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História A misteriosa garota da montanha - Nova fase


Escrita por: Hanna__Santos

Notas do Autor


Boa tarde leitores!!!
Espero que gostem do capítulo!

Capítulo 27 - Nova fase


Dez anos depois

Dulce passou por momentos muito difíceis durante todos estes anos. Suas filhas cresceram e eram de personalidades muito diferentes uma da outra. Helena era meiga, doce e adorava conversar com a tia Zoraida e sua mãe. Heloísa era um pouco rebelde e muito extrovertida. Não suportava que ninguém fizesse mal à sua família. Apesar das diferenças entre elas, eram muito unidas e tinham um bom coração. Zoraida sempre visitava seus pais aos fins de semana e estava sempre com o Eddy, que se tornou seu namorado. A vida deles mudou muito e as dificuldades financeiras foram surgindo. Dulce sempre se deparava com contas altas para pagar e o salário que ganhava no consultório já não era suficiente para suprir suas necessidades. Estavam morando na mesma cidade que Christopher morava, mesmo sem saber.  Dulce e Zoraida trabalhavam em uma empresa e ganhavam um salário básico. Heloísa e Helena estudavam em um colégio particular muito bom, porém, as mensalidades estavam bem altas para Dulce, que já não sabia o que fazer. Por ironia do destino, o colégio delas ficava bem próximo à empresa de  Christopher. 

- Ai meu Deus, o que eu faço? - Dulce se perguntou. Estava na sala de casa, somando as contas que tinha que pagar. - Eu vou ter que conversar com a Zora e a diretora das meninas. 

- Bom dia, mamãe! Por que está triste? - Helena perguntou, abraçando e enchendo Dulce de beijos. - Sabe que eu não gosto de te ver assim. 

- É impressão sua, minha filha! - Dulce respondeu. - Eu só estava pensando um pouco na vida, se teria sido tudo diferente. Talvez estivesse melhor. 

- Bom dia, mãe! - disse Heloísa. 

- Bom dia, Helô. Vão tomar café,  vocês já estão atrasadas para a aula. O tio Eddy vai levar vocês. 

- Mãe, não chora por causa do homem que te fez sofrer. Eu não gosto de ver você triste. - Heloísa implorou, abraçando Dulce. 

- Eu queria conhecer o papai! - Helena respondeu. - Queria que tivessem juntos. 

- Eu que não quero conhecer o homem responsável pelo sofrimento da mamãe. Eu odeio ele. 

- Para de discussão, meninas. Eu já expliquei para vocês que não deu certo nossa relação. Ele já deve ter formado uma nova família. 

- Mesmo assim, mãe! Eu ainda não perdi a esperança de encontrar o papai. - disse Helena, esperançosa. 

- Para com isso, Lê! O meu pai está morto. Eu não gosto dele. 

- Meninas, ele não conviveu com vocês, mas ele seria um ótimo pai. Ele é um bom homem, uma pessoa de bem, mas errou muito e eu fui embora. 

- Por que não perdoou o meu pai, mamãe? - Helena perguntou, curiosa.

- Não é tão simples assim, filha! Agora vai tomar seu café, por que o tio Eddy e a tia Zora já chegaram. - Dulce ordenou, assim que ouviu a buzina do carro. Elas saíram e entraram na cozinha. 

- E aí, amiga? Como você está? - Zora perguntou, abraçando Dulce. 

- Como vai, Dulce? - Eddy cumprimentou ela com um aperto de mão, seguido de um abraço. 

- Estou bem, gente! - Dulce respondeu, cabisbaixa. - Sente-se, por favor! - Zora e Eddy se sentaram no sofá de frente para Dulce. 

- Eu te conheço, Maria! O que aconteceu com você? 

- Eu preciso conversar com você, Zoraida! - disse ela. 

- Se for sobre o aluguel, não se preocupe, amiga. O Eddy vai me ajudar, não é, meu amor? 

- Claro que sim, meu anjo! - ele confirmou. - Se for isso, não se preocupe, Dulce. Você é nossa amiga e vamos fazer o possível e o impossível para te ajudar. 

- Eu fico até com vergonha! Faz três meses que não te ajudo. Estou parecendo o seu madruga, sempre atrasando o aluguel. - eles riram. 

- Não, não precisa ter vergonha, Dulce! O seu madruga não paga por que é preguiçoso e não trabalha. Você nos ajuda muito e temos que retribuir um pouco. - Eddy respondeu. 

- Tio Eddy! Tia Zora! - Helena e Heloísa falaram em uníssono, abraçando-os. 

- Vamos? - Zora chamou. 

 - Zora, eu vou querer uma carona! Vou até o colégio das meninas. - Dulce afirmou. - E não precisa buscá-las. Depois do trabalho eu faço isso. 

- Tudo bem! Vamos logo, que elas estão atrasadas. - Zora respondeu. Eddy deixou Dulce e as meninas no colégio e saiu com Zoraida. 

- Boa aula, meninas! Eu vou falar com a diretora de vocês. - Dulce deu um beijo no rosto de cada uma e saiu. - Licença! Pode me receber agora, Laura? 

- Oi, Dulce! Eu queria mesmo falar com você! - Laura respondeu. 

- Eu imagino o que quer me dizer! - Dulce respondeu, se sentando em uma poltrona na sala da diretora. - Eu sei que já pedi demais, entretanto, queria que tivesse um pouquinho mais de paciência. Não quero tirar minhas filhas daqui. Elas amam este lugar, amam os amiguinhos e colegas, os professores...

- Não se preocupe, Dulce! Você é uma mulher muito corajosa e forte. - disse a diretora. - Me admira você vir até aqui, com tantas coisas pra fazer. Eu também gosto muito de suas filhas. Além de lindas, são muito inteligentes e dedicadas. Eu conversei com o Mendiola, o dono do colégio e ele ficou muito admirado com você e suas atitudes. Ele entendeu o que precisa. Quanto à mensalidade, não se preocupe, estamos conseguindo cobrir os gastos. 

- Muito obrigada, Laura! Estou muito feliz por ver que entendem. Agora eu tenho que ir, não quero perder meu emprego. - Dulce se levantou, se despediram e ela foi para o trabalho. 

                            ****

- Ucker, tem muitos arquivos que devem ser organizados. - disse Alfonso, entrando na sala de Christopher. - Eu e a May estamos ajudando a Anny a organizar a papelada, mas não estamos dando conta de tudo. As vendas aumentaram muito no último semestre e precisamos de alguém para nos ajudar com tudo. 

- Ai, mais essa agora! - Ucker bufou. - O Chris saiu daqui agora à pouco e disse a mesma coisa. Poncho, nós precisamos de uma nova secretária.  

- Foi o que eu pensei! - Poncho respondeu. 

- Cuida disso para mim, por favor! Anuncia no jornal matinal e no nosso site. Estamos precisando de alguém que possa organizar tudo e ajudar a Anny e a May. 

- E o salário? Temos que dar todas as informações necessárias. 

- Três salários! - Ucker respondeu. - E aproveita e pede todos os dados da moça, endereço, telefone, e-mail, tudo. Ela terá todos os direitos de um trabalhador, com carteira assinada.

- Vou fazer isso agora mesmo! - disse Alfonso.

- E eu vou almoçar e não sei se volto aqui hoje! - Christopher afirmou.

- Eu vou anunciar o que me pediu. - Poncho afirmou, saindo rapidamente. 

Christopher saiu apressado da empresa e foi embora. Queria descansar um pouco de todas as tormentas do dia a dia. Ele parou o carro no sinal vermelho, próximo a um colégio. Duas meninas chamaram sua atenção. Estavam brincando sozinhas na praça em frente ao colégio. 

- Oi meninas! - ele cumprimentou-as. - Onde está a mamãe de vocês? 

- Ela está trabalhando. - Helena respondeu. 

- Helena! - Heloísa a repreendeu. - A mamãe nos proibiu de falar com estranhos. 

- Eu não sou um estranho! Sou amigo de vocês, se quiserem. - Ucker respondeu, sorrindo. Ele estacionou o carro próximo da praça e voltou para onde as meninas estavam. - Sou Christopher, mas podem me chamar de Chris ou de tio Chris, se preferirem. Eu sou dono da empresa aqui do lado. 

- Eu sou Helena e ela se chama Heloísa. Somos irmãs gêmeas. - elas se apresentaram. 

- Vocês são bem unidas. - Ucker observou. - E a mamãe de vocês? Quando vai vir buscá-las? 

- Acho que ela já deve estar vindo! - Heloísa respondeu, cabisbaixa.

- Alguém quer sorvete? - Christopher perguntou. 

- Eu! - elas responderam. 

- Vamos tomar sorvete então! 

- Não, tio Chris! A mamãe deve estar chegando. - Helena respondeu. 

- Então esperem aqui que vou buscar os sorvetes! Se ela chegar, vocês esperam um pouquinho por mim. - Christopher saiu rapidamente. 

- Desculpa a demora, filhas! A mamãe estava resolvendo muitas coisas. - Dulce respondeu. - Vamos embora? 

- Espera, mãe! O nosso sorvete. - Helena afirmou. 

- Que sorvete, filha? Eu não... não tenho dinheiro. - Dulce falou um pouco triste. - Vamos embora. Lá eu faço um suco para vocês. 

- O tio Chris prometeu! - Helena falou, dengosa.

- Quantas vezes eu pedi pra não falarem com estranhos? - Dulce esbravejou. - Eu não quero que me desobedeçam. Vamos embora daqui. 

Christopher narrando : 

Estava muito cansado do trabalho. Até pedi ao Poncho que cuidasse da empresa, eu iria almoçar, mas não voltaria para lá e deixei bem claro. Fui embora e passei em frente a um colégio, como sempre fazia, mas uma cena muito linda me chamou a atenção : Duas irmãs brincavam e se divertiam na praça em frente ao colégio. Conversei um pouco com elas e fui comprar sorvetes, como prometi. Quando voltava para lá, vi uma mulher muito bonita, de cabelos castanhos com algumas mechas loiras. Percebi que era a mãe delas, porém, não quis interferir na conversa. Era uma mulher muito linda, que me fez lembrar da Dulce. Não sei por que, mas aquela mulher me fez sentir algo diferente. Saudade da Dulce. 


Notas Finais


Até o próximo!


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