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História A misteriosa garota da montanha - Segredos!


Escrita por: Hanna__Santos

Notas do Autor


Bom dia leitores! Estava com saudades de vocês!!! Sentiram minha falta??? Desculpa não estar postando regularmente, é que não tenho muito tempo ultimamente. Enfim, estou passando para deixar um novo capítulo! Resolvi atender o pedido de algumas leitoras em especial. Espero que gostem.

Capítulo 57 - Segredos!


Dulce ficou boquiaberta com as atitudes de Christopher. Verdadeiramente, ele estava surpreendendo-a, deixando a moça maravilhada com tudo. Era inevitável a emoção que sentia com cada palavra que saía da boca dele, eram inevitáveis as lágrimas de alegria que caíam sobre seu rosto. Era inevitável seu sorriso, sua imensa paz de espírito. Ela estava completamente apaixonada por tudo o que aquele homem estava fazendo por ela. O amor que sentia por ele jamais poderia ser comparado ao céu, pois não poderia ser medido. Era mais forte que qualquer sentimento, mais completo que todas as forças do universo juntas. 

Depois de ouvir tudo o que Christopher dizia, Dulce ficou sem reação, ficou imóvel. Parecia sonhar com aquilo a vida toda. Seus sonhos, aos poucos, estavam se tornando uma grande e linda realidade. Céus! Como ela esperou por aquele momento, ainda que não admitisse. O que ela poderia responder? Amava Christopher ou, simplesmente, Chris, com todas as suas forças juntas. Um não significaria o fim? Talvez, todavia, um sim poderia ter milhares de significados. Seria o início de uma nova vida, o início de um novo ciclo. Poderia significar o início da eternidade, de um amor imortal, de uma linda família. 

- Meu amor, eu... eu não... não sei o que... te responder! - disse ela, emocionada. 

- Dul, eu te entendo muito bem! Sei que eu só trouxe a desgraça para sua vida, mas... - ela o cortou, apenas com o olhar. 

- Christopher, você não me trouxe a desgraça, pelo contrário. Presta atenção, meu amor! Sei que nós dois erramos, mas o que importa é que estamos muito arrependidos. Você me deu a melhor coisa que eu poderia ter, que é a dádiva de ser mãe. Você me deu duas filhas maravilhosas, me deu a esperança de viver, de lutar, de voltar a respirar. De verdade, te agradeço imensamente por ter surgido na minha vida, por ter tentado me mostrar que os Uckermann's não são assassinos. Infelizmente, só agora que eu soube e tive que conviver com as consequências de uma mentira que acreditei por mais de uma década. - Dulce falou, abraçando-o, seguindo de um beijo na bochecha.

- Amor, sabemos que nada foi fácil! Eu tentei me adaptar sem você, embora nunca consegui. Quero fazer tudo diferente de agora pra frente. Quero te ajudar a criar nossos filhos e conviver em harmonia, como uma família que construímos. Mas ainda preciso de uma resposta, minha linda. Aceita ser minha esposa? Aceita se casar comigo? - ele perguntou novamente. 

- Ucker, eu não sei se me entende, entretanto, te amo imensamente. Eu preciso de um tempo pra me decidir, pra saber o que eu quero. Não quero me arrepender de nada. - ela falou, insegura.

- É claro que eu te entendo, Dul! Te entendo muito bem. É normal se sentir insegura, depois de tudo o que passamos. Saiba que estarei pronto quando quiser se casar comigo, quando quiser ter um relacionamento mais sério e dentro da lei. Te espero o tempo que quiser.

- Obrigada por me compreender, meu amor! Prometo pensar com muito carinho na sua proposta, tudo bem? - Dulce respondeu, acariciando o rosto dele, que assentiu com um beijo inesperado.                      

                     *****

Helena e Heloísa se divertiam na casa dos seus avós, contavam histórias e descobriam, aos poucos, a própria história delas. Era algo mágico e diferente de tudo o que já tinham vivido até aquele dia. Nunca souberam o que é ter um avô ou uma avó. Estavam descobrindo com Victor e Alexandra, que queriam e descobriam, de acordo com o diálogo entre eles, o que é ter netos, o que é cuidar de um filho do seu filho. Estavam muito felizes juntos, fazendo descobertas inesquecíveis, incríveis, inimagináveis e magníficas da vida. Muitas pessoas não tem essa oportunidade de conhecer os pais de seus pais. Muitas pessoas nunca vão saber o verdadeiro significado da palavra família, infelizmente. Quem sabe o valor e a grandeza de ter uma família é muito feliz, e deveria valorizar mais, amar mais, brincar mais. Alguns têm, mas ainda não sabem o que é isso, não sabem dar amor e receber com a mesma intensidade.  É exatamente por esse motivo que as irmãs gêmeas, sem dúvidas, aproveitavam cada segundo ao lado de seus avós. Elas, embora nunca tenham convivido com eles, sabiam o quão importantes eram na vida delas e davam o devido valor que mereciam. 

- Meninas, estão prontas? - Victor perguntou. 

- Claro,  vovô! - Helô respondeu, sorridente e ansiosa. 

- Então vamos! Nós queremos aproveitar muito ainda. - disse Alê.

- É muito longe daqui? - Helena perguntou, curiosa.

- Só um pouquinho assim! - Victor respondeu, gesticulando com as mãos. Entraram no carro e partiram rapidamente. Boa parte do percurso, Helô e Helena conversavam muito com Alexandra, só não conversavam com seu avô para que ele não perdesse o foco na estrada. Cerca de vinte minutos depois, chegaram em um lindo shopping. As crianças se encantaram com o que estava na frente dela, pois jamais poderiam visitar um lugar como aquele, devido as condições financeiras que tinham. Victor estacionou o carro e entraram. 

- É muito lindo! - Helena afirmou, encantada. 

- É que vocês ainda não entraram! - Alê respondeu, mirando os olhinhos brilhando da neta.

- Lá dentro é mais lindo que aqui, vó? - Heloísa quis saber.

- Sim, minha neta! - ela respondeu, orgulhosa. - Agora vamos entrar? Temos muito o que fazer aqui ainda.

Elas ficaram hipnotizadas com tudo. Muitas pessoas iam e vinham apressadas, procurando algum lazer. Enquanto as meninas se divertiam no parque, dentro do shopping. Pulavam, sorriam, gritavam, se aventuravam. Com certeza, aquele dia seria inesquecível. Depois de fazerem compras e aproveitarem aquele lugar, assistiram um filme e voltaram para casa. Já era noite. O brilho da lua refletia no asfalto quente, deixando aquele dia muito mais lindo. Assim que chegaram na mansão dos avós, as meninas tomaram um banho, jantaram e foram para o quarto dormir. Devido o cansaço, Helena rapidamente pegou no sono e dormiu. Heloísa ainda estava deitada, lendo um livro que encontrou em cima do criado mudo, ao lado de sua cama, quando alguém bateu na porta do quarto. 

- Entra! - ordenou. 

- Achei que já estava dormindo! - Victor respondeu, adentrando o quarto e se sentando ao lado dela. - Eu vim dar um beijo de boa noite em vocês. Está sem sono? 

- Eu costumo ler antes de dormir! - ela respondeu. - Minha mãe também é assim. 

- Sério? Que bom, minha linda! Faz muito bem para a memória ter bons hábitos de leitura. - ele afirmou. - Helô, com quantos anos você aprendeu a ler? 

- Com quatro anos! - Helô respondeu. - Desde então, nunca mais parei. 

- Aprendeu a ler muito cedo! - eles riram. - E você se lembra? 

- Parece estranho, mas me lembro sim! - disse ela, ironicamente. - Eu não sou tão velha pra esquecer, vovô.

- A leitura nos faz viajar, sem sair do lugar, nos faz aventurar muito! Eu aprendi muito tarde, acho que tinha uns quinze anos. - ela arregalou os olhos, desacreditada. - É verdade! Antes era muito difícil estudar. Pode não acreditar, mas já fui pobre um dia e na minha infância, uma criança não tinha todas as mordomias que tem hoje. Era difícil se ingressar em uma escola. Minha família não tinha condições de me dar, se quer, o material escolar. Quando comecei a estudar, tratei logo de arrumar um emprego, para poder comprar minhas coisas. Trabalhei no plantio de feijão, arroz e milho, na zona rural. A partir daí, minha família já não passava mais nenhuma necessidade. Pelo menos o feijão e o arroz eu conseguia garantir. - ele sorriu, emocionado. 

- Está chorando, vô?  - Helô perguntou. 

- Não, minha princesinha! É que a minha história me emociona muito. - explicou. - Eu lutei muito pra chegar até onde cheguei. Nunca, nada foi fácil na minha vida, só depois que construí meu sonho, que consegui montar minha empresa.

- Desculpa, vô! - ela se desculpou, abraçando-o. Victor arqueou uma de suas sobrancelhas confuso, sem entender bem o porquê de a sua neta se desculpar.

- Por que está... me pedindo desculpas? - ele perguntou, ainda confuso. 

- Eu... eu sempre odiei você, a vovó e o meu pai, sem conhecê-los. - Heloísa respondeu, se separando do abraço, encarando-o. - Pensei que... que vocês fossem os responsáveis pelo sofrimento da mamãe. Eu não suporto vê-la sofrer, ela já sofreu demais, vô. 

- Achou que eu e a Alê eram os assassinos de seus avós, os pais de sua mãe? - ela assentiu. - Eu não te julgo por causa dos seus pensamentos. Milhares de coisas contra nós, com certeza, tinham. Apesar de ainda ser uma criança, você é muito inteligente, esperta e já entende sobre esse tipo de assunto. Não que as outras crianças não sejam inteligentes, mas você e sua irmã possuem uma maturidade incrível para a idade de vocês. Acho que vocês têm todo o motivo do mundo pra achar que sou um criminoso, assassino, covarde. A verdade é que sou um homem de bem, um pai atencioso e estou lutando para ser o melhor avô pra vocês. Saiba que eu jamais cometeria algo tão cruel quanto um assassinato. Eu sempre fui amigo do Fernando e da Blanca, tanto é que quando morreram, deixei a empresa sobre os cuidados de um amigo, pois não iria conseguir entrar na Vonucker Glamour, sem me recordar da dor que sinto até hoje pela morte dos seus avós. Eu nunca seria capaz de cometer algo tão desumano, tão ruim. Eu não sou assassino, minha neta, não sou covarde nem criminoso.

- Eu sei, vô! Sei que pra vocês também não foi fácil superar esta dor que ainda sente. Eu também sofri quando olhava para a minha mãe e ela estava chorando. Sempre inventava uma desculpa, dizendo que algum cisco tinha caído em seus olhos ou que estava com sono. Também sofri por não poder fazer nada, por assistir o sofrimento dela e não poder ajudá-la.

- Heloísa, eu quero que acredite em mim, quero que me dê um voto de confiança! Sei que todos pensaram que eu fosse um criminoso, mas entendo perfeitamente. Tudo demonstrava uma outra face minha, que nunca existiu. Olha, nada é fácil nesta vida, temos que acreditar em nossos sonhos e ter fé... ter fé e lutar. Só assim, conseguiremos alcançar todos os nossos objetivos e realizar nossos sonhos. Não é pisando nas pessoas que vamos conseguir vencer na vida. Não é humilhando e machucando as pessoas que vamos conseguir alcançar o céu. E sim, com muita força, muita determinação e dedicação. A nossa fé é muito importante também, é a nossa única arma de defesa em um mundo de injustiça e tristeza. - Victor afirmou, abraçando sua neta. - Eu vou deixar você dormir, mas quero que reflita. Se possível, sonhe. Afinal, o que seria de nós sem os nossos sonhos? Sempre temos que criar na nossa mente uma meta para o outro dia. Você já alcançou a sua meta de hoje, que era conhecer à mim e à Alê. E para amanhã? Pense! Talvez queira passear, se divertir. Pense! Só não prejudique ninguém e lute para conseguir alcançar sua meta. Vou te deixar descansar. Amanhã podemos conversar mais. - Victor deu um beijo na testa de Helena, que ainda dormia e deu outro na testa de Heloísa. - Ah, estava me esquecendo de dizer que esta conversa é um segredo nosso.

- Obrigada, vô! Prometo guardar segredo. - disse ela, sorrindo. Victor olhou a menina por alguns instantes e saiu do quarto, fechando a porta devagar. 




Notas Finais


Desculpe-me os erros ortográficos e outros erros possíveis do próprio capítulo!


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