História A matemática do amor - Concordo plenamente, mozão!

Não sei quem está com mais azar, Yoongi (eu), ou a coitada da lata de lixo — sei que ninguém chama uma lixeira de “lata de lixo”, mas foda-se! Chamo essa porra como eu bem entender.

Eu ainda estava lá no meio do lixo com cara de paisagem olhando para os meus amigos, que são uns belos de uns filhos da puta, rindo de mim. 

Tenho que levantar daqui, porque não sou tão inútil a ponto de não conseguir se levantar do chão, imagine se eu fosse.

Tirei a casca de banana da minha cara, afastei algumas sacolas cheias de lixo de mim e, por fim, fiz o óbvio, levantei do chão. Nessa hora, Jungkook, Baek, Yong, Namjoon e Hoseok me olharam assutados.

Só para assustar eles dei um sorriso que dizia: “É melhor vocês correrem, ou eu vou arrancar o coração de um por um, lentamente”. 

Ajeitei o lixo — correção: lata de lixo —, limpei minha calça que estava um pouco suja de... uma gosma meio estranha; prefiro nem saber o que diabos é isso.

Continuei com o sorriso psicopático de doente e andei até meus amigos, porém lembrei que tinha esquecido minha mochila jogada perto da minha velha amiga Cláudia. 

Voltei para pegar a maldita mochila que estava toda suja com uma maçã já decomposta em cima dela. 

A quanto tempo aquela porra de maçã tava na lixeira?

Peguei minha mochila — depois que peguei um graveto e tirei aquela maçã de cima dela, é claro — e voltei a andar na direção dos “meus amigos”. Quando cheguei neles, apenas segurei em minha cintura e fiquei observando aqueles seres humanos do demônio me olharem com a mesma cara de paisagem que a minha, quando eu estava com a praga da casca de banana no meu cabelo.

— É melhor vocês correrem! — avisei rangendo os dentes.

— Jura que eu tenho medo de um tampinha como você? — indagou Yong apontando pra mim, me analisando. 

Yong é o oposto de praga. 

Tenho certeza que ele me estressa mais que os outros — só perde pro meu “lindo” priminho.

— Tu vai ver o tampinha quando eu dá na tua cara, Yong! — levantei minha mão.

— Ui, treta! Adoro! 

— E tu fica quieto, Hoseok! — aponto pro garoto.

— Credo!

— Yoongi ainda é BVV por isso tá estressadinho desse jeito. — afirmou Jungkook que até então, pensei que não me encheria o saco.

Tô prestes a bater em alguém...

Calma!

Que porras é BVV?

— Mas o que raios é BVV, Jungkook?

— A bunda de quem é virgem, Namjoon-hyung. 

— Nada haver, Jungkook! — falou Jin batendo na cabeça com sua mão.

— Dane-se! Eu só sei que o Yoongi-hyung é bunda virgem e tudo mais que tem pra ser virgem! 

Sem demora, sai correndo atrás do idiota que, foi mais rápido que eu, como sempre, e saiu feito o Flash.

Ahh, Jungkook! Quanto eu te pegar vou te dá uma chinelada pior que a de hoje de manhã.

÷ וX•× ÷

Depois de mais ou menos umas sete horas na escola, eu sai acompanhado de uns malas atrás de mim. 

Eu ia indo embora para casa da minha mãe, quando sou parado por um Namjoon totalmente suado me pedindo para ir a sua casa, pois os meninos iam também e, ele tinha alguém para apresentar à nós.

Sinceramente? Não tô com a menor vontade de fazer amizade com o peguete, namorado, colega ou sei lá o que mais do Namjoon. Só quero ir para casa antes que algo mais dê errado. Tô meio que desconfiando que não aconteceu algo de errado até agora.

Voltando ao Namjoon, esse idiota botou um saco plástico no banco pra mim sentar, porque, segundo ele, “eu tô fedendo para um senhor caralho”.

— Jimin, você tá calado hoje. — comentou Jungkook.

— Verdade! Nem deu um “bom dia” pros parça! — falou Yong.

Creio que ele aprendeu isso no Brasil. Yong já morou por 7 anos no Brasil, mas como a mãe dele insistiu muito, ele voltou para a Coréia. Pelo menos é o que ele diz.

Acredito que tenham expulsado ele do hotel pela grande quantidade de barulho que esse pidôncio faz e, também, pelo fato de não permitirem entrada de animais.

— É que eu não tô me sentindo bem hoje, só isso.

— Ah, okay.

O caminho inteiro foi pequenas conversas, zoas comigo (o que não podia faltar) e a gente — eu, no caso — tentando jogar Yong pela janela.

— Chegamos! 

— FINALMENTE, JEOVÁ! — berrou Baek.

— Para de ser retardado! — falei e dei um tapa na cabeça dele.

Quando Namjoon abriu a porta, empurrei Jin e entrei naquela merda de casa 

— AE, CARALHO! FINALMENTE UM DESCANSO! — grito e jogo minha mochila no sofá.

Vou direto para a cozinha e me deparo com um garoto de madeixas roxas na cozinha.

E, MINHA SANTA CACILDA! QUE HOMEM LINDO!

Vou falar a verdade, fiquei de boca aberta. A praga era lida.

÷ Para! Tudo o que eu acabei de falar é meia verdade! Na verdade, eu babei na porcelana da mãe do Namjoon e isso levou ele a quase me dar um soco. -

Ele me olhou assustado e eu apenas o ignorei.

— Bom, esse é o Taehyung, meu irmão. — disse Namjoon de forma calma.

O garoto, ainda assustado, fez uma breve reverência.

Ele deve tá achando que eu sou retardado. 

— É um prazer conhecê-los! — deu um sorriso quadrado.

Prazer só na cama, Taehyung.

Respirei fundo e me apresentei:

— Prazer, Min Yoongi! — disse fazendo a maior cara de tédio.

— Você é muito bonito, Yoongi! — sorriu de lado e se aproximou de mim.

Seja normal, Yoongi!

CALMA! ELE TÁ SE APROXIMANDO?!

— Que isso, que isso, que isso?! Eu não te dei essas confianças! — disse Jungkook o afastando — Larga de ser oferecido e deixa o meu homem. 

— Concordo plenamente, mozão! — ouvi um sussuro vindo de Baek. Com certeza tá conversando com o Yong, mas esse não é o foco.

Voltando ao Jungkook...

Puta que pariu, Jungkook!

— Para com a viadagem, Jungkook! Não liga pro que ele di- 

Senti meu corpo ser impulsionado para a frente, quando me dou conta, eu tinha caído no Taehyung.

 Apenas ouvi as risadas do Jungkook.

÷ Nesse dia eu quis sumir do mapa. -