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História A Menina da Guitarra Vermelha - Vincent High School


Escrita por: LmS_Miller

Notas do Autor


Nova fic!! Fui desafiada a fazer uma fanfic com todos esses temas. Espero que vocês gostem. Dêem uma visualizada na minha outra fic Suicide Nation!

Capítulo 1 - Vincent High School


Fanfic / Fanfiction A Menina da Guitarra Vermelha - Vincent High School

Olá. Sou Sirena D'Clair Müller, uma garota de dezessete anos que estava a um passo de se jogar no mundo cruel e mortal. Abri meus olhos lentamente, ao escutar o despertador do celular tocando, me avisando que eram sete horas da manhã. Me sentei na cama ainda sonolenta, colocando meus pés nus no chão gélido em consequência do ar condicionado, que estava ligado em 16°C. Desliguei o despertador do celular, que já tocava pela segunda vez a música "Alarm" da Annie-Marie, uma cantora recém chegada ao mundo da música internacional. Fui até o banheiro e fiz todas as minhas higienes, me despindo depois. Fiquei observando minha imagem nua na frente do enorme espelho que havia no banheiro, dando vista para o corpo inteiro. Pensava se algum dia alguém me acharia bonita, mas se eu não me achava bonita, como alguém poderia me achar? Impossível. Entrei na banheira, ligando a toneirinha para encher a mesma. Saí da banheira após tomar meu banho - que demorava anos e anos - e me enrolei na toalha, indo em direção ao closet que ficava em outra porta no meu mesmo quarto. Coloquei a mesma roupa de sempre: Uma calça jeans rasgada nos joelhos, uma camiseta preta com "The Beatles" na frente, coberta por uma jaqueta courada de cor preta também. Como calçado, o famoso All Star, o tênis que toda garota emo usava - não que eu fosse uma - além de usar um cap que prendia gentilmente meus cabelos totalmente pretos e lisos. Como eu morava sozinha, coloquei "Side to Side" da Ariana Grande feat. Nicki Minaj para tocar no último volume. Desci com o meu mini rádio e o celular na mão, colocando os dois na mesa de jantar. Subi rapidamente para pegar minha mochila, que era branca com estampa de caveirinhas pretas. Desci novamente com a mochila na mão e a joguei no sofá, fazendo a mesma cair no chão e ali ela permaneceu por caprichos meus. Como não estava com fome, fui para o banheiro do térreo para aplicar rímel, lápis de olho e meu batom mate cor de vinho - quase preto - que estava novinho. Quando terminei fui checar as horas, me desesperando quando vi que eram quase oito horas. Peguei minhas coisas e saí de casa, trancando a mesma com os dois cadeados. Peguei a chave da minha moto, que era uma daquelas bem fodas de motoqueiros antigos, montei na mesma e parti nessa aventura entediante e nova para mim. Já pensou que eu poderia não me encaixar nos padrões de beleza daquela escola onde todos os garotos estariam usando regatas e calças jeans despojadas e todas as garotas usariam roupas curtas que destacassem suas curvas e saltos que fossem fofos. Eca! Fiz uma careta só de pensar naquilo tudo. No meio do caminho parei para abastecer num posto bem perto da escola: Ótimo! Conheço um lugar que fique distante de todos. Retomei o meu caminho, dando de cara com o campus imenso. Vincent High School, a escola de patricinhas e famosinhos. Fui até o estacionamento e estacionei minha moto, recebendo olhares de uma garota que era dona de incríveis olhos verdes, com mais ou menos 1,60 m de altura, que usava uma regata curta quadriculada de cores branco e preto, com uma jaqueta courada e aberta por cima e um short curto de cintura alta. Revirei meus olhos, andando agora até a diretoria, onde iria pegar meus horários. Antes de chegar lá, coloquei meus fones e comecei ao celular, pondo para tocar "Bohemian Rhapsody" de Panic! At the disco. Acabei esbarrando em um garoto que estava super centrado em seu celular, suponho que ele estava jogando algo. Eu caí no chão, acabando por derrubar todas as minhas coisas. Resmunguei baixinho e o garoto me ajudou a pegar as minhas coisas enquanto eu levantava. Nos entreolhamoa, com um olhar já conhecido: Justin Bieber, o garoto que me zoava na escola por eu ter anorexia - o que ele não sabia que eu tinha - e ser de fato muto, mas muito magra mesmo. Meus olhos se encontraram com os seus, em olhares nojentos que eu dava pra ele. Eu, desconfortável com a situação, corri para a diretoria ainda olhando para trás, vendo a namorada atual dele chegando. Ah, antes que me perguntem, sim, eu seguia ele nas redes sociais que ele exclui por causa da treta da namoradinha. Entrando na diretoria, vi uma senhora que não aparentava ter muita idade - Só uns trinta e poucos anos - que olhava para mim com um sorriso estampado no rosto.

- Bem-vinda!

- Ahn... O-Obrigada... - Eu disse, tímida como sempre.

- Sou a senhorita Karen Blake, prazer - Ela estendeu a mão e eu a cumprimentei.

- Sou Sirena, a - Fui interrompida pela senhorita Blake.

- Aluna nova, sim, já sei. Aqui estão seus horários. - Disse ela pegando um papel em que estava escrito Sirena e dando para mim depois. - Suas aulas começam daqui a pouco. 

Afirmei com a cabeça e saí do local, vendo um amontoado de pessoas no corredor. Me aproximei para ver o que era, avistando de longe a Ariana Grande, a rainha do Teen Pop. Me afastei, não ligando para o que estava vendo e fui para o jardim do campus, avistando a One Direction. Cara, esse colégio é só para famosos? Sentei debaixo de uma árvore, me encostando em seu tronco, tirando da bolsa meu livro favorito: A menina que roubava livros. Me irritei ao perceber que Harry Styles olhava para mim de modo diferente, como se estivesse com pena de mim. Guardei o livro na bolsa, deixando-a aberta sem querer. O sinal para entrar tinha tocado e todos estavam indo para as suas salas. Quando passei do lado da 1D, deixei sem querer meu livro cair, despertando a atenção de Harry que pegou o livro e correu em minha direção para tentar me devolver o livro, mas foi engolido pela multidão. A banda do coitado, que já estava indo para a sala nem percebeu a cena e continou seguindo caminho. Eu segui para a sala B17, onde iria haver aula de filosofia. Entrei por último na sala, recebendo olhares feios e risadas baixas. 

- Bom dia alunos. - Disse o professor fazendo sinal para chegar perto dele. - Apresente-se. 

- T-Tudo bem. - Andei até o meio do pequeno palco na sala. - Oi galera, eu sou a Sirena D'Clair e vim de Vegas.

- Olha só! A novata é trevosa! - Gritou uma voz masculina reconhecida por mim. 

Apenas abaixei a cabeça e andei até a primeira cadeira da fila. Ainda escutando risadas e comentários sussurrados, apenas fiquei olhando pela janela, sem prestar atenção no assunto.

- Com licença, senhorita D'Clair.

- O-Oi? - Todos os alunos começaram a rir, sendo repreendidos pelo professor. 

- Pode me dizer o nome do filósofo que defendia a liberdade? - Os aluninhos ridículos começaram a rir baixinho, esperando um desastre como resposta.

- Jean-Jacques Rousseau. - Disse na maior tranquilidade, escutando todos se calarem.

As cinco aulas se passaram muito rápido, nem deu tempo de piscar. Agora era hora de entrar para um dos clubes. Haviam vários de várias categorias. De um lado estavam dois grupos: Pentatonix e Fifth Harmony. Do outro estava 1D e Ariana Grande do lado, com suas fichas para cadastro cheias e quase lotadas. Passei na frente de cada um dos grupos, analisando bem seus membros. Enquanto eu andava, as pessoas iam se afastando de mim, dando passagem e ao mesmo tempo tentando me evitar. Parei em frente ao grupo da One Direction, decidida a entrar, mas ao mesmo tempo com medo, pois só garotos se inscreviam para esse grupo e só havia uma vaga. 

- Tem vagas? - Apontei para a faixa onde tinha escrito: 1+1. 

- Claro. - Louis deu uma risada. 

- Você é a garota que estava lendo "a menina que roubava livros", certo? - Perguntou Harry curioso.

- Sim, sou eu.

- Você o deixou cair no jardim. - Ele entregou o livro para mim e eu sorri aliviada, dizendo um obrigada depois. 

Os testes... Quando serão? - Perguntei olhando para a ficha, na qual ainda estava preenchendo.

- Hoje, às quinze horas, no teatro principal. - Disse Liam. 

- Obrigada. 

Saí de lá entregando a ficha para Louis, que olhava para Harry um pouco enciumado. Fui para o estacionamento, dando de cara com a minha moto que estava pichada: Emo. Eu não acreditei na hora. Como eu iria aparecer nas ruas com uma moto pichada? Peguei minhas chaves e fui até ela, ligando a mesma, que não pegou. Fiquei muito puta, a ponto de torturar o que havia aprontado comigo. Peguei meu celular na bolsa, desbloqueando o mesmo e discando o número de Luke depois. 

* LIGAÇÃO ON *

- Alô? - Podia escutar a voz rouca de Lukas no telefone.

- Oi, Luke. Estou com problemas na moto, você pode vir aqui? 

- Ah, claro. Onde você está?

- No Vincent High School. Ah, traz gasolina.

* LIGAÇÃO OFF *

Todos à minha volta riam, zombando da minha situação. Apenas me encostei no tronco da única árvore que tinha ali, pegando novamente meu livro para ler. Um tempo se passou e eu logo escutei a buzina da Ferrari vermelha do Luke, que era sempre exagerado. A partir do momento em que ele entrou na colégio, todas as garotas começaram a olhar para ele. Quando ele saiu do carro todas elas deram um suspiro, se aprofundando no azul bebê de seus olhos e no preto do seu cabelo, sem contar sua pele pálida como papel, só um pouco menos que a minha. Ele, com seus dezenove anos, tinha 1,86 m de altura. Extremamente alto. E eu, com dezessete, tinha meus 1,50 m de altura. Ele me viu e sorriu com aqueles dentes super brancos, fazendo meus olhos latejarem. Depositou um beijo em minha testa e me abraçou, me fazendo sentir uma nanica - não que eu tenha problemas em ser assim - de 1,30 m. 

- E aí, Si.

- Oi, Dale. 

Eu e Lukas éramos amigos desde o pré-escolar. Ele sempre tirou notas altas no colégio, tirando média alta também no quesito #Paizão. Sempre me ajudava quando eu não entendia o assunto, explicava quantas vezes fossem precisas, me consolava quando eu sofria bullyng ao extremo, me ajudou a quitar minha casa, e deu essa moto para mim. Lembro-me bem do dia em que eu ia me matar, mas ele me impediu.

* Flashback On *

Lukas Catasdale Vivaldi. Meu problema. Minha cura. Minha pequena cabecinha de 14 anos já não aguentava de jeito ou maneira aquelas mensagens anônimas no celular, que diziam: "Você não presta!" Ou "Faz um favor ao mundo e se mata". Aquilo realmente já me enchia completamente, a ponto de me fazer na cobertura do prédio onde o pai de Luke morava e ficar na ponta, esperando a coragem. E eu o fiz. Sentia o vento bater sobre meus cabelos negros, os fazendo voar para trás. Era a coragem que batia à porta. 

- SIRENA! - Me assustei ao ouvir a voz rouca e consoladora de Luke, quem eu chamava de Dale. - Si, não faça isso! 

- Dale, se afaste. Não quero que você veja isso. 

Ele chegou mais perto  eu fui indo mais para a ponta, ficando a um passo de cair morta no chão. Ele estendeu a mão para mim, segurando o choro, tentando parecer forte. 

- Si, eu te amo. Não quero te perder.

- Como eu saberei se você diz a verdade?

- Eu te abriguei quando você passou a morar na rua. Eu que te consolei quando todos aqueles idiotas viram seus cortes e apertaram seu pulso. Eu sou a pessoa que te apoia. E eu não vou perder você.

Agora eu chorava, desesperada. Mesmo que eu não me jogasse, eu iria cair, pois escorreguei tentando voltar e caí. Por sorte, Lukas me segurou com força, me puxando para cima. 

- Me solta! - Eu me debatia, tentando me soltar, mas não conseguia.

Ele me segurou e me puxou finalmente para a laje da sacada, se segurando no grande poste que havia ali. Quando estávamos a salvo ele me abraçou forte, não segurando mais o choro.

- Não faz mais isso, por favor. Eu não posso te perder.

* Flashback Off *

Ele já havia resolvido o problema da minha moto, então a rebocou no pequeno guincho do seu carro e me levou junto. Fui dirigindo a Ferrari até chegarmos na minha casa, que era familiar para ele. Estacionei a moto, na tentativa de não deixá-la caída e travei para que ninguém a roubasse. O Dale entrou na minha casa logo atrás de mim e sentou-se no sofá, ligando a TV e colocando no canal da Universal, que transmitia CSI: Miami - que eu amava- que havia começado naquele mesmo momento. Sentei no sofá ao lado de Luke, encostando minha cabeça no peitoral dele, que me distribuía beijos arrepiantes no pescoço. De repente a campainha tocou, me fazendo largar o meu querido Dale para ir atender a porta. Quando eu abri...

- Sirena, há quanto tempo. 


Notas Finais


Eeeeeeeeeu 😍😍😍


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