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História Locked Out Of Heaven - A mesma ferida


Escrita por: CandyVanD

Notas do Autor


Na ordem da foto:
Lola, Val, Hope
Moon, Bella
Lizzy, Sky

Capítulo 5 - A mesma ferida


Fanfic / Fanfiction Locked Out Of Heaven - A mesma ferida

2000

Wakanda

As crianças correm alegremente pelo jardim, dentro de suas brincadeiras, esboçam o carinho que nutrem umas pelas outras. Porém, no meio de tantas risadas, Hope cai, machuca as perninhas.

Lizzy, Valeria e Paola ajudam, depois, Bella dá um beijinho em cima da ferida, dizendo que é pra sarar.

– Ainda tá doendo?! – Moon indaga ao apontar.

– Tá dodói?

– Não, não tá doendo. – passa a mão no machucado. – Mas não queria ter caído!

– Por quê? – Liz questiona. – Não fui culpa sua, Jujubinha, você não viu!

– Porque só gente fraca que fica caindo! – cruza os braços. – Eu não sou fraca!

– Você não é flaca! – Bellinha sorri, abraçando a prima. – Você é muito folte!

– Verdade! – Lola também a abraça. – Se você cair, vamos cair com você, seremos todas fracas!

[...]

2019

Sanctum Sanctorum

Lyra fora levada a residência dos tios, onde Paola conseguira ajudá-la, trazendo-a de volta a forma humana. Terrance removera os pequenos efeitos colaterais, confirmando que a menina é imune a maior parte das magias, com uma recuperação em nível maior até mesmo que o primeiro Hulk. Dois dias se passaram, mas ela continua em observação, assim como Taylor ainda se culpa por ter ferido-a.

Deitada no quarto de hospedes, mais precisamente, no colo de Lizzy, relata a frustração de não ter assumido as Indústrias Stark na data marcada por Tony. Ao redor estão Valeria, Moon e Lola, a última lembrando a promessa que fizeram quando crianças: “Se você cair, todas cairemos juntas!”.

Os carinhos, as palavras de conforto e os doces que ingerem ajudam a acalmar o coração. Infelizmente, a alegria é aniquilada por uma nuvem carregada que segue Hope ao adentrar a suíte.

– Jujubinha! – diz gentilmente. – Achei que não fosse vir me visitar!

– Acertou! – cruza os braços. – Não estou aqui para vê-la, quero falar a sós com a Lola.

– Ei! – Parker grita. – Estamos regredindo?!

– Não se meta, não é assunto seu!

– E é assunto de quem?! – Val indaga no mesmo tom. – Chamou o Tay de idiota por ficar mal pela prima dele. Ignorou as mensagens do meu irmão. Meteu mais gente no caso que era para ser isolado entre minha equipe e a polícia! Me diz, é assunto de quem?!

– Paola, te aguardo na sala principal.

[...]

Brain, Ghosttown – Praia das Bruxas

A famosa cidade fantasma faz parte da capital. Um lugar conhecido por lendas, pontos turísticos e pessoas humildes. O custo de vida é baixo, atraindo curiosos, devotos aos Deuses, pescadores e artistas durante o verão, porém, só um residente compreende que o verão é eterno, que mesmo no frio, o lendário mar das bruxas continua acolhedor. Este mesmo mar e suas ondas acariciam o que conseguem tocar dos pés de Spencer que novamente chora ao lembrar-se dos bons momentos que passara com seus pais. É exatamente aqui onde seu pai – Bucky Barnes – o ensinara a surfar, e sua mãe – Maria Hill – lhe contara as histórias das sereias.

O sol faz morada no céu que se assemelha ao olhar do rapaz, Ava senta ao lado. Ela nem imagina que o homem que tem como irmão está fazendo prece pelas almas dos progenitores. Contudo, percebe que chora, o abraça no silêncio da dor compartilhada, lembrando-se de Elihas – seu verdadeiro pai – e Bill Foster – o homem que a criara, cuidara e amara antes de vir a óbito.

Um pouco longe, a mãe de criação do rapaz – Melissa Flores – sorri ao ver os mais velhos cantando. Quando está prestas a sentar, observa que o filho mais uma vez está remoendo o que o tiraram dele, não apenas os pais, mas a bondade, os sonhos e até mesmo a maior parte do sentimentalismo que possuía. Ela respira fundo, chegando mais perto, consegue ouvir nitidamente:

– Não, eles não vão me pegar!

– Eles quem, meu amor?

Indaga ao sentar perto da garota que também chora.

– Eles não vão me pegar, jamais me assistirão chorar!

– Estão atrás de você?!

– Mãe... – engole a seco. – São pessoas ruins, que geraram frutos ruins, não todos, mas sua maioria.

– Não gosto quando...

– Não importa agora. – Fantasma interrompe. – Está na hora de tirar as mãos de quem arrancou sangue dos nossos pais!

[...]

Ateliê Van Dyne

Moon e Lizzy escolhem as rendas que serão usadas na coleção de lingeries, a loira relata sobre os treinos com Mar-Vell, algo que só Terrance sabia.

– Ele é o mesmo cara que deu poderes a minha dinda?

– Sim! – pega uma cor de rosa, joga dentro da caixa junto com as outras escolhidas para compor. – Ele diz que perdi meus poderes porque tive um descontrole emocional, que assim como minha mãe, me ligo muito aos sonhos. Inclusive, o pesadelo que tive na noite anterior a perda, foi com a Clea, mãe do Terrance!

– Uau! – alisa alguns panos. – O que minha dinda acha disso?

– Ela não pode sonhar que estou me encontrando com ele! Mamãe o odeia e com muita razão! Além do mais, quase morreu quando absorveu o poder Kree, já fui abusada, presa num loop temporal de violências. Também foi vítima do alcoolismo, quase dando fim a própria vida. Resumindo, não posso contar que aceitei a ajuda daquele infeliz, que perdi metade dos poderes, seria uma decepção absurda, ela não merece isso!

Antes que conseguisse responder, um portal cospe Pietro no meio, assustando-as, fazendo com que a loira jogue uma pequena rajada na testa do garoto, que grita.

– Que droga! Você é maluco, caralho?! O que quer aqui?!

– Estou aqui pra visitar minhas bonecas favoritas! – pressiona os dedos onde machucou, faz careta, mas continua. – Que tal tomarmos café da manhã?

– São três da tarde.

– Acordei às duas e meia! O que acham? Eu pago!

– Pietro, o que tem de poder, tem de babaquice e irresponsabilidade. Pode parecer que tô te ofendendo gratuitamente, mas a verdade é que tô revoltada após ter sido um infeliz com a minha Ana Lua!

– Não faço por mal, Liz! – faz biquinho. – É porque sou um pouco burro, atrapalhado e idiota! Como posso explicar? Meu coração gela, sinto febre quando vejo a B1 passando...

– Nunca mais me chame assim! O único idiota que pode me chamar assim é meu pai. E nem vem, não confio em quem me faz chorar.

– Te fiz chorar? – arregala os olhos. – Caralho, sou muito imbecil!

– Faz um favor? Some daqui, tá? Apenas suma daqui!

[...]

Mansão Barton

Na noite anterior dormiram abraçados, não precisou se dopar para conseguir alcançar o sono, o toque de Scott a acalma de forma sobrenatural. Não se beijaram, não transaram e tampouco recitaram poesias. Apenas tocaram com carinho no mundo um do outro.

A herdeira Pym dormira tão bem que perdeu o horário da aula e de todos os compromissos.

Neste momento, ao retornar após tamanha discussão com Paola, se vê sozinha no imóvel. Tenta ligar para Lang, mas não obtém respostas. Aproveita que mesmo sem querer tirou um dia de folga, para aproveitar o sol. Não veste trajes de banho, continua com o vestido, mas tira o casaco que estava por cima. De pés descalços sente a energia no piso, algo acolhedor como costumar ser. Infelizmente, tamanha leveza da Costa Praiana é levada embora quando escuta Francis falando ao telefone:

– Quer falar de evidências de traumas? Quer falar disto pra mim?!

Ele grita, está chorando. Hope respira fundo, diminui de tamanho para se aproximar, e entender o porquê de tamanha angústia. 

Chegando bem perto da cabeça, sente a mesma dor, porque é a primeira vez em anos que o assiste tão vulnerável:

– Que inferno, Azari! – o choro se intensifica. – Não vê que sangramos a mesma ferida? Não mesmo! Me escute! Não vou ficar calmo, não quero ficar calmo! Nós tivemos ótimos momentos, mas nem isto compensa minha frustração por sua covardia! Isso mesmo, pura covardia! Não lhe desejo mal, na verdade, desejo o melhor. Me perdoe por não ter sido o que queria que fosse, fiz de tudo para não te machucar, e agora vejo que nunca vamos chegar a lugar nenhum enquanto o pavor te dominar!

Clint aparece, assustando-os, fazendo o filho desligar o aparelho imediatamente. Enquanto caminha em direção ao seu menino, fala:

– Só vou perguntar uma vez, espero que não minta.

– Não vou mentir, papai. – limpa as lágrimas. – Estava com o Azari há alguns meses, mas o medo o levou embora.

[...]

Sanctum Sanctorum

Wanda, Terrance e Jennifer assistem à novela favorita, quase um ritual diário. A matriarca é a mais empolgada, tem gente que diz que ela ama mais a trama de Mulher Como Eu do que os próprios filhos. Falando neles, assim que começa o intervalo, Pietro se joga no sofá entre a mãe e a madrinha.

– Preciso de ajuda!

– Qual foi a merda que tu fez agora?!

– Falei pra Ana Lua que nunca vamos ter nada, mas quero muito ter algo com ela. Mamãe, quero casar com ela!

– Coitada!

– Mãe, você me odeia?! – fita-a enquanto a dupla gargalha da cena. – O pai falando que mereço alguém melhor, e tu dizendo que não presto!

– Pietro, amor da vida da dindinha! – Walters começa a usar de seu corriqueiro deboche com o rapaz. – Quando a gente diz pra alguém que nunca vai rolar nada, as pessoas costumam acreditar.

– Terry, pode me defender? – começa a fazer charme. – A mãe me odeia!

– Você não tem defesa! – joga uma almofada na cabeça dele. – Chora vendo Naturo, usa do e-mail do nosso pai pra ver pornô, sem contar que tá com uma mania ridícula de brincar na Dimensão Espelhada.

– Tenho traumas causados por minha família que não me leva a sério. – coloca as mãos sob o peito, intensifica o drama. – E quando eu morrer?

– Te coloquei no mundo, e posso tirá-lo.

– O que quer dizer com isso? – franze o cenho. – Tá me ameaçando?

– Se não me deixar quieta, vou cumprir.

– Ótimo argumento, mamãe! – sorri, fica de pé. – Vou estudar!

[...]

Edifício Baxter

Já é noite quando Sky consegue sair da sala de reuniões. Pierre, Franklin, Hope e Valeria estão obcecados no Spencer, o que acaba deixando-a extremamente nervosa. Se tudo que falam é verdade, acredita que está correndo um grande risco. Tudo ficou pior quando a loira dissera: “Não pode passar o resto da vida se escondendo!”. Não obstante, o único homem do grupo indagara: “Se é tão covarde, por que entrou pra equipe?!”. Antes de sair do cômodo, ouvira algum deles murmurar que é decepcionante tudo o que vem dela, como é frustrante ver uma heroína ser tão medrosa.

Chegando ao quarto, tranca a porta, acende as luzes. Tira o uniforme, ficando apenas de roupas íntimas. Senta diante ao notebook, enquanto o aguarda ligar para começar mais um desabafo, puxa da última gaveta da cômoda – que só pode ser destrancada pela digital dela – um maço de cigarros com sabor de menta, o vício que omite desde os dezoito anos. Quando o fumo é colocado sob os lábios rachados, digita a senha, rapidamente abre o diário virtual, colocando toda dor para fora:

Boa noite, leitores! Como estão passando?

Espero que estejam bem, ou melhor que eu neste exato momento. Peço perdão pelo sumiço, mas minha vida tem sido uma loucura! Enfim, sem mais delongas, eis os motivos para sanar as dúvidas que provêm de vocês:

Hoje, descobri que eu, Hanna, decepciono as pessoas o tempo todo. Algumas me acham arrogante por ser tão ríspida e reservada, mas não é verdade. Queria ser motivo de orgulho, mas vejo que não há nada que posso fazer para dar fim a minha timidez. Ela é tão insana que me impede até mesmo de ligar para meus pais e dizer que os amo, que são tudo na minha vida.

Vocês já sentiram o peito bater tão forte a ponto de achar que poderia enfartar? Isso acontece toda vez que preciso falar em público, com alguém que não conheço, e principalmente, quando tenho que encarar o homem que roubou meu coração. Não sei se lembram dele, caso não, relatei no texto Coração de Ferro, acho que vão gostar deste romance frustrado de uma pessoa só...

[...]

Assim que termina seu desabafo no blog onde assina com outro nome, resolve fazer um chá para ficar mais tranquila e dormir.

Veste o pijama do Star Wars, sai do quarto, agradece mentalmente por ver o corredor apagado. Porém, quando pega o elevador, Moon está aos prantos, um nervosismo absurdo toma conta. Sky sente vontade de abraçá-la, mas não consegue fazer, é um bloqueio horroroso que possui. Fica inerte, encarando a gêmea, esperando que diga algo, porém, sem respostas.

Está desconfortável, principalmente porque descem no mesmo andar, dão de cara com Valeria, Franklin e Pierre.

Val corre imediatamente em auxilio da amiga, lhe dando o afeto necessário.

– O Pietro ainda vai me deixar louca! – brada. – Acredita que ele...?

É interrompida pela inteligência artificial do prédio que avisa:

"Senhores, há uma chamada de vídeo do senhor Parker.".

– Fala que a gente morreu!

"Ele sabia que diriam isso, pediu para avisar que é urgente.".

– Diga que vamos atender na sala de reunião.

[...]

As luzes são acesas ao mesmo tempo em que o telão é ligado.

Peter vai direto ao assunto:

B1 E B2, quero que arranquem um fio de cabelo de vocês e enviem pro Havaí.

– O quê?! – cruza os braços. – De novo essa história? – revira os olhos. – Papai, a nossa mãe te traiu com a dinda Carol, dedo não faz filho!

– Tava chorando, Ana Lua? – exprime os olhos. – Teu lápis de olho tá todo borrado, tá parecendo a Noiva Cadáver!

– Você ligou pra isso?!

– Maria Céu, minha filha, a sua mãe me traiu com a Danvers, com o Loki, com o Demolidor e até mesmo com o Tony!

– Opa, o que tem o meu pai?!

– Pierre, talvez as clones sejam suas irmãs.

– Tio, calma aí! – Valeria diz. – Você não disse que ia pro retiro da igreja?

– Sim, o retiro é no Havaí!

Jessica aparece atrás dele, acena.

– Ele tá querendo teste de paternidade?

– Sim, mãe.

Ela revira os olhos, dá um tapa na cabeça do marido, grita:

– Tá ficando maluco, porra?! Tu acha que com tanto macho bom no mundo, eu ia escolher logo você pra ser pai das minhas filhas?

– É um ótimo argumento! – gargalha. – Depois dessa, eu calava a boca e curtia as férias!

[...]

Quando a tela desliga, tudo que Sky mais deseja é conseguir ficar invisível, bem distante da vista de todos. Pierre – tão confuso quanto – é o primeiro a falar:

– Vamos recapitular. – fita-os. – Tio Peter e Tia Jess estão de férias no Havaí com meus pais, sendo que disseram que iam para o retiro da igreja.

– Sim! – Moon finalmente ri, mas é de muito nervoso. – Não esqueçam que o nome do pacote é Colônia de férias para pais e mães cansados de seus filhos imbecis que só fazem merda!

– Deveria ficar surpreso com tamanha estupidez? – Franklin cruza os braços. – Ele chama vocês de B1 e B2!

– Faz pior... – continua rindo. – Nosso primeiro aniversário foi do Stark Wars – O Ataque dos Clones. Nosso segundo aniversário foi Bananas de Pijamas porque também nos chama assim. Sem contar que quando éramos bebês, escrevia B1 e B2 nos nossos braços para não trocar.

– Ele nos chama de clones, de bananas de pijamas, de Ana Lua e Maria Céu, mas quando fica bêbado, acha que tá vendo em dobro porque esquece que é pai de gêmeas.

– Desculpem... – Stark tenta controlar a risada. – Mas o pai de vocês é um idiota!

– Sabemos disso. 


Notas Finais


sabemos disso


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