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História A misteriosa garota da montanha - Novas informações


Escrita por: Hanna__Santos

Capítulo 58 - Novas informações


Christopher narrando : 

Eu tenho consciência da minha mudança interior. Me sinto mais responsável, mais homem, mais companheiro. Desde que descobri que sou pai, minha vida mudou completamente. Não vou negar que foi bastante difícil reconquistar a Dulce, entretanto, consegui provar pra ela, de diferentes maneiras, que a vida que levo hoje é bem mais complexa e mais distinta da vida que eu levava quando a conheci. Me considero um ser humano mais maduro, digno de um cidadão de bem. Depois de apresentar minha família para ela, só o que nos restou foi voltar. Percebi que a Dulce sempre estava com um celular na mão, discando ou tentando discar. Ela estava nervosa, com medo. Queria saber notícias das meninas, pois nunca ficou tanto tempo longe delas, não estava acostumada a lidar com aquela chata situação. Fiquei preocupado, mas quando me explicou o que acontecia, não consegui segurar meu riso, todavia, eu a abracei, na tentativa de confortá-la. Eu também fiquei nervoso. Pensei em cada palavra que iria dizer, em cada detalhe. Queria avançar, subir de nível. Já me cansei de ser considerado um moleque. Eu queria mais, muito mais. Pedi a Dulce em casamento e, claro, como eu previa, ela pediu um tempo. Ainda estava confusa com tudo e não queria mais se machucar, não queria quebrar a cara novamente. Juro que vou fazer tudo diferente, caso ela decida reconsiderar meu pedido e me dar uma nova chance. Assim que deixei minha namorada em frente a sua casa, fui embora. Aproveitamos o domingo juntos, nos divertimos e voltei pra casa com ela. 

- Amor, muito obrigada por tudo! Me sinto muito feliz ao seu lado. - ela agradeceu, me olhando no fundo dos olhos. 

- Você não precisa agradecer, minha princesa! Sou eu quem devo te agradecer por ter me feito mudar tanto. Sou eu quem devo te agradecer por me ensinar a viver. - dei um selinho demorado nela, seguido de um abraço. 

- Ucker, eu pensei bastante na proposta que me fez! - disse ela. Sem entender o que a Dulce queria dizer com aquelas palavras, apenas franzi o cenho, demonstrando minha confusão. - Quero dizer que eu aceito me casar com você. - Sério? A mulher da minha vida, a que escolhi para viver ao meu lado disse sim? Não estava acreditando! Apenas sorri em resposta e uni meus lábios aos dela, em um pequeno beijo. Dulce sorriu pra mim e me abraçou. Nos despedimos e eu fui embora satisfeito e maravilhado com aquele dia. 

Segunda-feira 06:00h da manhã

Dulce narrando :

Estou em um estado lastimável de loucura e preocupação. Quem me vê acha que perdi a noção das coisas completamente. Bem, a verdade é que eu nunca fiquei tanto tempo longe das minhas filhas e isso me dá uma grande angústia, apesar de saber que estão bem e com seus avós. Eles vão levá-las no colégio e no fim do dia, eu e o Christopher vamos buscá-las.

Acordei com o despertador, fiz minhas higienes matinais e preparei o café. Estava sentada em uma cadeira, na cozinha, quando umas mãos geladas me tocam. 

- Ai, caramba! - cuspi todo o café que estava em minha boca e gritei, claramente assustada. - Que susto, Zora! Achei que fosse um fantasma. 

- Não exagera, amiga! - Zoraida riu da minha reação. - Já está de saída? - ela perguntou.

- Sim! Tenho que ir trabalhar! Apesar de ser noiva do presidente da empresa, ainda tenho meus deveres a cumprir. - respondi, fazendo Zora sorrir, admirada.

- O quê? Você é noiva do Christopher? - ela perguntou, surpresa.

- Sou sim, amiga! O Christopher já havia me pedido em casamento! Entretanto, não aceitei e pedi um tempo pra pensar! Ontem eu aceitei o pedido dele e vamos nos casar em breve. - Contei pra ela o que houve. A Zoraida sempre me ajuda a superar meus problemas, sempre me apoia nas minhas decisões. Ela é uma grande amiga, quase como uma irmã. Mas de repente, suas feições de alegria saíram e deram espaço para uma certa tristeza e insegurança, que era visível através das suas expressões faciais e do brilho apagado dos seus olhos. - O que aconteceu? O que eu disse, que te deixou assim, entristecida? - perguntei preocupada com sua reação.

- Dulce, nós... nós temos que... conversar! - disse pausadamente.

- Pode dizer, Zoraida! - pedi. - Estou com um pouco de medo do que vai me dizer, mas quero que diga de uma vez o que está acontecendo. 

- Dul, a dona desta casa encontrou um ótimo negócio e a vendeu! - arregalei meus olhos. Onde iríamos viver? Eu precisava daquela casa. Teríamos que encontrar uma outra casa o mais rápido possível. Eu não me preocuparia comigo, me preocuparia com minhas filhas, principalmente. - Não precisa se preocupar, amiga! Ela me deu um prazo de dois meses pra sair daqui. Queria me dar menos, mas expliquei que você tem duas filhas pequenas e ela estendeu o prazo.

- Temos que procurar algum lugar para morar, e deve ser o mais rápido possível! - falei, mirando em seus olhos. 

- Dulce, eu vou me casar com o Eddy daqui uns dez dias! - ela afirmou. - Vou me mudar para a casa dele! Se quiser, pode morar conosco. - Eu queria sorrir, dizer que sim, porque eu sabia que ela queria me ajudar, de alguma maneira. Todavia, não era fácil pra mim. Sei que um casal precisa de liberdade, de privacidade, por esse motivo, jamais aceitaria. Em breve, estaria casada com o Christopher e viveríamos na casa dele ou de seus pais. Eu também não queria isso, porém, não tinha que escolher nada. - Você sabe que as portas da minha casa sempre estarão abertas pra te receber. 

- Eu agradeço sua preocupação, amiga! Mas não posso aceitar seu convite. Eu vou me casar com o Christopher e logo, estarei morando com ele. - respondi, sem encará-la. - Agora eu preciso ir! Tenho muito o que fazer na empresa. - dei um abraço nela e saí, ainda que não tivesse terminado o meu café. Christopher me esperava lá fora, como sempre fazia.

- Bom dia, meu amor! - ele me cumprimentou com um selinho e um abraço. - E como você está? 

- Bom dia, Christopher! - respondi. - Estou com muitas saudades das minhas filhas, mas estou bem. - Ele abriu a porta do carro para que eu entrasse e seguimos até a Vonucker Glamour.

- Meu pai me disse que você não parava de ligar pra lá. - ele riu. Bufei de raiva. 

- É normal, Christopher Uckermann! - respondi, sem fitá-lo. - Nunca fiquei um dia, se quer, longe das meninas.

- Vai se acostumando, minha vida! A Helô e a Lena sempre vão ficar uns dias na casa dos avós. - Christopher afirmou, me deixando um pouco tensa. - O que foi, Dul? Aconteceu algo que não queira me dizer? - ele perguntou, estranhando meu comportamento.

- Nada! Acho que... que deve ser... sei lá... o estresse, a ansiedade, a saudade das nossas filhas. - disse, nervosa. Minha voz estava falha e ele percebeu.

- O que está acontecendo, Dulce Maria? Quero que responda, sem mentir pra mim. - ordenou, me fitando preocupado. 

- A verdade é que... que a dona da casa onde moro encontrou um... um bom negócio e vendeu a casa. Tenho que procurar um lugar pra morar. - Christopher sorriu. - Estou falando sério, Ucker! Minhas filhas precisam de um lar. Se eu não encontrar nada, tenho que morar com a Zoraida e o Eddy.

- Você se preocupa com coisas fúteis demais! Eu comprei a casa, Dul! É um presente pra você. - ele respondeu, o mais tranquilamente possível. 

- Como? Você fez o quê, Christopher? Por acaso pensou na Zoraida? E se ela não tivesse o Eddy? Para onde iria? - bufei. Estava prerplexa com a atitude dele. É claro que eu ficaria muito feliz de morar em uma casa minha, mas acho que ele não tinha o direito de fazer isso, sem me consultar.

- Dulce, vocês moram juntas! É claro que pensei na Zoraida! Pensei em tudo! Pra vocês, será tudo muito mais fácil se tiverem uma casa sua pra viver. - ele respondeu. - Achei que fosse pular de alegria, que fosse me amar, me abraçar.

- Francamente, Christopher Uckermann! Meu Deus! Será possível que nunca irá alcançar a maturidade?

- Me desculpa, Dulce, mas não acho que é imaturidade comprar uma casa! Eu sei o que estou fazendo. - Ucker respondeu. 

- Tudo bem, não vou te julgar, não vou te dizer o que é certo e o que é errado! Acho que já é adulto o suficiente pra entender. - falei, sem olhar pra ele. Ficamos em um silêncio insuportável e intenso, até chegar à empresa. Christopher estacionou o carro e eu desci rapidamente, porém, ele veio até mim e me puxou delicadamente pelo braço. 

- Dulce, me desculpe se fiz tudo errado, se não te consultei antes, sabia que não iria aceitar a casa! - ele se desculpou. - Eu só quis te ajudar, meu amor! Juro que não fiz por mal.

- Tudo bem, meu amor! Mas sem querer, você diminuiu minha capacidade de conseguir alcançar meus objetivos! Acho que eu tenho o direito de lutar para conseguir realizar os meus sonhos. Não sei mais se consigo sonhar, imaginar meu futuro, meus méritos.

- Para de exagerar, Dulce! Você é um ser humano, um ser racional! Apesar de não ter agido da melhor maneira possível, acho que não cometi nenhum crime para ser julgado assim. É claro que você pode sonhar, pode lutar ainda. Você é muito jovem, tem força e fé pra realizar seus sonhos sim. O que eu fiz pode até ter sido mais um erro, entretanto, eu não tenho que responder por isso.

- Eu vou entrar! Tenho muitas coisas pra resolver. - ignorei seu comentário e entrei o mais rápido que pude.

- Bom dia, Dul! - Anny me cumprimentou.

- Bom dia, Anny! - respondi, seca.

- Que cara é essa, amiga? - ela perguntou. 

- Acho que é saudades das minhas filhas.

- Cadê o Christopher? - Poncho perguntou, curioso. 

- Ele está chegando! - afirmei. Segundos depois, Christopher entrou em sua sala e não cumprimentou ninguém. 

- Pelo visto, o dia dele não começou legal! - disse Anahí. 

- Por favor, Anny! Para com isso. - Poncho a repreendeu.

- É verdade, Anny! O Christopher exagerou mais uma vez. Agora eu preciso trabalhar. - respondi e fui para a minha mesa.

Depois da conversa que teve com Dulce, Christopher entrou apressadamente em sua sala, sendo surpreendido por um homem de uns quarenta anos, que estava sentado em uma poltrona, organizando alguns documentos.

- Bom dia, doutor Fernando! - Christopher o cumprimentou educadamente, com um aperto de mão. - Conseguiu alguma coisa?

- Bom dia, Christopher! - ele respondeu. - Eu localizei a Natália. Está mais perto do que você pode imaginar. 

- Sério? Me diz doutor! Onde ela está? - ele perguntou, curioso.

- Bem... ela havia morado na Espanha alguns meses, terminou um curso de perícia criminal que estava fazendo e se mudou para o México.

- Como? Ela está aqui... no Mé... xico? 

- Ela mora aqui na cidade faz uns nove anos. - Fernando afirmou. Christopher não respondeu nada, mas ficou muito surpreso por saber que a mulher que tanto fez mal à Dulce estava o mais perto deles, quanto poderia imaginar. 

- Sabe me dizer por qual razão ela fez um curso de pericia criminal? - Christopher perguntou.

- Provavelmente para se informar ou para sumir algumas provas dos crimes que ela, com certeza, cometeu. -ele respondeu. 

- Doutor, por acaso está sabendo de alguma coisa que não quer me contar? Descobriu algo importante?

- Descobri sim, Christopher! Infelizmente, não posso te adiantar nada!  Eu só passei para te informar melhor, mas já estou de saída. - ele se levantou, se despediu de Christopher e foi embora.






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