História A Melhor Amiga da Noiva. - Capítulo 37

                                                          Lauren Pov

Estava terminando de me arrumar quando a campainha tocou. Fui correndo até lá colocando o short e quase caí no meio do caminho, abri a porta e me deparei com Diana rindo do meu sacrifício.

— Nossa, moça, mas já está tirando a roupa? Nem vamos jantar primeiro?

Falou divertida e eu revirei os olhos, dando espaço para ela entrar.

— Eu acho que me atrasei um pouco.

Admiti fazendo-a rir, finalmente consegui subir o short e o abotoar.

— Camila pediu para eu te buscar.

Disse e eu a olhei confusa.

— Camz?

— Por quê? Tem outra?

Perguntou com ar de riso e eu bufei, realmente conviver comigo não estava fazendo bem a ela.

— Quer saber? Vou terminar de me arrumar e ir ver minha mulher.

Falei sem pensar e tentei ir para o quarto, porém fui impedida por Diana.

— Sua o que?

Arqueou a sobrancelha e eu franzi o cenho.

— Do que você tá falando, doida?

Perguntei rindo e ela soltou meu braço.

— Nada, vai se arrumar vai.

Mandou e eu sai dali. Do que ela estava fala... oh meu Deus, eu tenho que prestar atenção nas coisas que eu falo.

Esse negócio de agir como casal normal não vai dar certo... não vai dar mesmo.

Voltei para o quarto e terminei de me arrumar, peguei minhas coisas e voltei para a sala encontrando Diana no celular. assim que me viu ela desligou e sorriu.

— Está linda, agora vamos.

Falou rapidamente e me puxou pela mão, nem deu tempo de eu agradecer... ou me gabar...

— Onde vamos hoje?

Perguntei assim que entramos no carro, olhei para Dinah que leu alguma coisa no celular.

— Vamos pra Hell’s Kitchen, casa do Loud.

Falou animada e eu animei também, além de amar aquele bairro, eu amo as festas que o Loud dá, são simplesmente as melhores festas de Manhattan. Dirigi para lá quase voando pelas ruas, algum tempo depois paramos em frente aquela enorme casa dele.

— E as meninas?

Perguntei para Diana quando descemos do carro.

— Estão nos esperando lá dentro.

Disse e me puxou para dentro da casa. Já estava bem cheio e nem eram meia noite ainda. Quem dá festas dessas em ple a segunda-feira? Só o Loud mesmo, claro. Deixa eu falar um pouco sobre ele... filho único de pais bilionários, mimado que só ele, porém um cara super legal. Cabelos castanhos escuros, olhos azuis, ora claros, ora escuros, uma barbinha rala que dá a ele um charme de mais velho, tem vinte e seis anos e não faz nada da vida além de dormir com metade de Manhattan, gastar o dinheiro dos pais e dar milhares de festas.

 Assim que entramos na casa, meus olhos brilharam. Festa bem planejada e gente bonita, tem coisa melhor?

— Achei elas, vem.

Diana me puxou pela mão, passando pelo meio daquele povo todo e nos levando até uma parte um pouco mais vazia. Onde tinha uma enorme mesa com alguns combos de bebidas em cima dela e algumas de nossas amigas sentadas ali.

— Lesba.

Ouvi a voz de Dinah alta e embolada no meu ouvido, me virei para olhar ela trocando os pés já.

— Mas já?

Perguntei olhando para as meninas que deram de ombros. Ela se soltou de mim e voltou para o meio do povo, em direção a pista para dançar.

— Ela está ali.

Vero falou rindo e apontou para o lado esquerdo quando percebeu que eu procurava alguém. Olhei na direção em que ela apontou e... nossa!

                                                         Camila Pov

Estávamos dançando sem parar, Dinah, Ally, eu e Normani, uma das amigas do Loud. Nós sempre nos encontramos nessas festas, as vezes até mesmo por aí, ela é bem legal.

— Mila, a Laur acabou de chegar.

Ally avisou, falando em meu ouvido e rindo baixinho por já estar um pouco alta. Eu olhei para trás e a vi, senti meu coração saltar dentro do peito, em seguida meu corpo esquentou ao notar o olhar desejoso dela em cima de mim.

— Não, não. — Ally segurou em meu braço quando eu ia caminhar em direção a ela, eu a olhei confusa. — Provoca ela primeiro.

Ela aconselhou, sorrindk de maneira maliciosa e piscou pra mim. Dei um sorriso provocante para Ally e ela comemorou quando entendeu. Ela tem razão, nada melhor que provocá-la antes. Pedi para Mani ir falar com o DJ para ele colocar uma música bem boa para dançar.

— Acho que você vai gostar da que eu escolhi.

Ela voltou rindo e falou em meu ouvido.

— Valeu mani.

A agradeci e ela sorriu em forma de agradecimento. Olhei para Lauren e pude ver que ela ainda estava com os olhos sobre mim, para ser mais precisa com os olhos nas minhas pernas. De repente ouvi a batida eletrônica mudar para uma bem conhecida, as luzes começaram a piscar freneticamente e Talk Dirty preencheu todos os espaços daquele lugar. Todo mundo começou a gritar e rebolar, eu olhei diretamente nos olhos de Lauren e pude vê-la arregalar eles rapidamente, depois arquear uma sobrancelha e morder o canto do lábio. Me aproximei mais um pouco de onde ela estava, queria provoca-la bastante.

Comecei a rebolar no ritmo da música e virei de costas para onde ela estava. Ally, Normani e Dinah se juntaram a mim e o resto das meninas que estavam sentadas também. Ótimo ela está sozinha, era o que eu precisava. Caminhei até onde ela estava sentada, ainda com os olhos em mim, parei de frente para ela com um sorriso malicioso no rosto.

— Vai fazer um show particular pra mim?

Perguntou divertida, seus olhos desceram para meus seios quando eu apoiei minhas mãos em seus ombros e sentei em seu colo.

— Só para você.

Sussurrei no ouvido dela antes de começar a rebolar no ritmo da música outra vez. As mãos dela rapidamente foram parar em minha cintura e ela apertou firmemente aquela região, mantive o contato visual com ela o tempo todo.

— Talk dirty to me.

Cantarolei no ouvido dela, sentindo seu corpo dar uma leva tremulada.

Suas mãos desceram da minha cintura e foram parar em minha bunda, onde ela apertou com força, fazendo-me gemer baixinho em seu ouvido. Intensifiquei os movimentos, sentia ela apertar minha bunda diversas vezes, me fazendo gemer em seu ouvido sem parar cada vez mais.

— Quer me deixar louca?

Ela perguntou em meu ouvido ofegante, sua voz entregou o quanto ela já estava excitada, eu não estava muito diferente.

— Já deixei, meu amor.

Respondi no mesmo tom que ela e voltei a rebolar sem parar. Suas mãos espalmadas em meu bumbum, ditando como eu deveria me mover sobre ela, eu sentia meu corpo quase pegar fogo e ela ainda me provocava. Começou a mordiscar meu pescoço, passava a ponta língua pelo decote da minha blusa.

— Nosso acordo ainda está valendo?

Ela perguntou em meu ouvido, eu quase não entendi o que ela disse, estava tão envolvida em toda aquela movimentação que nem prestei tanta atenção nela. Eu queria jogar o acordo para cima e agarrar ela ali mesmo. Porém, ela disse que valia quase tudo, certo? Vamos ver se ela ainda tem auto controle.

— Claro que sim.

Disse e pude ouvi-la suspirar frustrada em meu ouvido.

As meninas voltaram para o nosso lado quando a música acabou, não deu tempo de sair do colo dela.

— Vão procurar um quarto.

Lucy mandou rindo e as meninas concordaram. Recuperei minha sanidade, saí de seu colo e me sentei ao lado dela, que fez uma carinha triste. Ela estava gostando, eu sei que sim, mas eu ia provoca-la até que ela jogasse aquele acordo no lixo.

Começamos a beber e nos divertirmos, nem vimos as horas passarem, ninguém se importava se amanhã iriam trabalhar de ressaca, todos só queriam se divertir, minhas amigas e eu também. Loud veio até a nossa mesa nos cumprimentar, e como sempre deu em cima da Lolo. Era engraçado ele sempre tentar, mesmo sabendo que da fruta que ele gosta, a Lauren come até o caroço, até três de uma vez se deixar.

— Olhos verdes.

Ele falou de forma galante para ela que riu.

— Nem vem hoje aqui, olhos azuis.

Rebateu e ele riu. Acabou que ele não ficou muito tempo com a gente já que segundo ele tinha coisas a fazer.

— Vou no banheiro e já volto.

Lauren disse no meu ouvido e eu assenti. Sentei mais perto de Normani e Diana que estavam conversando.

Fiquei sei lá quanto tempo conversando com elas, só sei que depois de um longo tempo me dei conta de que Lauren estava demorando demais. Senti meu coração acelerar e uma sensação estranha se apossar de mim. E se ela estivesse agarrada com alguém?

Decidi levantar dali e ir procura-la. Fui abrindo caminho por aquele povo todo, ignorando as puxadas de braços e tentativas das pessoas de me agarrar. Subi as escadas, rezando mentalmente para que ela não estivesse agarrada com nenhuma vagabunda.

Andei por aqueles enormes corredores, passei por várias pessoas se agarrand, algumas quase sem roupa ali mesmo no meio dos outros. Continuei andando e virei em outro corredor, essa casa parece um labirinto sem fim. Agradeci a todos os deuses possíveis quando encontrei ela encostada na parede, olhando fixamente para porta a sua frente e com as mãos na boca, como se estivesse horrorizada com alguma coisa. Corri até ela preocupada com o que poderia ter acontecido.

— Lolo, aconteceu alguma coisa?

Parei em frente a ela perguntando precupada, Lauren não respondeu, continuou do mesmo jeito lá parada com as mãos na boca. Comecei a me desesperar, será que alguém tinha feito algo com ela?

— Lauren, você está realmente me preocupando.

Balancei seus ombros e ela pareceu despertar daquele momento.

— Camz?

Perguntou confusa e eu respirei fundo.

— O que houve?

Perguntei agora mais calma e ela baixou os olhos.

— Eu nunca mais na minha vida quero ver aquela cena de novo.

Falou parecendo assustada com algo e eu fiquei confusa.

— Que cena?

Perguntei e ela apontou para porta a sua frente.

— Abre a porta, com calma e olhe você mesma.

Ela disse, mesmo receosa a curiosidade falou mais alto. Virei em direção a porta e abri calmamente. Era um quarto e parecia pouco iluminado, corri meus olhos lentamente pelo lugar e quando cheguei na cama... não, não, não!

Fechei a porta rapidamente com o rosto totalmente corado, olhei para Lauren que estava com a mesma expressão que a minha.

— Eu não vou apagar isso nunca da minha memória.

Eu concluí horrorizada e ela assentiu.

— Nem eu Camz, acredite.