- Eu tenho até medo quando você fala assim, Helô! - disse Helena.
- Filhas, posso entrar? - Dulce perguntou.
- Claro, mãe! - elas responderam.
- Helô, você perdoou o Christopher? Perdoou o seu pai, minha filha?
- Sim! Ele é um ótimo pai, um ótimo homem e uma pessoa incrível. - disse ela.
- O que houve, meninas? Aconteceu algo que não querem me contar? O Christopher fez algo que não gostaram? - ela perguntou, preocupada.
- O papai te ama, mamãe! - Heloísa respondeu, fitando-a. - Você também o ama? - Dulce arregalou os olhos, surpresa com o que sua filha acabara de dizer.
- Eu... ele é o pai de vocês. - Dulce respondeu.
- Ai, como vocês adultos são bobos! - Helô respondeu, revirando os olhos. - Detesto quando distorce as coisas, mãe.
- Filha, tenha mais respeito comigo, Heloísa! Eu sou sua mãe e sempre ensinei vocês a tratar bem as pessoas.
- Tá! Se quiser que eu te responda bem, me responde certo! Só quero saber se ainda ama o papai.
- Filhas, este é um assunto que me dói muito falar! O Christopher sempre foi o grande amor da minha vida. É claro que eu o amo muito. - Dulce respondeu.
- Vocês adultos são tão complicados, mãe! O papai também nos disse a mesma coisa. Ele te ama muito.
- Por que não estão juntos? - Helena perguntou, ganhando um olhar de reprovação de Heloísa.
- Apesar de amá-lo, sei que não vale a pena tentar de novo. Eu não quero mais. - disse ela.
- Quando digo que são complicados, me criticam por minha opinião.
Alguns dias depois
- O que quer que eu faça, Heloísa? Ainda não entendi. - Helena perguntou, confusa. - Eu não consigo mentir pra mamãe.
- Para com isso, garota! Você não vai mentir pra mamãe, só vai omitir a verdade. - ela respondeu. - Se quiser ver eles juntos, vai ter que cooperar. Se eu fizer, ninguém vai acreditar em mim.
- Se não tem outro jeito, tudo bem! Quantas horas são?
- 06:08h da manhã! Daqui a pouco a mamãe vai vir nos acordar para a aula. - Heloísa se levantou de sua cama e saiu. Minutos depois, ela retorna com duas bolsas de água quente.
- Eu não sei se isso vai dar certo, Helô! - disse Helena, receosa.
- É claro que vai! Agora deita, Helena. - ordenou. Helô colocou as bolsas de água quente no pescoço da irmã e deixou alguns instantes, até ouvir o barulho da maçaneta. - É a mamãe! - disse ela, jogando as bolsas de água rapidamente debaixo da cama. Quando ela ia se deitar, sua mãe entrou.
- Já estava acordada, filha? - Dulce perguntou.
- A Lena está queimando de febre, mamãe! - a menina respondeu.
- Deixe-me ver! - Dulce foi até a filha, deitada na cama e verificou o pescoço dela. - Meu Deus! Eu preciso levar a Lena no médico. - ela pegou o termômetro, que estava em cima do criado mudo, colocado lá propositalmente por Heloísa e mediu a temperatura da menina. - Quarenta e um graus. Minha filha está a ponto de ter uma convulsão. Eu preciso ligar para o Christopher. Cuida dela, Heloísa. - Dulce falou, correndo até seu quarto.
- Ai, Helô! Eu não gosto de enganar a mamãe. Ela ficou muito preocupada comigo.
- Você não está enganando a mamãe, já disse, Helena! Fica quieta.
- E a Lena? Como ela está? - Dulce perguntou, adentrando no quarto das filhas. - Meu Deus! Minha filha ainda está febril. - Ela respondeu, passando a mão pelo pescoço da menina, que suava. - Seu pai está vindo, filha. Nós vamos levá-la ao médico.
- Não precisa, mãe! A Lena vai ficar boa. - disse Heloísa.
- E você, mocinha? Não vai pra aula? - Dulce perguntou, fitando a filha.
- Me deixa aqui com a Helena, mãe!
- Eu não quero hospital! Quero o papai aqui comigo. - Helena pediu, fazendo biquinho.
- Ele está chegando, meu anjo! - Alguns minutos mais tarde, Christopher vai até o quarto das meninas.
- Dul, como ela está? - ele perguntou.
- Estou melhor, papai! - Helena respondeu.
- Vou te levar até o hospital! - Ucker afirmou. - Você precisa consultar pra saber o motivo de sua febre.
- Eu quero me distrair um pouco!
- Quer ir ao parque ou ao cinema? - ele perguntou, mirando sua filha deitada. - Se quiser, podemos ir nós quatro.
- Não! A Helena melhorou, Christopher. Se puder, quero que leve elas no colégio.
- Negativo, Dulce! Eu não quero ver minha menina doente. Vamos passear com elas. - Christopher respondeu. - Tem certeza que está melhor, minha filha?
- Estou melhor sim! - ela respondeu.
- Eu vou deixar vocês trocarem de roupas, ainda estão de pijamas! Depois, vamos passear um pouco. - Ucker deu um beijo nelas e saiu do quarto, acompanhado de Dulce.
- Ucker, você não deveria ter feito isso! Elas vão acabar se acostumando com essa mordomia toda que está dando pra elas. - Dulce reprovou, se sentando no sofá. Christopher se sentou ao lado dela e a abraçou, fazendo com que a mesma apoiasse a cabeça em seu peitoral macio.
- Não fala assim, Dul! Tenho toda a certeza do mundo que você amou a ideia. - disse ele.
- Eu adorei! Faz tempo que não passeio com minhas... com nossas filhas. - ela se corrigiu, sorridente.
- Eu também estou adorando! Nós vamos passear com nossas meninas. - disse Christopher. - Só o que falta é a mãe delas me perdoar.
- Tenta me entender, Chris! - ela se virou de frente para ele. - Eu te amo muito, te amo tanto, mas não é fácil para mim e nunca foi. - Dulce explicou.
- Acha que um dia vai me perdoar? Vai perdoar todo o mal que te causei?
- Eu não sei, não posso te garantir nada. - disse, incerta. - Já sofri muito e não quero me enganar de novo.
- Dul, eu também te amo muito, mais do que a mim mesmo! O amor nos faz perdoar até os nossos maiores inimigos. Eu sei que você me odeia por ser um Uckermann, mas eu te amo mesmo assim. E não me importo com o que diz ou pensa de mim. Seu amor é mais importante. - Ucker afirmou, roubando um selinho dela.
- Eu sei que você é um bom pai, mas tenta me entender! Eu só posso te perdoar quando o meu coração estiver de bem com o meu mundo novamente e você faz parte desse mundo.
- Tudo bem! Eu não vou insistir. Eu te amo e te respeito. - Ucker afirmou, acariciando os cabelos dela. - Quero que seja minha amiga, já que não quer ser minha namorada ou esposa.
- Somos amigos então! - Dulce respondeu, tocando nas mãos dele. Ucker puxou Dulce pela nuca e uniu seus lábios aos dela, que não esperava esta atitude dele.
- Ucker! - ela o repreendeu. - Não quero que a Heloísa e a Helena vejam isso.
- Não gostou? - ele perguntou, imitando um bebê.
- Eu não vou mentir! Eu amo os seus beijos, amo seus lábios, mas nossas filhas estão aqui.
- Tenho certeza que elas iriam amar nos ver juntos novamente! - Ucker respondeu, tomando os lábios dela rapidamente.
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