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História A Máscara - Algo Mais


Escrita por: Poetaruim

Notas do Autor


Oi, amores. Esse capítulo é cheio de referências a casos reais. Vamos ver se vocês conseguem decifrar.

Capítulo 18 - Algo Mais


Fazia uma semana que Bailey e Kendra estavam morando juntas, um dia depois do que ela poderia chamar de o pior sábado da sua vida, ela foi na casa dos Stuart e ajudou Kendra colocar suas roupas e coisas dentro das caixas. Quando terminaram, Bailey colocou as coisas de Kendra no seu carro vermelho, e levaram para casa. Bailey acabou percebendo algumas manias estranhas de Kendra, como prendia o cabelo e o fato dela não fazer nada sem música. Bailey tinha percebido também que Kendra escovava bastante os dentes, ela escova tanto, que sua gengiva ficava inflamada. Mas estava sendo fácil morar com ela, ela era uma pessoa fácil de aturar. Mesmo tendo vezes em que Bailey queria quebrar todos os aparelhos que tocavam música da casa, tentava explicar que ela fazia faculdade, e que precisava de concentração. Mas ela não parecia entender, ela era como uma criança que ela tinha que vigiar. Então, ela colocou Kendra para ajudar com a investigação do assassino, o quadro estava montado na sala de estar, mas ela não havia tocado nele - a não ser para colocar de volta algo que Kendra teria derrubado - desde o dia em que Kristen foi sequestrada. Era o primeiro dia com a Kendra ajudando ela, e ela realmente achava que isso seria um enorme desastre. Ela chamou Kendra que estava vestida com um sobretudo e chapéu por que disse que "se vestiria para a ocasião" e disse mostrando o seu quadro:

- Olha, esse aqui é o quadro. As linhas vermelhas mostram ligações, as azuis mortes e as verdes locais. Aqui temos o caso William Shakespeare, o caso de Dylan Harris, o do verão de 1960 e o nosso. Que eu apelidei de  "Sullivan Night."

- Por que Sullivan Night?

- Nunca viu este filme não? É um clássico do terror? Enfim, o filme conta a história de um assassino que persegue uma adolescente e seus amigos. Parece familiar?

- Ah, tá. - Disse Kendra. - O Bailey, o que são esses casos?

Bailey suspira e volta para Kendra.

- O caso do William Shakespeare, foi um caso que aconteceu com a nossa vizinha de "quarteirão", Salem. Um cara matava pessoas e deixava uma obra de Shakespeare nas mãos do falecido, ele veio aqui para MountainWood e matou quase 10 pessoas. Ele deixou a marca do seu polegar no exemplar de "Otelo", e encontraram ele.

- Meu Deus, você é como um jornal humano.

Bailey ignorou Kendra e continuou:

- O caso de Dylan Harris  aconteceu em Roseburg, esse cara matou 10 pessoas em uma escola, em 2015. Ele perguntou a religião das vítimas antes de mata - las.

- Ah, esse aí eu cheguei a ver na TV. - Disse Kendra.

- Sim, o Oregon é um lugar bem macabro se olhar bem. E o do verão de 1960 foi com o assassino Will Mercer, aquele que eu te contei.

- Ok, mas o que eles tem em comum?

- Todos matavam pessoas da mesma faixa etária. Pessoas entre 15 e 26 anos. Mas a ligação mesmo, temos entre o caso 1897, o de 1960, e o de Shakespeare. Acho que aquele assassino não colocou aquele galpão ali, ele sabia deste caso. Ele sabia que havia algo ali. O assassino que colocava obras de Shakespeare junto aos mortos, foi encontrado há 2 metros da praça.

- Então, ali seria tipo, um clube secreto de assassinos? Aonde eles entram e escrevem "assassino William Shakespeare esteve aqui."?

- Quase isso, e aí que entra Dylan Harris, ele esteve aqui antes de fazer o massacre. A família paterna dele mora aqui pelo que entendi.

- Como sabe de tudo isso? Não acredito que tenha isso nos jornais. - Disse Bailey.

- Não tinha, eu vi que tinha uma família aqui com esse sobrenome e perguntei se eram parentes. E ela disse que sim, e que ele esteve em sua casa duas semanas antes do crime. - Ela faz uma pausa - Quando eu estava no galpão, eu tirei uma foto. Na parede está escrito "Você acredita em Deus?." O que pode ser um indício da sua ida ao famoso galpão.

- Ok, então você acredita que todos esses assassinos foram até aquele galpão?

- Mais ou menos, estou colocando as pistas desses crimes. E se ele estiver mesmo se inspirando em Will Mercer, temos problemas. Por que, ele foi um dos maiores assassinos do Oregon, chegando a matar 60 vítimas, 35 só daqui. Ele também estuprava e torturava suas vítimas. Eu sei que ele ou ela não fez nenhum desses pelo o que a gente sabe, mas é muita coisa para ser apenas coincidência.

- Faz sentido, então, quando vamos começar a investigar locais e digitais?

- Nunca, não somos o FBI, só estamos tentando ajudar a polícia. Já que o maior crime que eles já viram foi um roubo. E também... Aí meu Deus, eu estou extremamente atrasada para um seminário sobre notícias internacionais. Te amo caso eu morra. - Disse Bailey. Fechando a porta com pressa.

Kendra se viu sozinha ali, aqueles casos tinham mexido um pouco com sua cabeça. Conseguia escutar os passos do lado de fora. Ela foi para o computador, queria saber mais sobre aqueles casos e sobre o caso que ela está vivendo agora. Ela abriu o seu computador e viu que estava aberto em uma página de pílulas de emagrecimento que ela estava vendo. Ela procurou por essas notícias, sem saber muito bem por onde começar. Ela passou horas procurando coisas, e casos sobre aquilo. A polícia tinha investigado o galpão velho e decidiu ir para lá, mesmo com sua cabeça mandando ela voltar. Ela trocou de roupa e apertou em sua barriga que achava que estava enorme. Vestiu uma blusa larga para ninguém ver e pegou luvas de lavar louça, chaves e uma faca por precaução. Não tinha carro, então,ela pegou um táxi pedindo para deixar ela perto do velho parque  destruído, colocou as luvas e a faca na cintura - de forma que não machucava ela - e entrou no parque e subiu até a floresta. Ela viu o seu nome assinado e se perguntou se a polícia ou o assassino tinha visto aquilo. Ela viu a faixa da polícia e chegou a pensar se seria bom ela fazer aquilo, passou pela faixa, o galpão estava aberto. Conseguia ver várias pixações - a maioria em vermelho - No canto tinha letras do alfabeto grego, bem pequeno, feito a lápis, ela anotou aquilo no celular para descobrir o que significava. Havia várias coisas estranhas como o número 2110 e as siglas DLW, perto da porta estava as letras L.G, e ao lado estava escrito La Bestia. Ela tirou fotos daquilo, ela chegou perto da dobradiça da porta e viu um papel preso. Ele estava dobrado e tinha números de 1 a 10, parecia suja de sangue, havia um desenho de um coiote e uma menina loira. O coiote estava vestido como uma menina e a menina loira sorria, o coiote disfarçado de menina, tinha olhos vermelhos e parecia rosnar para a menina. Kendra ficou se perguntando como a polícia não tinha visto aquilo. A menina tinha um sorriso no rosto, Kendra só não sabia se era de inocência ou ironia. A menina disfarçada de lobo tinha pelo marrom e rodeava a loira em uma floresta. Kendra se arrepiou com a familiaridade com o local, ela queria descobrir mais, mas tinha uma grande parte de si queria que ela saísse dali o mais rápido possível. Qualquer um que olhasse iria dizer que aquilo parecia um grupo satanista, mas não achava que seria só isso. Havia sangue seco nas paredes, e alguns pingos no chão que ela acreditava ser de Kristen. Era o tipo de lugar que da medo só de olhar. De repente, Kendra tinha 9 anos novamente, sua mãe havia levado ela para uma fazenda aonde tinha um enorme abatedouro, ela virou para a sua mãe e perguntou:

"Mamãe, o que tem ali?"

Sua mãe sem expressão, tentou achar uma boa mentira.

"Ali é aonde os animais vão para conhecer o céu, querida."

Ela podia escutar os animais gritando de dor, mas na época, ela achou que era de alegria. Quando sua mãe se distanciou, ela abriu um pouco a porta, apenas para o seu corpo passar, e viu um porco pendurado. Ela imaginou que ele fosse subir, e se misturar com aquele azul incrível do céu. Ou talvez virar estrelas. Mas veio um homem, matou o porco. Ele gritava, e cada grito dele era um dela. Sua mãe agarrou ela e tampou seus olhos. Ela não conseguiu dormir naquela noite, nem se quisesse.

Ela saiu do galpão e procurou coisas do lado de fora, e havia sua frase favorita de Otelo - que também era sua obra favorita - "Não podemos ser todos mestres, nem todos os mestres podem ser lealmente seguidos." Ela deu um passo para trás, e se desequilibrou, o galpão ficava perto de um deslize de terra de mais ou menos 1 metro e 40. Quando ela caiu, ela viu um vulto preto. Conseguiu visualizar um rosto mascarado. E mesmo sem nunca ter visto aquela máscara. Já sabia de quem se tratava. Algumas folhas amorteceram sua queda. E ela viu carros passando, pegou o seu celular que estava caído há poucos centímetros dela. E correu, ela nunca ficou tão feliz de chegar em uma rua. Ela entrou um café que tinha por perto. E não saiu de lá até o táxi chegar.


Notas Finais


E aí, amores? Conseguiram pegar as referencias? Bom, deixe aqui nos comentários o que acharam.


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