História A miragem de um Deus - Homem Brinquedo

Assim que Jimmy e eu chegamos no Planeta Diário, corremos para dentro do escritório de Perry, que gritava no telefone.

- Vocês dois, peguem o helicóptero na cobertura. Cat foi feita de refém. Vão! Agora!

Sem titubear, pegamos o helicóptero. Jimmy segurava sua câmera e eu, o microfone.

Sobrevoamos a cidade de Metrópoles num piscar de olhos. Enxergando ao longe, uma quantidade exorbitante de brinquedos que pulavam nas ruas, destruindo construções e carros.

- Parece que os vilões não esperaram o corpo do Homem de Aço esfriar e já começaram a atacar. O primeiro a querer destruir a cidade de Metrópoles é o Homem Brinquedo, um dos antigos rivais do Superman… Há bonecos de corda e ursos grotescos correndo pelas ruas. Quem estiver na quinta avenida com o Sul, por favor, saíam das ruas - comecei a dizer.

Jimmy aproximou da janela e deu zoom na câmera, mostrando a destruição em massa que surgia abaixo de nós.

- Com o Guardião de Metrópoles morto, o que nos resta agora é ter a esperança de que a Guarda Nacional e as Forças Armadas acabem com toda essa monstruosidade.

O vento batia forte contra nós, frio como gelo. Ainda esperava que Superman aparecesse e trouxesse com ele sua vitória, mas sabia que isso não iria acontecer, o que é ainda mais difícil aceitar sua morte.

O helicóptero se aproximou, descendo um pouco abaixo das linhas dos prédios, quase tocando as hélices num brinquedo de mola.

Mesmo que já tenhamos visto lutas entre alienígenas e enfrentando criações horrendas, ainda assim era inacreditável ver objetos, normalmente pequenos, tomando vida própria.

- Porque enquanto, nenhum sinal do Homem Brinquedo ou de Cat, torcemos para que ela esteja bem. Enquanto isso, estaremos mostrando com exclusividade o trabalho dos militares contra os capangas desse vilão.

Um bola de ping pong do tamanho de uma bola de basquete foi jogada contra nós, atingindo a cauda do helicóptero e parte das hélices, girando o pássaro sem que tivéssemos controle.

O piloto, desesperado, dava o melhor de si para conseguir manter o helicóptero em movimento constante para não termos um acidente tão violento. No entanto, as paradas profundas que o pássaro dava, juntamente com os vôos desenfreados e a fumaça que surgia, deixava sua tentativa se tornar vã.

Em meio as giradas, Jimmy e eu fomos jogados para fora. Gritamos alto tentando achar alguma tentativa de chamar alguém para nos ajudar, mas não havia ninguém.

Ninguém além da pata felpuda de um urso gigante nos pegando no ar e, sem emitir qualquer som, abrir sua enorme boca e nos engolir.