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História A menina de branco - O começo e o fim


Escrita por: bearwinter

Notas do Autor


Espero que gostem ^^

Capítulo 1 - O começo e o fim


Fanfic / Fanfiction A menina de branco - O começo e o fim

  Em uma noite fria de inverno, Cristopher observava sua mãe, Emma, e sua irmã, Victoria, se divertirem na neve.

  O rosto angelical de Victoria estava iluminado pela sua alegria, seus olhos escuros estavam semicerrados por causa dos longos cabelos ruivos encaracolados que caíam sobre eles, ela ria de seu anjo de neve. Emma que a ajudara a levantar, também estava rindo da felicidade contagiante de Victoria.

  Cristopher pensava no que todos sempre diziam, "Você é a cara de sua mãe, mas age igual a seu pai", sobre ser a cara de sua mãe ele poderia confirmar, já que os olhos azuis e os cabelos negros não o deixariam mentir, mas quanto a seu pai, ele não podia fazer nada a não ser escutar e imaginar, pois ele e sua mãe foram abandonados quando Emma estava gravida de Victoria.

  Espantando seus pensamentos da cabeça, ele começa a olhar para o céu em busca da lua e das estrelas, mas as mesmas não surgiram hoje por conta do céu nublado e isso o decepcionou.

  Ele dá um suspiro baixando o olhar para onde Victoria e Emma brincavam, elas o encaravam e, já sabendo o que queriam dizer, Cristopher sorri e desce do telhado onde ele geralmente ficava quando queria pensar, já sabendo que sua mãe iria lhe dar uma bronca daquelas.

  Ao se aproximar de Emma começa a dizer calmo e com um falso tom de desculpa:

-Eu já sei mãe, não deveria estar lá, mas você sabe que eu penso melhor em lugares altos.

  Emma parecia querer dizer algo, mas não abre a boca, pois sabia que seria mal interpretada, sempre era quando tentava explicar seus medos ao filho.

  Cristopher entrou na casa tirando seu casaco azul escuro, subiu para seu quarto e ligou o computador mexendo nas suas redes sociais até que sua mãe o chama para jantar.

  Ele se senta à mesa e monta seu prato, colocando o mínimo possível, no intuito de ficar sozinho novamente no quarto.

  -Vai comer só isso? - Emma pergunta.

  -Aham. - Responde terminando de comer.

  -Mas foi tão pouquinho! - Ela choraminga.

  -Não estou com fome e tenho que acordar cedo amanhã, boa noite para vocês. - Ele diz colocando o prato na pia, subindo logo em seguida ao seu quarto no 2° andar da casa.

  Ao chegar lá, ele deita na cama e fecha os olhos tentando relaxar para dormir, o que estava sendo difícil, pois todas as vezes em que chegava próximo de finalmente entrar em um sono profundo, um baralho do lado de fora o acordava.

O barulho, que parecia com um canto vazio, melancólico e frio e que aparentemente iria durar a noite toda, só cessou quando Cristopher se levantou e foi para a janela, olhando para fora à procura do que seria capaz de fazer essa melodia que lhe atrapalhava o sono.

Abrindo as cortinas, Cristopher viu uma menina parada na orla da floresta que havia na frente de sua casa, ele não conseguia distinguir nada além da roupa  branca que a mesma usava e o longo cabelo que, por causa da neve que caía e as longas sombras produzidas pelas árvores, era impossível saber a cor.

Ao olha-la, ele teve duas vontades incompreendidas por si: a de ficar em sua casa, onde estava protegido da neve, e a de ir até a menina que parecia estar esperando-o para que fossem a algum lugar.

Depois de um enorme tempo discutindo consigo mesmo, segurando o impulso de sair de casa pela janela o mais silencioso possível, para não acordar a mãe e a irmã mais nova, Cristopher decide ficar em casa, até porquê a velocidade com que a neve caía aumentava, o fazendo acreditar que uma tempestade se aproximava.

Cristopher dá mais uma olhada para o local onde a menina de branco se encontrava, mas ela já não estava mais lá, então ele fecha a cortina e volta a se deitar, conseguindo dormir tranquilamente, sem escutar aquela melodia novamente.


                                       ♡


 Após alguns minutos olhando para o teto com o olhar distante, Cristopher decide se levantar, fazer suas higienes matinais e ir tomar café da manhã. Ao se sentar na mesa para começar o café, percebe um bilhete grudado no cesto de pão.

"Tive que sair mais cedo com a sua irmã, não sei que horas volto.

Não se atrase e tenha uma boa aula.

Com amor: Mamãe"

Mesmo estranhando o fato de Emma sair cedo com Victoria, Cristopher sorri ao perceber o quão preocupada sua mãe parecia estar com seu atraso, só não sabia se era por pura preocupação ou se ela apenas não queria ir novamente à escola por conta de seus diversos atrasos.

Um pouco mais feliz, ele começa a comer sua torrada com o suco mais rápido que o normal, já que tinha que se arrumar pra ir à escola e, para a felicidade de Emma, não chegar atrasado.


                                     ♡


Cristopher sai de casa usando um moletom amarelo e calças jeans, ele olha para o céu claro e para os flocos de neve que flutuavam calmamente em sua volta, no momento em que coloca os pés nos últimos degraus da pequena escada de madeira na varanda, Christopher vê um pano vermelho enroscado nos galhos de uma árvore próxima, este que parecia estar o chamando.

Como passaria por ali, Cris não demorou para chegar até a árvore e segurar o que percebeu ser um cachecol, olhou em volta e percebeu que foi naquele mesmo lugar que viu a "menina de branco" como ele mesmo havia apelidado.

-Quem será que o perdeu? - pergunta para si mesmo.

Como se por mágica ou teletransportação uma menina está parada em sua frente, revezando o olhar entre seu rosto e suas mãos que seguravam o cachecol.

Se ele conseguisse pensar em qualquer coisa sem ser a menina na sua frente, Cristopher poderia ter ligado os pontos e percebido que a menina de pele branca como a neve, cabelos grandes e negros como a noite, olhos em um tom azul gélido e de rosto e lábios corados, estando o segundo mais avermelhados e inchados como se tivessem sido recém mordidos, era a mesma menina que ele havia visto ontem de madrugada, que era a menina que o mesmo apelidou de "menina de branco".

-Você pegou meu cachecol. - A menina disse suavemente.

  -Seu...? Ah, sim... Me desculpe - diz envergonhado, estendendo o cachecol à menina.

Quando o cachecol chega às mãos da menina, Christopher nota que a cor do mesmo mudou, antes de entregá-lo ele era vermelho, mas agora toda a cor, antes existente, havia sumido e ele se tornara branco como a neve que caía sobre eles. Obviamente que isso não era possível, não existia nenhuma explicação científica e plausível para o que acontecera, ele devia estar confuso por não ter dormido direito a noite, era nisso que ele queria acreditar.


                                      ♡ 



  Logo ele começa a andar em direção ao colégio.

  Chegando lá ele se encontra com alguns colégas de classe e vão para a sala conversando sobre coisas fúteis.

  Ao entrar na sala, seu corpo paraliza, ele vê que a menina de branco estava sentada na carteira de trás da sua.

  O sinal toca e ele ainda continuava parado na porta.

  Assim que o professor entra o cutuca e manda-o se sentar, e assim ele o faz.

  As três primeiras aulas passam voando, quando o sinal bate para o intervalo, ele se levanta e vai para a porta esperar pelo seus colégas, mas os mesmos passam por ele como se não existisse.

  Ele fica frustrado e começa a andar na direção dos bebedouros, mas para isso teve que passar na frente da sala que estudava, e quando assim o fez, trombou com a menina de branco, que havia se apresentado como Emily.

  -Desculpa - Emily diz envergonhada

  -Não foi nada - ele diz a olhando

  -Eu vou... Indo, até qualquer hora - ela fala corada andando em uma direção qualquer.

  -Ei, espera! - ele diz indo de encontro a ela - Deixa eu lhe apresentar o colégio, suponho que você seja nova aqui.

  -Supôs certo - ela disse ainda corada

  Eles começaram a andar pelo colégio, Cristopher mostrava para Emily todo o colégio, e a mesma apenas concordava com a cabeça.

  -Estou com fome, quer comer algo? - ele pergunta indo para a cantina do colégio pra comprar algo

  -Não, obrigada

  Cristopher compra dois pães de queijo e entrega um para Emily.

  -Eu não vou comer e deixar você olhando

  Emily olhou para ele e suspirou começando a comer seu pão de queijo.

  O intervalo acabou mais rápido do que eles queriam, e logo voltaram para a sala.

  No final da aula Emily combinou de ir para casa com Cristopher, os dois já estavan super amigos, como se já se conhecessem a anos.

  Cristopher levou Emily até a casa dela, que por conhecidencia ficava na esquina da sua casa

  Depois de deixar Emily na casa dela, Cristopher vai para a dele.

  Seu dia é exatamente igual aos outros. Chega do colégio, come, toma banho, se arruma e mexe no computador.

  Ao anoitecer, Cristopher desce para jantar, come rápidamente e começa a subir as escadas. A campainha toca no momento em que estava no meio da escada.

  -Cris, atende a porta, estou ocupada - sua mãe grita.

  Ele revira os olhos e vai atender a porta, na mesma encontravasse Emily, ela sorria abertamente para Cristopher, que retribuiu o sorriso.

  -Cris vamos dar uma volta? - a menina pergunta inocente.

  -An... Claro, eu só vou pegar meu casaco - ele diz indo pegar seu casaco e aproveitando para avisar sua mãe que iria sair.

  Assim feito, ele e Emily começa a andar pela cidade.

  Emily o leva até um morro, onde dava lugar a um penhasco.

  Sentaram a beira do penhasco e começaram a conversar. Cristopher olhava diretamente nos olhos de Emily, que eram lindos de se verem.

  Eles escutavam atentamente o cantar dos grilos e sentiam a brisa que brincava com os cabelps dos dois.

  Emily estava lhe contando uma história que sua mãe sempre contava quando conversava com estranhos.

  -Era uma vez... - ela começou a contar, mas Cristopher a interrompeu.

-Era uma vez? Sério? - ele disse sorrindo.

-Cala a boca, deixa eu contar - ela riu e voltou a contar.

  "Era uma vez uma jovem menina que andava sozinha pela floresta, essa menina estava sempre com os mesmos tipos de roupa, mas ninguém reparava nisso, pois estavam mais ocupados com sua beleza incondicional, e isso não deixava que ninguém percebesse que ela, na real, era a morte disfarçada, procurando por suas vítimas.

  Um dia, a morte encontrou um rapaz que estava muito feliz, feliz de mais para ela, a mesma abominava a felicidade alheia, e para que ela pudesse ser feliz, tirava a vida do individuo.

  Ela conseguiu se aproximar do rapaz, usando sua beleza extraordinária, em menos de dois dias, a morte já fala com ele como se se conhecesse a décadas.

  Um dia a morte o convida para sair, e ele na sua grande ilusão aceita. Ela o leva para um lugar afastado, onde ninguém poderia ouvir seus gritos de socorro, e lá ela o mata, roubando a felicidade que ele tinha.

  Dias depois a morte começa a procurar por outra pessoa com tamanha felicidade, e ela acha, o que ela não contava era que essa pessoa era diferente das demais.

  Enquanto todos conversavam com ela por acha-la extremamente bonita, essa pessoa não trocava nem uma palavra com a mesma

  Ao ver que não conseguiria a felicidade daquela pessoa, a morte foi embora da pequema cidade a procura de outra, onde as pessoas lhe dessem confiança.

  Até hoje a morte anda por aí a procura de suas vítimas, e quando ela encontra alguém que é capaz de dete-la, ela sai a procura de outro lugar para ficar."

  A história que Emily lhe contara havia o deixado com um pouco de medo, não pode negar, mas isso não passava de uma história que a mãe dela lhe contava.

  Ele respirou fundo e olhou para frente.

  Vendo o desconforto de Cristipher, Emily começa a puxar assunto com ele, fazendo-o esquecer o pouco de medo que estava.

  A lua estava cheia e as estrelas brilhavam radiantes.

  A grande montanha estava vazia, e eles estavam conversando e rindo, a lua subia lentamente pelo céu. Ao parecer que estava de frente á eles, ambos ficaram quietos e observando-a.

  -Sempre admirei a lua - Emily diz - ela sempre parecru grandiosa, como se fosse melhor que o sol e as estrelas, mas está sempre sozinha, como se para ser grandiosa precisa ser isolada.

  -Mas ela não está sozinha, nunca esteve e nunca estara... Ela é rodeada pelas estrelas que a deixam gloriosa, e não é melhor ou pior que elas, pois existe noite sem luar mas estrelado, e apenas apreciamos quando ambas estão juntas, já que assim parece perfeito. - Cristopher diz olhando para Emily

  Por uma fração de segundos, ambos ficam apenas se encarando.

  Emily abre e fecha a boca diversas vezes, parecendo que iria dizer alguma coisa.

  Algo dentro de Cristopher estalou, ele não sabia o que era e não se importava, nesse instante ele estava preocupado com a reação que Emily teria caso começasse a se aproximar.

  Cristopher levanta a mão e a coloca no rosto de Emily, ela parecia paralisada, mas um brilho em seus olhos fez com que Cristopher começasse a se aproximar.

  Havia pouco espaço entre os dois, quando ele estava preste a cobrir o pouco que restava Emily sorri.

  -Adeus Cris

  Ele para abruptamente.

  -O que?

  -Adeus

  Emily o abraçou e se jogou do penhasco.

  E assim a morte levou mais
um.

  Hoje, a morte perambula por diverentes cidades a procura de suas vítimas.


Notas Finais


Cuidado que a morte pode pegar vocês rsrs
Espero que vocês tenham gostado ^^


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