História A misteriosa garota da montanha - Visitando Dulce!

Christopher estava inseguro e apreensivo para saber como Dulce estava. Após deixar suas filhas sob responsabilidade de Anahí e Alfonso, ele retornou ao hospital, onde encontrou Zoraida e Eddy sentados em um canto, completamente em silêncio e cabisbaixos. 

- E aí!? Tiveram notícias da Dulce? - ele perguntou. 

- Ela está passando por uma cirurgia muito delicada agora! - Eddy respondeu. - O doutor ficou de passar aqui quando tudo terminar. 

- E as meninas, Christopher? Você disse para elas o que está acontecendo? Contou para elas que... - Zora perguntou, sendo interrompida por Christopher. 

- Eu contei para as meninas que a Dul ainda está um pouco debilitada,  por isso, eu deveria voltar aqui, pois ela ainda precisa de mim. - ele explicou

- E elas? O que disseram? - Zora quis saber. 

- Ficaram tristes, mas acho que entenderam. - disse ele. - Eu deixei elas com a Anahí e o Alfonso. 

- Menos mal! - Eddy respondeu. - Fiquei preocupado com elas. 

- Quem é o acompanhante da Dulce Maria? - um enfermeiro perguntou. 

- Somos nós três! - Ucker respondeu. - Eu sou o namorado dela! O que aconteceu? Já terminou a cirurgia? Como a Dulce está? 

- Calma, senhor! A paciente ainda está em cirurgia. O processo é longo. Vamos retirar o útero dela por completo. O tumor era maligno e se espalhou por todo o órgão reprodutor da sua namorada. - ele explicou. 

- E quando esta cirurgia maldita acaba? - Ucker quis saber. - Vai demorar muito? 

- Estamos terminando! Eu só vim informá-los de que ela precisa de setenta e duas horas de repouso extremo. O doutor pediu que avisasse que a paciente ainda corre muitos riscos. Vocês precisam ser fortes, caso aconteça o pior. - disse ele, saindo rapidamente. 

- Meu Deus! Eu não vou suportar perder a Dulce! - disse Christopher, se sentando ao lado de Zora e Eddy, completamente emocionado. Suas lágrimas caíam e encharcavam o piso daquele hospital. - Como este homem me dá uma notícia dessa forma? 

- Christopher, sabemos que é muito triste, mas a Dulce vai vencer esta luta. - Zora falou, tentando acalmá-lo. - Estamos muito tristes agora, mas amanhã podemos estar sorrindo com ela. 

- Vamos nos unir ainda mais! A Dulce precisa da nossa força e apoio. - disse Eddy, se levantando. - Somos uma só família agora. Levantem, - ordenou., - ... vamos nos abraçar. Christopher e Zora se levantaram e se abraçaram. - Este abraço representa nossa força e união. Deveremos ser fortes e mais unidos ainda. 

- Christopher! - May o chamou. Ele foi até ela e a abraçou. - A Anny me disse o que aconteceu com a Dulce. Eu vim te dar força. 

- Obrigado, May! Vou precisar muito de você. - ele agradeceu. 

- E eles? Quem são? - ela perguntou, mostrando para Zora e Eddy, que já estavam sentados. 

- May, estes são a Zoraida e o Eduardo! - Ucker apresentou. - Gente, esta é a Maite, minha amiga. 

- Me lembro de você, Zoraida! Você trabalhava na reserva, não é? - May se recordou. 

- Sim! - disse Zora, abraçando May. - Sou amiga da Dulce. 

- Prazer, Maite! Sou Manuel Eduardo. Todos me conhecem como Eddy. - ele se apresentou, cumprimentando-a com um aperto de mão. - Sou namorado da Zoraida e amigo da Dulce. - May sorriu. 

- E a Dulce? Tem notícias? - ela perguntou. 

- Está passando pela cirurgia! - Ucker falou, com os olhos marejados. - Ela perdeu o útero, May! 

- Não fica assim, Christopher! Estamos juntos neste momento difícil. - May o abraçou. - Somos amigos e sempre estarei pronta para te ajudar. 

- Obrigado, May! - Ucker agradeceu. - E o Chris? Onde está? 

- Está na empresa! Ele não gosta de hospital, já sofreu muito quando perdeu a mãe e, para ele, este lugar só atrai dor e sofrimento.  - ela explicou. 

- Espera um pouco, May! O doutor está vindo. - Ucker apontou. - E a Dulce? Como está, doutor? 

- Ela está descansando um pouco! Acabamos a cirurgia! - Ucker sorriu. 

- E quando posso visitá-la? - ele perguntou, esfregando suas palmas, tentando aliviar o nervosismo. 

- A Dulce está dormindo agora! Assim que ela acordar eu chamo vocês. - o doutor respondeu.

- E como foi a cirurgia? - Zora perguntou. 

- Ocorreu tudo bem! Agora eu preciso voltar. Vou ver como ela está. - disse ele, saindo rapidamente. 

- Ai! Não vejo a hora de poder vê-la. - Christopher respondeu. Alguns instantes mais tarde, o doutor retornou.

- Christopher, sua namorada já está acordada. - disse ele. - Ela já está pronta para receber visitas. Mas só será possível a entrada de dois visitantes por vez. 

- Obrigado, doutor! - Ucker agradeceu. 

- Christopher, se quiser visitá-la com a May, eu e o Eddy iremos te entender. - Zora falou. - Acho que é um direito seu.

- Te agradeço, Zoraida! Mas quero vê-la por último. Quero ficar mais tempo com a Dul. - disse ele. - Se quiser ir, pode ir.

- Então nós vamos! - ela respondeu. 

- Vamos! Vou levá-los até o quarto dela. - disse o doutor. Zora e Eddy se levantaram e seguiram-no. - Vocês tem quinze minutos. - ele fechou a porta do quarto e saiu. 

- Oi, minha amiga! Estávamos com muitas saudades de você! Espero que saia daqui logo. - disse Zoraida. 

- E como está se sentindo, Dulce? Consegue falar? - Eddy perguntou. Ela tentou dizer qualquer coisa, mas sua voz não saía. - Não se esforce! Sabemos que não consegue falar, pois acabou de passar por uma delicada cirurgia. 

- Oh, minha amiga! Estou tão feliz por saber que ocorreu tudo bem. Só quero que saia daqui deste lugar. Antes que você tente perguntar, suas filhas estão bem. Estão com a Anny. - Zoraida informou. 

- Dulce, agora que sabemos que você está melhor, vamos te deixar por alguns segundos. O Christopher está aí fora louco pra te ver. - Eddy afirmou, arrancando um pequeno sorriso dos lábios dela. - Você também está louca para vê-lo. Dá pra notar através do seu sorriso. - eles se despediram dela e, logo, Maite e Christopher entraram. 

- Oi, meu anjo! - Ucker falou, emocionado. - Eu senti uma dor muito grande quando vi aquele lençol completamente pintado por seu sangue. - ele pegou na mão direita dela e depositou um beijo lento. 

- Dul, queremos muito que se recupere logo! - disse May. - O Christopher vai ter um infarto qualquer hora, se não melhorar. 

- Ah! Eu ... - Dulce tentou se pronunciar. 

- Dulce, não se esforce! Você precisa descansar muito ainda. - Maite pediu. - Eu vou deixar vocês à sós. Acho que precisam conversar sozinhos.  - ela deu um beijo na testa de Dulce e saiu.

- Chri... Chris! - Dulce falou, com dificuldade. - Chris, eu... - ele a interrompeu.

- Dulce, você não pode se esforçar, meu amor! Está recém operada. Por favor, fica quietinha, tudo bem? - ela assentiu com a cabeça. - Nossas filhas estão com a Anny. Não precisa se preocupar. Só o que quero é seu bem e espero que melhore logo. 

- Chris... obri... gada.

- Amor, você não precisa agradecer, minha linda! Meu dever é cuidar de você e das nossas filhas. Tenho certeza que elas estão loucas para que você fique bem logo e volte para casa. - Ucker deu um beijo na bochecha dela, que sorriu. - Eu te amo, tá? E eu ordeno que melhore logo. 

- Eu... te... amo, Chris! - disse ela. 

- Já disse que eu não quero que se esforce! Você precisa descansar, meu amor. Eu não posso ficar muito tempo aqui dentro com você, mas vou estar lá fora te esperando. Só preciso que melhore. - Ucker respondeu. - Se eu pudesse escolher, estaria no seu lugar, deitado nesta cama de hospital.

- O... brigada, Chris! - ela respondeu. - Cuida... das nos... nossas filhas, por... fav... vor.

 - Nós vamos cuidar delas juntos! O que está pensando, dona Dulce? Acha que eu vou cuidar delas sozinho? - disse ele, ironicamente, fazendo Dulce sorrir. - Fique bem, princesa! Eu e nossas meninas precisamos muito de você. - Ucker se despediu dela com um beijo na testa e saiu. 

Anny levou Helena e Heloísa no shopping para fazerem compras e se divertirem um pouco, mas elas estavam cabisbaixas e tristes. Perguntavam pela mãe o tempo todo. 

- Quando a mamãe vai sair do hospital, tia Anny? - Helena perguntou.

- Oh, meu anjinho! Logo, logo, sua mãe vai estar com vocês. Ela precisa descansar e melhorar um pouco mais. 

- Tia Anny, eu quero ir embora! - Heloísa afirmou, entristecida. - Quero a mamãe e o papai. 

- Eles vão ficar com vocês! Acontece que minhas gêmeas terão que ser pacientes e fortes. - Anny afirmou, enxugando uma lágrima involuntária que caiu de seus olhos. 

- A mamãe vai ficar boa logo? - Helô perguntou. 

- Para de ficar assim! Vamos nos divertir, vou levá-las em uma piscina muito linda. - disse Anny, na tentativa falha de animá-las. 

- Queremos ir embora! Eu quero o papai e a mamãe. - disse Helena. 

- Ai, meus amores! O papai está cuidando da mamãe. E a tia Anny está cuidando de vocês. Agora eu quero que melhorem essas carinhas. Tia Anny vai levá-las na empresa. Querem conhecer onde o papai de vocês trabalha? - ela perguntou. 

- Quero! - elas falaram, em uníssono, empolgadas. 

- Então, vamos! - Anny deu a mão para elas, que acompanharam-na.