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História A miragem de um Deus - Carta ao Super-Homem, Planeta Diário.


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 1 - Carta ao Super-Homem, Planeta Diário.


Fanfic / Fanfiction A miragem de um Deus - Carta ao Super-Homem, Planeta Diário.

Meu pai sempre acreditou em deuses, dizia que foi salvo por um em uma infecção que teve nas minas perto de Metrópolis. Nunca acreditei. Ele era o tipo de homem anti-higiêncio que não gostava de se cuidar, uma vez que dizia que "iria se sujar nas minas de novo".
Quando eu era pequena, ele insistia em contatar-me sobre macro-histórias que eu sabia serem reais e sabia ainda mais que ele não participara delas, como por exemplo, a época do feudalismo. 
Eu sabia que ele só queria se sentir especial diante da única que o ouvia, por isso tentava cooperar com suas estórias o máximo possível.
Ele acreditava que existia uma sub-raça, não os negros ou homossexuais como os nazistas, mas algo como A Máquina do Tempo escria por H. G. Wells. Ele acreditava também na teoria da Terra Oca, por isso passava parte do dia, depois do trabalho, atrás de Rick, um sub-bibliotecário que lia livros científicos para o meu pai, uma vez que ele não sabia ler. Era inacreditável ver o quanto a força de vontade de um homem poderia ser inalcançável, e mesmo que eu não queira admitir, superinteressante. 
Uma vez ele veio com algumas palavra difíceis relacionadas a subumanidade, aquém-mar, circum-navegação, além-mar e coobrigação. 
Não consegui segurar o espanto.
Ele riu.
Eu adorava quando ele ria.
Ele já me chamou de antissocial por não querer ver Rick, e eu, irritada, disse para ele fazer algo melhor, como participar de uma campanha antirracismo ou apoiar os sem-terra, já que ele se importava tanto com tudo.
Eu nunca deveria ter falado aquilo.
Naquele dia Rick o escoltou para fora de casa como um mandachuva. 
Quando ele voltou para casa tarde da noite, tentei apaziguar a situação com uma torta de maçã que comprei no restaurante vizinho. Ele sorriu para mim, iluminou a luz da varanda e nos sentamos no banco de madeira pendidos por correntes no teto.
O banco balançava lentamente conforme o vento soprava. 
Ficamos ali por um tempo, comendo a torta e observando a plantação de girassol a poucos metros dali, todas as flores de cabeça para baixo, pedindo perdão por algo que eu não conseguia decifrar.
Na manhã seguinte o ouvi gritar meu nome em meio a plantação. Quando olhei pela janela, enxerguei um semicírculo rodeando o meu pai como um vice-rei. Assim que cheguei na varanda, ele andou até mim, disse que estava a obliquar quando viu as ações de um alienígena. Ele me corrigiu chamando-o de Deus.
Eu disse que era loucura, mas ele gritou alto:
"Você não vê?"
"Era o Super-Homem, pai, o Miserável que trouxe a Guerra até nós!"

Ele coçou a nuca, passou as mãos pela barba e sorriu novamente, como sempre fazia quando conseguia arranjar alguma frase de efeito que pudesse acabar com os meus argumentos.
E o filha da mãe tinha. 
Argumentou como se estivesse em um tribunal. Eu era o rél e ele o advogado que me interrogava - mesmo sem os interrogatórios.
Meu pai enfatizava e muitas vezes até mesmo criava suposições de como o Homem de Aço fez aquele semicírculo no chão.
"Ele deu um soco supersônico" ele encenava "voava não como um pássaro ou um avião, mas como ele mesmo! Sobrevoando em espaço antiaéreo. Não querendo delinquir, claro, mas sim observando toda Metrópolis, consegue entender?"
Ele parecia uma criança próxima demais dos seus sonhos.
"A marca dos girassóis foi um contra-ataque contra algum outro Deus!"

Eu não sei porque te contei isso, certamente porque quero dizer o quanto meu pai foi um homem fantástico, sonhador, e provavelmente o melhor que já existiu. Ele não só acreditou em deuses como também acreditou em você.
Tenho certeza que ele pensou no Superman quando salvou os 150 mineiros de lá.
Meu pai morreu digno de ser um herói, digno de ser uma entidade.
Não havia um dia, depois daquelas marcas nos girassóis, que ele não tenha olhado para o céu procurando por você, procurando pelo Deus que ele acreditava. E você destruiu isso, destruiu suas expectativas de vida e corrompeu sua própria alma. Consegue entender isso?
Mas apesar de eu ser órfã graças as suas lutas com o Zod perto das minas onde meu pai trabalhava, eu confiei nele e provavelmente, agora confio em você.
Precisamos de você Homem de Aço, precisamos que fique aqui e nos proteja de todas as maneiras possíveis.



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