História A menina que veio do fim - Os olhos da morte...

                  5 dias depois......

Eu comecei a abrir meus olhos, mas continuava vendo tudo preto, mas podia ouvir vários vocês vindo em volta e mim.

- GENTE! Ela tá acordando!

- sério?

- tô indo preparar o bolo!

- peguem os presentes!

Depois de ouvir essas vocês, meus olhos estavam se acostumando com a claridade, voltando a enchergar.

Até que sinto algo me abraçando, então vejo que era Amaterasu, chorando, não sei porque.

- Kiyo, finalmente!

Amaterasu chorando de felicidade, enquanto eu ficava lá parada, sentada na cama tentando entender aquilo.

- como ousam fazer isso comigo?!

Minha paciência já tinha acabado, meus olhos estavam ficando vermelhos  como o sangue.

- COMO OUSAM FAZER ISSO!?

Eu me levanto da cama e saio correndo para fora do quarto, e todos vindo atrás de mim.

- saiam daqui!

Eu estava congelando o chão a cada passo que dava, então até que parei e vi que o corredor estava totalmente congelado.

Então me viro para trás e vejo todos chegando e faço um sinal com a mão de tchau e saio andando de lá.

- a! Se você pensa que vai sair desse castelo, está totalmente enganada!

Amaterasu usa sua chama e derrete todo o gelo, me fazendo correr novamente. Eu desco correndo as escadas e me escondo de baixo da mesa.

- eu sei que você está aqui Kiyo~~!

Susanoo falava isso com uma voz assustadora, que podia ouvir que estava mais perto a cada minuto.

Já estava suando frio, porque quanto mais ouvia passos em volta, podia sentir que estava se aproximando. Até que os barulhos e a voz parou.

- unn?

Mas fui idiota e falei, então a única coisa que ouvi foi um grande berro.

- MITSUKETA!

então Susanoo me agarra pelo pé e vai me puxando para fora da mesa, e eu tentando me agarrar no chão.

- me solta!

Eu me debatia até que ele parou de me puchar, e me colocou no meio da sala.

- hehe, o que temos aqui?

Susanoo estava me olhando com um olhar muito assustador, me fazendo tremer por completo.

- piedade!

Dizia quase chorando, porque as punições que Susanoo era igual uma tortura para mim.

- umm.... deixa eu pensar........Não!

Então Susanoo me arrasta até um local  escuro que não sabia identificar.

- nnyyaaa!

Eu começo a chorar igual uma criança com medo.

Então do nada eu sinto uma dor de cabeça do cão, e percebo que Susanoo estava me olhando com uma cara de assustado.

- o que ouve?

Perguntava sem saber o que estava acontecendo.

- olhe!

Susanoo me dá um espelho e vejo que meus dentes cresceram e orelhas cresceram em minha cabeça.

- PUTA MERDA!

Meus olhos ficaram tão vermelhos que acho que dava pra ver de longe. Eu tento me levantar mas era como se eu estava sendo presa ao chão.

- aí estão as consequências de ficar no mundo humano!

Dizia Amaterasu atrás de mim, eu me assisto porque nunca vi ela chegar tão rápido.

- celamento de raposas!

Amaterasu grita dentro do local me fazendo contorcer de dor, porque minha audição é apurada, e isso dois pra cacete!

- eu te mato! 

Eu literalmente não conseguia me mecher, estava completamente paralisada no chão.

- Susanoo, se prepara porque hoje o dia vai ser longo!

Então Susanoo sai da sala, e depois de alguns segundos eu percebi o que vou ter que aturar.

- a não! Banho de água benta não!

Porque eu disse isso? Eu tenho um pouco de sangue de demônio, então se tormar esse tipo de banho, o sangue de demônio não faz efeito por algum tempo, mas dói,  parece que você tá pegando fogo dentro de uma banheira.

- sim! Você vai toma esse banho, por bem ou por mau!

Dizia Amaterasu já brava comigo.

- eu faço tudo! Eu juro! Mas por favor, não faz isso!

Isso era inútil, porque quando a Amaterasu está brava é que nem pedir para que o fogo não arda ao contato com a pele.

Amaterasu me levanta do chão, eu mal consegui ficar em pé, de tanto medo. Ela me arrasta até o banheiro e vejo que a banheira estava sendo cheia por água benta, então tento me virar para fugir mas bati de cara com a porta que se encontrava fechada.

- acho que prefiro ser exorcitada do que tomar esse banho!

Dizia olhando para a janela.

- não diga isso! Não é tão ruim!

Dizia Amaterasu tentando me encorajar.

Então Susanoo sai do banheiro me deixando apenas com Amaterasu. Eu olhava para Amaterasu suando frio.

Eu tiro minhas roupas, apenas ficando de roupa íntima,  então decido criar coragem para entrar.

- não tem outra forma?

Dizia chorosa para ver se iria ganhar uma resposta.

- não!

Então Amaterasu me empurra dentro da banheira, eu começo a contorcer de dor, até comecei a gritar de baixo da água.

- TA TA TA TUM!

Então a dor fica um pouco menor e crio coragem de me levantar, e dar um soco na cara da Amaterasu. 

- SUA LOCA! (╬￣皿￣)=○＃(￣#)３￣)

Então do nada Amaterasu começa a rir sem motivo.

- por que tá rindo?!

Dizia toda dolorida, acho que eu descobri ossos que eu nem sabia que existiam.

- porque você com raiva é fofa!

Então Amaterasu começa a ter um ataque de risos que depois de segundos passou.

- posso sair?!

Se eu mechese qualquer parte do meu corpo eu juro que iria gritar.

- .......... vamos ver...

Amaterasu olha para ver se minha cauda e minhas orelhas tivessem sumido.

- pode!

Dizia Amaterasu me tirando da banheira.

- acho que não vou aguentar nem chegar no quarto!

Dizia me vestindo com dificuldade, porque a dor era tão grande que se eu fissese qualquer movimento brusco, eu já ia ficar toda dolorida.

- espera aí! Eu vou lá chamar o Susanoo!

Depois de alguns minutos Susanoo vai me carregando até meu quarto e me coloca na cama.

- obrigado!

Eu me sento na cama, e começo a ouvir vozes.

- hihihi, quem diria! Alguém ama, quer dizer amava você! Hihihi!

Dizia uma voz feminina um pouco baixa.

- como assim amava?

Dizia me levantando, para ver se achava a pequena voz.

- olhe no espelho~~!!

Eu me olho no espelho e vejo uma mulher junto ao Eduard, os dois estavam se abraçando. Então depois me vi, mas não era eu e hoje mais sim de antigamente, uma menina feliz, com um vestido de bolinhas brancas num tecido azul.

- NÃO!

Num movimento rápido eu dou um soco no espelho, fazendo o quebrar em vários pedaços.

- senhorita Kiyomi!?

A empregada que estava passando no corredor, entro rápido em meu quarto. Eu me viro para ela, e ela se assusta.

- ai não! Senhorita Amaterasu!

Quando eu olhei para a empregada meus olhos estavam brancos, meus cabelos estavam totalmente pretos, minhas orelhas e 7 caldas ficaram  amostra, e meus dentes cresceram rapidamente.

- Kiyo!

Dizia Amaterasu com um saco, e Susanoo com correntes nas mãos. Eu comecei a recuar até chegar na parede, então eles se aproximaram mais então cibilei, fazendo-os recuar.

- Susanoo agora!

Em poucos instantes fui presa a cadeira, pelas correntes de aço drenante.

Eu comecei a berrar, mas fui interrompida com uma colher de sal na boca.

- *cof* *cof*!

Eu parei de berrar e comecei a cuspir sangue, porque eu só como doce, porque se eu comer muito sal posso morrer igual uma borboleta na teia de uma aranha.

- me ajuda!

Minha voz tinha ficado roca, pelo fato de engolir uma colher de sal, inteira.

- me ajuda!

Minhas orelhas começaram a abaixar por que minha garganta estava doendo tanto, que parecia que tinha jogado fogo lá dentro.

- apenas responda alguma coisa....você gostou de algum humano?

Eu não conseguia falar, então acenti com a cabeça, fazendo um sinal de sim.

- pode soltá-la! 

Susanoo me solta das correntes e caio de cara com o chão, minhas forças estavam no limite. A única coisa que fiz foi mecher minha mão, então perdi a consciência.

         Algumas horas depois.....

Eu acordei em cima da cama, e em volta estava Susanoo e Amaterasu deitados em coleções de chão.
Então me levanto tentando não fazer nenhum barulho. Então saio do quarto e ouso choros vindo de fora do castelo, mas uma coisa que não entendi foi que  eu estava com o meu quimono, sendo que nem tinha o vestido.

Mas ignorei e voltei a andar pela noite para ver o que estava acontecendo. Até que vejo perto do centro uma menina que quando me aproximei percebi que era Uzume, a criança responsável por ser a próxima deusa da alegria. Mas eu ouvi uma coisa que nunca imaginei ouvir.

- senhorita Kiyomi, eu sinto sua falta!

Ela estava chorando, que é quase uma coisa impossível. Eu tentei me aproximar, mas parecia que estava sendo impedida por uma parede imaginária.

- Uzume! UZUME!

O quanto mais eu gritava parecia que ficava mais distante.