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História A misteriosa garota da montanha - Diálogos


Escrita por: Hanna__Santos

Capítulo 5 - Diálogos


 

- Não, Ucker! - Natália discordou. - A paixão passa rápido! Ela deverá te amar, só assim, você sairá vingado, se quiser deixar nela alguma cicatriz.

- Então, a Dulce irá me amar! - Ucker afirmou, convencido. Nem olhou para Natália e foi para seu quarto. Pegou uma toalha, algumas roupas e foi tomar banho. Sentia a água deslizar por toda a extensão do seu corpo, como se estivesse renovando suas energias. Estava pensando em algum plano para se vingar de Dulce, por acreditar que ela teria matado seus próprios pais e ainda acusava os Uckermann's. Isso, Christopher não poderia perdoar. Terminou seu banho, vestiu uma calça jeans, uma camisa larga e foi procurar seu grupo de amigos. Parece que o destino estava conspirando ao seu favor, pois Dulce estava lá, mostrando a reserva para os alunos da professora Hilda.

- Que ótimo! Encontrei vocês, seus sumidos! - Ucker comemorou. Ele ria ao ver Dulce com aquela cobra nas mãos. - Que garota maluca! - pensava, sozinho, fitando-a.

- Olá, Ucker! - Dulce o olhou com fúria, sem que os outros percebessem. - Estou ajudando seus colegas a acabar com o medo que eles têm das cobras. Quer participar conosco desta reunião? - Perguntou, com um tom de ironia na voz. 

- Não te perguntei nada! - disse, grosso. Caramba, teria que começar do zero, já que maltratou a moça, sua inimiga. - Me desculpe, estou com um pouco de dor de cabeça. - tentou concertar o erro que tinha acabado de cometer.

- Tudo bem! Se quiser, pode descansar! - ela respondeu, tentando controlar a raiva que sentia. - Agora, é sua vez, May! - Dulce pegou a Esmeralda e colocou no pescoço de Maite.

- Ai, Dul! Nem dá pra acreditar que este animal quieto e fofo é uma cobra. - disse a moça, maravilhada.

- Ela costuma tratar bem as pessoas que eu gosto! - Dulce respondeu, pegando o animal do pescoço da menina.

- Por último, você, Anny! - todos riam das caras e bocas que a loira fazia. Estava obviamente com medo.

- Eu? - perguntou e Dulce assentiu. - Eu... eu não quero tocar nela. É horrível!

- Para de drama! - ficaram bons minutos conversando, até Dulce ir embora. - Eu realmente tenho que ir, depois, nos vemos.

- Nem acredito que amanhã é o nosso último dia aqui! - Poncho afirmou, entristecido. - Até a cabeça dura da Anny se divertiu. - disse, fazendo todos gargalharem. 

- Que bom que gostaram daqui! - Dulce afirmou. - Eu vou indo. Depois, podemos nos encontrar novamente. - Estava preparando os passos para sair com Esmeralda, quando Ucker a interrompe.

- Dulce! - ele chamou.

- Sim? - ela respondeu.

- Eu quero falar com você, pode ser? - perguntou.

- Sabe o que é, Christopher? Estou muito cansada e preciso dormir um pouco!

- É urgente, por favor! - ele insistiu.

- Tudo bem, Christopher! Pode me acompanhar? - ele assentiu com a cabeça e a seguiu, até chegarem em um quarto, pouco abaixo de onde estavam. Dulce tirou a chave escondida entre seus seios e abriu a porta. O ambiente não era nada confortável, tinha uma cama, encostada em um canto do quarto e um criado mudo, com um livro em cima. Em um outro espaço, encontrava-se uma pequena cômoda que, provavelmente, guardava os pertences da garota, se é que ela tinha alguma coisa. Dulce colocou Esmeralda em um canto do quarto, enquanto Christopher observava o mesmo. Alguns poucos livros estavam espalhados em cima da cômoda, que parecia explodir.

- Harry Potter? - Ucker debochou, pegando um dos livros e folheando-o.

- É... eu gosto de Harry Potter! - Dulce respondeu, um pouco irritada. Não gostava que ninguém mexesse em suas coisas, principalmente, um inimigo.  É por isso que fazia questão de trancar aquele velho quarto que a abrigava.

- Interessante, mas não vou julgar! Cada um tem seus gostos! - disse, segurando o riso. Não gostava de histórias de magia ou de contos de fada. Para ele, era muito fictício. - Achei que morasse na montanha. - disse ele, observando os livros à sua frente. Como ela poderia ser tão patética e à moda antiga? 

- Não, não vivo lá! Só vou para passear com a Mera! - respondeu, tentando controlar seu ódio, bem notável. Só Christopher não percebia. - Será que dá pra deixar meus livros quietos, caramba? - Dulce perguntou, claramente irritada. Ucker se assustou com o tom alterado em que aquela garota o dirigiu e largou os livros lá. - Agora, será que dá pra dizer o que queria me dizer? - ela se sentou na cama e fez um gesto com as mãos, para que ele se sentasse.

- Bem... eu... eu só... só quero te conhecer melhor! - disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Dulce o olhou, de cenho franzido, como se perguntasse "o que ele queria dizer"? - Eu quero te provar que não sou teu inimigo. Não sou como você me vê. - explicou.

- Ah, que engraçado! Primeiro, me maltrata, por não suportar ouvir a verdade sobre os seus pais, depois, quer que eu seja sua amiga? - Dulce perguntou, debochando.

- Dulce, você me disse coisas absurdas! - Ucker fez a garota encará-lo. - Como queria que eu me sentisse? Queria que eu te apoiasse? Queria que eu dissesse que era tudo verdade? Não posso fazer isso! Você não está falando de uns desconhecidos, está falando dos meus pais!

- Ai, como os Uckermann's são todos iguais! Fingem de arrependidos para conseguirem alcançar seus objetivos! O que quer, Ucker? Quer acabar com a vida da última Saviñón? - Dulce perguntou, fitando-o, sem se desviar.

- Não entendi o que quer dizer com isso! - ele exclamou, confuso.

- O que queria me dizer? Vai continuar pedindo desculpas, senhor Uckermann? - ela perguntou, irônica.

- Eu só quero entender toda esta história! Não quero te julgar sem ouvir sua versão.

- Eu já te disse que meus pais... - suspirou, tentando continuar. - ... meus pais foram mortos. Eu sou órfã, não tenho absolutamente ninguém por mim, estou sozinha no mundo, entende? - sua voz ficou embargada pelo choro. Sempre doía na moça tocar neste assunto. Apesar de um ano ter passado, Dulce ainda não havia se recuperado da morte de seus pais. Ucker não conseguia parar de pensar no que Natália havia afirmado.

 

Flash Back on

- É... eu já sei disso! Eles não são assassinos! - respondeu, com um sorriso sensual nos lábios. - Mas, quem foi?
- A própria Dulce! Ela é uma assassina fria e calculista. Sabe muito bem o que fazer quando o assunto é matar!

- E como pode afirmar que foram meus pais os responsáveis? - ele perguntou. - E se foi você, querendo jogar a culpa na minha família? - Dulce ficou boquiaberta, não esperava que o rapaz falasse daquela maneira.

- Você não sabe o que diz, Christopher! Você é digno de um Uckermann, e já sei por quê tanto os defendem, você é igualzinho à eles, não tem sentimentos e não se preocupa com a dor dos outros. - Dulce se deitou e se virou de costas para Christopher, que lastimava. Ele estava adorando vê-la sofrer daquela forma, mas era pouco pra ele. Era muito pouco. Ele queria que ela sofresse mais, muito mais.

- Agora, quer se posar de vítima? - ele perguntou, achando ser dono da razão. - Como pôde matar seus próprios pais? - ela não disse nada, apenas o olhou com ódio e desprezo.

- Acha mesmo que... que eu sou... sou uma assassina fria, que mata pelo prazer? Eu sou uma pessoa íntegra, senhor Uckermann! Nunca precisei de causar a dor nas pessoas para conseguir o que eu queria. - disse, em meio aos choros. - Sai daqui, antes que eu perca a paciência! - ela pediu. Ucker nem olhou para trás e saiu.

- Que idiota, Christopher! Custava você se controlar? Agora, será mais difícil de fazer essa louca acreditar em você, seu imbecil. - Christopher brigou consigo mesmo, andando de um lado para o outro seu quarto.

 



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