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História Locked Out Of Heaven - Coisa mais linda!


Escrita por: CandyVanD

Notas do Autor


Um especial dia dos pais pra deixar o coração quentinho! <3

Esse foi o capítulo mais longo que fiz, por motivos de: Além de querer aproveitar a data, não posso perder a trama em andamento.
Alguns pais foram explorados em maior grau, de acordo com o enredo.
Infelizmente, não consegui trabalhar Scott e Cassie neste porque se fizesse ficaria enorme, e também porque futuramente haverá uma trama focada nisto.
E claro, sempre bom lembrar: Mais de vinte personagens para trabalhar.
Ao decorrer da história cada um terá seu momento. Se quiser ler somente sobre Scope, tenho uma fic 100% focada no casal ;)

Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 8 - Coisa mais linda!


Fanfic / Fanfiction Locked Out Of Heaven - Coisa mais linda!

– Frustrada por ver seu pai?!

Arqueia a sobrancelha, acolhe-a imediatamente num acalento onde os dedos alisam os fios negros, acredita que foram penteados pela escuridão da noite, assim como diz a canção. Beija-a no topo da cabeça, o choro dela se torna intenso, Peter consegue sentir as lágrimas em sua camisa.

– Sou o seu maior admirador!

– E o que admira em mim?!

– Você é meu amor, você e a Moon são os meus grandes amores! Toda vez que te vejo tão mal com sua aparência, duvidando de sua capacidade, inteligência e qualquer outra qualidade, me sinto péssimo!

– Não é culpa sua, papai! – esfrega o rosto, borrando a maquiagem. – Não é culpa sua se acordo triste, se não quero levantar da cama, se tenho pavor das pessoas. Não é culpa sua, se quando o céu acorda se exibindo, dando brilho ao nome que carrego, sinto vontade de chorar. Papai... – solta dos braços dele, fita-o, mostrando suas fraquezas. – Nem toda noite é noite de lua cheia, acho que a tia Wanda errou feio!

– Pode ter errado, mas uma coisa é certa...

Pega-a com a postura de conduzir numa dança, ela aceita, acaba sorrindo quando girada.

– O que é certo?

– Mesmo que a lua não esteja cheia, ainda precisamos do céu.

– O que quer dizer?

– Você é literalmente meu céu, B2! Que a força esteja com você, clone!

– Com você também, papai!

Gargalhando, com os sapatos numa mão e uma taça de vinho na outra, Moon aparece correndo, gritando:

– Papai, acabei de bater num homem abusado!

– Essa é minha garota!

Parker acolhe Sky com o braço esquerdo, oferecendo o direito à outra filha. Quando as gêmeas se encontram perto do peito que canta alegremente, murmura:

– Amo vocês!

Um beijo na testa de cada uma, e sendo o Aranha, uma piada:

– É muito louco ser pai de vocês, clones! – começa a rir. – Uma tá rindo, outra tá chorando. É tipo meu coração que tá metade triste e metade feliz, sabe? Vocês parecem àquelas máscaras do teatro, o Drama e a Comédia, e também...

– Pai!

– Que foi, Ana Lua?!

– Não foi a Moon que te gritou, fui eu!

– Diga, Maria Céu! – continua rindo. – O que posso fazer para te ver feliz?

– Não precisa de muito. – enxuga as últimas lágrimas. – Sua presença deixa meu coração quentinho!

– Sky, nós te amamos!

– Amo vocês, amo mais do que consigo esboçar!

– Se tu me ama, vai dançar comigo! 

– Ele não vai parar até aceitar... – acompanha a risada. – Vamos, deixa o idiota do nosso pai nos conduzir, igualzinho quando éramos crianças!

– Sendo assim... – um tímido sorriso. – Eu aceito!

[...]

No banheiro, Azari encara seu reflexo, as correntes de ouro por cima do blazer branco não parecem tão belas, assim como a coroa que é tirada, deixada em cima da pia. Coloca as mãos no vidro, como quem pede um abraço a si mesmo. Remói no silêncio de seu segredo a indireta que recebera: “O que vão dizer de nós?!”. Infelizmente, não conseguirá conversar com Francis tão cedo, não só pela imprensa que fotografa tudo, mas pelo próprio arqueiro que brinca ao lado de Scott, Pietro e Taylor. Segundo eles, são os Poc Streetboys!

Nestes segundos em que viaja na dor, não nota que tem companhia, quando a mão de Clint repousa por seu ombro, toma um susto.

– Tá devendo? – ri do rapaz. – Desculpe chegar assim.

– Tudo bem, senhor Barton.

Apóia-se na pia, fitando o príncipe diretamente nos olhos para que não haja mentiras.

Cruza os braços, as expressões suaves, corriqueiras na postura, somem quando começa:

– De todos os pirralhos, você é o único que não me chama de tio.

– Deveria? – arqueia as sobrancelhas, imitando o jeito do mais velho. – Se quiser falar sobre...

– Não é sobre isto. – interrompe-o. – É sobre meu filho.

– O que tenho a ver?

– Se continuar com tamanha rispidez, ao invés de tentar conversar contigo, levarei o assunto ao trono.

– Certo! – bufa, passa a mão no rosto. – Me perdoe, não estou bem para falar sobre.

– Também não estou, então, faça o favor de me olhar nos olhos!

Assente, mostra as lágrimas que estão gritando.

– Fran não tem dormido, não tem feito nada além de chorar e reclamar. Meu passarinho não é assim, ele faz parte do meu coração, é meu motivo de alegrias diárias e eternas.

– Não quis causar desconforto.

– Do que sente medo?

– Sou o futuro rei, Wakanda nunca teve dois reis!

– Vai passar o resto da vida sendo infeliz?! Escute-me bem, não sei sua orientação sexual, mas...

– Sou gay.

– Challa e Ororo te amam. – descruza os braços, oferecendo um acalanto ao jovem que prontamente aceita, finalmente chorando. – Dê um fim a esta angústia! Não interessa o que vão dizer, porque o amor sempre vence, o amor é a cura!

A porta de um dos sanitários cai, assustando-os, Harpia ri de si mesma:

– Acho que chutei forte demais!

– Bárbara! – chama atenção, mas sem gritar. – Falei que esperasse lá fora!

– Achei que esse fosse o banheiro feminino, amor... – faz charme. 

– Você é péssima!

– Não discordo!

Desta vez, a senhora Barton os acolhe, murmurando ao genro:

– Ninguém vai lhe dizer como amar, e se fizer vai apanhar de mim!

[...]

Cansada, frustrada, de mãos atadas, é assim que Hope retorna ao salão. Viu o momento em que Bella adentrou a Mercedez, mas a decepção foi tamanha que ficou estagnada, sentindo o peso de ser enganada por sua protegida, a caçula, aquela que representava doçura.

Pega um copo de Martini com um dos garçons, vira-o de uma vez só. As batidas da canção são sentidas de forma péssima, agitando as batidas do coração. Acomoda a louça na primeira mesa que encontra, escuta a risada de Scott bem perto, quando se volta a ele, encontra-o atrás de seu pai que puxa uma fila ao som de Bailando de Enrique Iglesias. Atrás dos homens que mais ama, estão os amigos, os tios e os padrinhos. Quando Taylor, seu melhor amigo, fita-a sentada na platéia, puxa-a imediatamente.

Ela ri ao ouvi-lo cantando.

Quando começam a se desfazer, surpreende-se mais uma vez, Hank convida-a para dançar. Outro sorriso, mais um alívio, mais um motivo para desejar que as coisas melhorem. Numa postura elegante que só Pym consegue ter, flutua, se deixa levar, é a coisa mais linda, é tão inexplicável que dá vontade de chorar!

– Jujubinha...

Abre os olhos quando chamada, responde prontamente com uma carinhosa feição que faz até mesmo o corpo sorrir.

– Papai...

– Lembra de quando lhe ensinei a dançar?

– Como esquecer?! – a primeira lágrima escorre. – Me levava para a varanda, me colocava em cima de seus pés, me dizia que eu só deveria entregar meu coração a um homem que me desse no mínimo uma dança maravilhosa!

– E agora, mais uma lição!

Chega mais perto para que possa ser ouvido melhor.

– Te criei como uma princesa para que nunca aceite menos!

– Nunca vou aceitar, sei que mereço muito! Obrigada por ensinar o amor, papai!

[...]

Na pista de dança, a maior parte dos herdeiros grita ao som de The Edge of Glory da Lady Gaga, porém, há preocupações demais na cabeça de Terrance, é tão intenso que nem ao menos está brincando com madrinha como costuma fazer. Há um estorvo sobre ser chamado de Mago Supremo, há culpa por não conseguir trazer os poderes de Lizzy que foram praticamente furtados de forma covarde. Há cóleras reprimidas por não ter matado Mar-Vell quando teve chance. Nisto, sentado no balcão em que preparam os drinks, vira diversos copos sem ao menos perguntar o que está consumindo.

Strange senta ao lado do primogênito, tentando ir direto ao ponto quando indaga perto do ouvido para que seja escutado com clareza:

– Acredita em Anjo?

– Acredita em Papai Noel? – termina de tomar mais um. – Qual é a dessa conversa, Doutor Estranho?

– Você tá magoado, e tem razão. – repousa a mão no ombro do rapaz. – Me perdoe.

– Não há o que perdoar. – fita-o. – Não pode me impedir de errar.

– Não estou tentando fazer isso.

– O que quer de mim?!

– Quando você tinha oito anos, presenciou um dos meus maiores atos de fraqueza, me viu de joelhos, chorando ao lembrar-me de sua mãe. Talvez, não se recorde, mas quando me abraçou, curou minha dor.

– Foi ali que descobriu parte dos meus poderes?

– Não... – um sorriso semicerrado, as mãos passam a alisar com carinho o rosto de Terry, causando comoção em ambos. – Descobri seus poderes quando coloriu meu mundo que era todo em preto e cinza.

– Eu te amo, pai!

– Eu te amo mais!

– Só me dá a chance de errar, preciso ter meus tombos, não sou imaculado!

– Seja você, e assim conseguirei estar em paz!

– Sabe... – sorri, pega a mão direita do Mago, beija-a. – Acho que não acredito em Anjos, mas creio cegamente num homem que fez de mim outro homem de caráter.

– Lembra da promessa?

– Sim, porque sem você, papai... – suspira. – Eu não seria tão eu!

[...]

A música da vez é You Get What You Give do New Radicals, e Lizzy não parece desanimada como estava há dias atrás. Pula, canta, dança, devora cada letra da melodia que mais parece um abraço em forma de canção.

Steve atravessa no meio dos rapazes que olham sua garotinha, repreendendo todos.

Quando pega-a pela mão, brada:

– Se continuarem, vou me irritar!

– Papai! – gargalha, o abraça. – Seus ciúmes não têm prazo de validade?

– Não é ciúme, Liz! – retribui. – Eles não podem ficar olhando minha bonequinha!

– Escute... – aponta ao DJ, volta a cantar. – “Mas quando a noite está chegando, e você não consegue encontrar a luz...”.

“E você não encontrar a luz...” – um beijinho no nariz. – “Se você sentir que seu sonho está morrendo, segure firme!”.

Começam a cantar juntos, a mesma energia, a melhor sintonia, a coisa mais linda do mundo!

“Você tem a música dentro de si, não deixe que se vá! Este mundo vai sobreviver, não desista! Você tem uma razão para viver, não se esqueça: Nós só colhemos aquilo que plantamos.”.

– Ei, vem cá!

Pega-a pela mão, conduzindo para fora da pista, fazendo-a questionar:

– O que houve?!

– Confia em mim?

– Com todo o meu coração!

O Capitão e sua menina saem, mas a música continua, embalando Tony que canta para Pierre:

“Se você sentir que sua árvore está cedendo, seja flexível! Você tem a música dentro de si, não deixe que se vá! Todo este maldito mundo pode se despedaçar, você vai ficar bem! Siga seu coração!”.

[...]

O herdeiro de Stark já não sabe mais do que é feito o sentimento neste momento, porque desta vez não está sendo o filho exemplar, o exímio profissional, o ótimo agente; no meio de tanta felicidade, está sendo ele mesmo, bebendo uísque com seu pai, fumando charuto ao lado de fora da mansão, admirando as estrelas. Algumas vezes, quando o antigo dono da armadura de ferro fita-o, o brilho no olhar é tão intenso, que consegue ver seu reflexo.

No meio de um destes momentos de amor manifestado, ouve seu progenitor dizer:

– Não gosto quando fica triste.

– Consegue perceber minha tristeza?

– Todos estão um pouco tristes de uns tempos pra cá, mas a sua tristeza é minha também.

– Não dá pra ser forte o tempo todo! – continua encarando-o em meio a tragos no fumo. – Meu esforço não é para compreender e sim para disfarçar. Existem pessoas que precisam de mim.

– Sim, mas quero que escute esse conselho. – sorri. – Não faça esforço, não lute contra o que sente. Não sufoque nada que venha de você, seja humilde, reconheça suas fraquezas.

– Papai, eu...

– Pierre, se eu não tivesse feito isso, você não estaria aqui. – desvia o olhar, ainda é doloroso falar. – Quase perdi sua mãe porque agi da mesma forma que está agindo, não quero isso para sua vida!

– A única coisa que almejo é te orgulhar.

– Parabéns, coelhinho! – fita-o novamente. – Conseguiu! – ergue o copo com o resto de bebida. – Um brinde à coisa mais linda?

– Um brinde!

[...]

No jardim, numa das árvores mais antigas, Rogers mostra a sua menina a assinatura que ele e Carol deixaram: “Capitão América e Capitã Marvel, verão de 86!”.

Um pouco abaixo do coração com os codinomes do casal, há escrito: Lizzy significa “A promessa de Deus” e “Deus é juramento”.

A garota tomada pela intensa felicidade que escorre pelos olhos, sente que mesmo que haja uma canção que despertara o mantra da família, esta é Thank You For Loving Me, não há nada neste vasto Universo que consiga definir o amor, o companheirismo, os sorrisos e tudo que vem dos pais. Não há pop, rock, hip-hop, ou valsa que traduza a gratidão por amar e ser amada.

De cabeça baixa, chora, mas é de felicidade. Antes de se sentir segura nos braços de Terrance, sentiu-se segura nos braços de Steve, e se pudesse, jamais sairia deste abraço.

– O que há?

Toma-a em seus braços, enxugando cada lágrima que cai.

– Papai, não há pílulas mágicas, canções complicadas, poesias complexas ou qualquer outra coisa que consiga mostrar o que significa para mim!

– Não é necessário, querida! – diz piedosamente. – Seu silêncio sempre diz tudo que desejo ouvir.

– Então, vamos ficar quietos, porque quietude também é armazenamento de amor!

[...]

Há um príncipe cabisbaixo andando nos corredores repletos de fotografias, uma exposição feita para a festa.

Pára diante ao quadro onde seus pais estão sentados no trono de Wakanda, algo corriqueiro, mas que nunca parecera tão belo. Alisa o quadro com adoração, murmura perdão quando o choro lhe pega de vez.

Como se a foto pudesse ouvir, aumenta o tom ao falar:

– Antes dos mantos, antes dos poderes... – respira fundo. – Antes de qualquer coisa, são duas pessoas incríveis. Mamãe, não quero te decepcionar, jamais quero vê-la chorar. E papai...

– Não nos decepcionou.

Neste momento entra em cena o rei que carrega a coroa que seu menino deixara no banheiro. Um terno branco, detalhes em ouro, mas uma humildade mais nobre que o amor. Na mão direita de T’Challa há o que pertence a Azari, e na esquerda, uma rosa vermelha, bem semelhante aos que os americanos costumam dar quando convidam alguém ao baile.

Volta-se a voz que lhe acalma, acompanhando os passos do progenitor até onde está.

– É meu maior motivo de orgulho!

– Pai, eu não sou...

– Feliz. – pára diante a ele, coloca a coroa. – Não precisava mentir. – entrega-lhe a flor que colhera do jardim. – Entregue ao Francis, conduza-o de volta a sua vida.

– Clinton ou Bárbara? – sorri ao pegar. – Quem contou?

– Não tem relevância, não agora. – beija-o na testa. – Conversaremos com calma, sua mãe ainda não sabe.

– Como acha que ela vai reagir?

– Da mesma forma que Wanda reagiu quando soube da Paola com o Taylor.

– Pai... – começa a rir. – Ela perguntou se a filha tava ficando maluca em dar confiança pro filho do Thor!

– Esse foi um péssimo exemplo! – acompanha a risada. – Como começou a sentir que o amor pode ser tão forte?

– Era verão, estávamos na Cidade Fantasma... – desvia o olhar. – Quando nos abraçamos, senti que tudo o que precisava cabia no meu abraço. Eu não o vi chegando, não imaginei que seria meu primeiro amor.

– Por favor, olhe para mim!

– Sim. – obedece. – Perdão por sentir tanto medo.

– É normal sentir medo, eu já senti muito medo também, meu amor! – alisa o rosto do menino, dando início ao choro compartilhado. – Não tenha medo de ter medo, apenas seja honesto comigo. Eu lhe darei todo o amor do mundo para que o mundo não pareça tão assustador!

[...]

Quando Taylor era pequeno, Jennifer conseguira alcançar a patente de chefe da polícia super-humana, e com o trabalho consumindo a mãe, passava a maior parte dos dias brincando de Barbie com seu pai. O herdeiro era apaixonado por bonecas, brincadeiras que envolviam casinhas ou comidinhas. Thor sorria como um idiota, sentindo um amor que achava que nunca conheceria.

O Deus do Trovão conheceu o significado de incondicional, e ele tem cabelos castanhos e olhos verdes, esse sinônimo de felicidade, hoje, bebe ao lado dele, lhe enchendo de orgulho. Neste momento de amor entre pai e filho, não existe o herói valente, tampouco o habilidoso advogado. No balcão dos chopes, só há dois rapazes que nutrem a inocência na delícia da agradável madrugada. Nessa noite, eles são tão alegres quanto crianças que ganham novos brinquedos, mas com uma carga emocional de um senhor que viveu duzentos anos.

Outro brinde, mais risadas, mais piadas, mais companheirismo. O sol nascerá daqui algumas horas, e eles continuam a beber como se não houvesse um amanhã. Contudo, uma canção faz com que ambos se joguem na pista de dança, esta é Locked Out Of Heaven do Bruno Mars.

Quando chegam, Jennifer pula nos ombros do filho, se juntam a Peter que conduz suas gêmeas; Lizzy e Steve que pulam alegremente; Clint que brinca com Francis e Scott; Tony e Pierre que cantam abraçados, assim como Hope e Hank.

[...]

Sentados na grama, os gêmeos que juntos formam o equilíbrio, ela com a Luz e ele com as Trevas, finalmente conversam.

Paola parece triste demais, enquanto que Pietro é agitado, gritando, gesticulando a cada palavra dita. A lua se exibe, deveria ser um convite ao rapaz, mas nem isso ajuda a tirar o estorvo da dor que é não saber lidar consigo mesmo.

Na parte interna há uma festa repleta de energia positiva, mas quem disse que isto atrai os irmãos? Porém, no meio de tamanhas confissões, Stephen surge, parando no meio.

– Por que não estão dançando? – agacha-se. – São loucos por música!

– Acordei triste, fiquei tão triste que nem ao menos consegui cumprir meus rituais diários, aliás, até fiz, mas sem querer fazer.

– Lola...

– Pai, me leva a mal não, mas se me cortar novamente, não direi mais nada.

O silêncio vem de forma desconcertante.

– Se eu disser que hoje foi um péssimo dia, que não encontrei energia, que não quis levantar, que não tive vontade de nada, o que me dirá?

– Que falhei contigo, que falhei com o Terrance e que me sinto horrível por isso!

– Parabéns, Doutor Estranho! – bate palmas. – Agora que sabe que está errado, o que fará?

– Não precisa falar assim com o nosso pai!

– Cala a boca, Pietro! – revira os olhos. – Eu tô cansada desse papinho de “por que não treina?”, “que tal tentar se animar?”, “já pensou em tomar antidepressivos?”. Isso quando não começa a conversa de que tem gente pior que eu.

– Acha errado desejarmos o melhor? – questiona ao sentar no meio dos filhos, mas falando em direção a ela. – Mesmo desconhecendo a razão da sua tristeza, queremos ajudá-la! Quero te ver feliz, meu amor! Coloque suas roupas favoritas, cante as músicas que te fazem bem, volte a ser o que tem que ser, a minha Feiticeira Luz!

– Sério?! – vocifera, fica de pé. – E se eu não quiser ser essa porra?!

– Lola...

– Cala a boca, Pietro! – a voz aponta um choro reprimido. – Quer saber de uma coisa, Mago Supremo?! – aponta o dedo na cara dele. – Vou entrar na festa, e meu sogro, sim, o... – faz aspas com os dedos. – “idiota do Thor” vai me oferecer um chope, vai me abraçar forte e vai me ouvir. Acredite, isso me deixará mais feliz do que ouvir que tenho que ser algo que não sei se quero. – dá de ombros, mas segue a esbravejar. – Até o Loki é mais sensato que você!

O rapaz vendo o progenitor chorar, deita a cabeça no colo dele, diz suavemente:

– Se serve de consolo, eu te amo, te acho o melhor pai do mundo!

– Também te amo, querido! – um pequeno sorriso. – Mas tenho três filhos, estou tentando ser o melhor para vocês.

[...]

Na porta, Bruce vê o exato momento em que Bella sai da Mercedez, cruzando os braços ao confirmar todas as suas suspeitas.

Ela arregala os olhos ao vê-lo, tenta disfarçar, parecer natural para não entregar o segredo.

– Vai dizer a verdade porque me ama, ou vai mentir porque me ama?

– Pai, ele é só um amigo.

– E seu amigo tem nome?

– Sim, o nome dele é Erik, trabalhamos juntos nas Indústrias Stark.

Aproxima-se de Banner, tenta abraçá-lo, mas é ignorada.

– Por que ele não entrou? Por que passou a maior parte da festa no carro de um homem que não tem coragem de mostrar o rosto?

– Ele entrou, só fomos ao posto para comprar os cigarros dele.

– Pode me fazer um favor, Bella?

– Por que tá me chamando assim?

– Esse é seu nome!

– Papai...

– Vai mentir?

– Sim, mas é porque te amo.

O cientista reprime o choro, dando às costas a menina que fica pálida de tanta aflição.

– Papai, por favor, não faz isso!

– Eu não fiz, você fez. – responde no mesmo tom. – Me decepcionou, Bella. 



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