegui disfarçar tão bem quanto ele porém eu tentei - ligava a lanterna em seu rosto, se mostrando ser o Carl.
- Carl, como pode? Você matou a sua pró... - falava cançado e gagueijando devido ao seu estado.
- Guarde seu fôlego amigo polícia. Eu não a matei, foi o E.D que a matou, pensei que sem a Kimmy, não haveria ninguém que suspeitaria sobre mim, eu estava errado - falava andando de um lado para o outro.
- Onde estou?
- No armazém abandonado que o E.D. botou fogo, eu odiava aquela escola. Sabe, quando meu pai me procurou para sua vingança pessoal, eu fiz dela a minha também, Kimmy me contava tudo a respeito da sua filha.
- Ela está bem?
- Garanto que ela está melhor que você, falei a ela que ia visitar meus avós.
- Por favor, não a machuque.
- Eu não quero a machucar, não foi ela que me deixou órfão! Meu pai que quis a ferir por sua causa! Para tirar tudo que você tem, eu quero apenas você. Se ela sofreu, foi por sua causa.
- Me desculpe, eu não sabia...
- Pense duas vezes antes de matar alguém! Ou melhor, não pensará em nada.

     Carl caminhava até a ponta do armazém, pega um recipiente com gasolina e joga em Marcos, que implorava para que ele não o fizesse, então ele joga o resto por todo o armazém, sai pela porta da frente, joga um esqueiro na gasolina, ele então pega a sua moto e foge em alta velocidade enquanto as chamas consomem todo o armazém e queimam vivo o senhor O'Nel, de longe dava para ouvir seus gritos agonizantes dentre as chamas.

***


Continua...




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