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História A mensageira - The letter


Escrita por: parrillamaguire

Notas do Autor


Oi queridosss!!
depois de vidas, cá estou eu novamente!!
Bom, apenas apreciem e boa leitura💖

Capítulo 3 - The letter


"Você passa em silêncio por mim e eu por você, mas eu ainda consigo ouvir o som que a gente faz"
-A mensageira

      O soar do rotineiro despertador ecoou em seus ouvidos. Acordara relativamente bem, a bela vista das casas que seguiam o curso dos morros de São Francisco tomava toda sua visão, ela nunca se cansava de admirá-los. Ao mesmo ritmo apressado das pessoas nas ruas, pensamentos eram processados em sua mente. Lembrou-se da carta que recebera no dia anterior. Cada palavra escrita ali tinha um significado especial, e ao mesmo tempo tenebroso para ela. Sentiu a ausência de seus pais ali. Desde pequena, contava tudo a eles, não deixava que nada passasse despercebido pelo semblante de sua filha. Agora ela não tinha ninguém da fámilia para confiar e desabafar sobre tudo o que tem ocorrido recentemente. Bom, não que isso fosse um problema sem solução. Lana contruiu, durante aproximadamente doze anos, um laço indestrutível de amizade com sua vizinha, Ginnifer. As duas se conheceram com aproximadamente 18 anos, quando Ginny se mudou para a casa ao lado dela. Um dia, Lana ouviu a amiga chorando e gritando do lado de fora do jardim na madrugada. Sem pensar duas vezes, se prontificou a ajudá-la, já que sofria dos mesmos disturbios de ginnifer, pesadelos constantes que refletiam cenas comuns do cotidiano. Assassinatos, roubos, incêndios e outros desastres perturbaram o sono das duas durante anos, e lutaram contra isso juntas, até finalmente se virem livres de tal hostilidade. Lana havia contado apenas pra ela sobre o motivo do divórcio, por isso se sentia a vontade para lhe contar tudo o que a pertubava. Ginny se formou em direito, construindo um período de grandes profissionais da advocacia. Morava em Nova Iorque, mas constantemente visitava Lana do outro lado do país.
               Após realizar sua higiene matinal, Lana se encaminhou até a cozinha para fazer seu café. Enquanto este não ficava pronto, desbloqueou a tela de seu telefone para discar o número de Ginny, que já sabia de cor. Aquele assunto não podia mais esperar um dia sequer.

- Alô? - ouviu uma voz suave e terna do outro lado da linha, sorriu.
- Oi Ginny. - colocou o telefone entre o ombro e a orelha, para tirar a caneca da cafeteira.
- Oi meu amor, bom dia! - levantou algumas oitavas, sendo surpreendida pela ligação.
- Bom dia. Tudo bem por aí? - perguntou por educação, mas demonstrava um tom de tristeza na voz.
- Tudo indo bem lana. As audiências estão sendo feitas conforme o esperado, mas não consegui ainda me aprofundar em todo conteúdo do código penal daqui. E você, como tá indo?
- Tudo bem também.
- Lana, eu sei quando você está bem e quando não. Pode ir contando o que pertuba essa sua cabecinha.
- Não é nada. - Tentou se fazer de desentendida, mas não passou despercebido por Ginny.
- Lana...
- Tudo bem, eu digo. Não dá pra esconder nada de você.
- Faço das minhas palavras as suas. Agora conta logo, tô curiosa!
- Recebi uma carta da Universidade de São Francisco, aliás, do seu novo diretor
Paralisou. Sabia que aquele assunto era muito delicado para ser tratado com Lana, principalmente por ter preenchido uma boa parte de uma das melhores fases de sua vida. 
- Ginny, ainda esta ai? - Disse, apressada.
- O-oi Lana, estou sim... M-mas to que se trata essa carta?- Tentou esconder seu ar de preocupação.
- É melhor você própria tirar suas conclusões.Tá com a maquina de fax aí? Posso mandar agora.
- Estou sim, pode mandar. 
- Está enviando. Se não vier, eu mando po- foi interrompida por ginny, que já havia recebido o documento.- Chegou!
- Certo. Então leia, pense bem sobre o assunto e me dê sua opinião. Um beijo.
- Beijo Lana! Daqui a pouco te ligo.

  Ginny desligou e deixou Lana em meio a seus devaneios. Ser professora era a coisa que ela mais gostava de fazer na vida, mas também acabou se tornando um passado nostálgico e cruel. Decidiu que conversaria sobre esse assunto com sua amiga quando ela tivesse completo conhecimento da situação, afinal, não se sentia capaz de tomar uma decisão sozinha.

SEAN

Saiu de casa rapidamente, já estava atrasado para o trabalho. Um latte mocha sem acúcar ocupava uma de suas mãos, enquanto a outra carregava uma maleta com tudo o que precisava naquele dia.  Assim que as portas do metrô se abriram, se encaminhou para a saida da clearwater, que desembocava a mais ou menos a uma quadra da Universidade. Cumprimentou todos da recepção com seu sorriso de sempre, que escondia uma melancolia incomparável, mas tinha o dom de deixá-la imperceptível. Ao adentrar em sua sala, sentou-se em sua cadeira de couro estofada, ligando o computador. Percebeu um post it preso ao mouse do mesmo. Este, dizia: 

Sala do chefe, as 10:30! -R. 

 Aquela caligrafia era de longe reconhecida. 

Rebecca.

Sua melhor amiga, sua irmã. Mesmo que não tivessem o mesmo sangue, considerava a ruiva uma pessoa de sua família. Rebecca o apoiou em todas as suas crises, principalmente quando sua esposa havia falecido. Desde então, seguem inseparáveis. 
      Saiu de seus devaneios e checou a hora, 10:28. Estava novamente atrasado. Em questão de segundos, já se encaminhava para a sala de seu chefe. Ao se aproximar, viu que a porta estava entreaberta, e Bex conversava com Robert 

- é uma pena que ela tão tenha respondido ain... - foi cortada por seu melhor amigo.
- Bom dia chefe, bom dia bex! Desculpem o atraso. - deu dois beijos no rosto da amiga e fez um aceno com a cabeça para o outro homem.
- Bom dia! Os dois disseram em uníssono.
- Bom Sean, já estava comecando a tratar do assunto com a Rebecca. Vocês dois são os dois professores mais antigos dessa universidade, e quero que nesse período se empenhem um pouco mais em seus serviços. enviei mensagens para muitos professores do mundo inteiro para poderem substituir os que não residem mais aqui. Alguns aceitaram a proposta sem hesitação, e já estão se encaminhando para São Francisco. Peço a vocês que os recebam com muito carinho e os direcionem caso hajam dúvidas. Também gostaria que pedissem ajuda aos outros professores, mas convoquei apenas vocês para tomarem frente da situação. Conseguem fazer isso por mim?- Lancei um olhar preocupado para a bex, já que nunca haviámos lidado com tanta responsabilidade antes, é como se estivessemos temporariamente em um patamar mais elevado. Ela segurou minha mão, com um olhar que refletia um "vai ficar tudo bem, nós vamos conseguir!" que seus lábios não queriam dizer.
- Eu estou dentro chefe! Pode contar com a minha ajuda. Bex Sorriu para o homem a sua frente.
- Também pode contar comigo, será um prazer. 
- Muito obrigada meninos! Qualquer dúvida é só me procurarem. Estão despensados.
- Obrigada, chefe. - Disse, me encaminhando para a porta, acompanhado de bex. Ela estava mexendo em seu celular, quando resolvo perguntar sobre uma coisa do chefe.
- Bex, você sabe o porquê do chefe ter nos dado tamanha responsabilidade? É claro que todos nos estamos atravessando uma crise severa, mas ele não podia pelo menos nos ajudar?- Parei para conversarmos melhor, imediatamente virou-se em minha direção.
- Ele me disse que está a espera da resposta de uma ex professora. Sobre o que ele me disse, seu periodo aqui na universidade foi um dos melhores da história. Os desempenhos dos alunos se elevaram  a um patamar nunca antes visto. Ele acredita que ela seja a salvação pra muitos dos nossos problemas. Está com mais receio de ela não aceitar a proposta, já que deixou seu emprego por conta de problemas pessoais, e nunca mais se interessou a dar aulas. Mesmo que a resposta for negativa, ele irá conversar com ela.
- Pois então que ela seja uma das melhores professoras desse lugar e nos dê mais tranquilidade! O loiro resmungou e a ruiva riu de seu irmão. Bom bex, vou indo porque hoje é dia cheio. Beijo! - jogou um beijo no ar e rapidamente sumiu da vista da ruiva.
- Beijo!

LANA

Já era de noite e Ginny ainda não havia ligado. Para despistar essa ansiedade, resolveu passear a tarde e comprar algumas coisas no mercado que estavam faltando em seu apartamento. Nesse meio tempo, aproveitou para apreciar as orquídeas que caiam gentilmente no asfalto da Lombard Street, e claro, para deixar uma de suas obras que fizera em um guardanapo preso proximo ao botão do semáforo. Este falava sobre o silêncio, suas causas e consequências. 
Estava com o notebook ligado e vendo o catálogo de roupas da loja abercrombie, quando seu telefone tocou. Correu para atendê-lo, e o som daquela voz doce e calma preencheu seus ouvidos novamente. 


- Ginny! você demorou para telefonar!!- disse, apreensiva.
 Desculpe, laninha! estive em audiência o dia todo, não pude mal parar para respirar um pouco.
 -Tudo bem, isso não vem ao caso agora. Mas e aí, leu a carta? O que achou? É uma boa proposta? - Eram perguntas atrás de perguntas, acompanhadas de falta de fôlego e respiracões descompassadas.
   -Sim, eu li a carta e pensei sobre o assunto. Lana, vou ser muito sincera com você. Antes de ter acontecido o que aconteceu, você era uma mulher extremamente carismática e compreensiva. A forma como tratava seus alunos poderia ser comparada a um afeto maternal! Você amava dar aulas, não deixe que nada do seu passado a impeça. Eu sei que é muito dificil pra você, mas saiba que seu potencial é uma coisa grandiosa que não é encontrada em todo o lugar. É hora de parar de se esconder, é hora de você se tornar a minha Lana, a minha irmã denovo. E sempre lembre que eu estarei com você a todo momento, mesmo que distante. - seus olhos já estavam marejados e sua voz embargada.
   -Ginny, e-eu... - Fora interropida por Ginny.
    -Não Lana, não me diga nada agora. Pense, ainda há tempo para resolver tudo. Quando tomar uma decisão definitiva, me ligue. Não estou te forcando a nada, quero que se resolva sozinha, é pelo seu bem. Bom, aqui já esta tarde, está na hora de dormir. Nos falamos amanhã tudo bem? Um beijo e dorme com os anjos meu amor!
    -Um beijo ginny, até amanhã - Desligou o telefone e escorregou suas costas pela parede fria da sala de jantar. Abraçou seus joelhos e permitiu-se desabar. "é hora de você se tornar a minha Lana, a minha irmã denovo". A frase pronunciada pro ginny ecoava em sua cabeça sem parar. Será que essa era realmente a hora de parar de se esconder e conhecer a realidade? Depois que algum tempo chorando, foi vencida pelo sono e adormeceu ali mesmo, em meio a suas melancolias.

SEAN

 Havia saido a pouco da Universidade, queria ir logo para casa, o cansaço era visto sem nenhuma dificuldade em seu semblante. Já haviam se passado mais de dois minutos que estava parado para atravessar a rua e seguir ate a estação, estava comecando a ficar impaciente com a demora. Os carros nao paravam de realizar cruzamentos. Foi até o outro lado da calçada para abertar o botão do semáforo, e foi quando viu uma espécime de bilhete logo acima dele. Este havia sido escrito com tinta de lula, aparentemente. Mas , o que fazia com que aquele bilhete tivesse um significado mais bonito ainda era sua caligrafia que ele tanto amava e não sabia de quem era. 

Amava e mal sabia de quem era. Curioso, não?

"Você passa em silêncio por mim e eu por você, mas eu ainda consigo ouvir o som que a gente faz"
-A mensageira.

A sua mensageira havia finalmente chegado ao seu destino mais conturbado.

 

 

 

 

 

 

 

    

 

 


Notas Finais


Eai?? Continuo?
Um beijo💗


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