Camila Pov
Um dia, finalmente, um mísero dia para eu poder voltar para minha cidade, minha casa, minhas coisas, minhas amigas e minha Lauren. A única coisa ruim nisso tudo mesmo é ter que voltar para NY e deixar o Justin aqui, nós temos nos dado muito bem, parecemos amigos que se beijam, ele é divertido, carinhoso e super atencios . Nós não temos um relacionamento concreto, mas temos algo, certo? Certo, e pra falar a verdade, eu gosto dele, gosto muito... e por falar nele.
— Eu, você, jantar hoje na minha casa, te busco ás sete.
Mal atendi o celular e ele já saiu falando, me fazendo rir de seu jeito afobado.
— Tenho saída?
Perguntei divertida e ele riu.
— Sabe que não e, você ama minha comida, lembra? Você me diz isso todos os dias.
— É verdade, pelo menos para alguma coisa você serve.
— Ouch! Magoou, sabia?
Se fez de ofendido e eu ri.
— Dramático.
Sentei na varanda do apartamento e fiquei olhando a vista, senti saudades da vista do apartamento da Lo. É uma vista mais do que perfeita.
— Eu sirvo para outras coisas também, você bem sabe.
Mordi o lábio me dando conta do tom malicioso dele e suspirei.
— Você é tão depravado, Bieber.
Ouvi sua risada contagiante do outro lado da linha, senti meu coração saltar dentro do peito com aquele som... AHHH! Eu amo tanto a risada dele... Vocês devem estar se perguntando se eu estou gostando dele, não é? Sim, eu estou e muito.
— Você gosta de mim assim.
Falou de modo convencido e eu revirei os olhos. Modéstia pra que mesmo né?
— Ás sete, ta bom? Não esquece.
Me avisou e eu murmurei um okay em resposta. Ele teve que desligar porque segundo ele tinha algumas ''coisas'' para fazer... que tipo de coisas? Ciume, eu odeio sentir ciume das pessoas.
Lauren Pov
Nem acredito que só falta um dia para eu ver minha pequena de novo, agora sim eu estou mais do que feliz. Meu humor está ótimo.
As meninas, Diana - que já se tornou bem presente no nosso dia-a-dia - e eu estávamos sentadas num dos bancos do Central Park conversando sobre coisas banais.
— Ansiosa?
Ouvi a voz suave de Diana no meu ouvido, virei monha cabeça e olhei para ela que tinha um sorriso em seu rosto.
— Muito.
Admiti e ela riu.
— Apesar de que eu vou sentir falta das nossas aventuras, eu fico feliz por você.
Ela disse sincera e eu sorri. Ela é tão legal que se eu não fosse apaixonada por Camila, talvez eu me apaixonasse por ela... talvez.
— Bom saber que fica feliz por mim.
— Eu só quero te ver bem. Espero que ela cuide de você.
— Ela vai.
Garanti com um sorriso no rosto e ela assentiu. Meu celular vibrou no bolso, peguei o aparelho para conferir quem era, sorri automaticamente ao ver o nome na tela e a minha foto agarrada em Camila.
— Meu amor.
Ouvir aquela voz era como se eu estivesse flutuando no céu, a sensação era quase indescritível. Camila tinha a capacidade de melhorar a minha semana somente com um ''oi''.
— Pequena.
Me levantei do banco e percebi que as meninas me olhavam sorrindo, apenas sorri de volta e fui para um canto mais afastado delas.
— Senti saudades da sua voz hoje.
Soltei um suspiro baixo, um sorriso mais do que bobo apareceu no meu rosto.
— Senti saudades da sua também.
Admiti no mesmo tom que ela, ouvindo sua risadinha baixa.
— Já disse que te amo hoje?
Oh, ela sempre me manda uma mensagem dizendo que me ama, mas ouvir ela falando é outra coisa. Mil vezes melhor ouvi-la dizer isso.
— Eu gosto de ouvir sempre.
Confessei chutando algumas pedrinhas que haviam no chão.
— Eu te amo, baby boo.
Ela falou com uma voz manhosa e eu tinha quase certeza que meu rosto iria rasgar, de tanto que eu sorria.
Ficamos conversando mais algum tempo, ela parecia bem animada, eu fiquei feliz só de ouvir sua animação. Mas acho que é porque falta somente um único dia para eu matar minha saudade dela... ah, tem como eu ficar mais feliz que isso?
Camila Pov
Falar com a Lauren sempre melhorava o meu humor. Eu queria tanto contar a ela sobre o Jus, mas eu quero ter certeza de alguma coisa antes. Ele gostava de mim e eu gostava dele, a única coisa que faltava era uma atitude mesmo. Mas eu que não faria isso...
Como ainda falta umas duas horas para eu poder ir jantar com ele, eu resolvi entrar na internet para passar o tempo logo. Fui no facebook das meninas ver o que elas andavam aprontando, olhei o da Ally, da Vero, da Lucy, da Dinah e o da Lauren... porém, me arrependi de ter olhado o dela, havia uma foto nova em que ela e as meninas estavam no Central Park com sorrisos no rosto, uma menina estava sentada no colo da minha Lolo beijando sua bochecha, enquanto a mesma tinha os olhos fechados e um sorriso no rosto. Ela parecia feliz... estaria ela apa... não, Lauren não se apaixona, certo? É a lei del . Mas ela parece tão... feliz. Ok isso me deixou meio pra baixo.
Lancei o celular sobre o sofá e me joguei no mesmo. Eu não vou chorar, eu não tenho nada com ela, ela é só minha melhor amiga. Incrível como aquela menina lembra eu mesma... que estranho. (...)Acabei pegando no sono e só acordei quando a campainha tocou diversas vezes. Levantei um pouco atrapalhada e fui até a porta, dando de cara com aquele ser lindo e aquele sorriso mais do que encantador segurando um buquê de rosas vermelhas em sua mão.
— Estava dormindo?
Perguntou com um sorriso divertido, provalvelmente meu rosto entregou, eu assenti tímida.
— Nem percebi quando peguei no sono.
— Tudo bem. Aqui, são para você.
Me estendeu o buquê e eu rapidamente o peguei, levando até meu nariz em seguida para sentir aquele aroma perfeito. Ele sorriu e se inclinou para me beijar. O que era o beijo dele? Santo Cristo.
— Vou tomar um banho super rápido, não demoro, eu prometo.
Avisei a ele que assentiu. Entrei no apartamento e ele veio junto comigo. Coloquei as flores em um vaso em cima da mesa de centro, em seguida corri para o banheiro(...) Não demorei muito, em alguns minutos eu já estava pronta.
— Nossa!
Ele exclamou admirado assim que eu apareci na sala, senti meu rosto corar sob aquele olhar intenso dele.
— Você está muito linda.
Pôs suas mãos em minha cintura puxando-me para um beijo.
— Obrigado. Você também está lindo.
Ele sorriu e me beijou mais uma vez.
Saímos do meu apartamento e fomos em direção ao apartamento dele... ou não.
— Para onde estamos indo?
Perguntei a ele confusa quando percebi que não conhecia aquele caminho.
— Vamos na casa dos meus pais. Quero que eles conheçam você.
Explicou e eu assenti. Senti um frio na barriga, conhecer os pais é um passo sério, não é?
Logo reconheci o lugar em que estávamos, Point Grey, um lugar lindo, com casas enormes e tradicionais. Quando ele me disse que a família dele tinha dinheiro, ele falou sério mesmo. Logo paramos em frente a uma enorme mansão, meu queixo caiu literalmente.
— Sua infância deve ter sido bem chata.
Falei em tom de brincadeira e ele riu enquanto terminava de estacionar o carro.
— Essa é uma das menores casas que nós temos.
Contou dando de ombros, meu queixo caiu mais ainda. Se aquela casa era a menor, a maior era o que? Um castelo?
Ele abriu a porta do carro para mim e estendeu a mão para que eu a pegasse, adoro esse cavalheirismo dele. Assim que saímos do carro, eu vi um casal nos observando de longe com enormes sorrisos em seus rostos.
— Seus pais?
Perguntei depois que ele fechou a porta do carro, ele ativou o alarme e assentiu.
— Eles vão te encher de perguntas.
Ele me avisou e eu dei um sorriso de lado.
Eu estava nervosa, eu ia conhecer os pais dele. Meu Deus, eu preciso me acalmar, eu preciso da Lauren pra me acalmar, ela sempre me acalma.
Lauren... será que ela ainda está com aquela garota que é a minha cópia?
Balancei a cabeça levemente para expulsar tais pensamentos. Era hora de focar ali, naquele momento somente.
— Quando você disse que ela era linda realmente não exagerou.
A mãe dele elogiou-me com um sorriso quando já estávamos perto deles, sorriu e veio até mim me abraçar.
— Muito prazer, eu sou a Camila.
— Eu sei, meu filho fala bastante de você. É um prazer finalmente conhecer a menina do sorriso lindo que conquistou meu filho. Eu me chamo Patrícia, mas pode me chamar de Pattie.
Ela falou com um sorriso e eu assenti. Agora era a vez do pai dele.
— Nossa, meu filho, você acertou dessa vez.
Ele falou enquanto me analisava minuciosamente, senti meu rosto corar. Ele me abraçou também e eu retribui o abraço.
— Prazer, Camila, eu me chamo Jeremy.
Ele se apresentou educadamente, eem seguida entramos naquela casa.
Pattie me levou pra conhecer a casa enquanto o Jus e o Jeremy iam terminar o jantar, segundo ela, eles sempre amaram fazer comida juntos. Sentamos nas espreguiçadeiras em volta da piscina e ficamos conversando.
— Então ele te salvou?
Ela perguntou quando eu contei a ela como eu conheci o Justin.
— Sim, eu nem sei o que teria acontecido se ele não tivesse aparecido lá.
Confessei com um sorriso no rosto ao me lembrar de como ele me protegeu e da forma que eu fiquei segura, ela me olhava com os olhos brilhando.
— Você gosta dele.
Ela não perguntou, ela afirmou. Assenti, porque afinal, é verdade, eu realmente gosto dele.
— Sabe que ele nunca trouxe uma garota aqui para nos apresentar?
— Sério?
Perguntei surpresa e ela assentiu. Ele não brincou quando disse que eu era especial.
Justin veio nos avisar que o jantar já estava servido e nós entramos, ele me deu um selinho e parecia bem feliz. Entramos de mãos dadas sobre os olhares atentos de seus pais o tempo todo, com aqueles mesmos sorrisos no rosto. O jantar ocorreu perfeitamente bem, a família do Justin é super aconchegante e eu me senti bem ali com eles.
— Nós vamos dar uma voltam, tá bom?
Jus avisou a seus pais depois que terminamos de jantar e eles assentiram.
— Vem comigo.
Pegou minha mão e me levou lá para fora.
— Onde nós vamos?
— Em um lugar especial.
Andamos um pouco, eu olhava tudo em volta e estava achando lindo aquele lugar. Mas fiquei admirada mesmo com a vista de uma lagoa iluminada por algumas luzes no chão. Era tão linda.
— Eu gosto daqui. Me faz pensar bastante.
Ele disse admirado, olhando em volta, eu fiz o mesmo.
— Aqui é um ótimo lugar para pensar mesmo.
Ele concordou entrelaçando nossos dedos.
— E por isso eu pensei bastante... — Ele fez eu olhar em seus olhos e tomou ar para continuar. — Eu vim aqui mais cedo, conversei com o meu pai e ele me disse que é um grande passo o que eu vou fazer agora, mas eu não posso deixar você voltar pra Nova Iorque sem ter uma certeza de que eu e você somos de verdade... — Eu já estava com as mãos suando, ele parecia tão nervoso quanto eu. — Talvez seja um enorme passo, mas eu acredito que nós vamos nos dar super bem, então eu bom... Eu quero te propor uma coisa, mas se você disser não estará tudo bem... — Senti meus olhos marejarem na hora em que ele começou a se ajoelhar diante de mim. — Eu não consigo deixar de pensar em você desde aquele dia naquele barzinho, quem diria que eu ter resolvido andar um pouco me traria você? Deve ser o destino mesmo, pelo menos eu prefiro pensar assim. Mas não irei ficar enrolando, eu sou direto e você sabe disso, então... — Pegou a caixinha de veludo preta no bolso de trás da calça e abriu revelando o anel com um diamante em cima — Talvez seja loucura, mas qual louco não é feliz, não é? Então... Karla Camila, Milaki, meu amor... você aceita se casar comigo?
Não consegui segurar as lágrimas. Tudo que eu queria era correr dali no momento, eu pensei em Lauren... Lauren, tudo seria tão mais fácil se ela gostasse de mim, eu realmente pensei em dizer não, mas aí as imagens da foto do parque vieram em minha mente. Ela sempre vai ser assim, e como minha melhor amiga ela vai ficar feliz por mim, eu sei que vai. Então ali, olhando aqueles olhinhos castanhos que me fitavam como se eu fosse a coisa mais rara do mundo, eu soube que não seria difícil gostar tanto dele quanto ele gosta de mim, com ele eu terei a chance de ser feliz de verdade. E como ele disse antes, é loucura? Sim, mas qual louco não é feliz?
— Eu aceito.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.