História A misteriosa garota da montanha - Recuperação!

Christopher se sentia mal ao assistir todo o sofrimento de Dulce. Ela parecia desistir a cada visita, parecia se entregar ao câncer, mas ele percebeu algo diferente no rosto dela. Quando ela o fez prometer cuidar das suas filhas, Christopher percebeu um certo medo estampado no rosto de Dulce. Ela sentia medo, sentia o fim. Para ele, a interpretação do semblante dela era outro. Ela não queria morrer, sentia uma forte angústia, deveria lutar. E ele poderia contribuir para que ela voltasse a ter a coragem e força que sempre teve, ele deveria ensiná-la a viver novamente. 

48 horas depois

Desde a triste e difícil cirurgia, haviam se passado três dias. Estas primeiras setenta e duas horas eram fundamentais para a recuperação de Dulce. Nas últimas vinte e quatro horas, ela havia sofrido duas paradas cardíacas e acabou entrando em coma. Christopher sempre visitava sua amada, mesmo que os médicos ainda não permitissem. Ele foi até o quarto dela, onde encontrou a mesma dormindo e descansando. 

- Meu anjo! Sinto tantas saudades dos seus abraços, dos seus beijos, do seu calor! - Christopher sussurrou, acariciando os cabelos dela com uma mão, enquanto a outra apertava devagar a mão de Dulce. Uma lágrima solitária saltou de seus olhos quando ele mirou nos olhos dela, que os abria lentamente. - Melhore logo, meu amor! Nossas meninas sempre perguntam por você. Eu já não sei mais o que responder pra elas. - Christopher chorou como uma criança, quando percebeu que ela acordava do coma. - Meu amor, você voltou! - ele sorriu. - Eu vou chamar o médico. - Christopher depositou um leve beijo na testa dela e saiu apressadamente a procura de um médico ou enfermeiro.

- Christopher, e como a Dulce está? - Zora perguntou, assim que o viu sair do quarto. 

- Ela acordou, Zora! A Dulce saiu do coma. - disse ele. Zoraida sorriu emocionada e abraçou Eddy, que estava ao seu lado. - Sabe onde tem algum profissional da saúde que possa me ajudar? 

- Christopher, sabe como a Dulce está? - uma enfermeira perguntou. 

- Angelique? - ele perguntou. - Quanto tempo não nos vemos. - Ucker a abraçou. Angelique era uma antiga colega e amiga dele. Formaram juntos o ensino médio. - Então se formou em enfermagem? 

- Eu disse que este era o meu segundo maior sonho, Ucker! - ela respondeu. - O primeiro era fazer teatro, mas não tenho muito tempo para isso. E a Dulce? Como ela está? 

- A Dulce acordou do coma! Estou muito feliz e esperançoso. - Ucker respondeu, sorridente. 

- Quem diria que Christopher Uckermann,  um homem multimilionário como você iria amar a nossa guia turística. - Angelique falou, admirada. - A Dulce sofreu muito, desde que a tal Natália humilhou ela daquela forma. Fiquei muito decepcionada com você. 

- Eu errei sim, mas paguei pelos meus erros! - disse ele. - A Dulce foi embora grávida. Temos duas filhas juntos. 

- Parabéns, Ucker! Fiquei muito feliz por vocês. Espero que construam uma linda família juntos. - disse ela. - E a Vonucker Glamour? Quem está administrando? Fiquei sabendo que seus pais estão morando em outro país. É verdade? 

- Depois conversamos melhor! Agora vamos entrar? A Dulce está precisando de nós. - Ucker chamou e entraram.

- Olá, Dulce! Lembra de mim? Sou Angelique Boyer, a Angel, aquela garota loira de cabelos curtos, que visitou a reserva. Estou um pouco diferente, pois pintei meus cabelos de preto. - ela se apresentou. - Eu vou segurar sua mão. Se tiver me ouvindo, quero que aperte minha mão com força. - Angel falou, segurando a mão de Dulce, que confirmou o que ela queria saber. - Meu Deus! Você está com uma força muito grande, Dulce. Cuidado, se não, pode acabar me machucando. - Ucker sorriu ao ouvir aquilo. Suas esperanças se renovavam automaticamente, a cada palavra dita por Angelique e a cada reação de Dulce. - Eu vou chamar o doutor Fernando Colunga para te examinar melhor. Cuida dela, Christopher. - Angel pediu, saindo imediatamente do quarto. Ucker pegou na mão direita dela, que sorriu. 

- Dul, está se sentindo melhor? - ele perguntou. Como resposta, Dulce apertou a mão dele com força. Ele sorriu, emocionado. - Ai, meu anjo! Não sabe o quanto pedi a Deus para que você melhorasse. Eu já não conseguia te ver sofrendo nesta cama, neste hospital. 

- Licença! - disse Fernando. - Christopher, me deixe examinar a Dulce. Daqui alguns instantes, te chamo, tudo bem? 

- Claro, doutor! - assentiu. - Fique bem, Dul. O Fernando vai te examinar agora. Espero que seu corpo dê uma resposta significativa. - Ucker deu um beijo na testa dela e saiu.

- Como está se sentindo, Dulce? Espero que fique bem. - Fernando perguntou. - Estou muito contente com os resultados de seus últimos exames. Você está cada vez melhor. Já posso garantir que não corre mais riscos, mas você precisa colaborar com sua saúde. A Angel me disse que você e o Christopher têm duas filhas juntos. Precisa ficar boa logo, tenho certeza que elas estão com muitas saudades de você. - Depois de fazer todos os exames para afirmar com precisão o estado clínico de Dulce, Fernando pôde concluir que sua recuperação estava muito boa e que em poucos dias, Dulce estaria de alta e poderia finalmente voltar para casa. 

Alguns dias depois

Devido a recuperação rápida, Dulce voltou para sua casa, mas ainda deveria ficar em repouso por pelo menos uma semana. Christopher sorria de orelha a orelha, ao ver a alegria e força de Dulce, principalmente, ao ver que ela já não corria mais nenhum risco de vida. 

- Meninas, olha quem chegou! - Ucker falou para suas filhas, que brincavam com Zoraida e Eddy. 

- Mamãe! - elas responderam. 

- Calma! A mãe de vocês precisa descansar. - Christopher afirmou. 

- Oi, meus amores! A mamãe sentiu muitas saudades. - Dulce respondeu, depositando um beijo na bochecha de cada uma. 

- Papai, a mamãe já descansou no hospital! - disse Helena. 

- Sim, filha! Mas ela precisou passar por uma cirurgia, que eu não havia contado pra vocês, com medo que sofressem mais. Agora, vamos deixar a mamãe descansar um pouquinho. - Ucker levou Dulce até o quarto dela e deitou a mesma com leveza e delicadeza na cama. Por causa do cansaço e do clima, ela pegou no sono e acabou adormecendo.