História A Melhor Amiga da Noiva. - Capítulo 42

                                          Camila Pov

— Amor você vai sujar a to-  — Nem precisei terminar de falar, antes que eu pudesse fazê-lo, ela derramou um pouco de chocolate na toalha da mesa. — Eu avisei.

Ela bufou, fazendo-me rir. Tão pirracenta, que as vezes eu acho que ela tem dezesseis anos ainda.

— Merda!

Exclamou com raiva levantando para pegar um pano molhado e passar no local onde ela havia derramado o chocolate derretido.

— Bebezona.

Zombei e ela me fuzilou com os olhos.

— Idiota. — rebateu com raiva, porém depois riu quando eu fiquei fazendo caretas para ela. — Não me faz rir, estou tentando ficar com raiva de você.

Ela resmungou e voltou a sentar-se na cadeira para terminar seu café.

— Eu amo você.

Falei da forma mais apaixonada que consegui, ao ouvir aquilo Lauren automaticamente desfez a expressão carrancuda que ela havia formado em seu rosto em segundos.

— Não vale...

Fez beicinho e eu sorri. Levantei da minha cadeira, indo até ela para sentar-me em seu colo de frente.

— Eu. Amo. Você. — repeti pausadamente, me ajeitando melhor em seu colo para então sussurrar em seu ouvido: — Mais do que tudo.

Mordi o lóbulo de sua orelha lentamente, fazendo-a estremecer. Sorri satisfeita com sua reação, antes que eu me desse conta, sua mão embrenhou-se nos cabelos de minha nuca, ela logo puxou meu rosto de encontro ao seu.

— Eu amo muito você.

Ela disse sorrindo antes de me dar um beijo apaixonado. Nossas línguas praticamente dançavam em nossas bocas, nossos lábios se movendo em sincronia, o ritmo de nossos corações batendo acelerado dentro de nossos peitos. Sempre é assim quando nos beijamos.

— Lo... — Murmurei entre o beijo, ela ignorou e continuou atacando minha boca com vontade. — Ai meu Deus.

Suspirei, mordendo o lábio quando ela desceu os beijos para o meu pescoço. Ela subiu a blusa dela, que eu estava vestida, amo essa blusona xadrez dela, fica quase perfeita em mim. Suas mãos foram para a minha bunda, onde ela então apertou com força.

— Gostosa.

Sussurrou em meu ouvido roucamente e eu reprimi o gemido que quis escapulir por entre meus lábios. Quando ela puxou minha calcinha para o lado e seus dedos tocaram minha intimidade, eu sobe, não iria sair dali tão cedo.

E eu nem queria sair, na verdade.

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— Amor seu celular não para de tocar.

Lauren apareceu na porta do banheiro e me entregou o aparelho.

— Obrigada mô.

Ela sorriu e voltou para o quarto.

Com certeza deveria ser uma das meninas para nos apressar.

— Oi vidinha.

Fiz uma vozinha fina e pude ouvir Dinah bufar do outro lado.

— Vocês estavam transando? — perguntou na lata, pude ouvir alguns murmúrios e depois algumas risadas. Com certeza as meninas estavam com ela. — Acho bom pararem agora e virem logo pra cá.

— Não estávamos transando, Dinah. — disse enquanto terminava de passar o gloss em minha boca, ela murmurou um ‘’unhum’’ — E já estamos prontas, em alguns minutos chegamos ai.

Saí do banheiro e notei que Lauren não estava mais no quarto, já devia ter ido para a sala me esperar.

— Anda logo ou irei te buscar pelos cabelos.

Avisou com a voz séria e eu revirei os olhos.

— Ta bom, passivinha.

Zombei e ela desligou a ligação. Ri alto, saindo do quarto e indo até a sala, Lauren estava sentada no sofá me esperando.

— Vamos?

Perguntei e ela levantou os olhos de seu aparelho celular, me olhou de cima a baixo, seus olhos brilharam e ela sorriu ao me ver.

— Linda toda vida, não cansa?

Perguntou com um misto de diversão e admiração. Senti meu rosto corar e ela veio até onde eu estava para me dar um beijo.

— Vai borrar seu batom, amor.

Falei entre o beijo e ela sorriu.

— Não tenho culpa se você é irresistível.

Defendeu-se de forma maliciosa e eu lhe dei um tapa fraco no braço.

— Canalha.

Falei rindo e me afastei dela, que me deu um tapa no bumbum.

— Não vejo a hora de voltarmos pra casa, e aí então poder arrancar esse vestido e tirar sua calcinha com a boca.

Colou nossos corpos, sussurrando em meu ouvido de uma forma mais do que provocante. Arfei e mordi o lábio inferior com força, tanta que senti uma pontada no mesmo.

— Não me provoque.

Alertei-a rindo nervosamente, saí de perto daquela provocação ambulante antes que eu me entregasse para ela ali mesmo, no meio do corredor.

                                                        Lauren Pov

Saímos do meu prédio e fomos em direção a casa da Ally, iríamos passar a tarde lá fazendo uma social entre nós mesmas. Olhei para a mulher linda ao meu lado e sorri, sentindo meu coração acelerado, como se ainda fosse possível, eu me apaixonei ainda mais por ela. Por falar nisso, tenho que resolver essa nossa questão sobre esse quase relacionamento, eu estava morrendo de medo, pois darei mais um passo grande com ela. Me sinto tão insegura... Mas ao olhar para Camila e ver aquele sorriso que tanto me encanta, eu sei... ela vale a pena, e muito.

— Mô, Ally pediu para levarmos pizza.

Ela me avisou e eu assenti. Parei em frente à pizzaria e descemos para podermos comprar algumas pizzas.

 — Seis pizzas será que dá?

Perguntei enquanto olhávamos o cardápio para escolhermos o sabor, ela me olhou como se eu tivesse feito a pergunta mais idiota do mundo.

— Nove ou oito, cabeçuda.

Falou e eu assenti rindo levemente, eu tinha certeza que pelo menos duas pizzas Camila devoraria sozinha.

Compramos as pizzas e com certa dificuldade eu consegui levá-las até o carro, já que Camila preferiu ficar rindo da minha cara do que me ajudar.

— Você é uma péssima equilibrista.

Ela zombou depois que entramos no carro e eu a olhei incrédula.

— Eu carreguei nove pizzas quentes sozinha, você queria o que? 

Perguntei indignada, o que só fez ela rir mais ainda.

— Não fica com raiva môrzinho, na hora de comer eu te ajudo.

Ela disse séria, acabei não conseguindo evitar a risada. Como eu posso amar tanto essa idiota? 

Em pouco tempo chegamos em frente a casa de Ally, e mais uma vez eu tive que levar sozinha as pizzas sozinha. Camila andava ao meu lado, rindo do meu sufoco para manter o equilíbrio. 

— Mais tarde você irá me pagar por isso.

Avisei a ela antes de chegarmos na porta, ela parou de rir na hora, me encarando com a sobrancelha arqueada.

— Mal posso esperar.

Falou maliciosamente e deu um tapa em minha bunda, depois saiu correndo rindo. Eu amo uma imbecil, meu Deus.

Ri do pensamento. Eu amo demais essa imbecil.

                                                    Camila Pov

Cumprimentamos as meninas, Lauren passou por mim e foi colocar as pizzas sobre o balcão, foi engraçado ver ela carregando todas elas sozinha, tomando cuidado para que nenhuma caísse no chão.

— Você é má.

Ally falou rindo depois que eu contei a ela o que eu fiz com a Lo e as pizzas.

— Eu quero que ela fique com raiva.

Comentei, fazendo ela me olhou sem entender.

— Por quê? 

Ela perguntou confusa e eu ri internamente. 

— Hmm, nada de mais.

Menti dando de ombros, ela riu se dando conta da minha intenção.

E é verdade, quando Lauren fica com raiva é tão sexy, ela fica rude, e com a pegada forte. Só de pensar dá um calor que meu Deus.

Na hora de escolher o filme foi um Deus nos acuda, porque ninguém chegava a uma conclusão. A decisão final foi um filme que eu nunca tinha assistido, um tal de ''Azul é a cor mais quente.''

Lauren e Vero pareceram bem animadas com a escolha do filme, então eu nem me preocupei, deveria ser bom.

Como a sala da Ally é bem espaçosa, colocamos alguns colchões no chão para podermos assistir o filme. Ally e Dinah ficaram em um, nem irei comentar sobre essas duas, Vero e Lucy em outro e Normani e Diana em outro. Por último claro que eu e Lauren ficamos no mesmo. Acho que isso não vai dar muito certo.

— Eu ainda estou com raiva de você.

Lauren resmungou em meu ouvido, soltei uma risada nasal.

— Larga de ser ranzinza.

Dei um beijo em seu pescoço e ela bufou, voltei a me aconchegar em seu peito e puxei a coberta mais um pouco pra cima. Era fim de tarde e o clima estava um pouco frio, com o ar-condicionado ligado também já viu. O filme começou, pelo que pude notar todo mundo prestava atenção. 

Eu arranhava levemente a barriga de Lauren por debaixo da blusa, mas sem maldade alguma, só mania mesmo. Ela acariciava minhas costas e mantinha a atenção no filme. Estava tudo bem, entendi que era um filme de um casal lésbico, não dei muita importância assim, de repente não teria nada demais nele... E eu estava enganada. Começou uma cena de um beijo quente, eu pressionei minha perna que estava entrelaçada com a de Lauren, a cena foi evoluindo e elas foram tirando a roupa. Lauren cravou as pequenas unhas em minha cintura, seu peito subia e descia freneticamente. Olhei para cima e pude ver quando ela engoliu a saliva em sua boca, arregalando levemente seus olhos, olhei de volta para a televisão e fiz o mesmo que ela ao ver que agora a cena era de sexo, bem explícito por sinal.

— Lo... — Comecei a sentir fortes pontadas na minha virilha e um desconforto na minha cintura que Lauren apertava agora com mais força. — Amor... está... me machucando...

Apertei sua mão que estava em minha cintura, ela desviou o olhar da televisão e olhou pra mim. Seus olhos estavam escuros, transbordando desejo... Eu estava perdida...

— Desculpa...

Sua voz estava mais rouca do que o normal, eu engoli em seco. Sua mão direita deslizou da minha cintura para minha barriga, onde ela enfiou sua mão gelada pode dentro da minha blusa, me causando um forte arrepio por conta do choque térmico.

— Sua mão... está gelada.

Falei entre suspiros enquanto ela alisava e arranhava meu abdômen, ela olhou para o meu rosto outra vez, eu achei que ela fosse parar. Inocente demais. Só que ao invés de parar, ela deu um sorriso sacana e desceu a mão até os botões da minha calça, arregalei os olhos, olhando para ela que mantinha o sorriso no rosto.

— Acho que eu tenho que esquentar ela então.

Sussurrou de forma provocante em meu ouvido, eu senti meu coração errar a batida. Maldita, ela não vai fazer o que eu estou pensando ela não pod... Oh... Ela vai sim!

— Meu Deus...

Murmurei, mordendo o lábio inferior com força quando ela deslizou a mão pra dentro da minha calça, ultrapassando a calcinha e tocando meu clitóris. Seus dedos estavam gelados, ela logo deu início a movimentos lentos e torturantes em meu ponto de prazer.

— Você é tão quente.

Falou roucamente em meu ouvido, eu sentia vontade de bater nessa maldita por estar fazendo aquilo justo ali. Lauren voltou a olhar o filme como se não estivesse fazendo nada de mais. Enfiei meu rosto na curva de seu pescoço, mordendo-o várias vezes para reprimir meus gemidos... Eu literalmente estava perdida.

— N-não a-amor...

Tentava convencê-la de parar de fazer aquilo ali no meio das meninas, mas ela parecia não ouvir, ou fingia não me ouvir. Sua mão esquerda foi até o cós de minha calça, ela abaixou-a um pouco mais, eu queria impedi-la, eu realmente queria, mas ela sabe onde tocar, eu estava tão excitada por estar no meio de todo mundo fazendo aquilo que... Nossa!

— Não faça barulho.

Ela ordenou em meu ouvido antes de deslizar para debaixo do cobertor. Mas o quê? Agora ela está mesmo brincando com o perigo.

— Está ficando doida? — Puxei-a para cima pelos cabelos, ela riu achando graça. — Não vai fazer isso aqui!

Sussurrei com raiva e envergonhada, ela bufou.

— É legal jogar com o perigo.

Penetrou dois dedos em minha intimidade, fazendo-me fechar os olhos e morder o lábio, para controlar a insana vontade de gritar.

— Oh díos!

Gemi baixinho em seu ouvido, pude senti-la estremecer um pouco ao meu ouvir. Lauren ama quando eu solto gemidos em espanhol, é um dos pontos fracos dela.

— Ah Camz... — ela soltou o ar quente em minha orelha, eu gemi baixinho, rezando para ninguém ter ouvido. — Só fica quietinha, eu preciso fazer isso.

Ela falou e voltou a se enfiar debaixo do cobertor, por sorte nosso colchão estava um pouco afastado dos demais, e com a mesinha de centro ao nosso meio, quase não dava para ver os movimentos que fazíamos ali, só se uma delas levantasse. Acho que Lauren planejou isso antes... Claro que sim, filha da mãe.

Lauren levantou minha blusa e começou a distribuir beijos molhados pela minha barriga, subia e descia com a ponta da língua por toda região, eu me contorcia debaixo dela enquanto ela ainda me penetrava sem parar. Ela afastou meu sutiã com sua mão livre e rapidamente colocou meu seio direito em sua boca, lambeu, mordiscou, chupou, sugou, me excitou ao máximo e passou para o esquerdo, repetindo o processo. 

Eu flexionei minha perna esquerda, deixando ela bem dobrada para criar um tipo de barreira para as meninas não verem a cabeça de Lauren se movimentando embaixo do cobertor. Ela abaixou mais minha calça até que ela estive em meus joelhos, depois fez o mesmo com minha calcinha. Eu engoli seco, lutando para manter os olhos nas meninas ao meu lado. Se alguém fizesse menção de levantar eu ia dar um soco em Lauren.

Senti sua respiração bater em meu sexo encharcado, me fazendo arrepiar. Ela passeou seu nariz pela região por alguns segundos, mordi o lábio. Minha mão direita foi para seus cabelos e eu pressionei sua cabeça na direção da minha intimidade, pela quantidade de hiperventiladas que ela soltou eu soube que ela estava rindo sem emitir som. Antes que eu empurrasse sua cabeça outra vez, ela atacou meu clitóris com violência. Fechei os olhos por uns segundos, quando os abri outra vez, minha visão estava turva. Estava sentindo tanto tesão que poderia morrer naquele momento. 

Ela ficou brincando com meu ponto de prazer em sua boca, o chupava e mordiscava diversas vezes, desceu com sua língua até a entrada de minha intimidade, afastou mais minhas pernas para que pudesse penetrar a pontinha com rapidez e uma força descomunal. Lauren sabe usar a língua que tem... E como sabe.

— Oh!

Sussurrei entre suspiros e gemidos, ela aumentou o ritmo e a intensidade em que me chupava, com tanta devoção que eu era possível ouvir alguns barulhos de sucção. Graças ao som alto da televisão não tinha como as meninas escutarem, ou pelo menos eu acho que não, e prefiro acreditar nisso. Senti meu corpo começar a estremecer, tive que morder a palma de minha mão para não gemer alto quando meu orgasmo veio com força total. 

Assim que gozei, Lauren sugou todo meu líquido e ainda ficou um tempo passando a língua em meu sexo que estava completamente sensível.

— Isso foi ótimo.

Ela disse sorrindo depois que saiu debaixo das cobertas, subindo minha calça e a calcinha.

— Você é uma puta, Lauren.

Resmunguei com falsa raiva e ela sorriu maliciosamente.

— Eu amo quando você me xinga, fica tão sexy que eu sinto vontade de te chupar inteira, até você cansar.

Eu nunca poderei expressar o que ouvir aquelas coisas, naquele tom erótico e rouco da Lauren causa no meu corpo, são tantas sensações que...

Depois de arrumar minha roupa direitinho, ela deitou e me puxou para deitar em seu peito.

Ela tinha esse lado sem vergonha dela, mas é o amor da minha vida. Longe de mim estar reclamando disso, eu amo isso nela. Tudo, o lado safado e o lado carinhoso.

Cada dia mais eu posso confirmar que...

Era para ser assim mesmo, estava escrito... Lauren e eu fomos feitas para durar.